2. Os emissores RF foram introduzidos há cerca de 6 anos para uso quotidiano no Serviço de
Repórteres de imagem da
3. Anteriormente eram usados primordialmente os Emissores dos Carros de SNG – que
continuaram a ser usados a par dos novos emissores
4. Desde o primeiro momento que as chefias diretas e as Direções correspondentes foram
instadas a encontrar soluções diversas da simples aposição destes aparelhos às Camaras de reportagem, devido:
a. Ao esforço físico-fisiológico necessário para a sua operação a par da camera de
reportagem
b. Ao perigo para a saúde física e mental que as fontes de Campos Eletromagnéticos
representavam no estado da arte médico-científica para o ser humano - há pelo menos uma década.
5. Apenas esporádica e pontualmente – poderemos concretizar em menos de 1% das
situações - foram encontradas soluções de mitigação para o perigo evidente e reiteradamente alvo de alerta por parte dos trabalhadores que o uso destes aparelhos representava.
6. A empresa, ciosa que é da necessidade de acautelar desde o primeiro momento, a saúde
física e mental dos seus trabalhadores, tem desde 2014 ao seu dispor o “Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Diretiva 2013/35/UE «Campos eletromagnéticos»”, publicado pela Comissão Europeia - Direção-Geral do Emprego, dos Assuntos Sociais e da Inclusão, onde todos os empregadores são instados a “cumprir a Diretiva «Campos eletromagnéticos» (2013/35/UE). No seio da União Europeia, os regimes gerais de garantia da saúde e segurança dos trabalhadores encontram-se descritos na Diretiva-Quadro (89/391/CEE). No essencial, a Diretiva CEM fornece informações adicionais sobre o modo como alcançar os objetivos da Diretiva- -Quadro para a situação específica do trabalho com campos eletromagnéticos.”
7. A actividade performada pelos Repórteres de Imagem há mais de uma década sob a
influencia de feixes e emissores diversos, nomeadamente nos últimos 6 anos com os emissores de RF, está nos antípodas da mitigação observada no guia da diretiva “Campos Eletromagnéticos” onde se refere que “(…)na maioria dos locais de trabalho, os níveis de exposição são muito baixos e não originam riscos para os trabalhadores. Mesmo quando são criados campos fortes, de um modo geral estes reduzem-se rapidamente com a distância, por isso, se os trabalhadores não tiverem de se aproximar do equipamento, não haverá qualquer risco. De igual modo, como a maioria dos campos é gerada eletricamente, estes desaparecem quando a energia é desligada.”. Na nossa operação diária destes equipamentos é-nos imposta ao invés de níveis de exposição muito baixos de um equipamento com uma antena a exposição ao efeito complexo de 6 diferentes antenas, cada uma mais potente que a de um telemóvel; é-nos requerido ao invés de um distanciamento uma aproximação ao nível dos centímetros; é-nos requerida ao invés da pontualidade na aproximação o uso em contínuo dos mesmos equipamentos; é-nos requerido enfim o trabalho muito próximo e em contínuo de diversas, fortes e complexas fontes de radiação electromagnética, junto da nossa cabeça e do nosso cérebro, ou das nossas costas – na proximidade da espinal medula e da maior parte dos órgãos vitais do nosso corpo. 8. A Directiva da Comissão Europeia, no seu guia de aplicação alerta para que “Alguns trabalhadores podem estar particularmente expostos a campos eletromagnéticos.”, continuando que o guia “deve ajudar a maioria dos empregadores a estabelecer que não existem riscos relacionados com o campo eletromagnético nos respetivos locais de trabalho.” Situação nunca efectivida na. Nunca em tempo algum terão sido observados procedimentos de estudo, verificação e controlo deste tipo de equipamentos e da sua operação diária e em contínuo, nomeadamente ao nível dos limites SAR e da complexidade dos campos electromagneticos criados, existindo há muito tempo reflexão científica, documentação específica e mesmo guias de procedimento para acautelar e mitigar situações extraordinárias dos efeitos dos campos electromagnéticos. 9. Existe imensa reflexão desde há vários anos sobre os efeitos nocivos para a saúde mental e física deste tipo de radiações, nomeadamente ao nível das células, da fertilidade, do cérebro e do comportamento, que pode ser observados em agregado e em particular no artigo científico de Wilke “Biological and pathological effects of 2.45 GHz radiation on cells, fertility, brain, and behavior.”
Neste sentido os Jornalistas Repórteres de Imagem da instam a Administração da a:
1. Observar as recomendações institucionais do mais alto nível no âmbito da União Europeia e a evidência científica alargada e finamente sustentada e a terminar de imediato quaisquer operações deste tipo de equipamentos por parte dos seus trabalhadores. 2. Observar as mesmas recomendações e estudar de forma forense os efeitos já presentes nos seus trabalhadores do manuseamento e utilização destes equipamentos, pese embora as suas consequências se efectivam a mais longo prazo. 3. Estabelecer desde já uma compensação indeminizatória para cada um dos trabalhadores Jornalistas Repórteres de Imagem de modo a colmatar os prejuízos incorridos pelos mesmos da utilização durante pelo menos uma década por parte destes trabalhadores sem qualquer tipo de mitigação. 4. Efectivar um seguro de vida extraordinário e um seguro de acidentes de trabalho extraordinário para cada um destes trabalhadores de modo a mitigar condições de vida futura decorrente desta condição e histórico de trabalho, bem como para as suas famílias, que reflictam as externalidades não acauteladas ao longo desta década. 5. Criar um subsídio de penosidade das condições de trabalho, mesmo no caso de implementação de medidas de mitigação do problema causado pelas ausências efectivas da administração da em todo este processo.