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Impacto da co-terapia no tratamento do TEPT com Terapia Cognitivo

Comportamental

De acordo com a American Psychiatric Association (1994), o Transtorno de


Estresse Pós-Traumático (TEPT) é concebido após uma exposição a um evento
traumático, onde o indivíduo passa por uma experiência extremamente negativa
relacionada a violência interpessoal, desastres naturais ou acidentes onde existem
ameaças a sua integridade física. Ele apresenta um quadro de sintomas que prejudicam o
funcionamento cotidiano do indivíduo, fazendo com que o trauma o impeça de realizar
tarefas básicas do dia-a-dia.

De acordo com Friedman (2019), existem três grupos de sintomas que que
refletem as características do TEPT, sendo eles a revivência, a evitação e a
hipervigilancia, podendo variar sua gravidade e intensidade.

Yehuda (2002) afirma que as discursões à cerca do TEPT são pertinentes, pois ele
é considerado o quarto transtorno mais comum de ser desenvolvido. De acordo com
Vieweg (2016), as pesquisas estimam que existem uma prevalência de 8% do TEPT na
população em geral, sendo a depressão e a ansiedade os transtornos que coexistem como
fatores que irão preceder o trauma, assim como um possível abuso de substancias
pssicoativas após o evento traumático.

A terapia cognitiva-comportamental possui como objetivo a modificação dos


comportamentos desenvolvidos como uma resposta ao trauma. O tratamento irá enfatizar
uma aliança colaborativa entre o paciente e o terapeuta, que irão trabalhar os
comportamentos de evitação e os pensamentos disfuncionais, que de acordo com os
modelos da TCC são fatores importantes para a manutenção do TEPT (Foa; Keane;
Friedman, 2004).

Foa (1998), afirma indivíduo com TEPT costuma perder a sensação de segurança
e por isso passa a se portar e a se ver de uma maneira negativa, podendo desenvolver um
senso de responsabilidade pelo ocorrido. Portanto, o tratamento irá possibilitar a criação
de ferramentas que ajudarão o paciente a identificar o que ele está sentindo, avaliar a
realidade de suas cognições e a modifica-las caso elas não sejam realistas.
Dell Prette (2017) afirma que as sessões de terapia contribuem como a adesão ao
tratamento, ajudando a identificar e manejar os obstáculos através da implementação de
técnicas que facilitam o enfrentamento as exposições aversivas.

Referências Bibliográficas

MEDEIROS, Leticia Galery; KRISTENSEN, Christian Haag- “A efetividade da


terapia de exposição para tratamento do transtorno de estresse pós-traumático”.
Revista Grifos. n.28.Rio Grande do Sul.jun.2010

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