Você está na página 1de 11

Curso de Vibrações Mecânicas (EMA006) 05/02/2014

Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1

Introdução
2

 O que é vibração?
 Qualquer movimento oscilatório (geralmente que se
repete) ao longo de um intervalo de tempo.
 por exemplo, o balançar de um pêndulo ou uma corda de
violão quando tocada.
 Vibração também pode ser definida como:
 A variação no tempo da magnitude∆ de uma
quantidade que descreve o movimento ou posição de
um sistema mecânico (Griffin, 1996)
CAP. 1 ∆ Magnitude: Medida de grandeza, tamanho ou importância.

1oSem2014 Introdução Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014

Partes elementares de sistemas vibratórios Partes elementares (equacionamento)


3 4

 Para se descrever matematicamente a dinâmica de


uma estrutura
 São necessárias pelo menos 2 (geralmente 3) partes
elementares.
 É preciso se ter pelo menos:
 Meio de armazenar energia potencial:
 Mola (ou elasticidade): k
Mínimo 2 partes
 Meio de armazenar energia cinética:
 Massa (ou inércia): m
 Meio pelo qual a energia é dissipada gradualmente:
 Amortecedor: c 3a parte Algumas vezes pode ser desprezada

Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014 Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014

Profa. Maria Lúcia Machado Duarte 1


Curso de Vibrações Mecânicas (EMA006) 05/02/2014

Exemplos no Corpo Humano Exemplos na Engenharia


5 6

 Vibração está presente em grande parte das  A vibração também está presente em alguns sistemas
de engenharia:
atividades humanas.
 tanto no projeto,
 Dentre algumas destas atividades podemos citar:  quanto na utilização.
 Audição:  Podemos citar:
 Só se ouve porque o tímpano vibra.  Correias vibratórias;
 Fala:  Compactadores;
 Só se fala porque as pregas vocais vibram.  Máquinas de Lavar;
 Respiração:  Motores de dentista;
 Só se respira porque o pulmão vibra.  Relógios analógicos;
 Máquinas eletrônicas de massagem;
 Coração:
 Peneiras vibratórias,
 Só se vive porque o coração vibra.
 Etc.
Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014 Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014

Vibrações Estruturais Exemplos de Vibrações


7
Positiva Negativa 8

Falha por fatiga em barras de


Falha
Martelo Pneumático
Induzida aviões, Falha
palhetas de turbinas,
pontes, parafusos soltos

Ferramentas de
Máquina de Lavar,
Ativador Mal funcio-
Máquinas, Helicopteros,
cionamento
Separadores
Máquinas de Controle
Vibrações
Estruturais
Intensifi- Veícular,
cador Descon-Predial
Isolamento
Máquina de Corte forto

Aparelhos som,
Instrumentos
SomMusicais, Máquinas em
Autofalantes, Ruído
Geral, navios
Microfones.

Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014 Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014

Profa. Maria Lúcia Machado Duarte 2


Curso de Vibrações Mecânicas (EMA006) 05/02/2014

Porque se mede vibrações?


9

 Existem vários motivos para se medir ou


determinar vibrações estruturais, como por
exemplo:
10 Conceitos Básicos
 Verificar se as frequências e amplitudes não excedem
os limites do material;
 Para evitar excitação na frequência de ressonância
de alguma parte da máquina ou equipamento;
 Para ser capaz de se amortecer ou isolar as fontes
de vibração;
 Para se fazer a manutenção preditiva de máquinas;
 Para se construir ou verificar modelos computacionais
da estrutura (análise do sistema).

Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014 Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014

Graus-de-liberdade (GDL) Sistemas Discretos e Contínuos


11 12

 Definição:  A distinção entre um tipo de sistema e outro:


 Número mínimo de coordenadas independentes
necessárias para se descrever completamente todas as  É feita em função do número de GDL necessários
partes de um sistema, a qualquer instante de tempo. para sua descrição.
É o primeiro conceito necessário para a obtenção das

características vibratórias de um sistema.  Sistemas discretos:
 As coordenadas necessárias para descrever o  são aqueles descritos utilizando-se um número
movimento de um sistema: finito de GDL
 são também conhecidas como coordenadas generalizadas;  ex: sistemas massa-mola-amortecedor;
 podem ser representadas por coordenadas cartesianas ou
não.  Sistemas contínuos (ou distribuídos):
A escolha de um conjunto de coordenadas generalizadas,

portanto, não é único.  são aqueles que possuem infinitos GDLs
 ex: vigas, placas, chapas, cordas, etc.
Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014 Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014

Profa. Maria Lúcia Machado Duarte 3


Curso de Vibrações Mecânicas (EMA006) 05/02/2014

Consideração
13

Estruturas/máquinas têm componentes


Movimento Harmônico

14
deformáveis (elásticos):
 Portanto, possuem infinitos GDL. Movimento Harmônico Simples
 Desta forma, deveriam ser considerados x
sistemas contínuos.
Função Transiente
 Entretanto, em alguns casos, os sistemas
contínuos:
 sãoanalisados como sistemas discretos fazendo-se
considerações de modo a se simplificar a análise.

Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014 Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014

Movimento Harmônico Simples Equacionamento MHS


15 16

Utilizando-se a função seno, tem-se que o deslocamento,


 Movimento oscilatório que se repete em 

velocidade e aceleração serão:


intervalos iguais de tempo (τ)
x = X sen(ωt )
 Forma mais simples de movimento oscilatório.
dx  π
 Conhecido pela sigla MHS v = x& = = ωX cos(ωt ) = ωXsen ωt + 
dt  2
 Pode ser expresso utilizando-se funções: d 2x
a = &x& = = −ω 2 Xsen(ωt ) = ω 2 Xsen(ωt + π )
 seno dt 2
Portanto:
 cosseno ou


 a velocidade e a aceleração são também harmônicas,


 e (cos+i.sen).  com a mesma frequência de oscilação,

 porém à frente do deslocamento de π /2 e π radianos,


respectivamente.
Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014 Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014

Profa. Maria Lúcia Machado Duarte 4


Curso de Vibrações Mecânicas (EMA006) 05/02/2014

Representação do Mov. Harmônico Visualização do MHS


17 18

 Pode ser representado como:


 A projeção numa linha reta,
 de um ponto que se move numa circunferência

 a velocidade constante (frequência angular ω)

P X sen(ωt)
X
θ = ωt X
O M
ωt

2π ou τ Fonte: Universidade do Alvarge


Profa. Ana Maria Rodrigues
Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014 Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014
w3.ualg.pt/~aodrig/Documentos/FísicaI_11_12/13_Oscilação.ppt

Análise Harmônica Função transiente no tempo


19 20

 O matemático francês J. Fourier (1768-1830) mostrou que:  A função transiente:


 qualquer movimento periódico pode ser representado por uma série  É uma função que existe apenas num espaço limitado de tempo.
de senos e cossenos
 É nula em qualquer outro tempo.
 Que são harmonicamente relacionados,
 Isto é feito através de série de Fourier.  Tais funções não são periódicas.
 Os coeficientes da série de Fourier:  Não sendo periódicas:
 definem completamente a contribuição da onda periódica.  não é aplicável o método da série de Fourier.
 O resultado da representação gráfica destes coeficientes em  Entretanto:
função da frequência:  podem ser analisadas no que elas contêm de frequência pelo
método das Transformadas de Fourier.
 forma o que se chama de Espectro de Fourier do perfil da onda.
 Transformada Rápida de Fourier (FFT):  Diferença entre funções periódicas e transientes
 Funções periódicas → Espectro de frequência discreto;
 Forma mais rápida e eficiente de se fazer a análise harmônica
de um sinal.  Funções transientes → Espectro de frequência contínuo.
 Para isto, utiliza-se computadores digitais.

Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014 Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014

Profa. Maria Lúcia Machado Duarte 5


Curso de Vibrações Mecânicas (EMA006) 05/02/2014

Amplitude (X)
22

 Valor que um vetor possui quando medido a partir do ponto


21 Definições e Terminologia de equilíbrio (i.e. origem).
 Geralmente, considerada como o ponto de máximo do vetor.
 Em vibrações, o conceito de amplitude pode ser relacionado:
 tanto a resposta
 quanto à excitação de um corpo vibrante.
 A resposta pode ser dada em termos de:
 deslocamento, velocidade ou aceleração
 Neste caso, amplitude será o valor de resposta do corpo vibrante a
partir da sua posição de equilíbrio.
 A excitação pode ser:
 uma força (ou momento) aplicada.
 Neste caso, a amplitude será o valor da força (momento) aplicada ao
sistema a partir do zero.

Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014 Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014

Ciclo, Período e Frequência Frequência (angular e linear)


23 24
Ciclo:

 Existem duas formas de representar frequência (ω ou f):
 Pode ser definido como sendo uma revolução (i.e. deslocamento
angular de 2π radianos).  ω é conhecida como frequência circular,
 Representa o movimento de um corpo vibrante a partir da sua  medida em radianos por segundo [rad/s].
posição de equilíbrio, para um lado extremo, de volta a sua  para distinguir da frequência linear f.
posição de equilíbrio, então para o outro lado extremo.  medida em ciclos por segundo [Hz],
 Período de oscilação (τ):  Observações:
 Tempo necessário para a oscilação completar um ciclo (i.e. se
repetir);  Quando se calcula frequência:
 calcula-se em radianos por segundo (portanto, ω).
 Frequência de oscilação (f ou ω):
 Número de ciclos por unidade de tempo.
 Entretanto, quando se mede ou se expressa o valor de
frequência:
 Portanto:  normalmente esta está em Hz (portanto, f).
 a frequência de oscilação é inversamente proporcional ao
período de oscilação. 1 ω
A frequência de oscilação denota a velocidade angular do
f = =

movimento cíclico.
τ 2π
Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014 Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014

Profa. Maria Lúcia Machado Duarte 6


Curso de Vibrações Mecânicas (EMA006) 05/02/2014

Ângulo de Fase e Freq. Natural Batimento


25 26

 Ângulo de fase (φ):  Fenômeno existente quando dois movimentos


 o ângulo definido entre dois pontos de máximo de harmônicos que possuam frequências próximas
dois vetores. um do outro são adicionados.
 Entretanto, qualquer outro ponto correspondente  Portanto:
pode ser usado para se achar o ângulo de fase.  quando a frequência de excitação é próxima, mas não
 Frequência natural (ωn) exatamente a frequência natural do sistema, ocorre o
fenômeno de batimento.
 frequência na qual um sistema oscila após um  Neste tipo de vibração, a amplitude aumenta e diminui de
distúrbio inicial, quando deixado oscilando sem a uma forma regular.
ação de forças externas.  Este tipo de fenômeno pode ser visto:
 É uma propriedade inerente ao sistema e depende  por exemplo, em máquinas e estruturas quando a
das suas características físicas (i.e., massa e rigidez); frequência de excitação é próxima a frequência natural do
sistema.
Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014 Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014

Representação do Batimento Oitava


27 28

 Somando dois sinais de frequências próximas:  Oitava:


x1 (t ) = X sen(ωt ) x 2 (t ) = X sen(ωt + δωt )
 Geralmente mais utilizada em acústica, porém,
x (t ) = x1 (t ) + x 2 (t ) = X [sen (ωt ) + sen (ωt + δωt )] algumas vezes em vibrações.
Frequência de
 quando o valor máximo de um intervalo de
ω b = δω Batimento
  δωt   δωt 
x(t ) = 2 X sen ωt +  + cos 
  2   2  frequência é duas vezes seu valor mínimo (i.e.,
2π Período de
2.π
ω
τb =
δω Batimento
uma razão de 2:1) estes valores diferem de uma
τ b
2
τ b
2
τ b 2 .X oitava.
2 .X .cos
δ .ω .t  O intervalo de frequência neste caso é conhecido
2
como banda de oitava.
x(t) [mm]

δ .ω .t
2 .X 2 .X .sen ω .t
2
Profa. Maria Lúcia Machado
t [s]
Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014 Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014

Profa. Maria Lúcia Machado Duarte 7


Curso de Vibrações Mecânicas (EMA006) 05/02/2014

Decibel (dB) Escala Linear x Logarítimica


29 30

 Escala usada para representar diversas quantidades  Muitas vezes não nos damos conta de que a escala
encontradas no campo de vibrações e acústica, tais como:
 deslocamento, velocidade, aceleração, logarítmica está sendo utilizada.
 pressão e potência.
 Utilizada para comprimir a diferença entre valores máximos e
mínimos.
 Na realidade, é um tipo de escala logarítmica.
 Originalmente definido como razão entre potências elétricas.
 Uma vez que esta é proporcional ao quadrado da voltagem,
pode também ser representado utilizando-se esta, i.e.:
2
 P  X  X
dB = 10 log  = 10 log  = 20 log 
 P0   X0   X0 

Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014 Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014

Escala logarítmica para frequência Escala Logarítmica para Amplitude


31 32

 As principais vantagens para o uso de escala logarítmica


para representação de amplitudes são:
 Mudanças por fatores constantes são igualmente mostradas;
 Maneira otimizada se mostrar um intervalo dinâmico grande.

Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014 1oSem2014

Profa. Maria Lúcia Machado Duarte 8


Curso de Vibrações Mecânicas (EMA006) 05/02/2014

Níveis de Vibração Reais (linear x dB)


33

34 Classificação de Vibrações
Cada par de definições a seguir é excludente entre si.
Entretanto, não exclui o par seguinte.
Portanto, quando se classifica vibração de forma
completa, deve-se considerar cada par de definição.
Deve-se prestar atenção se está se referindo a esta
classificação:
 do ponto de vista do movimento vibratório
 ou do ponto de vista de análise do problema.

Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014 Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014

Livre x Forçada Livre x Forçada


35 36

 A principal diferença entre vibração livre e forçada é a  Vibração forçada:


presença de força externa.  quando o sistema é colocado em vibração através de
 Vibração livre: força(s) externa(s),
 quando o sistema é colocado em vibração após um distúrbio  normalmente, do tipo repetitiva.
inicial,  Isto porque se a força não for repetitiva,
 e não existem forças externas agindo sobre ele após este  a vibração resultante será livre, apesar da análise a ser feita
distúrbio ser análise de vibração forçada.
 Ou seja, o sistema oscila sob a ação de forças inerentes ao próprio
sistema.  É importante para uma análise de vibração forçada:
 A análise de vibração livre é feita:  que a(s) força(s) aplicada(s) possa(m) ser quantificada(s).
 em forma matemática considerando-se um termo nulo no lado direito  Neste caso:
da equação de movimento do sistema,  o lado direito da equação de movimento do sistema possui um
 uma vez que não é possível se representar (quantificar) termo diferente de zero,
matematicamente o termo forçante.  referente à descrição matemática do termo forçante.
 É nesta condição que se determina a frequência natural do  É nesta condição que ocorre ressonância.
sistema.
Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014 Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014

Profa. Maria Lúcia Machado Duarte 9


Curso de Vibrações Mecânicas (EMA006) 05/02/2014

Amortecida x não amortecida Linear x não linear


37 38

 A principal diferença entre vibração amortecida e não  A principal diferença entre vibração linear e não linear e a presença
amortecida é a presença de dissipação de energia: de termos que não respeitam o princípio da superposição.
 Geralmente a não linearidade ocorre pelo amortecimento e/ou elasticidade.
 Vibração não-amortecida:  Vibração Linear:
 Quando a energia não é perdida ou dissipada através de  Quando todos os componentes se comportarem de forma linear, o sistema
fricção ou outra resistência durante a oscilação. é considerado como em regime de vibração linear.
 Vibração amortecida:  Neste caso, vale o princípio da superposição.
 as técnicas matemáticas de análise são mais desenvolvidas.
 quando, ao contrário, a energia é perdida através de
fricção ou outra resistência.  Vibração não linear:
Quando algum dos componentes se comporta de forma não linear ;
Na maioria das aplicações de engenharia:


 não vale o princípio da superposição.
 o valor do amortecimento é tão pequeno  As equações diferenciais que governam o comportamento
 que pode ser desprezado. vibratório de um sistema
 Entretanto,  linear e não-linear são lineares e não-lineares , respectivamente.
 este valor se torna significativo quando a análise é feita  Todos os sistemas tendem a agir de forma não-linear com o aumento da
próxima a ressonância. amplitude de oscilação.
Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014 Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014

Determinístico x Aleatório Tipos de Sinais


39 40

 A principal diferença entre vibração determinística e aleatória Sinais não estacionários


é o fato da excitação ser conhecida ou não a qualquer  O sinal contínuo não estacionário tem
instante de tempo. algumas similaridades com:
Tanto o sinal transiente;
 Vibração determinística: 
 Quanto sinais estacionários.
 Quando o valor ou magnitude da excitação (força ou movimento) Sinais Estacionários  Durante a análise, os sinais contínuos
é conhecido a qualquer instante de tempo.  Sinais determinísticos estacionários: não estacionários:
Devem ser tratados como sinais
 a excitação é determinística  são formados inteiramente de 
randômicos;
componentes senoidais em frequências
 e a vibração é conhecida como determinística. discretas;  Ou separados em transientes
individuais e tratados como
 Vibração aleatória:  Sinais randômicos: transientes.
são caracterisados por serem sinais Sinais transientes são definidos
 Quando o valor da excitação em um determinado intervalo de 
onde o valor instantâneo não pode ser

como:
tempo não pode ser predito, predito,
 Sinais que começam e terminam em
 a excitação é não-determinística (ou aleatória)  porém, o valor pode ser caracterizado um nível constante, geralmente zero,
por um certa função densidade de dentro do tempo de análise.
 e a vibração é conhecida como aleatória. probabilidade.
 Neste caso, um grande número de dados precisa ser colhido  Por exemplo, pode ser medido sua
média
 o tratamento é feito de forma estatística.  Sinais randômicos tem um espectro em
frequência que é contínuo.
Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014 Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014

Profa. Maria Lúcia Machado Duarte 10


Curso de Vibrações Mecânicas (EMA006) 05/02/2014

Ressonância
42

 Só está presente em vibração forçada.


41 Ressonância  Ocorre quando:
 a frequência da força de excitação coincide com
uma das frequências naturais do sistema.
ω = ωn
 Neste caso, ocorrem grandes amplitudes:
 o que pode ocasionar problemas de falhas em
estruturas.
grandes amplitudes → grandes tensões.
grandes tensões → grandes deformações.
Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014 Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014

Exemplo: Tacoma Bridge Tacoma Bridge


43 44

 As explicações mais usuais para o colapso da ponte são:


 Ressonância;
 Vortex Sheeding
→  Porém, o que aconteceu na realidade foi um fenômeno conhecido como:
 Flutter Aeroelástico.
 Uma explicação clara pode ser vista em
 http://www.youtube.com/watch?v=6ai2QFxStxo

A ponte foi projetada para :  Porém, não está errado se dizer que foi devido aos 2 primeiros fenômenos


 Veja comentário de Jakub Skowron
 O movimento ondulatório
“And how the flutter is generated? by the so called 'tacoma swirly things' (vortices). Ther
longitudinal; 
comming-off rate depends on speed of the wind, so it could happen only if wind was
 Não movimento torcional. constant for many hours.
So constant wind caused vortices to form, vortices caused a resonance with natural
 Desta forma, devido a um efeito frequency of the bridge deck. I am not sure however where the vortices were formed. At
some edges for sure, but either deck, pillars or suspension lines.”
conhecido como Vortex:
 A ponte entrou em ressonância no  Outros vídeos:
movimento torcional  http://www.youtube.com/watch?v=3mclp9QmCGs
 e veio ao colapso.

Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014 Profa. Maria Lúcia Machado Duarte (Eng. Mec./UFMG) 1oSem2014

Profa. Maria Lúcia Machado Duarte 11

Você também pode gostar