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Sobre Os Autores e a Obra
Os três autores desta compacta obra são formandos da escola técnica Trajano
Camargo no curso de Metalurgia com ênfase em produção de peças metálicas. Este livro é
fruto de um trabalho de conclusão de curso que teve como objetivo fazer uma obra compacta,
com informações fáceis de encontrar, e voltada para o publico que está na indústria metal-
mecânica, em empresas da área, em estudos de metal e mecânica e que busquem algumas
informações sempre a mão e curiosidades sobre a área.
Vilson Belém
Lucas A. Félix
Leonardo Junior
3
Sumario
Capitulo 1 ••
Um resumo histórico da
metalurgia
•• 4
Capitulo 5 •• Metalografia •• 24
Processos de beneficiamento e
Capitulo 6 ••
fabricação
•• 26
Características e propriedades
Capitulo 7 ••
dos materiais metálicos
•• 33
4
Capitulo 1
Um resumo historico da metalurgia
(1)
Ainda por relato dos arqueólogos e historiadores que se empenham sobre a
área, há várias de que o ouro, a prata e o cobre foram os primeiros materiais a serem
trabalhados e utilizados na forma metálica. Principalmente, como o ouro a ser
encontrado na forma metálica, mesmo nativo e por também estar bem distribuído
pela superfície da Terra e também por que o seu brilho atraiu a atenção do Homem
Primitivo. Os ornamentos eram uma das múltiplas aplicações deste metal.
Os historiadores (1) ainda fazem menção de uma das causas mais prováveis para
a evolução do cobre como material metálico de grande uso e importância em diversas
atividades:
5
[...] O cobre existia no solo em grande quantidade. Era facilmente
martelado com o auxílio de pedras, o que lhe causava um certo
endurecimento, convertendo-se depois em utensílios. Os trabalhos
mais antigos do cobre datam de 6000 AC e foram descobertos no
Médio Oriente particularmente em redor de Ur. Foi neste local, cerca
de 3500 AC, que em escavações efectuadas se encontraram
ornamentos e armas de metal fundido e vazado, isto é, praticamente
2000 anos após ter sido encontrado o primeiro artigo em metal
toscamente martelado com pedras. Também foram encontrados
trabalhos antigos no Egipto e na Índia. Hoje pensa-se que, mais por
acidente do que por intenção, foi produzida uma liga de cobre e
estanho, surgindo assim o bronze por volta de 3000 anos AC na
Suméria. Esta liga era mais dura e mais resistente que o cobre, era
mais apta a ser vazada em moldes originando produtos de melhor
impressão.
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seu minério. O ferro começou por ser aquecido em fornos primitivos abaixo do seu
ponto de fusão, separando-se a "ganga" (impurezas com menor ponto de fusão), a
qual se deslocava para a superfície sendo removida sob a forma de escória, restando a
esponja de ferro, a qual era trabalhada na bigorna, obtendo-se as ferramentas e
utensílios existentes naquela altura (2500 a 500 AC) (1) sendo um trabalho mesclado do
que poderíamos chamar hoje de fundição e depois outro chamado de forja ou
forjaria. O latão (liga de cobre e zinco) foi descoberto entre 1600 a 600 AC na Pérsia,
China e Palestina (1).
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homem e na sua cultura com o passar do tempo. Um pouco deste processo pode ser
visto no ínicio do filme “Conan, O Bárbaro” (Lionsgate, Millennium films) que mostra
sobre a importância do uso tanto do fogo quanto do gelo na confecção de uma espada
de aço, em alusão a um tratamento térmico de têmpera.
(2)
Segundo Del Debbio que diz que um forte avanço nestas descobertas que os
alquimistas acabaram por ter grande avanço, mesmo que acidental, pois, segundo suas
crenças eram de que para obter-se a pedra filosofal era preciso se “cozinhar” um metal
(que poderia ser chumbo, mercúrio, estanho, etc.) por muitos anos até que ele (o
metal) e o seu alquimista terminavam de se purificar e o que sobrava teria uma parte
sólida e uma parte líquida, sendo a parte sólida a pedra filosofal e a parte líquida o
“elixir da longa vida”. (2)
8
(3)
Segundo a maioria das lendas veneradas pelos alquimistas , pela tradição
alquimista chinesa entre outros se presume que o ouro seja o mais evoluído dos
metais, para os chineses, o seu objetivo era atingir a imortalidade. Acreditavam que o
(3)
ouro era imortal porque não reagia com quase nada. Eles devem ser lembrados
pelos seus feitos, pois alguns dos pilares e dos fundamentos que usamos hoje em
vários ramos da metalurgia, da química e da ciência devemos a eles. (Leonardo L. Jr.)
Após longos anos sem inovações e sem muitos avanços, por volta do ano 500
observa-se então se formando um tipo de “indústria”, que tentava se renovar. (1)
(1)
Segundo relatos históricos , a extração dos metais ferrosos (que tem o ferro
como principal elemento, ou que provém do ferro) tinha evoluído um bocado, e não
era mais utilizado, sendo encontrado na forma metálica na natureza, mas também a
partir de minérios, como relata a seguir:
9
A partir de 1855 com o ferro tão bem implantado nos materiais de construção,
fabricação e aplicação nas mais diversas áreas, um novo metal, o alumínio, torna-se
importante no desenvolvimento industrial da civilização. O alumínio, metal de baixa
densidade, dúctil, estável e facilmente fundido não era fácil de produzir (envolvia
muita energia). Preparava-se segundo a sequência bauxite®, alumina® alumínio
metalúrgico e foi nesta altura que se começou a aplicar eletricidade à metalurgia (4). A
bauxita é classificada tipicamente de acordo com a aplicação comercial: abrasivos,
cimento, produtos químicos, metalúrgicos e material refratário, entre outros. A maior
parte da extração mundial de bauxita (aproximadamente 90%) é usada como matéria-
prima para a fabricação de alumina, por lixiviação química, método conhecido
como processo Bayer (5).
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O processo foi nomeado em homenagem ao seu inventor, Henry Bessemer, que
registrou uma patente do processo desenvolvido por ele em 1855. O processo é um
avanço de uma prática conhecida na China desde 200 D.C. O princípio desse processo é
a remoção de impurezas do ferro pela oxidação com ar soprado através do ferro
fundido. A oxidação inclusive aumenta a temperatura da massa de ferro e a mantém
em estado fundido (liquido) (7).
11
condutores e relativamente pesados), como é o caso das ligas metálicas leves, dos
metais orgânicos ou dos compósitos (4).
Muitos destes metais influenciaram tanto o modo de vida das populações que se
tornaram indispensáveis ao funcionamento das sociedades modernas. Há, porém, que
ter em conta a seleção racional dos materiais e o modo de processamento tecnológico
que deverá ser económico quer em custos, quer em tempo, não esquecendo o aspecto
ambiental que envolve todo um processo de reciclagem ou de incineração tanto dos
resíduos industriais, como dos produtos já usados. Pois é destas precauções, em
grande parte, que depende o nosso futuro (4)... E o futuro da história da metalurgia.
12
Capitulo 2
Principais metais utilizados e ligas
metalicas ferrosas:
2.1 Aços Carbono
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e normalizado, ao mesmo tempo em que sua presença, em maior ou menor
quantidade, torna o aço mais ou menos, temperável ou endurecível. (9)
(9)
As propriedades dos aços-carbono dependem, basicamente, de dois fatores
variáveis:
- composição química
- estrutura
O primeiro fator já foi analisado e segundo o professor Vicente Chiaverini, ficou
claro que o carbono é o elemento fundamental. Quanto à estrutura, ela, por sua vez, é
influenciada pelos fatores:
- composição química
- tratamento mecânico
- tratamento térmico
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2.1.2 Aços com Baixo Teor de Carbono
São aqueles aços que têm menos de 0,25% de carbono, possuem como
características básicas: limite de escoamento da ordem de 250 MPa e limite de
resistência à tração, entorno dos 450 MPa, excelente ductilidade e tenacidade,
excepcional soldabilidade e usinabilidade. (8)
Algumas das aplicações típicas para aços com médio carbono são (8):
Rodas.
Trilhos ferroviários.
Engrenagens.
Chapas para tubos, vasos e tanques.
Peças para maquinas resistentes a abrasão.
Componentes estruturais de alta resistência.
Vergalhões para construção civil.
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quente. (8) As principais especificações para estes aços são determinadas pelos órgãos:
SAE, ABNT, AISI, ASTM e DIN.
Matrizes.
Ferramentas.
Laminas de serras.
Molas.
Peças para maquinas altamente resistentes a abrasão.
Componentes estruturais de alta resistência.
2.2 Aços-ligas
Alguns elementos de liga atuam na resistência mecânica e na resistência à
corrosão das ligas ferrosas tanto na baixa como na alta temperatura. Estes elementos
são basicamente Cromo, Níquel, Vanádio e o Tungstênio.
Aços com teores de cobre de até 0,35% tem boa resistência à corrosão em
atmosferas de media para baixa corrosividade, igualmente teores baixos de Nióbio,
aumentam consideravelmente a resistência à corrosão atmosférica. Estes aços que
formam ferrugens protetoras são chamados patináveis.
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As ligas de Cromo até 9% de molibdênio e até 1% são muito utilizadas na
resistência à corrosão em altas temperaturas em tubos de fornos, caldeiras e partes
interna de equipamentos que trabalham a quente além de possuírem excelente
resistência à fluência.
Existem varias definições para aços inoxidáveis assim como para os Aços-
carbono, mas uma definição muito boa para o Inox, como é comumente chamado o
aço inoxidável é a do Chiaverini (1978) que diz em essência que são caracterizados por
serem resistentes à corrosão atmosférica, embora possam resistir igualmente a ação
por outros por outros meios gasosos, líquidos ou sólidos.
Estes aços adquirem esta “passividade” quando ligados com alguns outros
elementos metálicos, entre os quais os mais importantes são o Cromo e o Níquel e, em
menor grau, o cobre, o silício, o Molibdênio e o Alumínio.
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Algumas formulas uteis no dia a dia
Capitulo 3
Cálculos de superfícies
Área da superfície
Circulo Quadrado
2
S= r × π
ou S= a2
2 a
r d S= d × 0,785
Perímetro= π × d
π = 3,1416
Retângulo Paralelogramo
b S= a × b b S= a × b
a a
Trapézio Triangulo
b
S= a + b × c S= a × h
c 2 h 2
a a
Hexágono Elipse
S= a × h × 1,5 b S= a × b × 0,785
h
a
a
Setor Circular Setor de Coroa
h
r
S= b × r_
2 b1
S= b + b1 × h
2
b b
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Capitulo 4
A composiçao química, as designaçoes e
as classes dos materiais metalicos mais
utilizados.
A classificação dos aços segundo as normas técnicas da SAE (Society of Automotive
Engineers - EUA) é a mais utilizada em todo o mundo para aços-carbono (aços sem
adição de elementos de liga, além dos que permanecem em sua composição no
processo de fabricação) e aços de baixa liga (aços com baixas porcentagens de
elementos de liga). Esta norma de classificação também é adotada praticamente na
totalidade pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). A mesma
classificação também é adotada pela AISI (American Iron and Steel Institute - EUA)
(instituto do ferro e do aço americano)
Classe, classificação ou
Breve descrição Informação adicional
designação.
Comum ao Carbono, não
Aços - Carbono
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Classe ou Composição química tolerável em %*
Classificação
SAE Fósforo Enxofre
Carbono Manganês
(Máximo) (Máximo)
20
1049 0,46 – 0,53 0,6 – 0,9 0,03 0,05
21
46XX Aços – Níquel – Molibdênio
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Tabela de compatibilidade em algumas atmosferas para
alguns materiais
Materiais:
Ferro Fundido
Aço Carbono
Neoprene
Buna “N”
AISI 304
AISI 316
AISI 410
Bronze
Teflon
Aplicação em:
(Atmosfera predominante)
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Capitulo 5
METALOGRAFIA
Corte: A amostra a ser analisada deve ser cortada de forma a não sofrer
alterações pelo método de corte. Usa-se o método a frio, em geral serras, para o corte
primário, ou seja, para se separar a porção aproximada que será analisada. Na
sequencia, usa-se um equipamento denominado "Cut-Off" que faz um corte mais
preciso, utilizando-se de um fino disco abrasivo e farta refrigeração, a fim de não
provocar alterações por calor na amostra.
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metalográfica e o embutimento a frio que são utilizados dois produtos, resina e
catalisador, ambos os métodos visam obter a amostra embutida para conseguir um
bom resultado na preparação metalográfica.
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Materiais metálicos
Processos de Processos de
Beneficiamento fabricação
Metalurgia do pó
Revestimentos Laminação
Forjamento
Fundição
Estiramento e
trefilagem Soldagem
Extrusão
Estampagem
Embutimento
Capitulo 6
Processos de beneficiamento e
fabricaçao
Beneficiamento
Laminação
As operações de laminação são muito importantes no beneficiamento dos
metais e ligas destinados as aplicações industriais. Nessas operações, tarugos, placas,
ou vergalhões são conformados para obtenção de perfis, chapas, ou fios maquina.
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No processo de laminação ocorre a deformação plástica por deslizamento de
discordâncias, cujo efeito é mais pronunciado a medida que aumenta a temperatura,
por esta razão, na maioria das vezes, os processos de laminação ocorrem a quente.
Revestimentos
As chapas finas de aço Carbono, devida a fraca resistência à corrosão do aço
são, para algumas aplicações, revestidas como um processo de beneficiamento. O
processo de aplicação do revestimento mais empregado é a deposição eletrolítica.
Para chapas um pouco mais espessas pode-se usar, em alguns casos, imersão a quente
na aplicação do revestimento com zinco ou ligas zinco-Alumínio, em todos os casos as
chapas são trabalhadas posteriormente em processos de conformação.
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Revestimento eletrolítico com zinco em linha de zincagem contínua sob a
forma de bobinas, para aplicações em folhas zincadas usadas em coberturas e
fechamentos (tampamentos).
Revestimento eletrolítico com estanho em linha de estanhagem continua sob a
forma de bobinas, para aplicações em latas para embalagens de alimento,
refrigerantes. Estas chapas estanhadas são chamadas folhas de flandres.
Revestimento com zinco ou zinco-Alumínio por imersão para chapas em
bobinas ou recortadas para usos de estampagem ou similar.
Fabricaçao
Fundição
A obtenção de peças por processo de fundição é um das mais antigas formas de
utilização dos materiais metálicos.
Por outro lado a estrutura obtida na fundição é quase sempre mais frágil, ou
seja, a chamada de estrutura dentritica, com estrutura grosseira e acabamento
também mais rustico. Existem recursos de fundição em moldes extremamente bem
acabas que permitem peças de ótimo acabamento, porem são mais aplicáveis a peças
pequenas.
Na fundição é necessário prover canais para saída dos gases e canais com
excedente de material para evitar o rechupe (cavidade devido a concentração na
solidificação) na fase final de solidificação.
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Fundição em areia: a fundição em moldes de areia consiste em modelar a areia
com um aglomerante a peça a ser fundida usando-se um molde de madeira,
plástico ou metal com as mesmas características da peça. Por este processo é
comum fundir bases de equipamentos, blocos de motores, conexões de
tubulações de grande diâmetro, e peças de equipamentos ferroviários, etc.
Fundição em matriz ou coquilha: neste caso o molde é metálico ou cerâmico,
podendo inclusive ter circulação de agua para resfriamento mais rápido. Por
este processo é comum fundir peças menores em materiais de baixo ponto de
fusão, como ligas de zinco, Alumínio e magnésio. Quando associadas a injeção
do material fundido sob pressão permite peças de melhor acabamento e
grande velocidade de produção.
Fundição em molde de material fusível: este processo de fundição utiliza-se de
um monde de cera ou plástico ponto de fusão. Com o vazamento do material
fundido o molde é fundido e escoa dando espaço para a composição da peça.
Costuma-se chamar este processo de “processo de cera perdida” e é utilizado
para fundição de alta precisão, como, por exemplo, em joalherias, próteses
dentárias, lâminas para turbinas a gás e etc.
Forjamento
A obtenção de peças por forjamento é também um processo muito antigo. No
forjamento o material é aquecido para se tornar plástico e em seguida é conformado
em uma forma como perfil e as dimensões da peça que se deseja obter. Nas forjarias
antigas e rusticas a deformação era obtida por percussão.
Por este processo é comum obter-se peças, tais como acessórios de tubulações,
chaves e ferramentas, virabrequim, etc.
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Metalurgia do pó
A metalurgia do pó é utilizada para a produção de peças sem defeitos internos.
Neste processo utiliza-se um pó do metal, que é comprimido em um molde e em
seguida levado ao forno para sinterização.
Presta-se para matérias de alto ponto de fusão, onde o custo da fusão seria
elevado e materiais de baixa ductilidade e difíceis de serem tratados por outros
métodos.
Soldagem
O termo soldagem abrange um grande numero de diferentes processos usados
na fabricação e recuperação de peças equipamentos e estruturas metálicas. A
soldagem e um dos métodos de fabricação mais empregados nos dias de hoje. Na
soldagem duas ou mais peças são unidas dando continuidade metálica como se fosse
uma única peça. Desta forma esta técnica é exaustivamente utilizada nas montagens
industriais na fabricação de vasos, tanques, dutos, e tubulações em geral.
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Nos processos de soldagem pode-se ter uma poça de fusão no local da junção
ou simplesmente um caldeamento dos materiais na região soldada.
Operação que visa obter a união de duas ou mais peças assegurando na junta
soldada, a continuidade de propriedades físicas, químicas e metalúrgicas.
Operação que visa obter a coalência localizada produzida pelo aquecimento ate
uma temperatura adequada, com ou sem aplicação de pressão ou de metal de
adição ( definição adotada pela AWS (American Welding Society).
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Soldagem eletrônica e soldagem a laser;
Solda exotérmica;
Soldagem pro brasagem;
Processos de soldagem sem fusão;
Trefilagem
A trefilagem ou trefilação é um processo de fabricação muito utilizado na
obtenção de arames, fios, vergalhões de construção civil entre outros produtos. Neste
processo o fio maquina é obtido por laminação é forçado a passar em uma matriz ao
mesmo tempo em que é tracionado, dessa maneira consegue-se fios muito finos.
O processo de redução de diâmetro dos fios, antigamente era feito por fieiras,
que em algumas empresas é feito até hoje, mas o processo mais utilizado atualmente
é pro reduções com cassetes que laminam os fios com 2, 3 ou 4 cilindros em forma de
polias, e com dois passes por ferramenta: um para calibrar o diâmetro e outro para
reduzir, propriamente.
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Extrusão
A extrusão é um processo de fabricação em que uma barra metálica é
empurrada por compressão contra uma matriz com o perfil desejado para a peça a ser
fabricada. É um processo muito utilizado para fabricação de tubos sem costura e o
processo pode ser realizado a frio ou a quente, a depender da ductilidade do material
metálico.
Estampagem
As chapas são conformadas sobre uma matriz que irá produzir o formato
desejado, este processo é muito aplicado na produção de peças na indústria
automotiva.
Embutimento
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Capitulo 7
Os metais e ligas são todos opacos como reflexo da estrutura cristalina que não
permite a passagem da luz: no que concernem as cores a grande maioria dos materiais
metálicos são cinza claro, sendo comum denominar-se esta cor de metálica. Algumas
exceções como é o caso do cobre que é avermelhado, do ouro que é amarelado e da
prata que é branca.
É evidente que as ligas desses metais irão apresentar cores diversas a depender
da coloração dos metais que ás compõe.
Brilho
Os metais e as ligas quando polidos apresentam-se brilhantes, porém a exceção
dos metais nobres (ouro, prata, platina), eles perdem o brilho devido aos processos de
corrosão e a consequente formação de uma película de produto de corrosão, em geral,
fosco.
Massa Específica
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Os metais e as ligas apresentam-se na temperatura ambiente no estado solido,
a única exceção é o mercúrio que é liquido.
Propriedades:
Resistencia mecânica
No regime elástico o material sofre deformação elástica e desta forma toda vez
que é submetido a uma tensão de tração ele sofrerá um alongamento elástico na
mesma direção da tensão aplicada. Cessada esta tensão o material retornará á as
condições iniciais.
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Quando o material é deformado elasticamente em uma direção quase sempre
ele sofre contração em outra direção, a partir deste conceito define-se um parâmetro
muito importante na deformação elástica, denominado coeficiente de Poisson que é a
relação entre a contração em uma direção e o alongamento em outra perpendicular.
Ductilidade
Resiliência
Tenacidade
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resiliência é mais significativa para carregamentos estáticos enquanto esta
propriedade é importante em cargas dinâmicas. Os fatores que afetam a tenacidade
da peça são a geometria da peça e a forma de aplicação das cargas, a maneira mais
comum de avalia-la é com teste de impacto Charpy e Izod.
Dureza
Resistência à fluência
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A fluência é fortemente influenciada pela tensão e temperatura. O elemento
que pode ser adicionado às ligas ferrosas que mais influencia na resistência à fluência é
o molibdênio.
Soldabilidade
A soldabilidade é uma propriedade do material metálico a ser submetido a
processo de soldagem, apresentado uma junta soldada muito próxima, em termos de
características e de propriedades do metal de base.
38
Capitulo 8
Tratamentos termicos
Recozimento pleno;
Alivio de tensões;
Normalização;
Têmpera;
Revenimento;
Tratamento de solubilização e precipitação;
Tratamentos mecânicos;
Tratamentos termoquímicos;
Recozimento pleno
39
e é resfriado de forma lenta. De modo geral as principais aplicações deste tratamento
são:
Alivio de tensões
O recozimento subcrítico costuma ser chamado de recozimento intermediário
ou simplesmente alivio de tensões. Este tratamento tem como função eliminar as
tensões internas da soldagem, de processos de deformação plástica ou de qualquer
processo que cause encruamento ou transformação no material metálico, sendo
ferroso ou não.
40
Aquecimento ate a temperatura desejada que permita por meio de
difusão e uniformização do material.
Manutenção na temperatura para pelo menos completar a
homogeneização do material.
Resfriamento lento ate a temperatura ambiente.
Este tratamento é indicado para peças que já estão encruadas após o trabalho
mecânico, como estampagem, trefilagem ou laminação, ou mesmo peças soldadas
para eliminar as tensões de solda.
Normalização
Têmpera
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esteja totalmente homogênea na região desejada a ser temperada, e após isso,
seguida de um resfriamento rápido, ou seja, fora das condições de equilíbrio das
estruturas.
Revenimento
O material temperado é muito frágil e duro, e um método para melhorar
algumas propriedades da martensita, tais como tenacidade, ductilidade, e diminuir o
risco de uma fratura fragilizada, aplica-se o Revenimento, tendo como produto uma
estrutura de martensita revenida.
42
Capitulo 9
43
Sobre as fagulhas o que se pode notar?
O percentual de Carbono presente no aço é representado pelas fagulhas que
acabam por explodir e formam as “estrelinhas”, nos ferros fundidos não formam isso,
pois o Carbono está na forma de grafita.
Você pode, por exemplo, pra essas análises se o material é bom por essas
analises para saber se é aço ou ferro fundido. Como por exemplo, de uma serra se é de
boa qualidade ou um alicate, o cadeado se for ferro fundido fofo não é de boa
qualidade, um estilete para sem bom tem de ter uma alta taxa de Carbono.
44
Capitulo 10
Bibliografia Textual
MARQUES, Ana; FERNANDES, Ângela. Breve História da Metalurgia I: O enorme
progresso alcançado hoje em dia a nível tecnológico deve-se em grande parte à
evolução no domínio dos metais que se faz sentir desde os povos neolíticos. Disponível
em: http://www.demat.ist.utl.pt/departamento/jornal/jornal1/pagina_1_3.html
Acesso em: 19 de abril de 2012.
(2)
DEL DEBBIO, Marcelo. Alquimia e a Transmutação dos Metais: A Arte alquímica, ao tratar
da transmutação dos metais, considera estes como os símbolos das mudanças
psicológicas que nos primeiros tempos operam. Disponível em:
http://www.deldebbio.com.br/2009/06/22/alquimia-e-a-transmutacao-dos-metais/
Publicado em: 22 de junho de 2009. Acesso em: 19 de abril de 2012.
(3)
VIRTUOUS; QUÍMICA, Portal de. Alquimia: Os séculos III A.C. ao século XVI D.C. foi
dominado pela Alquimia. Disponível em:
http://www.soq.com.br/conteudos/historiadaquimica/p2.php. Acesso em: 13 de
junho de 2012.
(4)
MARQUES, Ana; FERNANDES, Ângela. Breve História da Metalurgia II: O enorme
progresso alcançado hoje em dia a nível tecnológico deve-se em grande parte à
45
evolução no domínio dos metais que se faz sentir desde os povos neolíticos. Disponível
em: http://www.demat.ist.utl.pt/departamento/jornal/jornal2/pagina_2_4.html
Acesso em: 13 de junho de 2012.
(5)
BRAY, E. Lee. Bauxite and Alumina1: Data in thousand metric dry tons unless
otherwise noted. Disponível em:
http://minerals.usgs.gov/minerals/pubs/commodity/bauxite/mcs-2009-bauxi.pdf
(6)
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO ALUMÍNIO. O Alumínio: Introdução. Disponível em:
http://www.abal.org.br/aluminio/introducao.asp Acesso em: 13 de junho de 2012.
(7)
ÇELIĞI, Thomas; BOT, Luckas. Processo de Bessemer: A produção de aço acelerada.
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Processo_de_Bessemer Editado pela
ultima vez em: 20 de março de 2012. Acesso em 13 de junho de 2012.
(8)
NUNES, Laerce de Paula; KREISCHER, Anderson Teixeira. Introdução à metalurgia e
aos materiais metálicos. Editora Interciência. Rio de Janeiro, 2010.
46