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Universidade Federal do Paraná

Centro de Estudos do Mar


Curso de Engenharia Civil

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

RELATÓRIOS DE MATERIAIS DE
CONSTRUÇÃO CIVIL I - AGREGADOS

Professora: Drª. Elizabete Y. Nakanishi Bavastri

ESTUDANTES QUE REALIZARAM OS ENSAIOS: Bruno Luis Biondo Manzole - GRR20164731; Erick
Ezequiel Rodrigues de Sousa - GRR20164734; Jeferson Alves dos Santos – GRR20164705; João
Paulo Alves - GRR20167885; Marcelo de Carvalho Júnior - GRR20164781; Vitor Hugo Mendes de
Oliveira - GRR20164723.

ESTUDANTES QUE FIZERAM OS RELATÓRIOS: Jeferson Alves dos Santos – GRR20164705;


João Paulo Alves - GRR20167885;
Marcelo de Carvalho Júnior - GRR20164781

PONTAL DO PARANÁ
2018

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Universidade Federal do Paraná
Centro de Estudos do Mar
Curso de Engenharia Civil

RESUMO

Esse trabalho se resume em compreendermos melhor sobre os agregados que no caso


da engenharia é de constância finalidade. Foram realizados vários experimentos para a
determinação das características dos agregados, utilizamos a brita e areia, que em geral
são os mais comuns na área da construção civil. Além do aprimoramento dos
conhecimentos em agregados, com esse trabalho também nos familiarizamos com os
equipamentos utilizados para a obtenção dos dados. Por serem muito utilizados na
construção civil esses experimentos são de extrema importância para a formação de um
engenheiro.

INTRODUÇÃO

Agregados são elementos granulares, de origem mineral e sem forma ou volume


estabelecidos. A pedra brita, o cascalho e as areias naturais são exemplos de agregados,
esses são categorizados em agregados graúdos e agregados miúdos, pela ABNT o que os
difere é que os agregados miúdos são aqueles que passam pela peneira 4,8 mm e ficam
retidos na peneira 0,075 mm. São de extrema importância para construção civil, nos
concretos e nas argamassas influenciam características essenciais como o aumento da
resistência aos esforços mecânicos e a resistência ao desgaste. Por serem a base de
matéria prima da construção civil influenciam diretamente tanto âmbito econômico
como no técnico.

1. TEOR DE UMIDADE

1.1 OBJETIVO

Para a produção de concreto é muito importante saber a quantidade e o volume


certo de cada material para ser utilizado. Identificar o teor de umidade do
agregado é um cuidado necessário para reduzir variações de água no concreto,
para fazer o traço. Nesse experimento o objetivo então é determinar o teor de
umidade da areia ou brita.

1.2 REFERENCIAL TEÓRICO

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Segundo Bauer “o teor de umidade do agregado graúdo é nulo em condições


normais, a não ser que seja encharcado por água de chuva. Ele afirma também
que “na dosagem do concreto devemos considerar o teor de umidade do
agregado graúdo que é 15% do total da agua de amassamento.”

1.3 PROCESSO EXPERIMENTAL

1.3.1 MATERIAIS

o Álcool Etílico Hidratado 92,8 INPM “álcool de combustível”


o Fósforo/Isqueiro
o Panela/ Assadeira
o Areia Úmida e Areia Suturada
o Brita Úmida e Brita Suturada
o Balança de precisão

1.3.2 MÉTODOS

Nesse experimento utilizamos brita úmida (amostra na condição que se encontra


naturalmente) e brita saturada (imersa 24h na água) bem como a areia úmida e
saturada. No laboratório foi pesado a massa das duas britas/areia, saturada e
úmida, após coletar a massa inicial de ambas o próximo passo foi seca-las.
Utilizamos o método mais rápido, que foi o de secar com fogo, então jogamos
álcool, colocamos fogo e esperamos secar. Após esse processo pesamos a massa
final da brita/areia seca e coletamos os dados.

1.4 RESULTADO E DISCUSSÕES

1.4.1 BRITA UMIDA

Lembrando que brita úmida é a amostra na condição que se encontra


naturalmente , os dados obtidos foram:

Mu (massa úmida) = 1000 g


Ms (massa seca) = 997,8g

U( teor de umidade) = [(1000 – 990,8)÷990,8]x100 = 0,93%

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1.4.2 BRITA SATURADA

A brita saturada é a amostra deixada submersa em água por 24 horas,


teve os seguintes resultados:

Msat(massa saturada) = 1000g


Ms(Massa seca) = 966,2g

U (teor de umidade) = [(1000 - 966,2) ÷966,2]x100 = 3,49%

1.5 CONCLUSÃO

Como já esperávamos a brita saturada (imersa na água 24h) o seu teor de


umidade seria maior do que uma brita úmida (estado natural). Por ser um valor
muito pequeno da brita úmida podemos desconsiderar esse teor de umidade,
por esse motivo não tem problema utilizar areias e britas expostas ao tempo para
a construção civil.

2. COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA

2.1. OBJETIVO
Esse experimento tem como objetivo determinar a composição granulométrica
de areia e de brita., classificação do agregado de acordo com a distribuição do
tamanho de grãos

2.2. REFERENCIAL TEÓRICO


Segundo a norma NM 248:2001 esse experimento tem como objetivo
determinar a composição granulométrica de miúdos e agregados para concreto.
No método de ensaio a norma descreve que devemos secar as amostras em
estufas, esfriar à temperatura ambiente e determinar suas massas (m1 e m2).
Encaixar as peneiras, previamente limpas, de modo a formar um único conjunto
de peneiras, com abertura de malha em ordem crescente da base para o topo.
Prover um fundo de peneiras adequado para o conjunto. Fazer a agitação
manualmente por um tempo razoável. Anotar a massa retida no fundo. ’

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2.3. PROCESSO EXPERIMENTAL

2.3.1 MATERIAIS

o Brita seca
o Areia seca
o Peneiras
o Fundo de peneira
o Escova de aço
o Balança

2.3.2 MÉTODOS
Utilizando 5 peneiras com diâmetros diferentes e um fundo, colocamos uma sobre a
outra começando de cima do maior diâmetro até o menor e por fim o fundo. Agitamos
manualmente as 5 peneiras juntas e no final pesamos a quantidade de areia retida em
cada peneira. Fizemos igualmente para a brita, lembrando que para britas os diâmetros
são maiores.

2.3.2.1 BRITAS

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Utilizando as britas foram necessárias peneiras com um diâmetro


maior. Usamos as seguintes: 19,0 mm / 9,5mm / 4,8mm / 2,4 mm
/ 1,2 mm e fundo.

2.3.2.2 AREIA
Já na vez da areia utilizamos a areia de beira de rio, com peneiras de diâmetros: 2,36
mm / 1,18 mm / 0,60 mm / 0,30mm / 0,15 mm/0,075mm e fundo.

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2.4. RESULTADO E DISCUSSÕES

Depois de todo procedimento montamos uma tabela para mostrar o que ficou
retido nas peneiras.

2.4.1 BRITAS
No caso das britas utilizamos 1499,8 g, e por fim observando a tabela, notamos que ficou
retido mais do que o valor utilizado.

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Acreditamos que o erro no valor final da brita tenha sido ocorrido por uso incorreto da
balança, acreditamos que o erro tenha sido não “zerar” a balança.

2.4.2 AREIA

Utilizamos 500 g de areia no início, e após passar pelas peneiras o valor


caiu para 499,7g.

2.5 CONCLUSÃO

2.5.1 BRITAS
Concluiu que o erro tenha sido na balança pois foi um erro grade e não
teria outro motivo que não esse , zerar a balança antes de usar. No dia
não somamos os valores pois havia mais experimentos a se fazer,
somamos somente no dia seguinte e por isso não refizemos o
experimento.

2.5.2 AREIA

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Podemos concluir que no caso da areia pode-se ter perdido massa pelo
“caminho”, podendo também ter ficado na peneira. Houve um erro bem
pequeno.

3. DETERMINAÇÃO DA MASSA UNITÁRIA NO ESTADO SOLTO

3.1. OBJETIVO

Esse experimento tem como objetivo estabelecer a massa unitária do agregado


em estado solto.

3.2. REFERENCIAL TEÓRICO

A massa unitária de um agregado é também chamada de densidade. E é a


relação entre massa/volume, considerando todos os espaços vazios – os “vãos”
entre os grãos.

Mar = massa do recipiente cheio de agregado


Mr = massa do recipiente
V = volume do recipiente

3.3. PROCESSO EXPERIMENTAL

3.3.1. AGREGADOS MIUDOS

3.3.1.1. MATERIAIS

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o Balança com limite de erro de 0,5%;


o Recipiente
o Estufa (105 a 110°C)
o Pá ou concha
o Régua

3.3.1.2. MÉTODOS

o A amostra ensaiada deve ter o dobro do volume do


recipiente, no mínimo.
o A amostra deve passar 24 horas na estufa (105 a 110°C)
o Utilizando uma pá (ou concha) para encher o recipiente,
lançar o agregado à uma altura de 10 a 12cm do topo do
recipiente, prevenindo assim a segregação das partículas.
o Realizar a regularização da superfície do agregado miúdo
com uma régua.
o Pesar o recipiente com o material nele contido.
o Repetir o processo três vezes.

3.3.2. AGREGADOS GRAÚDOS

3.3.2.1. MATERIAIS

o Balança com limite de erro de 0,5%;


o Recipiente
o Estufa (105 a 110°C)
o Pá ou concha
o Régua

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3.3.2.2. MÉTODOS

o A amostra ensaiada deve ter o dobro do volume do


recipiente, no mínimo.
o A amostra deve passar 24 horas na estufa (105 a 110°C)
o Utilizando uma pá (ou concha) para encher o recipiente,
lançar o agregado à uma altura de 10 a 12cm do topo do
recipiente, prevenindo assim a segregação das partículas.
o Realizar a regularização da superfície do agregado
graúdo de modo a equalizar as desenvolturas das pedras.
o Pesar o recipiente com o material nele contido.
o Repetir o processo três vezes.

3.4. RESULTADOS

3.4.1. AGREGADOS MIUDOS

Realizamos o cálculo da massa unitária, utilizando a equação dada no


referencial teórico, para cada determinação.

Massa do recipiente (g) : 63,1


Na massa dos agregados já esta
Volume do recipiente (ml) : 700 retirado a massa do recipiente,
então será só dividir pelo volume
700ml = 0,7l = 0,0007 m3
do recipiente
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3.4.2. AGREGADOS GRAUDOS


Realizamos o cálculo da massa unitária, utilizando a equação (1) dada no
referencial teórico, para cada determinação.
Massa do recipiente (g) : 63,1
Na massa dos agregados já esta
Volume do recipiente (ml) : 700 retirado a massa do recipiente,
então será só dividir pelo volume
700ml = 0,7l = 0,0007 m3
do recipiente

3.5. CONCLUSÕES

(AREIA) (BRITA)
Valor da massa unitária no Valor da massa unitária no
estado solto: estado solto:

Magregméd ÷Vrecip = Magregméd ÷Vrecip =


2.140,5 Kg/m3 1.947,22 Kg/m3 12
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Analisando os dados e os resultados desse experimento, conclui-se que


a massa unitária no estado solto para agregado miúdo é maior que para
agregado graúdo, uma das justificativa pode ser pelo fato do método de
regularização da superfície das britas é realizado confiando no bom
senso de quem está realizando, caindo em erro humano, pois temos que
ajustar a superfície de acordo com o que achamos estar mais equitativo,
além de vazios pelo volume do recipiente.

4. MASSA UNITÁRIA NO ESTADO COMPACTADO

4.1- Resumo

Em busca de uma melhor dosagem no concreto e argamassas para diferentes


aplicações na construção civil, é importante determinar a densidade dos agregados
utilizados, pois os mesmos influenciam em características importantes como na
resistência e durabilidade. Este ensaio visa determinar a massa unitária dos agregados
areia e brita em estado compactado e seco. Para realização deste ensaio foram
seguidas as normas NM45, NBR 7810 que prescrevem a metodologia utilizada para a
determinação da massa unitária de agregados em estado compactado e seco, os
resultados obtidos foram satisfatórios pois os maiores erros percentuais foram de 0,6%,
ou seja, não ultrapassaram 1% em relação à média como indica a norma NBR 7810,
garantindo a excelência do experimento.

4.2-Objetivo

Determinar a massa unitária dos agregados areia e brita em estado compactado


e seco.

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4.3 Fundamentação Teórica

Agregado é um material mineral (areia, brita, etc.) ou industrial, utilizado na


construção civil, que entra na preparação do concreto e argamassas. Antigamente
usado apenas como material de preenchimento para dar “corpo”, deixando mais
econômico, porém após uma maior compreensão de suas influências em características
importantes do concreto, este ponto de vista ficou ultrapassado. Hoje eles representam
até cerca de 80% do peso do concreto e além de sua influência benéfica quanto à
retração e à resistência, o tamanho, a densidade e a forma dos seus grãos podem definir
várias das características desejadas em um concreto como estabilidade dimensional e
durabilidade.
O melhor concreto não é o mais resistente, mas sim o que atende melhor as
necessidades da obra. Logo, a consistência e o modo de aplicação acompanham a
resistência como sendo fatores que definem a escolha dos materiais adequados para
compor a mistura, que deve associar trabalhabilidade à dosagem mais econômica.
Por essas razões citadas acima é importante se determinar a massa unitária
compactada, que é a relação entre sua massa e seu volume compactado segundo um
determinado processo, considerando-se também os vazios entre os grãos. Pode ser
feita com um único agregado ou com uma composição destes.
Utilizado na transformação de massa para volume com vazios entre os grãos de
agregados. Aplicação em concreto dosado em volume e para controle de recebimento
e estocagem de agregados em volumes. A massa unitária também serve como
parâmetro para classificação do agregado quanto à densidade.
Para realização deste ensaio foi seguido as normas NM45, NBR 7810 que
prescrevem o método para a determinação da massa unitária de agregados em estado
compactado e seco. As massas unitárias foram calculadas pela fórmula:

Mar = massa do recipiente cheio de


agregado
Mr = massa do recipiente
V = volume do recipiente

4.4 Materiais Utilizados

Os materiais utilizados para realização desse ensaio foram:


● Recipiente indeformável (figura 1);
● Areia (figura 2);

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● Brita (figura 3);


● Balança (figura 4);
● Colher de jardinagem (figura 5);
● Álcool Etílico Hidratado 70 INPM (figura 6);
● fósforo (figura 6);
● panela e assadeira;
● Escalimetro (figura 7).

Figura 1 – Recipiente Figura 2 – Areia Figura 3 – Brita

Figura 4 – Balança Figura 5 – Colher de Jardinagem Figura 6 – Álcool e Fósforo

Figura 7 - Escalimetro

4.5 METODOLOGIA

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Neste ensaio foram seguidos os seguintes passos:


● Foi pesado recipiente vazio e anotado Mr (figura 8);

Figura 8 – Peso Recipiente Vazio

● Foi pesado o recipiente cheio de água e determinado seu volume,


considerando a água com temperatura ambiente de 25º C onde a massa é igual ao
volume (figura 9);

Figura 9 – Peso Recipiente com Água

● Foi separado mais que o dobro do volume do recipiente de amostras


● As amostras foram secas com álcool (figuras 10 e 11);

Figura 10 – Areia sendo seca Figura 11 – Brita sendo seca

● Foi despejado com auxílio da colher de jardinagem a uma altura de 10 cm da


borda do recipiente (figura 12).

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Figura 12 – Preenchendo o recipiente com as amostras

● Foi preenchido o recipiente, em 3 camadas de mesma dimensão. No caso da


areia as superfícies de cada camada foram executadas 25 golpes com o cabo da colher
de jardinagem, distribuídos para compactação (figura 13), após compactado com o
auxílio do escalimetro foi rasado a amostra (figura 14).

Figura 13 – Areia sendo compactada a cada camada

Figura 14 – Rasando a amostra

No caso da brita em cada camada, foi elevado o recipiente a uma altura de ±50
mm e deixado cair, 50 vezes. Realizando assim a compactação do agregado graúdo
(figura 15).

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Figura 15 – Compactação da 3ª camada de brita

● Pesado o recipiente com o material nele contido, e anotado Mar (figura 16).

Figura 16 – Pesando recipiente com as amostras

● Repetido o processo 3 vezes para cada amostra (figuras 17 e 18), e


determinado a média de Mar.

Figura 17 – Mar1, Mar2 e Mar3 da areia

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Figura 18 – Mar1, Mar2 e Mar3 da brita

4.6 RESULTADOS

Os dados obtidos neste ensaio em relação ao recipiente estão representados na


tabela 1:
Tabela 1- Dados Recipiente

Recipiente Massa (g)


Vazio 63,1
Com água 643,9

Á partir da tabela 1 foi determinado o volume do recipiente de 580,8 𝒄𝒎𝟑 .

Os dados obtidos em relação aos agregados estão representados na tabela 2 já


subtraído o peso do recipiente:

Tabela 2 – Dados das Amostras

Areia (g) Brita (g)


Mar1 901,3 777,3
Mar2 900,0 777,4
Mar3 900,7 791,8
𝑴𝒂𝒓𝟏 + 𝑴𝒂𝒓𝟐 + 𝑴𝒂𝒓𝟑 900,7 782,2
𝟑

Utilizando o volume do recipiente com a massa média obtida das amostras,


foram calculadas as massas unitárias compactadas dos agregados a partir da seguinte
equação:

𝑀𝑎𝑟 𝑔
𝑝= (𝑐𝑚3)
𝑉

Os resultados estão ilustrados na tabela 3:

Tabela 3 – Massa Unitária compactada


Agregado 𝒈
Massa Unitária Compactada (𝒄𝒎𝟑)

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1 2 3 Médio
Areia 1,55 1,54 1,55 1,55
Brita 1,34 1,33 1,34 1,34

Com a tabela 3 foi possível determinar o erro percentual de cada massa unitária
obtida em relação à média, utilizando a fórmula do erro percentual a seguir:

Vt = Marmédio
Ve = Mar (1,2,3)

O único erro em relação média foi o Mar2 da areia e da brita, em que ambos de
um erro de 0,65 % da média.

4.7 CONCLUSÃO

Analisando os dados e os resultados desse experimento, tanto com agregado


miúdo como com agregado graúdo. Conseguimos garantir a excelência dos ensaios
realizados, pois segundo a NBR 7810 “os resultados individuais não deverão apresentar
desvios em relação à média maiores que 1%”, onde neste experimento a maior
diferença foi de 0,65%. A partir deste ensaio conclui-se que os agregados graúdos são
menos densos que os miúdos. Os erros que podem ter acontecidos neste ensaio estão
atribuídos a falhas humanas ao anotar e calcular os dados, a falta de equipamentos
mais precisos e eventuais falhas nos equipamentos utilizados.

4.8 REFERÊNCIAS

ABNT NBR 7810 NBR7810 Agregado em estado compactado e seco -. Disponível em:
<https://www.target.com.br/produtos/normas-tecnicas/36364/nbr7810-agregado-em-estado-
compactado-e-seco-determinacao-da-massa-unitaria>. Acesso em: 17 jun. 2018.
Agregado. Disponível em: <https://www.ecivilnet.com/dicionario/o-que-e-agregado.html>.
Acesso em: 17 jun. 2018.
Agregados para Concreto - Portal do Concreto. Disponível em:

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<http://www.portaldoconcreto.com.br/cimento/concreto/agregado.html>. Acesso em: 17 jun.


2018.
SERAFIM DE TEIXEIRA GUERRA, R. Clube do Concreto: Determinação da Massa Unitária e
Volume de Vazios (NBR NM 45:2006). Disponível em:
<http://www.clubedoconcreto.com.br/2013/07/passo-paso-determinacao-da-massa.html>.
Acesso em: 17 jun. 2018.

5. ABSORÇÃO DE ÁGUA DOS AGREGADOS MIÚDOS

5.1- Resumo

Para uma melhor dosagem no concreto e argamassas para diferentes aplicações na


construção civil, é importante determinar a absorção de água realizado pelos agregados
miúdos, pois os mesmos influenciam em características importantes como na
resistência e durabilidade. Este ensaio visa determinar a absorção de água dos
agregados miúdos, na condição saturados superfície seca. Para realização deste ensaio
foi seguido dentro do que foi possível a norma - NBR NM30 que prescreve o método para
a determinação da absorção de água dos agregados miúdos, na condição saturados
superfície seca, o resultado obtido de 0,4% indicou que a amostra utilizada no
experimento não absorve muita água sendo assim irrelevante retirar água de um
eventual traço feito com o material desta amostra de agregado.

5.2 Objetivo

Determinar a absorção de água dos agregados miúdos, na condição saturados


superfície seca.

5.3 Fundamentação Teórica

Um dos componentes indispensáveis para a produção do concreto, a areia tem


papel determinante para garantir a qualidade da mistura final, impactando
características como resistência, durabilidade e trabalhabilidade. Inicialmente os
agregados eram adicionados ao concreto para aumentar o seu volume, e diminuir os
custos. Hoje estes representam cerca de oitenta por cento da massa total do concreto,
e sabemos que além de sua influência na compressão e na tração, o tamanho, a forma

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e a densidade dos agregados podem definir várias características desejadas do


concreto.
Identificar o teor de umidade da areia é um cuidado necessário para reduzir
variações de água do concreto, o teor de água do agregado deve ser conhecido e
descontado do total de água adicionado ao concreto. É importante também na
determinação da massa específica aparente seca e porosidade do agregado.
Segundo Marcos Vinícius Magliano (2017) “A falta de atenção com o teor de
água presente na areia pode levar à perda de resistência do concreto e prejudicar a
permeabilidade do material, implicando em patologias e pondo em risco a durabilidade
da estrutura”
Para realização deste ensaio foi seguido a norma - NBR NM30 que prescreve os
métodos para a determinação da absorção de água dos agregados miúdos, na condição
saturados superfície seca. A equação utilizada para determinar a absorção de água foi
a seguinte:
𝑀𝑠𝑠𝑠 − 𝑀𝑠
𝐴𝑏𝑠, 𝑎(%) = . 100
𝑀𝑠

Msss = massa saturada 24hrs imersa


Ms = massa seca

5.4 Materiais Utilizados

Os materiais utilizados para realização desse ensaio foram:


● Assadeira (forma de cozinha);
● Areia saturada imersa em água 24 horas;
● Forma tronco cônico;
● Balança;
● Soquete;
● Secador de cabelo;
● Estufa.

5.5 METODOLOGIA

Neste ensaio foram seguidos os seguintes passos:

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● Foi colocado na assadeira a forma tronco cônico;


● Foi Preenchido com areia úmida e aplicado 25 golpes suaves com o soquete;
● Rasado (figura 1) e retirado verticalmente o tronco cônico;

Figura 1 - tronco cônico preenchido com areia úmida

● Foi repetido o processo secando o material antes com secador de cabelo se


estivesse sem desmoronar ou umedecendo o material caso desmoronasse tudo (figura
2) até que ficasse parcialmente desmoronado (figura 3);

Figura 2 – Amostra totalmente desmoronada Figura 3 – Amostra parcialmente desmoronada

● Foi pesado a amostra úmida obtendo a Msss (figura 4);

Figura 4 – Pesando a amostra úmida

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● Por último a amostra ficou na estufa à 105º por 24 h (figura 5), depois pesado
e obtido a massa seca (Ms)

Figura 5 – Estufa utilizada para secar a amostra úmida

5.6 RESULTADOS

Os dados obtidos neste ensaio estão representados na tabela 1:


Tabela 2- Dados

Areia Massa (g)


Úmida 501,4
Seca 499,6

𝑀𝑠𝑠𝑠−𝑀𝑠
Á partir da tabela 1 e da equação 𝐴𝑏𝑠, 𝑎(%) = 𝑀𝑠
. 100 , foi determinado a
absorção realizada pela areia nesse experimento que foi de 0,4 %.

5.7 CONCLUSÃO

Analisando os dados e os resultados obtidos conclui – se que o agregado


utilizado nesse experimento não absorve muita água pois a porcentagem de absorção
é 0,4 %, assim caso utilizássemos este agregado para fabricação de concreto ou
massas não seria preciso reduzir do traço nenhuma quantidade de água. Os erros que
podem ter acontecidos neste ensaio estão atribuídos a falhas humanas ao anotar e
calcular os dados, a falta de equipamentos mais precisos e eventuais falhas nos
equipamentos utilizados.

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5.8 REFERÊNCIAS

Agregado miúdo - Determinação da absorção de água. [s.d.]. Disponível em:


<https://engenhariacivilfsp.files.wordpress.com/2015/03/nbr-nm-0030-2001-agregado-
mic3bado-determinac3a7c3a3o-da-absorsc3a3o-de-c3a1gua.pdf>. Acesso em: 17 jun. 2018.
ANA, A. DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA E ABSORÇAO DE ÁGUA, [s.d.]. Disponível em:
<www.academia.edu/7354841/DETERMINA%C3%87%C3%83O_DA_MASSA_ESPEC
%C3%8DFICA_E_ABSOR%C3%87AO_DE_%C3%81GUA>. Acesso em: 17 jun. 2018.

AUGUSTO SILVA COSTA FERREIRA, P.; MENDONÇA MARQUES, R.; FERNANDO DIAS, J. ESTUDO
COMPARATIVO DE PROCEDIMENTOS DE DETERMINAÇÃO DA. [s.d.]. Disponível em:
<http://www.seer.ufu.br/index.php/horizontecientifico/article/viewFile/24317/16914>.
Acesso em: 17 jun. 2018.
TRAÇO DE CONCRETO: POR QUE CONTROLAR A UMIDADE DA AREIA? Disponível em: <
http://www.mapadaobra.com.br/inovacao/traco-de-concreto-por-que-controlar-a-umidade-
da-areia/ >. Acesso em: 17 jun. 2018.

6. MASSA ESPECIFICA E ABSORÇÃO DE ÁGUA

6.1- Resumo

Sabendo que a brita é um dos materiais mais utilizados em obras da construção civil, é
muito importante conhecer suas propriedades, para poder sempre utilizar o material
necessário e adequado para cada tipo de obra. Este ensaio visa determinar a massa
específica e a absorção de água dos agregados graúdos, na condição saturados
superfície seca. Para realização deste ensaio foram seguidas as normas NBR NM53
que prescreve os métodos para a determinação da massa específica e a absorção de
água dos agregados graúdos, na condição saturados superfície seca., os resultados
𝑔
obtidos determinaram a massa especifica da amostra utilizada de 2,66 3 e a
𝑐
porcentagem de absorção de água é de 3,42%.

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6.2-Objetivo

Determinar a massa específica e a absorção de água dos agregados graúdos,


na condição saturados superfície seca.

6.3 Fundamentação Teórica

Os agregados desempenham grande influência nos estudos para o


aprimoramento de misturas para concreto e argamassas. Conhecer suas propriedades
é essencial para determinar o melhor tipo agregado para cada tipo de obra. A brita é um
dos produtos mais utilizado pela construção civil, muito apropriado para fabricação de
concreto para qualquer tipo de edificação de colunas, vigas e lajes assim como em
diversas aplicações na construção de edificações de grande porte.
Massa específica é a relação entre a massa do agregado seco e seu volume,
sem considerar os poros permeáveis à água. Para determinar a massa específica do
agregado foi utilizado a seguinte equação:

𝑀𝑠𝑒𝑐𝑎
γ=
𝑀𝑠𝑒𝑐𝑎 − 𝑀𝑠𝑢𝑏

Absorção de água é o aumento de massa do agregado devido ao preenchimento


de seus poros permeáveis por água, expressa em porcentagem de sua massa seca.
Para determinar a absorção de água do agregado (ABS) foi utilizada a seguinte
equação:
𝑀𝑠𝑠𝑠 − 𝑀𝑠𝑒𝑐𝑎
𝐴𝑏𝑠, 𝑏(%) = . 100
𝑀𝑠𝑒𝑐𝑎
Obs.: Mseca = Mras – Mr
Msss = Mrsss – Mr
Msub = Mbha - Mbh
Mras: massa recipiente com agregado
Mrsss: massa recipiente com agregados saturados com a superfície seca
Mr: massa recipiente vazio
Mbha: massa balança hidrostática com agregados

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Mbh: massa balança hidrostática.

Para realização deste ensaio foi seguido a norma - NBR NM53 que
prescreve os métodos para a determinação da massa específica e a absorção de água
dos agregados graúdos, na condição saturados superfície seca.

6.4 Materiais Utilizados

Os materiais utilizados para realização desse ensaio foram:


● Brita imersa em água 24horas (figura 1);
● Balança hidrostática (figura 4);
● Panos;
● Estufa (figura 2);
● Potes de sorvete (figura1 e 3);

Figura 1 – Brita imersa 24 h Figura 2 – Estufa Figura 3 – Pote de sorvete

Figura 4 – Balança hidrostática

6.5 METODOLOGIA

Neste ensaio foram seguidos os seguintes passos:

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● Foi pesado o esquema da balança hidrostática obtendo o Mbh (figura 5)

Figura 5 – Peso Mbh

● Foi pesado a brita após imersa 24 h em água, na balança hidrostática e obtido


o Mbha (figura 6);

Figura 6 – Peso Mbha

● Foi pesado o pote de sorvete vazio Mr (figura 7);

Figura 7 – Peso Recipiente Vazio(Mr)

● Foi secado a superfície dos agregados com pano e pesado a seguir obtendo
Mrsss (figura 8)

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Figura 8 – Peso Mrsss

● Foi colocado na estufa 105º C por 24 h, depois pesado obtendo a Mrseca


(figura 9)

Figura 9 – Peso Mrseca

6.6 RESULTADOS

Os resultados obtidos com os dados deste ensaio utilizando as seguintes


fórmulas:
Mseca = Mras – Mr
Msss = Mrsss – Mr
Msub = Mbha – Mbh

Estão representados na tabela 1:


Tabela 3- Massas calculadas

Brita Massa (g)


Msub 1304,8
Msss 2164,8
Mseca 2093,2

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Á partir da tabela 1 foi determinada massa específica e absorção a absorção de


água, ilustrados na tabela 2:

Tabela 2 – Resultados
𝑔 2,66
Massa Específica (𝑐 3.)
Absorção de água % 3,42

6.7 CONCLUSÃO

Analisando os resultados desse experimento, conclui – se que a massa


𝑔
específica da brita utilizada é 2,66 3 e a porcentagem de absorção de água do
𝑐
agregado é de 3,42%. Os erros que podem ter acontecidos neste ensaio estão
atribuídos a falhas humanas ao anotar e calcular os dados, a falta de equipamentos
mais precisos e eventuais falhas nos equipamentos utilizados.

6.8 REFERÊNCIAS

Agregados na Construção Civil: Massa Específica. Disponível em:


<http://agregadosnaconstrucao.blogspot.com/2010/04/massa-especifica.html>. Acesso em:
18 jun. 2018.
BRITA: Pedras usadas em concreto, o que é &quot;brita&quot; - FazFácil. Disponível em:
<https://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/pedras-concreto-brita/>. Acesso em: 18
jun. 2018.
CLAUDIA LASKE, A.; CESAR AMANCIO, E. DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA E ABSORÇAO
DE ÁGUA. Disponível em:
<https://www.academia.edu/7354841/DETERMINAÇÃO_DA_MASSA_ESPECÍFICA_E_ABSORÇA
O_DE_ÁGUA>. Acesso em: 18 jun. 2018.
NORMA BRASILEIRA ABNT NBR NM 53:2003 ERRATA 1. Disponível em:
<http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/17827/material/Nbr_n
m53_2003.pdf>. Acesso em: 18 jun. 2018.

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7. DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECIFICA DA AREIA (Frasco Chapman)

7.1. OBJETIVO

O objetivo desse experimento é determinar a massa específica de


agregados miúdos pelo frasco de Chapman.

7.2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A massa específica de um agregado miúdo é a razão entre a massa do


material e o volume por ele ocupado, desconsiderando os espaços
“vazios”. Segundo a NBR 9776, que rege esse experimento, agregado
miúdo deve ter capacidade mínima de 1 kg e sensibilidade de 1 g ou
menos.

Para determinar a massa específica do agregado miúdo utilizando o


frasco de Chapman, imagem a cima, usamos a equação à baixo:

𝑀𝑔
𝛾=
𝐿 − 𝑀𝑎
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𝛾 : massa específica (kg/cm³ ou g/cm³)


𝑀𝑔: massa do agregado adicionado
𝑀𝑎: massa da água adicionada

7.3. PROCESSO EXPERIMENTAL

7.3.1. MATERIAIS

o Balança
o Frasco de Chapman

Frasco de Chapman. FONTE: NBR 9775/1987

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7.3.2. MÉTODOS

o Acrescentar água no frasco


o Deixar o frasco em repouso, para que escorra toda água
o Introduzir o agregado miúdo

Agregado miúdo sendo adicionado. (Acervo pessoal)

o Agitar o frasco para eliminação de bolhas de ar


o Ler a que nível chegou a água e anotar

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Leitura do nível da água. (Acervo pessoal)

7.4. RESULTADOS

Obtemos o resultado através da formula:

𝑀𝑔
𝛾=
𝐿 − 𝑀𝑎

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7.5. CONCLUSÕES

Seguindo as instruções da norma ABNT NBR 9776, utilizando 500 gramas


de agregado miúdo e 200 mL de água obtivemos uma leitura no frasco de
Chapman que nos resultou em uma massa especifica de 2,688.
Encontramos dificuldade em realizar o experimento pela característica do
agregado em absorver água, a areia em análise foi coletada na beira de
um rio na região do Morro Inglês em Paranaguá. Podemos dizer que o
material tinha uma propriedade alta de absorção.

8. DETERMINAÇÃO DO INCHAMENTO DO AGREGADO MIÚDO

8.1. OBJETIVO
O objetivo desse experimento é determinar o inchamento dos agregados
miúdos, pois esse inchamento pode vir a alterar as propriedades dessas
matérias o que é possível haver uma diferença nos resultados finais.

8.2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


Conforme mostra a norma NBR 6467, define-se inchamento de agregado
miúdo como “Fenômeno relativo à variação do volume aparente,
provocado pela absorção de água livre pelos grãos do agregado, que
altera sua massa unitária”.

8.3. MATERIAIS

o Areia seca (24h na estufa)


o Balança
o Bandeja
o Recipiente metálico
o Concha para pegar areia
o Haste (Para rasar o material)

8.4. MÉTODOS
Nesse experimento utilizamos uma parte da areia seca, jogamos em um
recipiente metálico, nivelamos o material dentro do recipiente e
medimos sua massa, em seguida jogamos o agregado de massa
conhecida na bandeja, acrescemos certa quantidade de água. Para cada

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adição de água faz-se o mesmo processo. Colocamos no recipiente,


nivelamos e medimos a massa.

Bandeja com areia

Misturando a areia

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Acrescentando água

8.5. RESULTADO E DISCUSSÕES


Na tabela a seguir estão os resultados encontrados no experimento e
também os valores calculados seguindo as fórmulas já apresentadas.

Coef. de
Massa de água Massa de Massa Recipiente Volume
Umidade (h%) Ys Yh inchamento
adicionada(g) areia(g) vazio (g) Recipiente (dm³)
(Vh/Vs)
- - 1.997,30 201,30 1,30 1.533,20 1.533,20 1,00
0,50 9,99 1.977,10 201,30 1,30 1.533,20 1.517,69 1,02
1,00 9,99 1.970,60 201,30 1,30 1.533,20 1.512,70 1,02
2,00 19,70 1.867,80 201,30 1,30 1.533,20 1.433,79 1,09
3,00 18,68 1.729,60 201,30 1,30 1.533,20 1.327,70 1,19
4,00 17,30 1.694,10 201,30 1,30 1.533,20 1.300,45 1,23
5,00 16,94 1.720,30 201,30 1,30 1.533,20 1.320,56 1,22
7,00 34,41 1.737,40 201,30 1,30 1.533,20 1.333,69 1,23
9,00 34,75 1.763,70 201,30 1,30 1.533,20 1.353,88 1,23
12,00 52,91 1.857,80 201,30 1,30 1.533,20 1.426,11 1,20

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8.6. CONCLUSÃO
No gráfico foram colocadas as retas e linhas tangentes, que nos mostram o
coeficiente de inchamento (= 1,225) e a umidade crítica (= 3,7%).

9. ÍNDICE DE FORMA PELO MÉTODO DO PAQUÍMETRO

9.1. OBJETIVO

O objetivo desse experimento é determinar o índice de forma do


agregado graúdo, utilizando o paquímetro, baseado na norma ABNT NBR
7809.

9.2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O índice de forma de um agregado é a média da relação entre o


comprimento e a espessura dos grãos, ponderada pela quantidade de
grãos de cada fração granulométrica que o compõe.

9.3. PROCESSO EXPERIMENTAL

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9.3.1. MATERIAIS

o Agregado Graúdo
o Estufa (100°C à 110°C)
o Paquímetro

9.3.2. MÉTODOS

o Deixar o agregado por 24 horas na estufa


o Realizar as medições com o paquímetro (comprimento,
largura e espessura)

Medição com o paquímetro. (Acervo pessoal)

9.4. RESULTADOS

Obtivemos o seguinte resultado:

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Grãos C. (mm) L. (mm) E. (mm) C/L L/E


1 40,75 64,01 43,20 0,637 1,482
2 55,40 41,85 32,35 1,324 1,294
3 62,10 74,80 43,10 0,830 1,735
4 77,20 60,30 25,90 1,280 2,328
5 43,25 51,10 38,20 0,846 1,338
6 82,40 30,55 24,99 2,697 1,222
7 79,85 52,20 27,90 1,530 1,871
8 59,80 53,20 30,90 1,124 1,722
9 78,35 60,10 33,35 1,304 1,802
10 78,80 69,30 32,50 1,137 2,132
11 66,70 46,40 39,90 1,438 1,163
12 48,10 38,50 32,80 1,249 1,174
13 62,20 30,30 25,30 2,053 1,198
14 71,70 39,40 50,30 1,820 0,783
15 66,60 48,20 18,30 1,382 2,634
16 55,10 42,60 27,10 1,293 1,572
17 48,20 44,70 26,10 1,078 1,713
18 36,90 44,65 37,80 0,826 1,181
19 57,10 23,75 24,40 2,404 0,973
20 47,10 35,20 25,20 1,338 1,397
21 44,20 43,90 30,20 1,007 1,454
22 63,10 28,75 15,20 2,195 1,891
23 48,05 29,40 20,05 1,634 1,466
24 64,30 33,05 19,60 1,946 1,686
25 49,80 32,75 31,05 1,521 1,055
MÉDIA 59,48 44,76 30,23 1,44 1,53

C.: comprimento (mm)


L.: largura (mm)
E.: espessura (mm)
C/L: razão entre comprimento e largura
L/E: razão entre largura e espessura

9.5. CONCLUCÕES

Com uma amostra de 25 grãos de brita, obtivemos a razão do comprimento


com a largura (C/L) 1,44 e da largura com a espessura (L/E) 1,53 – os dois
valores abaixo de 2,00 o que caracteriza uma amostra chamada de
“normal” onde nenhuma medida se sobressai sobre as outras.

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10. TEOR DE MATERIAL PULVERULENTO

10.1. OBJETIVO

Tem como objetivo determinar por lavagem a quantidade de agregados


retidos no fundo. Passando por duas peneiras uma de 75µm e 300µm.

10.2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Segundo a norma NM 46:2001 o uso desse experimento mostra que ‘o


material mais fino que a abertura da malha de 75 µm pode ser separado
das partículas maiores de forma mais eficiente e completa por
peneiramento úmido do que através do uso de peneiramento seco.
Portanto, quando se deseja fazer determinações precisas do material
mais fino que 75 µm em agregado miúdo ou graúdo, este método de
ensaio deve ser utilizado previamente ao peneiramento seco para a
análise granulométrica do agregado. ’

10.3. MATERIAIS

o Peneiras
o Fundo de peneira
o Balança
o Álcool
o Fósforo

10.4. MÉTODOS

Utilizando duas peneiras, uma de 75µm e outra de 300µm, colocamos


uma sobre a outra e por fim o fundo. Medimos a massa da quantidade
de areia seca e depois as lavamos com água até que saísse límpida pela
peneira. Secamos a areia com álcool e por fim pesamos a areia seca.

10.5. RESULTADOS E DISCUSSÕES


A massa inicial de areia utilizada foi de 436,7 g.

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Após lavarmos a areia pelas peneiras, percebemos que ficou retido uma
quantidade de 400 g. Então, fazendo os cálculos:

10.6. CONCLUSÃO
Após os cálculos chegamos a conclusão de que foi perdido um total de
9,175 % de areia.

REFERÊNCIAS

BAUER, L. A. Falcão. Materiais de construção Vol.1. 5.ed.. 0. Rio de


Janeiro. LTC. 2000
Norma ABNT NBR NM 45 – Agregados – Determinação da massa unitária
e do volume de vazios
https://www.passeidireto.com/arquivo/3814983/nbr-nm-45---2006---
agregados---determinacao-da-massa-unitaria-e-do-volume-de-vaz
[http://www.senado.leg.br/comissoes/ci/ap/AP20090511_fernandovalv
erde.pdf]
Norma ABNT NBR NM 9775 – Agregados - Determinação da umidade
superficial em agregados miúdos por meio do frasco de Chapman

http://www.clubedoconcreto.com.br/2013/07/passo-paso-
determinacao-da-massa.html
[http://ipr.dnit.gov.br/normas-e-manuais/normas/meetodo-de-ensaio-
me/dner-me194-98.pdf]

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