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Propriedades mecânicas

Plasticidade
Propriedade do material de suportar uma deformação permanente sem se romper. A plasticidade
tem grande importância nas operações de dobramento, estampagem e extrusão. O material
quando submetido a um esforço sofre uma deformação permanente, e só se rompe quando a
tensão aplicada ao material ultrapassa a tensão máxima.
A plasticidade é influenciada pelo calor ( aço ao rubro torna-se bastante plástico).

Tenacidade
A tenacidade mede a capacidade que o material tem de absorver energias até fraturá-lo
incluindo a deformação elástica e plástica quando essa energia é absorvida progressivamente.
Para que um material seja tenaz, ele deve exibir tanto resistência como ductilidade.

Elasticidade
É a propriedade do material, cuja deformação causada por uma tensão, desaparece quando esta
deixa de agir. Em termos de engenharia, o maior interesse concentra-se mais na tensão do que
na deformação, e é esta a razão porque se registra, para os dados técnicos de elasticidade o valor
da tensão que representa o limite de elasticidade. Ex.: aço para molas

Dureza
Propriedade do material de se opor à penetração de outro material. Quando aumentamos a
dureza de um material aumentamos a sua resistência mecânica e sua fragilidade, diminuindo a
sua ductilidade.

METAIS NÃO FERROSOS

Ligas de Alumínio, Cobre, Estanho, Zinco, Níquel e Chumbo.

Cobre
Características e propriedades principais:
Estrutura cristalina CFC;
Excelente condutor eléctrico (o melhor depois da prata);
Oxida ao ar a temperaturas superiores a 500ºC;
Não é atacado pela água;
É atacado pelos ácidos em presença do ar húmido, formando-se óxido de cobre (verdete);
Elevadas ductilidade e maleabilidade;
A resistência mecânica aumenta com tratamentos mecânicos ou ligando o cobre a outros
elementos.

Aplicações:
Puro:
Fio (condutores eléctricos);
Chapa laminada (aplicações mecânicas);
Tubo (redes de fluidos).
Ligado:
Bronze (com estanho);
Latão (com zinco);
Cuproníquel (com níquel)

Latão (Cobre e Zinco)


Classificação:
Latões comuns
Latões para fundição – apresentam pequenas percentagens de outros elementos que aumentam a
fusibilidade e a moldabilidade;
Latões para forjar:
Latões α
Latões α+β
Latões especiais

Zinco
O zinco puro é pouco empregue como material de construção devido às suas modestas
propriedades mecânicas e da sua fraca propensão ao encruamento, sofre ainda de fluência à
temperatura ambiente.

Aplicações:
Revestimentos superficiais para protecção anticorrosiva de componentes de ferro e aços
(zincagem e galvanização),
Componentes fundidos para a industria automóvel,
Componentes de ligas (latões),
Componente de tintas anticorrosivas,
Ânodos sacrificiais para protecção catódica em cascos de navios, pipelines, etc.

Estanho

O estanho puro apenas se utiliza como material de revestimento.


As aplicações mais significativas das ligas de estanho são os metais antifricção, materiais
resistentes à corrosão e as aplicações decorativas.

Chumbo

Características e propriedades principais:


Elevada densidade;
Baixo ponto de fusão;
Baixa resistência à tracção;
Elevada fluência;
Elevada resistência à corrosão pela maioria dos ácidos e ambientes naturais.
Aplicações
Baterias;
Bainhas de cabos eléctricos;
Protecção contra radiação γe X;
Isolamento de som e vibrações;
Elemento de liga (ligas de cobre e aços)
Níquel
O níquel puro apresenta boa resistência à corrosão em ambientes corrosivos;
Usa-se como subcapa na electro de posição por crómio.
Usa-se como placante do aço em tanques destinados a produtos químicos;
A maior aplicação é como elemento de liga em aços e ligas de cobre.

Alumínio

O alumínio puro é um metal leve, de cor branca, pouco duro, muito deformável, com elevadas
condutibilidades térmica e eléctrica e com baixo ponto de fusão;
Devido ao seu elevado poder redutor oxida-se ao ar, formando uma finíssima película de óxido
de alumínio, que o protege contra a corrosão da água destilada, ácido nítrico, ácido carbónico,
compostos de enxofre e de muitos hidrocarbonetos. É, no entanto, atacado pela água do mar e
pelas bases alcalinas (sódio e potássio) e alguns ácidos (clorídrico e fluorídrico).
O alumínio utilizado na construção civil é uma liga Alumínio/Magnésio/Silício, obtido da
bauxite.
Após diversos tratamentos electroquímicos é transformado em lingotes, placas de laminagem,
rolos de extrusão e fios.

Os produtos resultantes são:


Peças fundidas,
Chapas,
Tubos e perfis,
Fios de pequeno diâmetro.

Sua aplicação na construção civil:

Caixilharias para janelas,


Portas e divisórias,
Chapas para revestimentos interiores e exteriores,
Coberturas,
Etc.
Diferentes tipos:
Aluminio anodizado – A anodização de perfis de alumínio e consequente colmatagem dos poros
da camada de alumina, é efectuada por processo electroquímico.

Aluminio termolacado – A termolacagem de perfis de alumínio é um tratamento de superfície


cuja diferença principal relativamente à anodização consiste na aplicação ao perfil, de uma tinta,
pulverizada na superfície do alumínio previamente tratada e polimerizada em estufas que podem
atingir temperaturas de 220ºC.

Outros materiais não ferrosos:

Acessórios de canalização (ligações, terminais, etc.)


Aparelhos das canalizações (torneiras, ralos, etc)
Etc.
O processo de fabrico da maior parte destes produtos é constituído a partir de lingotes de latão
vazado. Sendo este latão uma liga de cobre com aproximadamente 40% de zinco e pequenas
percentagens de outros elementos para facilitar a obtenção de peças por fundição.

Metais Ferrosos

Os metais ferrosos mais comuns são o aço, o ferro fundido e o ferro laminado. Esses metais são ligas de
ferro e carbono, que podem ainda apresentar na sua composição elementos como fósforo, manganês, silício,
cobre, enxofre, entre outros. A rigor, possuem uma porcentagem de ferro superior a 90%, daí a
denominação de metais ferrosos, uma porcentagem máxima de carbono de 5%, com os demais elementos
aparecendo em porcentagens relativamente reduzidas.
O aço possui teor de carbono de até 1,7%. Sua resistência à ruptura por tração pode variar, dependendo da
qualidade, de 200 MPa a valores superiores a 1200 MPa. A resistência ao esmagamento por compressão é
igual à resistência à ruptura por tração.
O ferro fundido apresenta teor de carbono variando entre 1,8% e 4,5%, portanto superior ao do aço. Sua
resistência à tração é considerada baixa, alcançando no máximo 400 MPa, mas a resistência à compressão é
boa, situando-se entre duas e quatro vezes a resistência à tração.
O ferro laminado é quase um aço com baixo teor de carbono (inferior a 0,12%), distinguindo-se deste
apenas por possuir cerca de 3% de escória. Essa escória, caracterizada por pequenas partículas misturadas à
massa do metal, se apresenta na forma de fibras, devido às operações de laminação. O ferro laminado
possui uma resistência à tração que atinge no máximo 350 MPa na direção das fibras e 320 MPa na direção
perpendicular às fibras e uma resistência à compressão que, assim como o ferro fundido, se situa entre duas
e quatro vezes a resistência à tração.
Atualmente, na engenharia estrutural, o único metal ferroso utilizado é o aço, mas com teor de carbono
limitado a 0,29%. Isso porque, embora o carbono seja o principal elemento responsável pelo aumento de
resistência do aço, teores mais elevados podem causar redução de ductilidade e soldabilidade. O ferro
fundido e o ferro laminado deixaram de ser empregado já há muitos anos devido à capacidade limitada de
resistir à tração e, no caso do ferro fundido, também por possuir baixas ductilidade e soldabilidade, em
razão do alto teor de carbono.

https://engenharia-civil-virtual.blogspot.com/2013/10/metais-nao-ferrosos.html

https://www.sites.google.com/site/acoufmg/home/metais-ferrosos

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