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SEMANA SANTA

Dentro da Igreja Católica, as datas religiosas são sempre muito comemoradas pelos fiéis como uma maneira
de recordar, resgatar e atualizar fatos num clima de ação de graças e de louvor. Ele surgiu e se desenvolveu
a partir da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. A sociedade de consumo tem dado, ao longo dos
anos, um caráter especial para a festa de Natal, porém, o principal evento do calendário litúrgico, é o Mistério
Pascal. O Mistério Pascal, que é a mais importante celebração cristã, constitui a Semana Santa. A Paixão,
Morte e Ressurreição do Senhor constituem essa semana sagrada para a Igreja e, cada um desses fatos, reúne
características importantes dentro da história da Igreja.

A SEMANA SANTA
A origem da festa está nos costumes judaicos. Inicialmente era a festa da passagem das pastagens. O rebanho
era levado de um pasto fraco para um pasto de capim viçoso. Chamava-se "Dia da Páscoa". Esta festa existe
antes de Moisés. Ela se combinou com a festa dos ázimos expressando o momento em que o povo de Israel
passou para a agricultura, e então celebrava esta festa no princípio da colheita. O texto fundamental da
narrativa da páscoa judaica está no livro do Êxodo (12, 1-13) e descreve a luta de Deus pela libertação de seu
povo da escravidão do Egito, para levá-lo sobre suas asas ao encontro do Sinai e da Aliança.
A Semana Santa, que inclui o Tríduo pascal, visa recordar a Paixão e a Ressurreição de Cristo, desde a sua
entrada messiânica em Jerusalém. Os ritos especiais da Semana Santa, isto é, a bênção e procissão de ramos,
a transladação do Santíssimo Sacramento depois da Missa da Ceia do Senhor, a ação litúrgica da Sexta-feira
da Paixão do Senhor e a Vigília pascal, podem celebrar-se em todas as igrejas e oratórios. Mas convém que,
nas igrejas que não são paroquiais e nos oratórios, sejam somente celebrados se puderem ser realizados
dignamente, isto é, com número conveniente de ministros, com a possibilidade de se executar ao menos
algumas partes em canto, e uma suficiente freqüência de fiéis. Senão, conviria que as celebrações fossem
realizadas somente na igreja paroquial e em outras igrejas maiores. Um domingo antes da Páscoa é celebrado
o Domingo de Ramos.

DOMINGO DE RAMOS
No Domingo de Ramos, da Paixão do Senhor, a Igreja entra no mistério do seu Senhor crucificado, sepultado
e ressuscitado. O Domingo de Ramos foi instituído, desde o século IV, como uma maneira de recordar a
entrada de Jesus de Nazaré na cidade de Jerusalém.
É nesse Domingo que a Igreja vive dois mistérios da vida de Jesus: o primeiro é representado pela procissão
de ramos e relembra a entrada de Cristo em Jerusalém; o outro é a Paixão de Jesus, que vai continuar sendo
celebrado durante a Semana Santa. Na Bíblia a chegada de Jesus a Jerusalém é contada nos Evangelhos de
São Mateus 21, 1-11; São Marcos 11, 1-11; São Lucas 19, 28-44 e São João 12, 12-19.
QUINTA-FEIRA SANTA
O significado da Quinta-feira vem ao longo dos séculos, evoluindo, principalmente devido às reformas
litúrgicas introduzidas pela Igreja. Na Igreja Romana, até o século VII, a Quinta-feira Santa marcava o fim
da Quaresma e do jejum penitencial, e o início do jejum na espera da Ressurreição do Senhor, a partir da
Sexta-feira.
A cerimônia do Lava-pés foi uma outra celebração exigida pelo Concílio de Toledo (634) e recorda o gesto
de Jesus em lavar os pés de seus discípulos, e a dizer: "Sede assim uns com os outros" - significando que
devemos servir uns aos outros, com total humildade, gratuidade e amor.

SEXTA-FEIRA SANTA
Na Sexta-feira Santa (também conhecida como Sexta-feira da Paixão ou Sexta-feira Maior) a Igreja celebra
esse dia como a Morte do Senhor. É um dia de respeito, silêncio e simplicidade quando se deve recordar e
compreender a dor e o sofrimento de Jesus, e refletir sobre a absolvição de todos os pecados da humanidade.
Atualmente, não se celebra a Eucaristia porque a Igreja não realiza missas ou qualquer sacramento nesse dia.
A celebração é dividida em Paixão Proclamada, com a liturgia da palavra; Paixão Invocada, com a solene
oração universal, realizada pela Igreja para as comunidades do mundo inteiro; Paixão Venerada, com a
adoração da cruz, local onde está centrada as dores de Jesus; e Paixão Comungada, com a comunhão
eucarística. É nesse dia também que se lê o relato da Paixão e se faz as procissões da Via-Sacra - ou Caminho
da Cruz, com as suas quinze estações, em grandes preces pela Igreja pelo mundo, e a seguir, a adoração da
Cruz.

SÁBADO SANTO
É chamado de Vigília Pascal, ou Sábado de Aleluia.
a Igreja se mantém de vigia à espera da Ressurreição do Senhor, e celebra-se com os sacramentos a Iniciação
cristã. Toda a celebração da Vigília Pascal se realiza de noite; mas de maneira a não começar antes do início
da noite e a terminar antes da aurora do Domingo. Esta Vigília é o cume do ano litúrgico. A noite do Sábado
Santo passou a ter as seguintes partes:
A Celebração da Luz - Realiza-se perante a fogueira acesa, na qual se acende o círio pascal. A reunião dos
fiéis ao redor da fogueira manifesta a participação comunitária. A antiga tradição de acender a fogueira
através do atrito entre pedras tem a ver com a alusão a Cristo, que é a pedra angular e que, do túmulo escuro
de pedras, nasce como luz para o mundo.
A Celebração do Círio - O Círio Pascal nasce da tradição de iluminar a noite com tochas de fogo ou muitas
lâmpadas. Elas representam o Senhor ressuscitado como luz nas trevas humanas. Seguir o Círio Pascal em
procissão tem grande valor simbólico, pois representa o seguimento, pois representa o seguimento de Jesus,
que se apresenta como a luz do mundo e lembra o povo de Israel que seguia Moisés na escuridão em busca
da libertação, iluminando somente pela fé em Deus.
A Liturgia da Palavra - Nove leituras bíblicas, sendo sete do Antigo Testamento e duas do Novo Testamento
(epístola e evangelho), que podem ser diminuídas por razões pastorais. Todas estas leituras são entremeadas
por salmos ou cânticos, que devem ter, além da proclamação de seu conteúdo específico, a função de
dinamizar e animar a assembleia celebrante.
A Liturgia Batismal - A Igreja, desde os primeiros séculos, ligou a celebração do batismo à noite pascal,
pois esta foi sempre a celebração, por excelência, da realização do batismo na comunidade cristã primitiva.
A Liturgia Eucarística - É o coração da vigília pascal. Embora as circunstâncias das comunidades urbanas
sejam menos propícias, por questão de transporte e mesmo de violência, muitas comunidades rurais ou de
bairros realizam um ágape ou uma confraternização após a celebração da vigília, para comemorar e celebrar
de forma festiva este acontecimento fundamental da fé cristã. Quando preparado pela equipe de liturgia ou
pelos membros da comunidade, deve-se estimular a participação de todos, pois este evento constitui parte
integrante da celebração.

DOMINGO DE PÁSCOA
No início do cristianismo, como a Celebração Pascal celebrada no Sábado Santo durava até a madrugada não
existia uma liturgia própria para o Domingo. Somente após a reforma de 1955 foi que o Domingo de Páscoa
passou a ter um caráter verdadeiro. Em uma celebração muito alegre, a comunidade se reúne para exaltar
Jesus Cristo que venceu as barreiras da Morte e convida todos a Ressurreição.
SEMANA SANTA

A Semana Santa é uma tradição religiosa católica que celebra a Paixão, a Morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Ela se
inicia no Domingo de Ramos, que relembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e termina com a ressurreição de
Jesus, que ocorre no domingo de Páscoa.

OS DIAS DA SEMANA SANTA

Domingo de Ramos
O Domingo de Ramos abre solenemente a Semana Santa, com a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.

Jesus é recebido em Jerusalém como um rei, mas os mesmos que o receberam com festa o condenaram à morte. Jesus é
recebido com ramos de palmeiras. Nesse dia, são comuns procissões em que os fiéis levam consigo ramos de oliveira ou
palmeira, o que originou o
nome da celebração. Segundo os evangelhos, Jesus foi para Jerusalém para celebrar a Páscoa Judaica com os discípulos e
entrou na cidade como um rei, mas sentado num jumentinho - o símbolo da humildade - e foi aclamado pela população
como o Messias, o rei de Israel. A multidão o aclamava: "Hosana ao Filho de Davi!" Isto aconteceu alguns dias antes da
sua Paixão, Morte e Ressurreição. A Páscoa Cristã celebra então a Ressurreição de Jesus Cristo.

Segunda-Feira Santa
É o segundo dia que vem depois de Domingo de Ramos onde se recorda a prisão de Jesus Cristo.

Terça-Feira Santa
É o terceiro dia da Semana Santa, onde são celebradas as sete dores de Nossa Senhora Virgem Maria. E muito comum
também por ser o dia de penitência no qual os cristãos cumprem promessas de vários tipos ou o dia da memória do
encontro de Jesus e Maria no caminho do Calvário.

Quarta-Feira Santa
É o quarto dia da Semana Santa. Em algumas igrejas celebra-se neste dia a piedosa procissão do encontro de Nosso Senhor
dos Passos e Nossa Senhora das Dores. Ainda há igrejas que neste dia celebram o Ofício das Trevas, lembrando que o
mundo já está em trevas devido à proximidade da morte de Jesus.

Quinta-Feira da Ceia
É o quinto dia da Semana Santa e, na manhã deste dia, nas catedrais das dioceses, o bispo se reúne com o seu clero para
celebrar a Celebração do Crisma, na qual são abençoados os óleos que serão usados na administração dos sacramentos do
Batismo, Crisma e Unção dos Enfermos. Com essa celebração se encerra a Quaresma.

Neste mesmo dia, à noite, são relembrados os três gestos de Jesus durante a Última Ceia: a Instituição da Eucaristia, o
exemplo do Lava-pés, com a instituição de um novo mandamento (ou "ordenança") segundo algumas denominações
cristãs, e a instituição do sacerdócio. É neste momento que Judas Iscariotes sai para entregar Jesus por trinta moedas de
prata. E é nesta noite em que Jesus é preso, interrogado e, no amanhecer da sexta-feira, açoitado e condenado.

A igreja fica em vigília ao Santíssimo, relembrando os sofrimentos de Jesus, que tiveram início nesta noite. A igreja já se
reveste de luto e tristeza, desnudando os altares (quando são retirados todos os enfeites, toalhas, flores e velas), tudo para
simbolizar que Jesus já está preso e consciente do que vai acontecer. Também cobrem-se todas as imagens existentes no
templo, com panos de cor roxa.

Sexta-Feira Santa ou Sexta-Feira da Paixão


É quando a Igreja recorda a morte de Jesus. É celebrada a Solene Ação Litúrgica, Paixão e a Adoração da Cruz. A
recordação da morte de Jesus consiste em quatro momentos: A Liturgia da Palavra, Oração Universal, Adoração da Cruz
e Rito da Comunhão. Presidida por presbítero ou bispo, os paramentos para a celebração são de cor vermelha.

Sábado Santo ou Sábado de Aleluia


É o dia da espera. Os cristãos junto ao sepulcro de Jesus aguardam sua ressurreição. No final deste dia é celebrada a Solene
Vigília Pascal, a mãe de todas as vigílias, como disse Santo Agostinho, que se inicia com a Bênção do Fogo Novo e
também do Círio Pascal; proclama-se a Páscoa através do canto do Exultet e faz-se a leitura de 8 passagens da Bíblia (4
leituras e 4 salmos) percorrendo-se toda história da salvação, desde Adão até o relato dos primeiros cristãos. Entoa-se o
Glória e o Aleluia, que foram omitidos durante todo o período quaresmal. Há também o batismo daqueles adultos que se
prepararam durante toda a quaresma. A celebração se encerra com a Liturgia Eucarística, o ápice de todas as missas.

Domingo de Páscoa
É o dia mais importante para a fé cristã, pois Jesus vence a morte para mostrar o valor da vida. Esse dia é estendido por
mais cinquenta dias até o Domingo de Pentecostes.

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