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Natal
2015
TAMARA CANÊDO SILVA
Natal
2015
Catalogação da Publicação na Fonte.
UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA
Aprovada em ____/____/____
_______________________________________________
Prof Dr. Antônio Alves Filho
Orientador
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
_______________________________________________
Prof MSc. Francenildo Dantas Rodrigues
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
______________________________________________
Profª. MSc. Lucila Moura Ramos Vasconcelos
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
AGRADECIMENTOS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
APRESENTAÇÃO......................................................................................11
1 PARTE INTRODUTORIA........................................................................12
1.1 Caracterização da empresa.................................................................12
1.2 Contextualização e Problema..............................................................13
1.3 Objetivos...............................................................................................14
1.3.2 Objetivo Geral..................................................................................14
1.3.2 Objetivo Específicos.......................................................................14
1.4 Justificativa do Estudo..........................................................................14
2 REFERENCIAL TEORICO...................................................................16
2.1 Cultura organizacional – Conceitos e definições..................................16
2.2 Tipos de Cultura Organizacional...........................................................25
2.3 Tipologia de Cameron e Quinn (1999)..................................................25
2.3.1 Cultura tipo Clã (Grupal).................................................................26
2.3.2 Cultura tipo Inovativa (Adhocracia)...............................................26
2.3.3 Cultura tipo Mercado ......................................................................26
2.3.4 Cultura tipo Hierarquia....................................................................27
2.3.5 Método para identificar a Cultura Predominante no modelo de
Cameron e Quinn......................................................................................27
2.4 Tipologia de Charles Handy (1987)......................................................28
2.4.1 Cultura de Grupo (Zeus).................................................................28
2.4.2 Cultura da Função (Apolo).............................................................28
2.4.3 Cultura da Tarefa (Atenas).............................................................29
2.4.4 Cultura Existencial (Dionísio)............................... ........................29
2.4.5 Método para identificar a Cultura Predominante no modelo de
Charles Handy.........................................................................................29
3 EMPRESA FAMILIAR............................................................................30
4 METODOLOGIA.....................................................................................34
APRESENTAÇÃO
Dessa forma o presente trabalho tem como objetivo realizar um estudo sobre
a cultura organizacional em uma empresa de atacado de sex shop, já que cada
organização tem sua identidade própria, caracterizando culturalmente suas relações
de trabalho.
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1. PARTE INTRODUTÓRIA
Assim, no mesmo ano (2008), foi aberta a primeira loja de sex shop da Star,
que a partir deste momento muda sua razão social para Star Game Comércio e
Representações Ltda. atendendo o público consumidor e revendedor, a Star sentiu
as dificuldades de uma loja de varejo, e percebeu a necessidade de um fornecedor
de produtos de sex shop sério, com política de trabalho, bem estruturado para
atender rápido, dar continuidade no trabalho, preço justo, produtos de qualidade e
etc., vendo esta necessidade no mercado e já registrada como comércio e
representações, a Star resolveu procurar investimento e começou a criar boas
parcerias com as empresas do setor.
Em 2010, a Star abre então sua primeira filial, com a formação de quatro
sócios, todos integrantes da mesma família. A empresa é aberta exclusivamente
para atender o mercado de atacado e distribuição de produtos de sex shop,
buscando melhorar as deficiências que havia percebido como lojista e tentando não
cometer as mesmas falhas dos antigos fornecedores. Desde então a Star mantém
sua loja de varejo para ter contato com o público consumidor e para projetos futuros,
e concentra-se no mercado de distribuição, buscando acima de tudo estruturar-se e
atender da melhor forma possível seus clientes de atacado.
Buscam ser, cada vez mais profissional no mercado, a fim de garantir a qualidade e
excelência no serviço. Suas ações são marcadas pela integridade confiança e
lealdade, bem como respeito e valorização do ser humano em sua privacidade,
individualidade e dignidade.
1.3 OBJETIVOS
2 REFERENCIAL TEÓRICO
A cultura como conceito tem uma longa e diversificada história. Nos últimos
anos tem sido utilizada por pesquisadores organizacionais e gerentes, para se
referirem ao clima e práticas que as organizações desenvolvem ao lidar com
pessoas ou aos valores que estão à mostra, e a política de uma organização.
Para Schein (1992), pode-se dizer que a cultura é representada por valores
aprendidos em conjunto, sendo compartilhados e seguidos como corretos de acordo
com o sucesso da organização, porém, essa abordagem demonstra que muitas
vezes os valores que compõem a organização são desconhecidos pela mesma,
dificultando que essa cultura seja identificada.
Para este autor, a cultura como conceito é algo abstrato porem suas
conseqüências em quesito comportamento e atitudes são bem concretas. Ferreira
et. al.(2004), por sua vez, considera a cultura organizacional como sendo
responsável pela espinha dorsal da organização e necessária para promoção do
inter-relacionamento de seus membros.
Para um conceito ser útil ao nosso entendimento ele deve ser observável.
Schein (2009) argumenta que deve se evitar modelos superficiais de cultura e
construir modelos antropológicos mais profundos e complexos. A cultura como
18
premissas básicas. Para Guerrier (2000), todos esses autores resumem a idéia que
Schein aborda.
Schein (2009) acredita que a real importância dos lideres é criar e gerenciar
a cultura, a sua capacidade de entender e trabalhar com ela. Um líder também
exerce seu papel ao acabar com a cultura, quando ela é vista como disfuncional, ou
seja, quando não traz resultados satisfatórios. A diferença entre liderança e gestão é
que a liderança cria e muda as culturas, enquanto a gestão age dentro dela. A
cultura é o resultado de um complexo progresso de aprendizado de grupo, podendo
o comportamento do líder parcialmente influenciá-los.
Para Schein (2009), as definições de cultura que lidam com valores devem
caracterizá-la como sendo valores inegociáveis, que ele chama de suposições.
Schein (2009) destaca que a cultura pode ser analisada em vários níveis, o
qual a palavra nível significa a medida pelo qual a cultura é visível ao observador.
Essas diversas camadas da cultura variam de manifestações abertas tangíveis onde
é possível vê-las e senti-las às suposições básicas, inconscientes e profundamente
inseridas que para o autor é a essência da cultura. Podendo ser ilustrado na Figura
01, na qual se observa o primeiro nível, artefatos, como o nível mais superficial da
cultura da organização; os valores, onde o grupo procurar justificar os artefatos; e os
pressupostos básicos, o nível mais profundo e inconsciente como já expressado
anteriormente.
.
Figura 01 – Representação do modelo de análise de Schein.
O nível mais superficial é a dos artefatos, que é o nível que inclui todos os
fenômenos que podem ser vistos, ouvidos e sentidos quando se entra em contato
com uma organização como, por exemplo, estrutura organizacional, lay-out,
linguagem, padrões de comportamento visíveis, sua tecnologia, produtos e etc.
Neste nível é válido ressaltar que os dados são fáceis de ser observáveis porem são
de difíceis interpretações.
22
Quadro 02 - Conceito dos elementos da cultura organizacional por Freitas. (Continuação do Quadro
01)
ELEMENTOS CONCEITO
As estórias são narrativas de eventos que acontecem informando sobre a
organização, os mitos referem-se à estórias coerentes com os valores
ESTÓRIAS E MITOS
organizacionais, mas sem sustentação nos fatos. Tanto as estórias como os
mitos tem funções especificas, como: mapas, símbolos, scripts etc.
TABUS Orienta o comportamento com ênfase naquilo que não é permitido, demarcando
as áreas de proibições.
Souza (1978) afirma que a cultura assim que criada condiz com os três
subsistemas principais da organização, o gerencial-administrativo, o tecnológico-
estrutural e o psicossocial, que coincide com os três estados de ego da
personalidade: pai, adulto e criança.
O tipo de cultura Clã ou Grupal tem foco no interior da organização. Este tipo
de cultura valoriza seus fornecedores e clientes, os vendo como parceiros. A
empresa se preocupa para que haja um ambiente de trabalho humano, buscando
estimular o trabalho em equipe e de envolver os empregados nas decisões. Os
lideres tem o dever de incentivar a participação dos empregados, tornando-os leais,
permitindo a criação de um ambiente harmonioso na organização.
A cultura tipo mercado, assim como a cultura tipo Inovativa, esta voltada
para o ambiente externo, representam as organizações que funciona com mercado
próprio, com destaque em seus resultados, tendências de nichos de mercado e
27
A cultura do tipo Hierarquia, assim como a cultura tipo Clã, tem foco no
ambiente interno da organização. A empresa com este tipo cultural reflete em
decisões centralizadas, ambientes de trabalho formal e estruturadas, com vários
níveis hierárquicos. A organização se preocupa com o longo prazo, estabilidade,
previsibilidade e eficiência. Os lideres tem o deve de coordenar, monitorar e
organizar.
3. EMPRESA FAMILIAR
Bernhoeft (1989) apud Santana et.al (2004) acredita que para caracterizar a
empresa como sendo familiar, é necessário ir além do parentesco. Mas segundo
Garcia (2001), citado por Santana et al. (2004, p. 01), a idéia de que se uma
empresa é controlada por uma ou mais famílias, pode ser considerada empresa
familiar e Dornelley (apud LODI, 1998, p.5) acredita que empresa familiar é aquela
que se identifica com uma família há pelo menos duas gerações e quando essa
ligação resulta em uma influencia mutua..
Apesar das tipologias virem sendo usados para analisar a cultura, optou-se
por usar outro modelo, foi utilizado o Instrumento Brasileiro para Avaliação da
Cultura Organizacional (IBACO) de Ferreira et al (2008), um instrumento
33
4 METODOLOGIA
Vergara (2000) propõe dois critérios básicos sobre o tipo de pesquisas, que
são quanto aos fins e quanto aos meios. Quanto aos fins, uma pesquisa pode ser
exploratória; descritiva; explicativa; metodológica; aplicada e intervencionista.
Quanto aos meios de investigação, ela pode ser: pesquisa de campo; pesquisa de
laboratório; documental; bibliográfico, experimental; ex post facto; participante;
pesquisa-ação e estudo de caso.
Neste estudo, o IBACO foi aplicado em sua versão reduzida, composta por
30 (trinta) itens igualmente distribuídos entre 3 (três) fatores de valores
organizacionais - profissionalismo cooperativo, profissionalismo competitivo e
satisfação e bem-estar dos empregados - e 3 (três) fatores de práticas
organizacionais – integração externa, recompensa e treinamento e promoção do
relacionamento interpessoal. A escolha de aplicar a versão reduzida do IBACO foi
pelo fato, do original ser muito longo (94 afirmativas) e as 30 afirmativas da versão
reduzida ser suficiente para chegar ao resultado proposto.
GÊNERO
19%
FEMININO
MASCULINO
81%
FAIXA ETÁRIA
4%
NÍVEL DE ESCOLARIDADE
0%
11%
FUNDAMENTAL
11%
MÉDIO
MÉDIO INCOMPLETO
78% SUPERIOR
TEMPO NA EMPRESA
0% 15%
MENOS DE 1 ANO
44%
DE 1 A 3 ANOS
DE 3 A 5 ANOS
41% MAIS DE 5 ANOS
Tabela 02 - Médias e Desvios Padrão dos itens que compõe o fator Profissionalismo cooperativo.
ITENS MÉDIA DESVIO -PADRÃO
1 - A preocupação do empregado com a qualidade de seu
serviço é bem vista 3,78 1,155
2 - O esforço e a dedicação ao trabalho são qualidades bastante
apreciadas. 4,07 0,781
3 - O profissionalismo dos empregados é visto como uma grande
virtude. 4,00 0,961
4 - A preocupação em superar as dificuldades do dia-a-dia é
vista como de grande valor. 3,85 1,064
5 - Os empregados que demonstram dedicação e espírito de
colaboração são os melhores modelos a serem seguidos. 4,52 0,849
Fonte: dados da pesquisa 2015
Tabela 03 - Médias e Desvios Padrão dos itens que compõe o fator Profissionalismo competitivo e
Individualista.
ITENS MÉDIA DESVIO PADRÃO
6 - Somente os bons empregados recebem benefícios que lhes
garantem um melhor bem-estar. 2,52 1,477
7 - A criatividade é um dos requisitos básicos para a ocupação de
cargos gerenciais. 3,19 1,075
8 - O crescimento profissional é considerado indispensável à
permanência do funcionário na casa. 3,33 1,441
9 - A competição é valorizada, mesmo que de forma não sadia,
porque o objetivo maior da organização é a produtividade e o
lucro. 2,11 1,396
10 - A competição é vista como indispensável à obtenção de bons
resultados. 2,67 1,177
Fonte: dados da pesquisa 2015
Dos itens, o 8 foi o que mostrou uma maior média (3,33) sendo um valor
moderado, mas que foi perceptível para os sujeitos de que o crescimento
profissional é considerado indispensável para a permanência deles na empresa. Os
itens 6,9 e 10 foram os de média mais baixa, o que contribuiu para a média do fator
profissionalismo cooperativo e individualista fosse baixa (2,76) isso mostra que a
empresa não valoriza e nem incentiva a competitividade dentro da organização de
maneira adequada.
Tabela 04: Médias e Desvios Padrão dos itens que compõe o fator Satisfação e Bem estar dos
empregados.
ITENS MÉDIA DESVIO -PADRÃO
11 - As necessidades pessoais e o bem-estar dos
funcionários constituem uma preocupação constante na
organização. 3,63 1,182
12 - Investe-se no crescimento profissional dos empregados. 2,89 1,423
13 - Os empregados recebem treinamento para poderem
desenvolver sua criatividade. 4,07 1,174
Tabela 06 - Médias e Desvios Padrão dos itens que compõe o fator Integração externa.
ITENS MÉDIA DESVIO -PADRÃO
16 - O atendimento às necessidades do cliente é uma das
metas mais importantes. 4,59 1,01
A Tabela 06 indica por meio das médias, que todos os itens do fator
Integração externa é bastante perceptível e evidenciada pelos sujeitos. Através dos
resultados é possível afirmar que o atendimento aos clientes é uma das metas mais
importante para a empresa, que a prática de se manter relações amigáveis com os
usuários também, assim como fornecer excelentes produtos e serviços, acompanhar
e atender as necessidades dos clientes de forma constante e inovar a fim de atender
as necessidades dos seus usuários. Dessa forma, nota-se o quão a empresa
prioriza a sua relação com os clientes.
Tabela 07 - Médias e Desvios Padrão dos itens que compõe o fator Recompensa e Treinamento.
ITENS MÉDIA DESVIO -PADRÃO
21 - Os empregados que apresentam idéias inovadoras
costumam ser premiados. 1,70 0,953
22 - Os empregados são premiados quando apresentam um
desempenho que se destaca aos demais. 2,19 1,272
23 - Eventos sociais com a distribuição de brindes são
comumente realizados para os funcionários. 2,48 1,189
24 - As inovações costumam ser introduzidas através de
programas de qualidade. 2,37 1,245
25 - Os empregados costumam ser premiados quando
alcançam metas pré- estabelecidas. 1,78 0,892
Fonte: dados da pesquisa 2015
Tabela 08 - Médias e Desvios Padrão dos itens que compõe o fator Promoção do relacionamento
interpessoal.
ITENS MÉDIA DESVIO-PADRÃO
26 - Os empregados têm ampla liberdade de acesso aos
diretores. 4,52 0,935
27 - Os chefes imediatos são como pais para os
subordinados. 3,3 1,463
28 - É prática comum a comemoração dos aniversários pelo
empregado. 1,44 0,801
29 - As relações entre empregados e membros do alto
escalão são cordiais e amigáveis. 4,26 0,944
30 - os empregados se relacionam como se fossem uma
grande família. 3,56 0,975
Fonte: dados da pesquisa 2015
6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICA
LODI, Jõao Bosco. A empresa familiar. 5. ed. São Paulo: Pioneira, 1998.
NEGREIROS, Daniel Pinto. A CULTURA ORGANIZACIONAL IDENTIFICADA
ATRAVÉS DOS VALORES E DAS PRÁTICAS ORGANIZACIONAIS. 2011. 84 f.
Dissertação (Mestrado) - Curso de Administração, Universidade Potiguar, Natal,
2011.
ANEXO
QUESTIONÁRIO DE PESQUISA
1. Gênero:
1 2
( ) masculino ( ) feminino
2. Faixa Etária:
1 2 3
( ) até 25 anos ( ) de 26 a 45 anos ( ) acima de 45 anos
3. Nível de Escolaridade:
1 2 3 4 4
( ) Fundamental ( ) Médio ( ) Médio incompleto ( ) Superior ( )
outros_______
4. Tempo no cargo:
1 2 3 4
( ) menos de 1 ano ( ) de 1 a 3 anos ( ) de 3 a 5 anos ( ) mais de 5 anos
Sua resposta deve refletir o que de fato acontece na empresa e não a sua
opinião pessoal ou grau de satisfação com o que ocorre. Responda por favor, a
todas as afirmativas, não deixando nenhuma em branco.