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ND- 3.

001
Proteção de Redes de Distribuição Aérea Primária

NORMA TÉCNICA

VICE-PRESIDÊNCIA TÉCNICA

DIRETORIA DE ENGENHARIA

GERÊNCIA DE ENGENHARIA DE ESTUDOS, PROTEÇÃO E


AUTOMAÇÃO

AUTOR: Engo. Dener Pioli


Engos - E. Vicentini – A. Monteiro – H.G. Bueno –
COLABORADORES:
F.R.Sassaki – R.B. Queiroga
APROVADO: Engo. Douglas Camargo
DATA: AGOSTO/2004
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ÍNDICE

1. RESUMO

2. TERMINOLOGIA BÁSICA

3. INTRODUÇÃO

4. CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO


4.1. Subestação de Distribuição (ETD)
4.2. Circuito de Distribuição
4.3. Níveis Máximos de Curto-Circuitos Trifásicos na Barra das ETDs
4.4. Níveis Básicos de Isolamento (NBI)

5. CONCEITOS BÁSICOS DE PROTEÇÃO


5.1. Relé ou dispositivo de proteção
5.2. Sistema de proteção
5.3. Zona de proteção
5.4. Sensibilidade
5.5. Seletividade
5.6. Coordenação
5.7. Metodologia de coordenação de proteção

6. ASPECTOS GERAIS DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO


6.1. Desempenho de um sistema de proteção
6.2. Tipos de falta
6.3. Magnetude das correntes de falta
6.4. Equipamentos de proteção
6.5. Locação dos equipamentos de proteção
6.6. Coordenação e ajustes dos equipamentos de proteção

7. ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO ESTUDO


7.1. Coleta de dados
7.2. Locação dos elementos de proteção
7.3. Impedâncias do sistema
7.4. Cálculo das correntes de curto-circuito
7.5. Elaboração do diagrama unifilar para estudos
7.6. Estudos de coordenação

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8. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
8.1. Chave Fusível ou Corta-circuito
8.2. Religador Automático
8.3. Seccionalizadores
8.4. Relé de Sobrecorrente

9. LOCAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS


9.1. Geral
9.2. Critérios para Localização dos Elementos de Proteção

10. CALCULO DAS CORRENTES DE CURTO-CIRCUITO


10.1. Geral
10.2. Dados para o Cálculo das Correntes de Curto-circuito
10.3. Obtenção do Diagrama de impedâncias de Seqüência Positiva
10.4. Obtenção das Correntes de Curto-Circuito
10.5. Obtenção das Correntes de Curto-Circuito Fase-Fase - Valor Simétrico
10.6. Obtenção das Correntes de Curto-Circuito Fase-Terra - Valor Simétrico
10.7. Obtenção das Correntes de Curto-Circuito
para Circuitos Bifásicos e Monofásicos
10.8. Representação de Outros Tipos de Transformadores
em uso no Sistema da Eletropaulo para
Cálculo das Correntes de Curto-Circuito
10.9. Obtenção das Correntes de Curto-CircuIto - Valor Assimétrico
10.10. Exemplo de Aplicação

11. CRITÉRIOS PARA AJUSTES DOS DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO


11.1. Fusível
11.2. Religador automático
11.3. Relé de sobrecorrente

12. COORDENAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO


12.1. Geral
12.2.Coordenação Relé - Elo Fusível
12.3. Coordenação Relé-Religador
12.4.Coordenação Religador-Fusível
12.5.Coordenação Religador-Religador
12.6.Coordenação Religador-Seccionalizador
12.7.Coordenação Religador-Seccionalizador-ELO Fusível
12.8. Critérios para Coordenação de Elos Fusíveis
12.9. Coordenação das Proteções de Entradas Primárias (EP)
12.10. Critérios para Proteção de Banco de Capacitores

13. BIBLIOGRAFIA

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1) OBJETIVO

Esta norma tem por objetivo fixar critérios e metodologias para estudo de
proteção contra sobrecorrentes nas redes de distribuição aérea primária.
Deve ser aplicada nos projetos de ampliação, melhoria das redes ou conexão
de cargas, visando garantir a adequada continuidade de fornecimento aos
consumidores, bem como minimizar os danos aos equipamentos devidos às
correntes de falta.
Em sua aplicação poderá ser necessário consultar as seguintes publicações:

• PND 2.2: Projeto de redes de distribuição aérea primária:

• PND 2.1: Projeto de redes de distribuição aérea secundaria:

• PND 3.2: Compensação de reativos e regulação de tensão em redes de


distribuição aérea primária.

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2) TERMINOLOGIA BÁSICA

a) Elementos Componentes da Rede Primária

• Rede Primária

Conjunto qualquer de circuitos primários alimentados por uma ou mais


ETDs.

• Circuito Primário

Parte da rede elétrica destinada a alimentas diretamente ou por


intermédio de ramais ou sub-ramais as cargas elétricas conectadas a
ETs, IPs e EPs, termos estes a seguir definidos.

• Estação Transformadora de Distribuição (ETD)

Subestação alimentada em tensão de transmissão/sub-transmissão,


através da qual são alimentados os circuitos de distribuição primária.

• Estação Transformadora

Subestação aérea constituída de um ou mais transformadores de


distribuição, alimentados em tensão primária, dos quais são derivados os
circuitos de distribuição secundária.

• Estação Transformadora de Iluminação Pública (IP)

Subestação aérea tipo ET pata serviço de iluminação pública.

• Entrada Primária (EP)

Consumidor alimentado em tensão primária.

• Tronco de Alimentador

Circuito primário principal, alimentado através de uma ETD, do qual


podem ser derivados para distribuição de energia elétrica.

• Ramal de Alimentador (Ramal)

Parte de um circuito primário derivado diretamente de um ramal de


alimentador.

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b) Termos Gerais para Estudo de Proteção

• Falta ou Falha

Termo que se aplica a todo fenômeno acidental que impede o


funcionamento de um sistema ou equipamento elétrico.

• Curto-circuito

Ligação intencional ou acidental entre dois ou mais pontos de um circuito,


através de impedância desprezível, estando tais pontos com potenciais
diferentes.

• Sobrecorrente

Intensidade de corrente superior à máxima permitida para um sistema,


equipamento elétrico ou componente.

• Seqüência de Operação de Religamento (Seqüência de Operação)

Sucessão de desligamentos e religamentos de um equipamento na


tentativa de eliminar faltas de natureza transitória, visando a continuidade
de serviço do sistema.

c) Equipamento de Proteção

• Elo Fusível

Elemento sensível a sobrecorrente incorporado às chaves fusíveis que


em conjunto com os mesmos podem interromper os circuitos elétricos
para determinadas magnitudes de corrente.

• Chave Fusível (ou Corta Circuito)

Dispositivo constituído de um porta-fusível e outras partes que tem como


função a abertura do circuito na ocorrência de sobrecargas anormais.

• Religador Automático

Dispositivo destinado a interromper e efetuar religamentos nos circuitos


de distribuição primária com características de operação rápida e/ou
temporizada.

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• Seccionalizador Automático

Dispositivo projetado para operar de forma coordenada em conjunto com


religadores automáticos ou mesmo com disjuntores equipados com relé
de religamento.

• Relé de Sobrecorrente

Dispositivo destinado a operar de forma rápida ou temporizada na


ocorrência de sobrecorrentes anormais nos circuitos de distribuição. Os
relés de sobrecorrente atuam sobre os circuitos de disparo nos
disjuntores das ETDs que por sua vez interrompem os circuitos faltosos.

3. INTRODUÇÃO

A definição do esquema de proteção para um sistema elétrico deve ser


efetuada com base em um estudo cuidadoso. É necessário conhecer
profundamente as características operacionais dos equipamentos, as
solicitações normais causadas pelo carregamento devido aos consumidores,
bem como aquelas oriundas das falhas. Além disso, é indispensável levar
em consideração a continuidade de fornecimento na rede e nas restrições
econômicas.

Os requisitos da adequada proteção aos equipamentos, da boa continuidade


de serviço e do custo adequado ao do sistema de distribuição em estudo,
freqüentemente se revelam incompatíveis entre si. Dessa forma, o estudo da
proteção exige a adoção de soluções de compromisso entre as exigências
acima, visando obtenção da melhor relação entre os benefícios técnicos.
Os custos referentes ao esquema adotado.

Esta norma apresenta os critérios e métodos para a definição do esquema


de proteção contra sobrecorrente, sendo a proteção contra sobretensões
abordada na PND-2.1: “Projetos de Redes de Distribuição Aérea Primaria”.
A estruturação aqui adotada é a seguinte:

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4. CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA DE DISTRIBUÍÇÃO

Subestação de Distribuição (ETD)

As subestações recebem energia dos sistemas de


transmissão/subtransmissão e abaixam o nível de ter tensões para as
tensões de distribuição primária:

a. 34,5 kV
b. 23,0 kV
c. 13,2 kV
d. 3,8 kV

As relações de transformação e tipos de ligação dos enrolamentos dos


transformadores da ETDs são os seguintes:

Relação de Transformação Tipo de Ligação Entre os Enrolamentos


Triângulo/Estrela Aterrada ou Triângulo/Triângulo +
88/34,5 kV
Trafo de Aterramento
88/23,0 kV Triângulo/Estrela Aterrada
88/23,0 kV Estrela/Triângulo + Trafo de Aterramento
88/13,8 kV Triângulo/ Estrela Aterrada
88/13,8 kV Triângulo/ Estrela Aterrada
138/13.8 kV Estrela/Triângulo/Estrela Aterrada
345/34.5 kV Estrela/Triângulo + Trafo de Aterramento

4.1. Circuitos de Distribuição

a) Tipo do circuito quanto ao número de fases e número de condutores:

- Circuito trifásico a 4 fios sendo o neutro contínuo, multi-aterrado e


interligado à malha da ETD:

- Circuitos monofásicos com neutro contínuo, multi-aterrado e interligado à


malha da ETD:

- Circuitos bifásicos com neutro contínuo, multi-aterrado e interligado à


malha da ETD.

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b) Condutores Utilizados nos Circuitos Aéreos:

- Condutores de fase:

Cabo tipo CAA ou CA nas bitolas 1/0 AWG, 3/0 AWG e 336,4 MCM, 556
MCM, 240mm2, 300mm2

- Condutores de Neutro:

Cabo tipo CA ou CAA nas bitolas 1/0 e 3/0.

4.2. Níveis Máximos de Curtos-circuitos Trifásicos nas Barras das


ETDs.

Deverão ser obtidos para cada caso os níveis de curto-circuito para as


tensões nominais e condições normais de operação.

4.3. Níveis Básicos de Isolamentos (NBI)

A tabela 2.2 apresenta os níveis básicos de isolamento exigidos nos


equipamentos do sistema de distribuição:

TENSÃO (kV) 3,8 13,8 23 34,5

NBI (kV) 60 95 150 150/200

Tabela 2.2 - Níveis Básicos de Isolamento dos Equipamentos

5. Conceitos Básicos de Proteção

5.1. Relé e/ou Dispositivos de Proteção

São equipamentos especialmente projetados e devidamente aplicados para


detectar condições anormais, indesejáveis ou intoleráveis nos sistema
elétrico e prever simultânea ou parcialmente:

• Pronta remoção de serviço (desligamento) dos componentes sob falta,


ou dos componentes sujeitos a danos, ou ainda dos componentes que
de alguma forma possam interferir na efetiva operação do restante do
sistema.

• Acionamentos e comandos complementares para se garantir


confiabilidade, rapidez e seletividade na sua função.

• Sinalizações ou alarmes identificando sua operação e o trecho sob falha

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5.2. Sistema de Proteção:

Conjunto de relés, dispositivos de proteção, sistemas de fontes auxiliares,


circuitos de comandos, disjuntores, TCs, TPs, etc. que associados tem a
finalidade de proteger componentes ou partes do sistema elétrico sob os
efeitos das falhas que provocam insuportabilidade termo-dinâmica, por
sobrecorrentes ou sobretensões

5.3. Zona de Proteção

Trecho compreendido de um sistema elétrico no qual esta protegido por um


ou mais elementos de proteção

5.4. Sensibilidade:

Capacidade que um dispositivo de proteção tem, em identificar uma


condição de falta de variações indesejáveis de grandezas elétricas pré-
estabelecidas.

Exemplo: Relé de Sobrecorrente

Ssc = Iccmin / (K x IAJ) > 1


Onde:

Ssc = Fator de sensibilidade


Iccmin = Corrente de curto-circuito mínima
IAJ = Corrente de disparo do relé
K = Fator de segurança

5.5. Seletividade:

Capacidade de dois dispositivos de proteção não atuarem simultaneamente


para uma falta dentro da intensão de suas zonas de proteção.

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5.6. Coordenação:

Condição de dois ou mais equipamentos de proteção operarem numa


determinada ordem ou seqüência de operação, pré estabelecida.

Exemplo:

Falta transitória – Elimina a falta no menor tempo possível


Falta permanente – Isolar o maior trecho possível.

5.7. Metodologia de Coordenação de Proteção:

Conjunto de procedimentos que tem como objetivo principal a


orientação para a execução de um estudo de proteção, visando o melhor
desempenho dos equipamentos de proteção, qualidade e continuidade no
fornecimento de energia elétrica

5.7.1. Tipos de sistemas

a) Sistema coordenado

• Interrupções de curta duração para falhas transitórias


• Menor trecho interrompido para faltas permanentes

CURVA DE NEUTRO CURVA DE FASE

CURVA DO ELO
FUSÍVEL

INST. DE NEUTRO INST. DE FASE

Exemplo de sistema coordenado

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b) Sistema seletivo

• Menor trecho interrompido para faltas transitórias ou


permanentes

CURVA DE NEUTRO CURVA DE FASE

CURVA DO ELO
FUSÍVEL

INST. DE NEUTRO INST. DE FASE

Exemplo de sistema seletivo

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c) Sistema combinado

• Consiste no agrupamento do sistema coordenado com o


sistema seletivo num mesmo circuito

CURVA DE NEUTRO CURVA DE FASE

CURVAS DE ELOS
FUSÍVEIS

CURVA DE NEUTRO
RELIGADOR
CURVA DE FASE
RELIGADOR

INST. DE NEUTRO INST. DE FASE

Exemplo de sistema combinado

6. ASPECTOS GERAIS DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO

6.1. Desempenho de um Esquema de Proteção.

Em sistemas aéreos de distribuição os esquemas de proteção deverão


atender aos seguintes aspectos:

- Proteção de materiais e equipamentos contra danos causados por correntes


de curtos-circuitos ou sobrecargas anormais:

- Melhoria da confiabilidade da rede aérea de modo que na ocorrência de uma


falta, as proteções atuem de seletivamente e num tempo satisfatório de modo a
minimizar o número de consumidores atingidos;

- Racionalização dos custos do esquema de proteção.

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6.2. Tipos de Faltas

Os tipos de falta em sistemas trifásicos encontram-se representados na


Figura 3.1 e 3.2 para transformadores com ligação triângulo/estrela aterrada e
triângulo/triângulo + transformador de aterramento, respectivamente.

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Figura 6.1

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Figura 6.2

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6.3. Magnitude das Correntes de Falta

A magnitude das correntes de falta á obtida através da metodologia para


cálculo das correntes de curto-circuito apresentada no Capítulo 10 desta
norma.

Basicamente os níveis de curto-circuito dependerão dos seguintes pontos:

- Distância da ocorrência do defeito em relação a ETD:

- Tipo de falha

- Potência de curto-circuito do sistema de transmissão/sub-transmissão que


alimenta a ETD;

- Impedâncias do transformados da ETD e do transformador de aterramento;


impedância de aterramento;

- Características dos condutores do tronco de alimentador, ramais e sub-


ramais;

- Contribuição das fontes de curto-circuito existentes, instaladas nos


consumidores, tais como motores síncronos e assíncronos de potência nominal
elevada.

6.4. Equipamentos de Proteção

Os equipamentos de proteção utilizados nas redes aéreas de distribuição são


basicamente:

- Chave fusível, elo fusível;

- Religador automático;

- Seccionalizador automático;

- Relé de sobrecorrente.

A função e características principais de cada equipamento de proteção


encontram-se descritas no capítulo 5 deste manual.

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6.5. Locação dos Equipamentos de Proteção

A locação dos equipamentos de proteção deve objetivar basicamente os


seguintes pontos:

- minimizar o número de consumidores atingidos na ocorrência de faltas no


sistema de distribuição primária;

- possibilitar condições de religamento do sistema em tempo programado, na


ocorrência de faltas transitórias;

- na ocorrência de defeitos permanentes no sistema, restringir o desligamento


apenas ao ramal defeituoso, permitindo continuidade de serviço ou religamento
dos demais ramais ou troncos de alimentadores;

- estabelecer esquemas de proteção econômicos em função das


particularidades de cada sistema de distribuição primária, tais como:

Tipos de carga
Importância dos consumidores
Densidade dos alimentadores ou ramais
Trajeto dos circuitos por zonas de risco

Os circuitos para locação dos equipamentos de proteção são


apresentados no capítulo 6 desta norma.

6.6. Coordenação e Ajustes dos Equipamentos de Proteção

As características de atuação dos equipamentos proteção deverão ser


escolhidas e ajustadas de modo a:

- Proporcionar desligamentos seletivos dos circuitos elétricos na ocorrência de


sobrecorrentes anormais, minimizando o número de consumidores atingidos
por tais desligamentos.

- Garantir que os limites de suportabilidade térmica dos vários equipamentos da


rede aérea não sejam ultrapassados durante a ocorrência de sobrecorrentes
anormais.

- Os critérios de coordenação e ajustes dos equipamentos de proteção são


apresentados no capítulo 8 desta norma.

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7. ROTEIRO PARA ELABORACÃO DO ESTUDO.

Etapas do Estudo

A elaboração de um estudo de proteção pode ser dividida nas seguintes


etapas:

7.1. Coleta de dados

7.2. Locação dos elementos de proteção

7.3. Obtenção das impedâncias de seqüências positivas e de seqüência


zero

7.4. Cálculo das correntes de curto-circuito

7.5. Elaboração de diagrama unifilar para o estudo de coordenação de


proteção;

7.6. Estudo de coordenação da proteção

7.1. Na fase de coleta de dados será elaborado um diagrama unifilar


básico em formato A3 intitulado “DIAGRAMA UNIFILAR BÁSICO –
DADOS PARA ESTUDO DE PROTEÇÃO”, que deverá conter no
mínimo as seguintes informações:

a) Nome e designação da ETD ou ETDs que alimentarão o sistema


distribuição.

b) Tensão nominal do sistema de transmissão/subtransmissão – V1 (kV)

c) Tensão nominal do sistema de distribuição V2 (kV).

d) Potências de curto-circuito do sistema de transmissão/subtransmissão:

- Scc3φ (MVA) – trifásico


- SccφT (MVA) – fase-terra

e) Características técnicas dos transformadores abaixadores que alimentarão


os circuitos de distribuição em estudo:

- Potência nominal – ST (MVA);


- Tipo de ligação entre os enrolamentos de tensão superior;
- Tipo de ligação entre o enrolamento de tensão inferior;
- Tensão nominal de enrolamento de tensão superior VT1 (kV);
- Tensão nominal de enrolamento de tensão inferior VT2 (kV);

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- Tensão nominal do enrolamento de tensão intermediária caso o transformador


possua três enrolamentos VT3 (kV);
- Impedância percentual ou de curto-circuito:

ZT (%) – Entre os enrolamentos de tensão superior e os enrolamentos de


tensão inferior, no caso de transformadores de dois enrolamentos;

ZT12 (%), ZT23 (%) e ZT13 (%) – entre os enrolamentos de tensão superior
e inferior (ZT12), entre os enrolamentos de tensão inferior e intermediária
(ZT23) e entre os enrolamentos de tensão superior e intermediária (ZT13),
no caso de transformadores de três enrolamentos.

f) Características técnicas dos transformadores de aterramento:

- Potência nominal - STA (MVA);

- Tensão nominal - VTA (KV);

- Impedância percentual ou de curto-circuito: ZTA (%) ou em ohms.

g) Características técnicas dos condutores aéreos de cada tronco de


alimentados, ramal ou sub-ramal pertinentes aos circuitos de distribuição
em estudo:

Condutores de Fase:

- Tipo de conduto;
- Bitola (AWG) ou secção transversal padronizada em milímetros quadrados
(ABNT).
- Extensão dos ramos (km)
- Impedância equivalente dos condutores Z1 em (ohms/km) por fase.

Condutores de Neutro:

- Tipo de condutor
- Bitola do condutor (AWG) ou secção transversal padronizada (ABNT)
- Tipo de aterramento do neutro
- Impedâncias equivalentes dos condutores de neutro em função do tipo de
circuito de distribuição primária e da resistividade média do solo Zn
(ohms/km) por fase.

h) Dados das entradas primárias:

- Ponto de conexão ao circuito de distribuição primária

- Demanda máxima (KW)

- Potência instalada (KVA)

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- Número e características técnicas principais dos transformadores instalados:

Potência nominal (KVA)


Impedância percentual (%)
Relação de transformação
Grupo de ligação do transformador
Designação (*) para consumidores classificados como especiais

- Tipos de cargas:

Motores C.A. (síncronos ou assíncronos)


Acionamentos em corrente contínua
Fornos elétricos
Iluminação
Aquecimento
Outros
Previsão de ampliação para um horizonte de 5 anos.

i) Estação Transformadora (ETs):

- Ponto de conexão

- Tipo do transformador: trifásico ou monofásico

- Potencial nominal

- Grupo de ligação

j) Designação dos pontos relevantes do circuito através de números:

- Barras das ETDs


- Derivação dos troncos de alimentadores em ramais e destes em sub-ramais
- Pontos de conexão das EPs e ETs

k) Previsão de expansão do sistema

Na figura 7.1 encontra-se representado um diagrama unifilar básico


resumindo os dados básicos para o estudo de proteção.

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Figura 7.1

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Fases Seguintes

Após a coleta dos dados iniciais, a seqüência de etapas será:

7.2. Locação dos equipamentos de proteção

Com base nas considerações do Capítulo 9, deverão ser locados os


equipamentos de proteção no diagrama unifilar para estudo de coordenação
de proteções.

7.3. Obtenção das impedâncias de seqüência positiva e seqüência zero:

Com base nas considerações do capítulo 10 deverão ser obtidos em ohms os


valores das impedâncias de seqüência positiva e seqüência zero.

7.4. Cálculo dos níveis de curto-circuito

Com base nas considerações deverão ser calculadas para os pontos


relevantes dos circuitos:

- Icc3φ - corrente de curto-circuito trifásico (A)

- Iccφφ - corrente de curto-circuito fase-fase (A)

- Iccφφ - T – Corrente de curto-circuito fase-fase-terra (A)

- IccφTmáx - Corrente de curto-circuito fase-terra máxima (A)

- IccφTmín - Corrente de curto-circuito fase-fase-terra mínima (A)

Serão considerados pontos relevantes do circuito de distribuição:

- Barras das ETDs de nível de tensão de distribuição primária:

- Derivações dos troncos de alimentadores;

- Derivações dos ramais;

- Derivações dos sub-ramais;

- Conexões das entradas primárias (EPs):

- Conexões das estações transformadoras (ETs):

- Terminações dos circuitos de distribuição

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7.5 Elaboração de diagrama unifilar intitulado "DIAGRAMA UNIFILAR PARA


ESTUDO DA COORDENAÇÃO DAS PROTEÇÕES" que deverá conter as
seguintes informações:

- Traçado básico dos circuitos de distribuição primária;


- Designação das ETDs, consumidores primários e estações transformadoras;
- Indicação das correntes nominais (valores máximos) previstos ara os troncos
de alimentadores, ramais e sub-ramais.
- Indicação das correntes de curto-circuito para os pontos relevantes do circuito
com base na seguinte convenção:

Icc3φ Curto-circuito trifásico

IccφTmax Curto-circuito fase-terra máximo

IccφTmin Curto-circuito fase-terra mínimo

Iccφφ Curto-circuito fase-fase

IccφφT Curto-circuito fase-fase-terra

7.5. Estudo de coordenação das proteções

Com base nas informações obtidas no diagrama unifilar para estudo da


coordenação das proteções e nos critérios prescritos no Capítulo 8 serão
escolhidos os valores nominais dos equipamentos de proteção assim como o
ajuste das características de atuação dos mesmos.

Terminada a fase de estudo da coordenação, os valores nominais e ajustes


das características de atuação dos elementos de proteção deverão ser
registrados em diagrama unifilar denominado "DIAGRAMA UNIFILAR
GERAL".

Os valores nominais e características de atuação dos equipamentos de


proteção deverão ser registrados nas folhas de controle para o respectivo
sistema em estudo.

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Figura 7.2

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8. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO.

8.2. Chave Fusível ou Corta Circuito.

8.2.1. Requisitos Técnicos Principais.

- Corrente nominal.

Deverá ser superior a 150% do valor nominal do elo fusível a ser instalado
na mesma.

- Capacidade de interrupção

Deverá ser igual ou superior a máxima corrente ASSIMÉTRICA de curto-


circuito no ponto da instalação, calculada conforme critérios do Capítulo 7.

- Dispositivo para abertura em carga

Visando possibilitar o desligamento de ramais sem necessidade de


prejudicar o fornecimento de energia a outros consumidores
Ligados no mesmo circuito, deverão ser utilizadas chaves fusíveis
equipadas com dispositivo para abertura em carga.

Características Técnicas Principais das Chaves Fusíveis.

Para sistemas trifásicos a quatro fios com neutro multiaterrado, as chaves


fusíveis possuem as características técnicas principais resumidas na tabela
8.2

Tensão Máxima Capacidade de


NBI Corrente
Nominal do Tensão de Interrupção
(kV) Nominal (A)
Sistema (kV) Projeto (kV) Assimétrica (A)
3,8 5,2 60 100/200 2000

13,8 15 95 100/200 8000/10000

23 27 150 100 6300

34,5 38 150 100 5000


Tabela 8.2

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8.2.2. Características Técnicas Principais dos Elos Fusíveis

Os elos utilizados para proteção das redes aéreas primárias são os do tipo T,
cujas correntes nominais e curvas características encontram-se
representados nas figuras abaixo :

CLASSE A

F U S Í V E I S T IP O T F L .0 2 /0 4

Figura 8.2A – Fusível Tipo T

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- As curvas características dos elos fusíveis são as t (tempo) x I (corrente) que


representam o tempo necessário para a fusão do elo em função da corrente
passante. Tais curvas características representam curvas médias obtidas pelos
fabricantes através de ensaios sob condições pré-determinadas.

- As curvas características são fornecidas através de uma região de pontos e


desligamento, delimitada pela curva de fusão (tempo mínimo) e pela curva de
fusão (tempo total).

CLASSE B

F U S ÍV E IS T IP O T F L .0 3 /0 4

Figura 8.2B – Fusível Tipo T

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8.2.3. Critérios Básicos para a Escolha da Capacidade do Elo Fusível

- Corresponder no mínimo a 150% da máxima corrente de carga medida ou


convenientemente avaliada no ponto de locação considerado.

- No caso do sistema com neutro multi-aterrado:

a) Circuitos Monofásicos

Corresponder no máximo a 35% do valor da corrente de curto-


circuito fase-terra no fim do ramal

b) Circuitos Bifásicos ou Trifásicos

Corresponder no máximo a 45% do valor da corrente de curto-


circuito fase-fase no fim do ramal.

Nos casos a e b acima, deve-se considerar, se possível, o trecho para o qual


o elo fusível é proteção de retaguarda.

8.3. Religador Automático

8.3.1. Definições Gerais

- Princípio de Funcionamento

Quando um religador detecta uma condição anormal de sobrecorrente, o


mesmo interrompe tal corrente através da abertura de seus contatos. Os
contatos são mantidos abertos durante um determinado tempo, chamado
tempo de religamento, após o qual se fecham automaticamente para
reenergização do circuito.

Se no instante do fechamento dos contatos (religamento), a condição anormal


de sobrecorrente persistir, a seqüência abertura/fechamento é repetida até
quatro vezes consecutivas. Após a quarta abertura, os contatos do religador
ficam abertos e travados, sendo que o novo fechamento só poderá ser
manual.

Caso o defeito desapareça após o primeiro, segundo, terceiro ou quarto


disparo, o mecanismo rearma-se-á automaticamente tornando o religador
apto a realizar novamente a seqüência completa de quatro operações.

- Seqüência de Operações

As operações de um religador de quatro operações podem ser combinadas


nas seguintes seqüências:

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a. Uma rápida e três retardadas;


b. Duas rápidas e duas retardadas;
c. Três rápidas e uma retardada;
d. Todas rápidas;
e. Todas retardadas.

8.3.2. Condições Básicas para Instalação de Religadores

A instalação de religadores requer que as seguintes condições sejam


satisfeitas:

a) A corrente nominal da bobina série deve ser igual ou maior que a corrente
máxima de carga no ponto considerado para instalação do religador. O
critério para determinação da máxima carga no ponto de locação deverá
incluir:

d) Condições usuais de manobra;


e) Limites da capacidade do cabo (tronco ou ramal);
f) Previsão de crescimento de carga.

b) A capacidade de interrupção deve ser maior que a máxima corrente de


curto-circuito trifásica calculada no ponto de sua instalação.

c) A corrente de curto-circuito máxima assimétrica no ponto da instalação,


deverá ser menor que a corrente do religador.

d) Corrente de disparo da bobina série:

- Deverá ser menor que a mínima corrente de curto-circuito fase-


fase, no casa do religador possuir disparos para faltas a terra;

ou

- Deverá ser menor que a mínima corrente de curto-circuito no trecho


protegido quando o religador não possuir sistema de disparo para
faltas à terra.

e) A corrente de disparo para faltas à terra deverá ser menor que a mínima
corrente de curto-circuito fase-terra na zona de proteção e maior que a
máxima corrente de desequilíbrio admitida para o sistema, considerando
a queima de um ou mais fusíveis no lado da carga. Icmáx <Idn<Icc

f) Como regra geral as correntes de disparo devem ser menores do que as


correntes de curto-circuito na zona de proteção do equipamento,
incluindo, sempre que possível, os trechos a serem adicionados quando
se realizarem manobras consideradas usuais.

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g) Caso o critério de inclusão de trechos sob manobras acarretar


coordenação insatisfatória entre as proteções do sistema, devido a
sensibilidade das bobinas de disparo ser reduzida, tal condição não
deverá ser considerada no dimensionamento tais bobinas.

h) O religador deverá ser equipado com dispositivo de proteção para à terra


compatível com o tipo de aterramento do sistema:

- Solidamente aterrado;
- Aterramento através de impedância;
- Isolado.

i) Tensão nominal da bobina de fechamento ou de potencial deve ser igual


à tensão entre fases do sistema.

j) Demais características do religador, tais como: tensão nominal,


freqüência nominal e NBI, deverão ser compatíveis com os valores do
sistema onde for instalado.

k) Seqüência de operações recomendada:

- Duas rápidas e duas temporizadas no caso de não existir


seccionalizador em série com fusível no lado da carga;

- Em caso contrário recomenda-se uma operação rápida e três


operações temporizadas;

- Em casos especiais, conforme a necessidade de coordenação entre


as proteções, a seqüência de operações para faltas entre fases
poderá ser diferente da seqüência de operações para faltas à terra;

g) - Em casos especiais pode ser utilizado um número operações


menor do que quatro.

A Figura 8.3 ilustra as seqüências de operações acima descritas na


ocorrência de uma falta.

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Figura 8.3

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8.3.3. Tipos e Características Técnicas Primárias dos Religadores Utilizados


pela Empresa

Na tabela 8.3A e 8.2B encontram-se os dados técnicos dos religadores


utilizados pela empresa.

CONVENCIONAIS

IMIN de
Religadores Automáticos INOM (A) Capacidade
Interrup. (A)
de
Nº de VNOM NBI Bob. Bob. Bob. Bob. Interrupção
Tipo Câmara
Fases (kV) (kV) Série Terra Série Terra
100 70 200 70
KF 3 14,4 110 Vácuo 160 100 320 100 6000
225 140 450 140
100 63,5 200 63,5
R 3 14,4 100 Óleo 160 110 320 110 4000
225 154 450 154
50 100
63,5 63,5
RV 3 24,4 150 Óleo 100 200 6000
110 110
140 280

L 1 14,4 110 Óleo 100 - 200 - 4000

SEV 3 14,4 110 Vácuo - - - - 6000

ESV 3 24,0 150 Vácuo - - - - 12000

Para tais religadores os valores das correntes das bobinas série e terra
poderão ser escolhidos independentemente, por exemplo, ao fixar-se 100 A
para bobina de um religador tipo kF, pode-se escolher a bobina terra com
corrente nominal de 140 A, 100 A ou 70 A

Tabela 8.3A

MICROPROCESSADOS - GVR

PARÂMETROS W&B
Religador Tipo GVR GVR GVR GVR
Nominal 15 kV 15kV 27 kV 38 kV
CARACTERÍSTICAS

mínima de operação (1) Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica
ESPECÍFICAS
TENSÃO

suportável de impulso atmosférico 110 kV 110 kV


para onda padrão de 1,2 x 50 micro s
suportável a freqüência nominal a 50 Kv 50 kV
seco durante 1 minuto.
suportável a freqüência nominal sob 50Kv 50kV
chuva durante 1 minuto.
O
C

Nominal A (2) 560/630 A 560/630 A 560/630 A 560/630 A

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de interrupção simétrica 6 Ka 12.5 kA 12.5 kA 8kA


de interrupção assimétrica 6 Ka 12.5 kA 12.5 kA 8kA
de curto-circuito suportável 1s 6 kA 12.5 kA 12.5 kA 8kA
Frequência Hz 50-60
Tanque (3) Aluninio com parafusos para permitir manutenção
Meio Isolante (4) Gas SF6
Valvula de alivio de pressão (5) Sim
Meio Interrupção Vácuo
Mecanismo (6) Não tem mecanismo de Operação
Sistema de Acionamento (7 Atuador Magnético (somente uma parte movel)
Tempo de abertura medido a partir do instante 15 ms
da energização, estando o religador na
posição fechado até o instante da separação
do contato de arco no primeiro polo
Tempo de arco medido entre o instante de 10ms (máximo)
início do arco no primeiro polo e a extinção
final do arco no último polo
Tempo de fechamento (ms) medido entre o <100ms
instante da energização do sistema de
fechamento e o instante em que os contatos se
tocam no último polo
"Duty Cicle" máximo permitido O-0,25s-C / O-0.25s-C / O-0.25s-C / O

Relação 300-200-100:1 400:1


Fabricante Whipp & Bourne
TRANSFORMADOR DE

Tipo Bucha
CORRENTE (8)

Quantidade por religador 3


Classe de tensão (kV eficaz) 0,6
Tensão suportável à freqüência nominal 2kV
Correntes nominais (In) 400:1
Classe de exatidão proteção 1%
Classe de exatidão medição 1%
Fator de sobrecorrente nominal
Fator térmico nominal 3,2
Corrente térmica de curta duração 80 x In

Material Polimérico Polimérico Polimérico Polimérico


Fabricante Whipp & Whipp & Whipp & Whipp &
Bourne Bourne Bourne Bourne
Tipo EPDM EPDM EPDM EPDM
Quantidade por religador 6 6 6 6
BUCHAS (9)

Corrente nominal (A eficaz) 630 630 630 630


Tensão suportável de impulso atmosférico 110
(kV crista)
Nível de isolamento (kV eficaz) 15
Tensão suportável a freqüência nominal sob 50
chuva (kV eficaz)
Tensão suportável a freqüência nominal a 50
seco (kV eficaz)
Distância de escoamento mínima (mm) 830 830 830
Distância de arco mínima (mm) 830 830 830

Peso total com gás SF6 (kgf) 155


SÕES (10)
DIMEN-

Largura (mm) 630


Altura (mm) 803
Diametro (mm) 630
Espaçamento entre fases (mm) 286

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Pressão nominal do gás SF6 (kgf/cm2) 1.2 bar Absoluto


Pressão do Gás a 20 0C 0,3 bar
número de estágios para atuação por Um
PRESSÓSTATO / GÁS SF6

subpressão
atuação de alarme e sinalização por 1.0 bar Absoluto
subpressão (kgf/cm2)
bloqueio do fechamento do religador por Programável
subpressão (kgf/cm2)
pressão mínima para operação do religador 1.0 bar (g)
(kgf/cm2)
abertura automática do religador por Programável
subpressão (kgf/cm2)
bloqueio da abertura do religador por Programável
subpressão após a abertura automática
(kgf/cm2)
Válvula de Alivio (5) Sim

Tipo Atuador Magnético com bobina simples (patenteada)


tensão nominal (VCC) 90 Vcc
DISPOSITIVO DE

tolerância admissível em VCC 10(%)


O
ABERTURA/

consumo (W) abertura 200W pico


consumo (W) fechamento 1kW pico
Auto supervisão Local/Remoto
C A

Dispositivo de abertura manual Sim


Dispositivo de bloqueio do fechamento Sim
elétrico.
Dispositivo de fechamento manual Sim
Dispositivo de rearme do item acima Sim

Abertura do tanque Parafusos na parate inferior permitem que o usuário abra o tanque em poucos minutos em sua
própria oficina .
MANUTENÇÃO / OUTROS

Atuador Magnético 1
Quantidade de peças moveis 1 (uma )
Camara à vácuo 3
Vida Útil da Câmara a Vácuo É controlada eletronicamente em função da corrente interrompida.
No de operações completas, corrente
(11)

10000 operações, trocar a bateria.


nominal, para substituição de peças por 30000 operações, trocar as ampolas de vácuo
desgaste
No de operações sob falta, entre GVR15kV 6kA GVR15kV 12kA GVR27kV 12kA GVR38kV 8kA
manutenções sucessivas em função da % 25% 5000 operações
capacidade máxima de interrupção 50% 700
75% 110
100% 40

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PARAMETROS PANACEA
Corrente de disparo FASE Inst:0,2 a 34 A In=1A
Temp: 0,1 a 3,2 A In=1A
Steps 0,01 A
Corrente de disparo NEUTRO Inst:0,05 a 20 A In=1A Temp: 0,1 a 3,2 A In=1A
Steps 0,01A
SEF – Sensitive Earth Fault 0,05 a 20 A In=1A
Steps 0,01A
Característica T x I FASE IEC , ANSI, Mc Graw, TD,4 Progamavel
Multiplicadores de tempo 0.5 a 15 ANSI
0,05 a 1 IEC
0,10 a 2 Mc Graw
Steps 0,01
Característica T x I NEUTRO IEC , ANSI, Mc Graw, TD,4 Progamavel
Multiplicadores de tempo 0.5 a 15 ANSI
0,05 a 1 IEC
0,10 a 2 Mc Graw
Steps 0,01
CARACTERÍSTICAS DE PROTEÇÃO

Característica T x I SEF TD
Multiplicadores de tempo 0,5 a 100s
Steps 0,1s
Tempo de religamento 10 30 a 999999 ciclos contínuos
20 30 a 999999 ciclos contínuos
30 30 a 999999 ciclos contínuos
Tempo de rearme 0 a 999999 ciclos contínuos
Sequencia de Coordenação Sim
Tempo Mínimo de Resposta Sim
Adicional de tempo Sim
Carga Fria Sim
Desligamento para Alta Corrente Sim
Bloqueio para Alta Corrente Sim
Direcionalidade (rele 67) Sim
Cheque de sincronismo (relé 25) Sim
Sub-tensão (rele 27) Sim
Sobre-tensão (rele 59) Sim
Subfrequencia (Load Shedding) (rele 81) Sim
Localizador de Falta Sim
Ajustes Alternativos Sim (6 Ajustes alternativos)
Lógica de Perda de Potencial Sim
Identificação de Corrente de Carga/Defeito Sim
Sequencia de Fase Sim
Lógica Programável pelo Usuário Sim
Permite bloqueio da função 50 e 50N Sim
Permite bloqueio da função 50/51N Sim
Possibilita o bloqueio da unidade instantânea da unidade de Sim
proteção
Alterações de parâmetros sem necessidade de desligar o Sim
religador

Protocolo aberto tipo DNP 3.0 / ASCII


SOFTWARE

Documentação Sim
Conformidade com o Bug do Milênio Sim
Software incluído no rele Sim
Bateria recarregavel Sim
Nobreak com autonomia mínima: 8 horas

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PARAMETROS PANACEA
Potência da fonte auxiliar 50 VA
Bateria 24V – Chumbo Acido
Duração da bateria 10 Anos / 10.000 Op.
Tempo de carga da bateria (80%) 24 horas
Fornecida pelo cliente ( CA ou CC).
Fonte Auxiliar 106V – 140VAC
TP interno ou TP externo
CARACTERÍSTICAS GERAIS

Tensão suportável dos dispositivos e componentes do


mecanismo e da fiação, à freqüência de 60 Hz, durante um 2Kv
minuto .
Faixa de Temperatura do controle -40°C até +85°C
Número de contatos por unidade (função) trip (NA) 1
Alarme por contato seco (NA) 6
Teclado frontal com possibilidade de ajustes, parametrização,
configuração, sinalização, rearme bem como mostrador Sim
numérico (display) conforme especificado
Auto supervisão/diagnose com alarme local e remoto Sim
Todos registros disponíveis em banco de dados Sim
Corrente máxima permissível continuamente/por 1s 3,2In/100In
Corrente dinâmica por meio ciclo (60 Hz) 250In por 1 ciclo
Capacidade contínua dos contatos dos relés de saída (A) 6
Capacidade de estabelecimento e condução (0,5s) dos contatos
30
dos relés de saída (A)
Capacidade de interrupção dos contatos de saída (L/R =< 40
50
ms) (VA)
Grau de proteção da caixa desta unidade IP32
Corrente máxima permissível continuamente 3,2In
Corrente máxima permissível por um segundo 100In
Corrente dinâmica por meio ciclo (60Hz) 250In por 1 ciclo
Dispositivo indicador de fim de seqüência Sim

Alarme para 100% da capacidade do religador Local/Remoto


Contador de numero de abertura em falta: Local/Remoto
Dispositivo anti-bombeamento Sim
COMANDO & CONTROLE

Liga/Desliga Local/Remoto
Local /Remoto Local/Remoto
Comando

Bloqueio do religamento Local/Remoto


Bloqueio da proteção de neutro
Bloqueio do SEF Local/Remoto
Bloqueio do Fechamento/Desligamento Local/Remoto
Mudança de parâmetros Local/Remoto
Estado do Religador aberto/fechado Sim, por bandeirola e LED
Religamento bloqueado / desbloq. Sim, por LED
Sinalização

Proteção neutro Bloq. / desbloq. Sim, por LED


Sinalização independente de trip por fase e por terra Sim
Bloqueio de fim de seqüência Sim
Autodiagnótico on-line e de inicialização com Sim
sinalização de falha local e remoto.

PARAMETROS PANACEA
Tensão 12 Vcc
Corrente nominal 2 Ampères
Corrente máxima 2,5 Ampères
Interface RS232 – 3 Portas
COMUNICAÇÃO

RS485 opcional.
Velocidade Max. 38.400 Bits/Seg - ajustável
DNP 3 Sim
ASCII Sim
Binaria Sim
Incorporada Sim
PRINCIP

Saídas de comando para o processo (abrir-fechar, Sim


AIS

bloquear-desbloquear, etc.);
Envio para níveis superior de dados digitais rápidos. Não se Aplica
Anti-bouncing para dados rápidos. Não se Aplica

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Envio para nível superior de dados analógicos e Não se Aplica


numéricos.
Recebimento de solicitações de comandos para o Sim
processo.
Recebimento de sinais de sincronização de tempo para Não se Aplica
dados digitais rápidos.
Capacidade de parametrizar níveis de prioridade e Não se Aplica
periodicidade de tarefas.
Linearização de sinais analógicos e numéricos. Sim
Auto-diagnóstico de funcionamento das entradas e Sim
saídas.
Monitorar o processo on-line. Sim
Capacidade de simulação de estado de variá veis Sim
analógicas e digitais.
Possuir contatos de retenção (LATCHES)nas saídas Não, porem usa bateria para manter status
digitais, que deverão ser mantidas no mesmo estado
quando da falta de alimentação na UTR.

Corrente – “on line” Sim


Correntes I A,B,C,N / Precisão Sim / 0,1%
I G = 3I0 Sim / 0,1 %
Tensão – “on line” Sim
Tensão V A,B,C Sim / 0, 1 – 0,3 %
Vs Sim / 0,1 – 0,3 %
Potência MW A,B,C Sim / 0,35 – 6%
MW 3P Sim / 0,35 – 6%
MVAR A,B,C Sim / 0,35 – 6%
MVAR 3P Sim / 0,35 – 6%
Energia MWh A,B,C Sim / 0,35 – 6%
MEDIÇÃO

MWh 3P Sim / 0,35 – 6%


MVARh A,B,C Sim / 0,35 – 6%
MVARh 3P Sim / 0,35 – 6%
MVAh A,B,C Não
MVAh 3P Não
Fator de Potência FP A,B,C,3P Sim
Corrente de Seqüência I1, 3I2, 3I0 Sim
Tensão de Seqüência V1, V2, 3V0 Sim
Freqüência Hz Sim
Pressão do Gás Sim
Registro de eventos dia/ mês/ ano - hora I, V, F, faltas
Numero de Eventos armazenados 512
Capacidade de armazenamento do banco de dados.
Sincronismo de Medição entre Religador Sim (Precisão +/- 5ms)

Tabela 8.3B

8.3.4. Dados Complementares

Os religadores automáticos classificam-se de acordo as seguintes


características:

- Monofásicos ou trifásicos;

- Controle hidráulico ou eletrônico;

- Interruptor a óleo ou a vácuo.

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a) Religadores monofásicos.

São utilizados para proteção de linhas monofásicas ou ramais monofásicos


de alimentadores trifásicos.

Tais religadores podem ser utilizados também em circuitos trifásicos onde as


cargas forem predominantemente monofásicas. Desta forma, na ocorrência
de uma falta permanente para a terra, somente a fase com defeito será
bloqueada enquanto o serviço é mantido para as cargas monofásicas
alimentadas pelas fases não defeituosas.

b) Religadores Trifásicos

Os religadores trifásicos são utilizados onde é necessário o bloqueio das três


fases simultaneamente, para qualquer tipo de defeito permanente, evitando-
se que cargas trifásicas sejam alimentadas com apenas uma ou duas fases.

No caso de motores trifásicos, a alimentação com uma ou duas fases provoca


aquecimentos indesejáveis, resultante do desequilíbrio de tensões de
alimentação, podendo implicar numa diminuição da vida útil dos motores ou
mesmo a queima dos enrolamentos, caso não possuam proteções térmicas
adequadas, o que acontece para a maioria dos motores C.A. de pequena
potência.

c) Religadores com Operação Monofásica e Bloqueio Trifásico.

São religadores constituídos de três unidades religadoras monofásicas


montadas num único tanque e interligadas entre si de modo a realizar o
bloqueio trifasicamente.

Cada fase opera independentemente com as correntes de defeito. Se


qualquer das fases percorrer a seqüência de operações programadas
implicando no bloqueio da mesma, as outras duas fases serão disparadas e
bloqueadas pelo mecanismo que as interliga.

Os religadores Mc Graw Edison tipo 3H, 6H e V6H possuem essa


característica de operação, entretanto, a Eletropaulo não tem utilizado tais
tipos de religadores em seu sistema.

Todos os demais tipos de religadores trifásicos operam e bloqueiam sempre.


Trifasicamente, independentemente do tipo de defeito ocorrido.

d) Religadores Controlados Hidraulicamente

Nos religadores com este tipo de controle, as correntes são detectadas pelas
bobinas de disparo que estão ligadas em série com o circuito de distribuição.

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Quando através das bobinas de disparo fluir uma corrente igual ou superior a
corrente mínima de disparo do religador, o núcleo associado à bobina é
atraído para o seu interior, provocando a abertura dos contatos principais do
religador.

O mecanismo de fechamentos religadores com controle hidráulico pode ser


de dois tipos:

- Nos religadores da Mc Graw Edson de corrente nominal até 200 A,


são empregadas molas de fechamento, que são carregadas pelo
movimento do núcleo da bobina série.

- Nos religadores do mesmo fabricante, porém de correntes nominais


de 280, 400 e 56OA, o fechamento é realizado através de outra
bobina (bobina de fechamento) que é energizada pela tensão de
linha.

Neste tipo de religador, deve-se ter o cuidado de ligar do lado da fonte de


energia as buchas correspondentes ao lado da bobina de fechamento.

O sistema de controle hidráulico é econômico, simples e de grande vida útil.


Tais características são importantes para áreas de baixa densidade de carga
ou para outras áreas que não requeiram níveis preciso acentuado na
operação do religador, tais como:

- Correntes de disparo de baixa magnitude, tanto para fase como


para neutro;

- Característica muito rápida na interrupção.

e) Religadores Controlados Eletronicamente

Com este tipo de controle, o religamento apresenta maior flexibilidade e


facilidade para ajustes e ensaios, além de maior precisão comparativamente
ao religador de controle hidráulico.

Tais vantagens devem ser, no entanto economicamente avaliadas, antes de


se escolher entre um religador de controle hidráulico ou um com controle
eletrônico.

O controle eletrônico é abrigado em caixa separado do religador permitindo


as seguintes modificações de ajustes no equipamento, sem que seja
necessário sua abertura:

- Característica tempo x corrente;

- Níveis de corrente de disparo;

- Seqüência de operação.

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Para que estas alterações sejam efetuadas, não é preciso desenergizar o


religador nem retirar o seu mecanismo do interior do tanque.

O controle eletrônico é alimentado através das correntes secundárias dos


transformadores de corrente tipo bucha montada internamente ao religador.

f) Interruptores a Óleo

Neste tipo de interruptor, o óleo é utilizado para as seguintes finalidades:

- Isolação

- Meio dielétrico para interrupção do arco.

No caso específico de religadores hidráulicos o óleo é utilizado, além das


finalidades acima descritas, para:

- Temporização:

- Contagem de operações

g) Interruptores à Vácuo

Neste tipo de interruptor, o vácuo é utilizado como meio dielétrico,


apresentando como vantagem principal a necessidade mínima de
manutenção em comparação com os interruptores à óleo.

8.3.5. Elementos Externos de Controle e Supervisão

Deverão ser consultados os catálogos dos respectivos fabricantes.

8.3.6. Ajustes de Religadores Hidráulicos

Os religadores permitem realizar os seguintes ajustes

a) Ajustes de Operação de Fase

• Corrente mínima de disparo;

• Seqüência de operação;

• Número total de operação para bloqueio;

• Graduação da característica de operação temporizada.

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a1. Corrente Mínima de Disparo

• Tal corrente é determinada exclusivamente pela capacidade da


bobina série com a qual o religador está equipado.

• A corrente mínima de disparo é de 200% do valor da corrente


nominal para bobinas sério de qualquer capacidade, exceto as
bobinas pertencentes aos religadores da Me Graw Edison sucedidas
pela letra X, que operam com 140% do valor de sua capacidade
nominal.

Exemplos:

Bobina 400 A

Capacidade nominal = 400 A

Corrente mínima de disparo (200%) = 400 x 2 = 800 A.

Bobina 400 X

Capacidade nominal = 400 A

Corrente mínima de disparo (140%) = 400 x 1.4 = 56O A.

a2. Seqüência de Operação

Os religadores podem ser ajustados para realizar até um total de quatro


operações:

• Uma rápida e três retardadas:

• Duas rápidas e duas retardadas:

• Três rápidas e uma retardada:

• Todas rápidas;

• Todas retardadas.

ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.


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a3. Número Total de Operações

Os religadores podem ser ajustados para permanecerem bloqueados na .


posição aberto, após efetuar duas, três ou quatro operações de
abertura.

Com acionamento da alavanca para bloqueio após um disparo obtém-


se apenas uma operação

a4. Graduação da Característica de Operação Temporizada

• A característica de operação rápida fixa não podendo ser alterada.

• A característica de operação temporizada pode ser alterada


ajustando-se as mesmas internamente para os reIigadores com
controle hidráulico ou externamente para os religadores com controle
eletrônico.

Na Figura 8.3C encontram-se apresentadas as características de operação,


rápida e temporizada, para curto-circuitos entre fases de um religador tipo KF
(vácuo) que possui bobina série de 100A.

b) Ajustes de Operação de Terra

• Corrente mínima de disparo;

• Seqüência de operação:

• Número total de operações para bloqueio:

• Graduação da característica de operação temporizada.

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Figura 8.3C – Religadores McGraw Edison Company, tipo KF, Curvas de


Tempo/Corrente para falhas entre fases (Teste a 25º)

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As considerações referentes aos ajustes acima descritos são similares ao


exposto no intem a para ajustes de operação de fase com exceção dos
valores nominais das bobinas de terra e respectivas características de
temporização.

Por exemplo para o mesmo tipo de religador (KF) quando utilizado com uma
bobina de terra de 70 A tem-se para curto-circuitos à terra as seguintes
características:

- Figura 8.3C, característica rápida - curva 1:


- Figura 8.3D, característica temporizada - curva 6;

c) Superposição das curvas de fase e terra

Após a escolha dos valores nominais das bobinas de fase terra com suas
respectivas curvas características, deve-se verificar, através da superposição
das mesmas, a característica de operação do religador para faltas fase-terra,
considerando que o religador poderá operar segundo a curva característica
de fase ou de terra, naquela com tempo de operação menor.

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Figura 8.3D

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Figura 8.3E – Religadores McGraw Edison Company, tipo KF, Curvas de


Tempo/Corrente para terra (Teste a 25º)

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Figura 8.3F – Religadores McGraw Edison Company, tipo KF, Curvas de


Tempo/Corrente de Disparo para Terra (Teste a 25º)

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8.3.7. Equação Características de Religadores – Relé Microprocessado

Curvas de Tempo - Padrão RA

Tempo de Trip = A + B x n
Mp - C

M = Múltiplos do Pick-up
n = Multiplicador de tempo

CONSTANTES DE SOBRECORRENTE
Curva P C A B
A 2.30657 -1. 13281 0.208242 -0.00237
B 1. 7822 0.319885 4.22886 0.008933
C 1.80788 0.380004 8.76047 0.29977
D 2.17125 0.17205 5.23168 0.000462
E 2.18261 0.249969 10.7656 0.004284
K 2.01174 0.688477 11.9847 -0.00324
N 0.911551 0.464202 0.285625 -0.071079
R 0.00227 0.998848 0.001015 -0.13381
W 1. 6209 0.345703 15.4628 0.056438
2 1.84911 0.239257 11.4161 0.488986
3 1.76391 0.379882 13.5457 0.992904
8 1.78873 0.436523 1.68546 0.158114
8* 1.42529 0.442626 1.42302 -0.007846
8+ 1.70112 0.366699 1.42732 -0.003704
9 1. 0353 0.614258 2.75978 5.10647
11 2.69489 -0. 67185 21.6149 10.6768

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8.3.8. Curvas Características de Religadores – Relé Microprocessado

- Curva Tipo A

Tempo (s)
Padrão Religador - Curva A

100,00

10,00

1,00
10
9
8
7
6
5
4

0,10

Rodrigo Brito de Queiroga -


0,01
0 1 10 100 1000

Multiplos do Pick-up

ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.


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- Curva Tipo B

Tempo (s)
Padrão Religador - Curva B

100,00

10,00

1,00

10
9
8
0,10 7
6
5
4

Rodrigo Brito de Queiroga -


0,01
0 1 10 100 1000

Multiplos do Pick-up

ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.


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- Curva Tipo C

Tempo (s)
Padrão Religador - Curva C

100,00

10,00

1,00

10
9
8
7
6
5
4

3
0,10
2

Rodrigo Brito de Queiroga -


0,01
0 1 10 100 1000

Multiplos do Pick-up

ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.


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- Curva Tipo D

Tempo (s)
Padrão Religador - Curva D

100,00

10,00

1,00

0,10

10
4 9
8
7
6
1 2 3 5 Rodrigo Brito de Queiroga -
0,01
0 1 10 100 1000

Multiplos do Pick-up

ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.


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- Curva Tipo E

Tempo (s)
Padrão Religador - Curva E

100,00

10,00

1,00

0,10
10
9
8
7
6
5
4

1 Rodrigo Brito de Queiroga -


0,01
0 1 10 100 1000

Multiplos do Pick-up

ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.


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- Curva Tipo K

Tempo (s)
Padrão Religador - Curva K

100,00

10,00

1,00

0,10

10
9
8
7
6
5
4
1 2 3
Rodrigo Brito de Queiroga -
0,01
0 1 10 100 1000

Multiplos do Pick-up

ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.


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- Curva Tipo N

Tempo (s)
Padrão Religador - Curva N

100,00

10,00

10
9
8
7
6
5
4
1,00
3

0,10

Rodrigo Brito de Queiroga -


0,01
0 1 10 100 1000

Multiplos do Pick-up

ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.


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- Curva Tipo R

Tempo (s)
Padrão Religador - Curva R

100,00

10,00

10
9
8
7
6
5
4

1,00 2

0,10

Rodrigo Brito de Queiroga -


0,01
0 1 10 100 1000

Multiplos do Pick-up

ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.


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- Curva Tipo W

Tempo (s)
Padrão Religador - Curva W

100,00

10,00

1,00 10
9
8
7
6
5
4

0,10 1

Rodrigo Brito de Queiroga -


0,01
0 1 10 100 1000

Multiplos do Pick-up

ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.


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- Curva Tipo 2

Tempo (s)
Padrão Religador - Curva 2

100,00

10,00

10
9
8
7
6
5
4

1,00 2

0,10

Rodrigo Brito de Queiroga -


0,01
0 1 10 100 1000

Multiplos do Pick-up

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- Curva Tipo 3

Tempo (s)
Padrão Religador - Curva 3

100,00

10,00 10
9
8
7
6
5
4

1,00 1

0,10

Rodrigo Brito de Queiroga -


0,01
0 1 10 100 1000

Multiplos do Pick-up

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- Curva Tipo 8

Tempo (s)
Padrão Religador - Curva 8

100,00

10,00

10
9
8
7
1,00 6
5
4

0,10

Rodrigo Brito de Queiroga -


0,01
0 1 10 100 1000

Multiplos do Pick-up

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- Curva Tipo 8*

Tempo (s)
Padrão Religador - Curva 8*

100,00

10
9
8
10,00 7
6
5
4

1,00

0,10

Rodrigo Brito de Queiroga -


0,01
0 1 10 100 1000

Multiplos do Pick-up

ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.


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- Curva Tipo 8+

Tempo (s)
Padrão Religador - Curva 8+

100,00

10
9
10,00 8
7
6
5
4

1,00

0,10

Rodrigo Brito de Queiroga -


0,01
0 1 10 100 1000

Multiplos do Pick-up

ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.


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- Curva Tipo 9

Tempo (s)
Padrão Religador - Curva 9

100,00

10
9
8
7
6
5
4

10,00 2

1,00

0,10

Rodrigo Brito de Queiroga -


0,01
0 1 10 100 1000

Multiplos do Pick-up

ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.


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- Curva Tipo 11

Tempo (s)
Padrão Religador - Curva 11

100,00 9
8
7
6
5
4

1
10,00

1,00

0,10

Rodrigo Brito de Queiroga -


0,01
0 1 10 100 1000

Multiplos do Pick-up

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8.3.9. Exemplo de Aplicação

Exemplo 1:

O religador R da figura 8.3D é do tipo KF e possui as características


nominais e ajustes abaixo descritos:

- bobina série 100 A;

- bobina terra 70 A;

- seqüência de operações: uma rápida e três retardadas;

- graduação da característica de operação temporizada: curva C;

- tempo de religamento: 2 seg.

Para um curto-circuito entre fases com valor igual a 600 A teremos:

a) Primeira operação rápida num tempo máximo de 0,08 seg. conforme


mostra a figura 8.3D

b) Segunda operação: após o tempo de religamento de 2 seg. admitindo-se


que a falta permaneça no circuito, haverá fechamento e posterior abertura
do religador após o tempo determinado pela característica temporizada
curva C da figura 5.3E para a mesma corrente de falta.

Tal tempo corresponde ao valor de 0,9 seg com tolerâmcia de 10%, ou


seja, entre 0,81s e 0,99s.

c) Admitindo-se que o curto-circuito permaneça, a terceira e quarta


operações serão realizadas de forma similar à segunda operação descrita
no item b, havendo bloqueio após a quarta abertura do religador.

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Figura 8.3G

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Tal seqüência de operações é representada na figura 8.3G

O tempo de desligamento do circuito contado a partir do instante de


ocorrência da falta no ponto 1 será:

- Tmin = 0,08+2,0+0,81+2,0+0,81+2,0+0,81 = 8,51 s , admitindo-se


tolerância negativa para t3.
- Tmáx = 0,08+2,0+0,99-2,0+0,99+2,0=9,05s , admitindo-se
tolerância positiva para t3.

Na realidade Tmin e Tmáx poderão ser ligeiramente inferiores que os


calculados anteriormente, pois o tempo t3 (curva rápida A)possui
tolerância negativa.

Na ocorrência de um curto-circuito à terra no pto. 1 da figura 8.3G com


magnitude de 150 A, o religador desempenhará da seguinte forma:

a) Primeira Operação: rápida num tempo entre 0,09s (+10%) e 015s (-10%)
pois sendo a corrente nominal do religador (100 A), os capacitores do
circuito de disparo estarão parciamente carregados.

b) Segunda Operação: após o tempo de religamento de 2s , admitindo-se


que o curto-circuito permaneça, haverá fechamento e abertura do
religador após o tempo determinado pela característica temporizada 6.
Tal tempo corresponderá a um valor aproximado de 3,4s, pois nesta
situação os capacitores estariam totalmente descarregados devido o
religamento do circuito estando o mesmo em curto-circuito. O tempo de
3,4s inclui uma tolerância negativa de 10% conforme dados do fabricante.

c) Admitindo-se que o curto-circuito permaneça, a terceira e a quarta


operação serão realizadas similarmente à segunda operação descrita no
item b, havendo bloqueio após a quarta abertura do religador.

Tal seqüência de operações é representada na figura 8.3G

O tempo total para o bloqueio a partir da ocorrência da falta vale:

Tmin= 0,99+2,0+3,06+2,0+2,06+2,0+3,06=15,18s .

Tmáx= 0,135+2,0+3,4+2,0+3,4+2,0+3,4=16,33s .

Para coordenação de proteção deve-se considerar o caso mais


desfavorável que, dependendo de cada situação, poderá ser o limite
superior ou inferior da característica de operação, com as respectivas
tolerâncias, sejam elas positivas ou negativas.

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8.3.10. Ajuste dos Religadores Eletrônicos

Para os ajustes dos religadores eletrônicos, bem como para a obtenção


dos demais dados técnicos necessários à aplicação dos mesmos nas
redes aéreas de distribuição, dever-se-á consultar os catálogos dos
respectivos fabricantes.

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Figura 8.8

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8.4. Seccionalizadores

8.4.1. Aspectos Gerais

Um seccionalizador automático é basicamente uma chave a óleo com


capacidade de fechamento e abertura em carga possuindo portanto as
características de um equipamento de manobra.

Um seccionalizador, quando instalado em substituição a uma chave fusível,


apresenta as seguintes vantagens:

- coordenação efetiva em toda a faixa de coordenação do religador


de retaguarda;

- eliminação dos gastos provenientes da troca de elos fusíveis;

- eliminação da possibilidade de erro humano da troca de elos


fusíveis, que ocasiona a perda parcial da coordenação e prejudica o
sistema;

Naturalmente, o uso do seccionalizador em substituição a uma chave fusível


só é viável em locais onde o mesmo possa ser economicamente justificado,
tendo em vista: densidade de carga elevada, indústrias, cargas especiais, etc.

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8.4.2. Características Operacionais

O seccionalizador é um equipamento projetado para ser ligado em série, no


lado da carga e após o religador automático ou após o disjuntor com relé de
religamento, conforme ilustração da figura 8.4

Ocorrendo um defeito na zona de proteção do seccionalizdor, o religador


deverá sentir tal defeito, isto é, o religador deverá interromper a corente de
defeito, o seccionalizador conta a interrupção e após um pré-determinado
número de interrupções do religador (uma, duas ou três), o seccionalizador
abre seus contatos, sempre com o circuito desenergizado e antes da abertura
definitiva do religador.

Não existe nenhum comando elétrico ou mecânico entre o religador e o


seccionalizador, apenas o fato de que ambos estão instalados em série no
circuito conforme representação da figura 8.4

Assim sendo, um defeito permanente na zona de proteção do seccionador


pode ser isolado sem que o religador ou disjuntor com relé de religamento
abra seus contatos definitivamente.

Portanto, os seccionalizadores são instalados para estabelecer


economicamente pontos adicionais de seccionamento automático em
circuitos de distribuição. Não tendo capacidade para interrupção de correntes
de defeito, custam consideravelmente menos que os religadores automáticos.
São projetados, no entanto, para interromper a corrente de carga nominal
característica dos mesmos e conseqüentemente serem operados como uma
chave a óleo.

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Figura 8.4

ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.


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8.4.3. Condições Básicas para Instalação de Seccionalizadores

A instalação de seccionalizadores requer que as seguintes condições sejam


satisfeitas:

a) Só podem ser usados em série com dispositivo automático de religamento


como retaguarda (religador ou disjuntor).

b) O dispositivo de retaguarda deve ser capaz de sentir as correntes


mínimas de defeito na zona de proteção do seccionalizador.

c) As correntes mínimas de defeito na zona de proteção dos seccionadores


devem ser superiores às correntes mínimas de situação dos mesmos.

d) Os seccionalizadores equipados com dispositivos de disparo para faltas à


terra exigirão religadores com dispositivos de disparo com faltas à terra.

e) Seccionalizadores do tipo trifásico exigirão religadores do tipo trifásico.

f) O tempo de memória do seccionalizador deve ser, no mínimo, igual a


soma dos tempos de operação mais os tempos de religamento do
equipamento de retaguarda.

g) Os seccionalizadores não interrompem correntes de defeito, não sendo


especificados para tais equipamentos o termo capacidade de interrupção.

h) As capacidades momentâneas e de curta duração com relação as


correntes de falta no ponto de locação no seccionalizador não deverão
ser ultrapassadas. A duração considerada, para suportabilidade térmica e
dinâmica para as correntes de falta, será função do tempo acumulado de
abertura do equipamento de proteção de retaguarda.

i) A corrente nominal da bobina série deverá ser maior do que a corrente


máxima no ponto de instalação, incluindo manobras usuais.

j) Para sistemas solidamente aterrados é recomendável o uso de


dispositivos de disparo para faltas à terra.

k) Demais características de seccionalizador tais como tensão nominal,


freqüência nominal e NBI, deverão ser compatíveis com os valores do
sistema no qual será instalado.

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8.4.4. Tipos e Características Técnicas Principais dos Seccionadores


Utilizados pela Eletropaulo

- Seccionalizador Tipo GH:

Monofásico, sistema de comando hidráulico, imerso em óleo, tanque único,


uso externo, para instalação em poste.

• Tensão nominal: 14,4 kV;

• NBI: 95 kV;

• Corrente nominal: 140 A;

• Bobina série: 70 e 100 A;

• Máxima corrente de interrupção em carga: 140 A;

• Número de operações: 1 a 3;

Observações:

1) A corrente de carga é limitada pela corrente nominal da bobina


série.

2) A corrente mínima de atuação do seccionalizador é a menor


corrente capaz de sensibilizar o mecanismo de abertura do
mesmo, quando o circuito é desenergizado por um equipamento
de proteção situado à sua retaguarda.

Corrente Corrente de curta duração


Corrente Corrente
nominal da
mínima de momentânea
bobina série 1 segundo 10 segundos
atuação (A) assimétrica (A)
(A)
70 112 6.500 3.000 900
100 160 6.500 4.000 1.250

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8.4.5. Dados Complementares:

Dever-se-á consultar os catálogos técnicos dos respectivos fabricantes.

8.5. Relés de Sobrecontrole:

8.5.1. Geral

Os relés de sobrecorrente supervisionam as correntes elétricas do circuito


comandando um ou mais disjuntores quando esta corrente ultrapassar um
valor prefixado.
Os relés podem estar ligados diretamente em série no circuito (relés primários
ou diretos) ou através de transformadores de corrente (relés secundários ou
indiretos).

As funções básicas dos transformadores de corrente são:

- estabelecer isolação galvânica ente o nível de tensão de


distribuição primária e o nível de tensão dos circuitos de comando,
controle, proteção e medição;

- adequar os níveis das correntes elétricas, tanto para condições


normais de operação como para condições de falta, às
características operacionais dos relés de sobrecorrente ou
instrumentos de medida conectados aos seus enrolamentos
secundários.

As figuras 8.5A, 8.5B e 8.5C ilustram os conceitos e termos anteriormente


descritos.

ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.


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Figura 8.5A – Relés Primários – Conectados Diretamente ao Circuito

Figura 8.5B – Relés Secundários – Conectados ao Circuito Através de TCs


Esquema: 2 Relés de Fase e 1 de Neutro; Relé de Religamento (79)

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Figura 8.5C – Relés Secundários – Conectados ao Circuito Através de TCs


Esquema: 3 Relés de Fase, 1 de Neutro e 1 Relé de Religamento (79)

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8.5.2. Princípio de Funcionamento

a) Relés Eletromecânicos

- Operação por Atração:

A operação destes relés é devida à atração de uma haste para o interior


de uma bobina ou pela atração de uma armadura pelos pólos de um
eletro-ímã.

Os relés operados por tal princípio podem ser usados tanto em circuitos
de corrente contínua como em circuitos de corrente alternada.

- Operação por Indução:

A operação destes relés é baseada no mesmo princípio do medidor de


energia elétrica, ou seja, pela interação dos fluxos magnéticos defasados
que atravessam um disco ou tambor giratório com as correntes neles
induzidas. Só funcionam em circuitos de corrente alternada podendo ter
atuação instantânea ou temporizada.

b) Relés Eletrônicos

O princípio de funcionamento de tais reIés pode ser descrito basicamente


através de quatro módulos fundamentais

- Módulo detector de sinal: que tem como função a transformação


dos sinais de corrente, oriundos dos TCs, em sinais de tensão CC
proporcionais.

- Módulo de valores de ajuste: que tem como função definir a


característica tempo x corrente (t x l) do relé.

- Módulo Comparador: que tem como função comparar os valores de


tensão do Módulo detector de sinal com os valores ajustados no
Módulo de valores de ajuste, enviando ou não um sinal ao Módulo de
disparo.

- Módulo de Disparo: que tem como função a emissão de sinal de


atuação do relé através de mini relés do tipo telefônico.

As características de atuação(t X l) de tais relés são escolhidas de modo


a aproximar-se da característica (t X I) dos relés eletromecânicos com
operação por indução.

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c) Relés Microprocessados

Os relés microprocessados, também chamados relés digitais, consistem


tipicamente de um sistema de aquisição de dados em AC, um
microprocessador, componentes de memória contendo os algorítmos de relé,
contatos de entradas lógicas para controlar o relé e contatos de saída para
controle de outros equipamentos. A figura 8.5.2 mostra um diagrama de
blocos simples de hardware dos relés digitais

ESTRUTURA MÓDULO DE SAÍDAS BOBINA


VI DE AQUISIÇÃO PROCESSAMENTO DE TRIP
DE DADOS

Figura 8.5.2 – Diagrama de blocos funcional de um relé digital

As entradas de corrente e tensão são isoladas, filtradas e amostradas.


Então elas são colocadas em escala e convertidas em quantidades
digitais para o microprocessador. O programa do microprocessador filtra
os dados, cria as características do relé e controla as saídas do relé. A
maioria dos relés digitais tem a função automática de auto-teste que
verificam a correta operação do relé. Virtualmente tudo é submetido a
auto-teste, exceto as entradas analógicas e os circuitos de contatos de
entradas e saídas. Se o auto-teste detecta uma condição anormal, ele
pode fechar uma contato de saída, enviar uma mensagem, ou fornecer
alguma outra indicação de falha, através, por exemplo, do sistema
SCADA RTU ( supervisory Control and Data Acquisition remote Terminal
Unit ). Além disso, os relés digitais fornecem dados de medição, eventos,
informação de dados, oscilografias, localização de faltas, etc, além das
funções de proteção. Estas informações podem ser acessadas através de
portas de comunicação no relé, telas locais ou outra interface homem-
máquina.

8.5.3. Característica de Atuação (t x l):

Os relés de sobrecorrente, em função aos tempos de atuação, podem ser


classificados nos seguintes tipos:

- Relés de Sobrecorrente Instantâneo:

Na ocorrência de sobrecorrentes a operação do mesmo se completa


num intervalo de tempo muito curto, praticamente independendo da
duração da falta.

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- Relés de sobrecorrente:

O tempo de atuação é ajustável e independente do valor da corrente.


Tais relés possuem normalmente uma unidade de atuação instantânea
(50) e uma unidade de atuação temporizada (51) com tempo definido

- Relés de Sobrecorrente Instantâneo com Time-Delay:

Nas circunstâncias em que houver sobrecorrentes acima do valor pré-


estabelecido, haverá a atuação instantânea do elemento de
sobrecorrente, porém o comando para desligamento do disjuntor dar-se-
á após 10 ciclos através de relé auxiliar temporizador.

- Relés de Sobrecorrente de tempo inverso:

O tempo de operação é inversamente proporcional ao valor da corrente.


As características principais de operação de tais reIés pode ser
classificada em:

• normalmente inversa;

• muito inversa;

• extremamente Inversa;

Tais relés possuem operação inversamente proporcional ao valor da corrente


possuindo porém variações mais ou menos acentuadas das características
de operação (t x I) de Tempo Inverso.

As características (t x I) dos tipos de relés acima descritos, encontram-se


representadas nas Figuras 8.5D e 8.5E

Pelas prescrições da norma ANSI C37.2-1970 os relés de sobrecorrente


podem ser designados pelos seguintes números:

- 50: Relé de sobrecorrente instantâneo:

- 51: Relé de sobrecorrente temporizado, válido para os dois tipos:


tempo definido ou de tempo inverso.

Caso os relés de sobrecorrente tenham como função detectar correntes de


falta à terra, suas unidades de sobrecorrente instantânea e temporizada
deverão ser designadas por 50N e 51N respectivamente.

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Esquema típico de comando e proteção de alimentadores de MT

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Figura 8.5D

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Figura 8.5E

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8.5.4. Equação característica de relés sobrecorrente –MICROPROCESSADO

- PADRÃO ANSI

Curvas de Tempo - Padrão ANSI

Tempo de Trip = A + B x 14n - 5


p
M -C 9

M = Múltiplos do Pick-up
n = Multiplicador de tempo

CONSTANTES DE SOBRECORRENTE
Curva A B C P
Ex tremamente Inversa 6.407 0.025 1 2
Muito Inversa 2.855 0.0712 1 2
Inversa 0.0086 0.0185 1 0.02
Inversa Por P ouc o Tempo 0.00172 0.0037 1 0.02
Ex tremamente Inversa Por Pouco Tempo 1.281 0.005 1 2
Ex tremamente Inversa Por Muit o Tempo 64.07 0.250 1 2
Muito Inversa Por Muito Tempo 28.55 0.712 1 2
Inversa Por Muito Tempo 0.086 0.185 1 0.02
Curva #8 do Religador 4.211 0.013 0.35 1.8

- PADRÃO IEC

Curvas de Tempo - Padrão IEC

Tempo de Trip = K x n
a
M -1

M = Múltiplos do Pick-up
n = Multiplicador de tempo

CONSTANTES DE SOBRECORRENTE
Curva K a
Extremamente Inversa 80 2
Muito Inversa 13.5 1
Inversa 0.14 0.02
Inversa Por Louco Tempo 120 1

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8.5.5. Curvas características de relés sobrecorrente – MICROPROCESSADO


PADRÃO ANSI
Curva Extremamente Inversa

Tempo (s)
Padrão ANSI - Curva Extremamente Inversa

100,00

10,00

1,00

10
9
8
7
6
5
4

3
0,10
2

Rodrigo Brito de Queiroga -


0,01
0 1 10 100 1000

Multiplos do Pick-up

ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.


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Curva Muito Inversa

Tempo (s)
Padrão ANSI - Curva Muito Inversa

100,00

10,00

10
1,00 9
8
7
6
5
4

0,10

Rodrigo Brito de Queiroga -


0,01
0 1 10 100 1000

Multiplos do Pick-up

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Curva Normal Inversa

Tempo (s)
Padrão ANSI - Curva Inversa

100,00

10,00

10
9
8
7
6
1,00 5
4

0,10

Rodrigo Brito de Queiroga -


0,01
0 1 10 100 1000

Multiplos do Pick-up

ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.


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Curva Inversa por Pouco Tempo

Tempo (s)
Padrão ANSI - Curva Inversa por Pouco Tempo

100,00

10,00

1,00

10
9
8
7
6
5
4

0,10 3

Rodrigo Brito de Queiroga -


0,01
0 1 10 100 1000

Multiplos do Pick-up

ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.


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Curva Extremamente Inversa por Pouco Tempo

Tempo (s)
Padrão ANSI - Curva Extremamente Inversa por Pouco Tempo

100,00

10,00

1,00

0,10
10
9
8
7
6
5
4

1 Rodrigo Brito de Queiroga -


0,01
0 1 10 100 1000

Multiplos do Pick-up

ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.


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Curva Extremamente Inversa por Muito Tempo

Tempo (s)
Padrão ANSI - Curva Extremamente Inversa por Muito Tempo

100,00

10,00

10
9
8
7
6
5
4

3
1,00
2

0,10

Rodrigo Brito de Queiroga -


0,01
0 1 10 100 1000

Multiplos do Pick-up

ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.


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Curva Muito Inversa por Pouco Tempo

Tempo (s)
Padrão ANSI - Curva Muito Inversa por Muito Tempo

100,00

10
10,00 9
8
7
6
5
4

1,00

0,10

Rodrigo Brito de Queiroga -


0,01
0 1 10 100 1000

Multiplos do Pick-up

ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.


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Curva Muito Inversa por Muito Tempo

Tempo (s)
Padrão ANSI - Curva Inversa por Muito Tempo

100,00

10
9
8
7
6
10,00 5
4

1,00

0,10

Rodrigo Brito de Queiroga -


0,01
0 1 10 100 1000

Multiplos do Pick-up

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Curva # 8 - Recloser

Tempo (s)
Padrão ANSI - Curva #8-Recloser

100,00

10,00

1,00

10
9
8
7
6
5
4
0,10
3

Rodrigo Brito de Queiroga -


0,01
0 1 10 100 1000
Multiplos do Pick-up

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PADRÃO IEC
Curva Extremamente Inversa

Tempo (s)
Padrão IEC - Curva Extremamente Inversa

100,00

10,00

1,00

0,10

1
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,2 0,4
0,1 0,3
0,05 Rodrigo Brito de Queiroga -
0,01
0 1 10 100 1000

Multiplos do Pick-up

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Curva Muito Inversa

Tempo (s)
Padrão IEC - Curva Muito Inversa

100,00

10,00

1,00

1
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4

0,10 0,3

0,2

0,1

0,05

Rodrigo Brito de Queiroga -


0,01
0 1 10 100 1000

Multiplos do Pick-up

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Curva Normal Inversa

Tempo (s)
Padrão IEC - Curva Inversa

100,00

10,00

1
0,9
0,8
0,7
0,6
1,00
0,5
0,4

0,3

0,2

0,1

0,10 0,05

Rodrigo Brito de Queiroga -


0,01
0 1 10 100 1000
Multiplos do Pick-up

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Curva Inversa por Longo Tempo

Tempo (s)
Padrão IEC - Curva Inversa por Longo Tempo

100,00

10,00

1
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
1,00
0,3

0,2

0,1

0,05

0,10

Rodrigo Brito de Queiroga -


0,01
0 1 10 100 1000
Multiplos do Pick-up

ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.


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8.5.6. Ligações Usuais dos Relés de Sobrecorrente:

A Figura 8.5A mostra os esquemas usuais de ligação entre os relés de


sobrecorrente de fase e de neutro.

- Faltas Entre Fases:

Na ocorrência de sobrecorrentes oriundas de curto-circuito entre fases


(3F e 2F) haverá circulação de corrente nos ramos secundários dos TCs
correspondentes às fases do circuito primário que estão envolvidas na
falta. Neste caso não deverá haver circulação de corrente pelo circuito
de neutro dos TCs, de modo que apenas as unidades de fase deverão
atuar.

Na realidade poderá existir uma parcela de corrente residual que


circulará pelo circuito de neutro, devido ao fato de as características
eletro-magnéticas dos TCs não serem exatamente iguais. O ajuste do
elemento 51N não deverá ser sensível a tais correntes residuais.

- Faltas à Terra:

Na ocorrência de sobrecorrentes oriundas de curto-circuitos à terra


haverá circulação de corrente nos secundários dos TCs das fases
envolvidas. Assim, tanto as bobinas dos relés das fases como do neutro
terão circulação de correntes. O ajuste do elemento 51N deverá ser
sensível à corrente de curto-circuito fase-terra mínima.

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Atuação das Proteções Sobrecorrentes para Faltas:

ΦΤ 3Φ

2Φ 2Φ−Τ

Figura 8.5 A

Obs: Os esquemas acima mostrados, traduzem o sistema de proteção


convencional e/ou eletromecânico. Para as proteções digitais, há elementos de
sobrecorrente na fase branca e a temporização dos elementos 50, é feita
através de lógica de controle.

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8.5.7. Escolha do Esquema de Proteção:

a) Proteção dos Troncos de Alimentadores das ETDs:

Normalmente é aplicado o esquema da Figura 8.5A, ou seja, 2 (dois) relés de


fase + 1 (um) relé de neutro, em conjunto com um relé de religamento (79)
que é um relé auxiliar usado para comandar o religamento do disjuntor
correspondente após a abertura do mesmo, devida à atuação dos relés de
sobrecorrente.

b) Entradas Primárias (EPs):

Poderão ser aplicados os esquemas com 2 ou 3 relés secundários por fase,


mais relé de neutro, como o esquema com relés primários.

Os esquemas com relés secundários permitem maior flexibilidade e precisão


nos ajustes no que se refere ao estudo de coordenação das proteções.

Os esquemas com relés primários é inferior tecnicamente aos anteriores


apresentando porém a vantagem de ser mais econômico.

8.5.8. Critérios Gerais para Graduação:

a) Devem ser obedecidos os requisitos básicos de rapidez, segurança e


seletividade de operação assim expressos:

- Rapidez: o relé deve comandar a abertura do disjuntor em tempo


inferior àquele que poderia danificar os equipamentos protegidos;

Para fixação do valor de K1, deve-se no entanto comparar o valor da


magnitude “Icc min” com o valor da corrente máxima de desequilíbrio
prevista para o circuito. Em certos casos, quando se considera no
cálculo das correntes de falta à terra o valor da resistência de terra igual
a 20 ohms, os valores de “Icc min” poderão,ser inferiores ao valor da
corrente máxima de desequilíbrio do sistema. Neste caso poderá ser
admitido um valor de K1 maior que 0,8 devendo ser escolhido de forma
que “K1 x Icc min” seja maior que a corrente máxima de desequilíbrio
prevista para o circuito. Caso contrário, os elementos temporizados dos
relés (51N) poderão atuar indevidamente em condições normais de
carga e na ocorrência de queima de elo fusível.

Em alguns casos, a faixa de ajuste dos relés existentes pode limitar a


aplicação do fator de segurança.

- Limite inferior calculado em função da máxima carga do circuito, ou


seja:

IAJ ≥ (K2 x IC) / RTC

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Onde:

Ic – Máxima corrente de carga possível [A], ou corrente nominal do


circuito para os relés de fase, e máxima corrente de desbalanço
previsível, quando da queima do maior fusível existente, no caso, de
relés de neutro.

K2 – fator de segurança, valendo 1,5.

b) Ajuste de tempo (dial de tempo para relés eletromecânicos):

Deve ser efetuado com base nos critérios gerais de' rapidez e seletividade, de
modo que a característica t X I escolhida do relé forneça tempos de atuação
inferiores aos de dano aos equipamentos, porém superiores aos tempos de
atuação dos fusíveis e religadores a jusante. Ou seja, na verificação gráfica
as curvas não devem se cruzar, havendo um intervalo de coordenação
adequado para cada caso.

c) Ajuste do elemento instantâneo:

Deve ser efetuado de maneira que para qualquer curto-circuito previsível o


relé atue antes, evitando a queima de fusíveis por curtos temporários.

Caso haja religador automático no circuito, a zona de proteção do instantâneo


pode ser reduzida (aumentar graduação), mantendo-se, no entanto, um
trecho em sobreposição para maior segurança.

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9. LOCAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

9.1. Geral

O sistema de proteção dos circuitos aéreos de distribuição é constituído de


dispositivos de proteção contra sobrecorrentes que, estando coordenados
entre si, deverão possibilitar um grau satisfatório de continuidade do serviço
de fornecimento de energia elétrica.

A locação dos elementos de proteção possui papel fundamental no tocante à:

- continuidade de serviço do sistema:

- decisão da viabilidade do esquema de proteção adotado em função do custo


do mesmo e das características das cargas a serem protegidas.

Os critérios a seguir prescritos têm o objetivo de orientar a escolha inicial e a


localização dos equipamentos, para se definir de alternativas de esquemas
de proteção para cada circuito.

9.2. Critérios Para Localização dos Equipamentos de Proteção

9.2.1. Saídas dos Circuitos Provenientes das ETDs

Tais circuitos são protegidos por disjuntores comandados por três relés de
sobrecorrente, sendo dois de fase e um de neutro, havendo também um relé
de religamento conforme esquema unifilar da Figura 6.1.

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Figura 9.2A

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Os relés de fase atuam sobre a bobina de desligamento do disjuntor para


curto-circuito entre fases ou entre fases e a terra

O relé de neutro atuará sobre a bobina do disjuntor para defeitos à terra.

O relé de religamento tem como função religar o disjuntor após a abertura do


mesmo devido à ocorrência de sobrecorrentes. Poderá haver um ou mais
religamentos.

Tal esquema de proteção é adotado para a maioria das ETDs.

Nos casos particulares de subestações alimentadas diretamente em tensão


de distribuição, a proteção de salda dos circuitos poderá ser constituída por
um religador automático.

9.2.2. Locação de Religadores, Seccionalizadores e Chaves Fusíveis:

Serão utilizados nos circuitos aéreos de distribuição primária os critérios de


locação apresentados na tabela 9.2B, que aparecem codificados por letras
(A,B,C...).

A Tabela 9.2B apresenta critérios de escolha dos equipamentos de proteção,


com possibilidade de opção entre os mesmos. A escolha deve ser feita em
função da importância do circuito e dos consumidores atendidos, assim como
da disponibIlidade dos equipamentos mais sofisticados, como religadores e
seccionalizadores.

Acerca dos critérios apresentados valem as seguintes observações:

- nos troncos deve ser evitada a aplicação de dispositivos de proteção,


podendo porém ser aceita nos casos dos critérios A e B:

Deve-se evitar:

- emprego de religadores em série;


- emprego de religadores e chaves fusíveis em ramais interligáveis;

- não é necessária a limitação do número de chaves fusíveis em série; deve-se


verificar que haja seletividade entre os elos para os níveis de curto previstos;

- em relação às entradas primárias (critério H) os elos fusíveIs usados deverão


ser até 140 A. Para casos mais elevados, deve-se usar chave seccionadora
apenas com a finalidade de manobra.

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Critério Situação Equipamento


Início de trechos extensos, onde o nível mínimo de
Religador ou
A curto seja insuficiente para estabilizar o dispositivo de
Fusível
proteção da retaguarda
Logo após cargas de grande importância , e cuja Religador,
B continuidade de serviço deva ser elevada, caso o Seccionalizador
circuito a seguir seja extenso ou Fusível
Início de ramais que alimentam cargas classificadas Religador ou
C
como especiais ou de grande importância Seccionalizador

Início de ramais de certa importância, que supram Religador ou


D
áreas sujeitas a alta incidência de falhas temporárias Seccionalizador
Início de ramais ou sub-ramais com extensão
E superior a 150 m, não classificáveis nos critérios C Fusível
ou D
Início de ramais ou sub-ramais com extensão inferior
F a 150 m, mas que estejam sujeitos a alta incidência Fusível
de falhas
Meio de trechos extensos protegidos por religador no
G Fusível
início

H Entrada primária com corrente nominal até 140 A Fusível

I Estação transformadora (ET) Fusível

J Banco de capacitores Fusível

Tabela 9.2B – Critérios para Locação de Equipamentos de Proteção

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10. CÁLCULO DAS CORRENTES DE CURTO-CIRCUITO

10.1. Geral:

Deverão ser calculadas as magnitudes das correntes de curto-circuito


correspondentes às seguintes faltas:

- curto-circuito trifásico (Icc 3F):

- curto-circuito fase-fase (Icc FF);

- curto-circuito fase-terra (Icc FT).

O comportamento das correntes de curto-circuito ao longo do tempo pode ser


visualizado através da Figura 10.A

a) para o caso de corrente simétrica, ou seja sem a componente decorrente


contínua;

b) para o caso de corrente assimétrica.

O nível de assimetria das correntes de falta, assim como a variação das


mesmas em função do tempo, dependem basicamente do instante de
ocorrência da falta e da relação X/R da impedância equivalente no ponto de
ocorrência da falta, em relação à fonte (zeq = R + JX). Observe que, por
convenção, neste capítulo toda grandeza complexa terá notação minúscula e
toda grandeza escalar terá notação maiúscula.

A variação das correntes de falta nas redes elétricas é caracterizada pelo


comportamento transitório dos geradores síncronos das Unidades
Hidrelétricas/Termoelétricas que alimentam o sistema elétrico da Eletropaulo.
Na ocorrêncIa de curto-circuito nas redes elétricas ocorrerão variações nas
reatâncias internas equivalentes dos geradores que podem ser
caracterizadas em três períodos distintos conforme mostra a Figura 10.A

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Figura 10A

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- Sub-transitório - (X"d - reatância sub-transitória);

- Transitório - (X'd - reatância transitória);

- Regime Permanente - (Xs - reatância síncrona).

O efeito da variação das reatâncias dos geradores nas faltas que ocorram
nas redes aéreas de distribuição primárIa da Eletropaulo não é relevante,
uma vez que as impedâncias das linhas de transmissão/sub-transmissão,
assim como dos transformadores abaixadores e reguladores, limitam-no,
impedâncias constantes com o tempo.

Para o estudo de coordenação das proteções o interesse principal reside na


obtenção dos níveis simétricos das correntes de curto-circuito. Por outro lado,
para verificação da suportabilidade térmico-dinâmica aos equipamentos de
proteção em relação às correntes de falta, o interesse principal reside na
obtenção dos níveis assimétricos destas correntes.

Os valores obtidos através dos procedimentos a seguIr expostos cor


respondem aos valores simétricos e assimétricos das correntes de curto-
circuito.

10.2. Dados Para o Cálculo das Correntes de Curto-Circuito

Com relação ao diagrama unifilar básico da figura 10.B, os seguintes


parâmetros elétricos deverão ser registrados:

- V1: Tensão nominal de transmissão/sub-transmissão da ETD, em KV

- V2: Tensão nominal de distribuição primária da ETD, em KV.

- VT1: Tensão nominal do enrolamento de tensão superior do transformador,


em KV.

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Figura 10.B

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- VT2: Tensão nominal do enrolamento de tensão inferior do transformador, em


KV.

- Scc1-3Ф: Potência de curto-circuito trifásica do sistema de transmissão/sub-


transmissão para a condição normal de operação do sistema, em MVA.

- Scc1-ФT: Potência de curto-circuito fase-terra (trifásico equivalente) do


sistema de sub-transmissão para a condição normal de operação do sistema,
em MVA.

- ST: Potência nominal do transformador, em MVA.

- ZT(%): Impedância percentual ou de curto-circuito do transformador, em %.

- zl: Impedância complexa correspondente aos trechos do circuito de


distribuição considerados (impedância de seqüência positiva), em ohm/km.

- zlo: Impedância complexa correspondente aos trechos dos circuitos de


distribuição considerados (impedância de seqüência zero), em ohm/km.

As impedâncias utilizadas deverão ser representadas na forma complexa:

a) z = A + - jB [ohms], representação cartesiana, onde:

A = parte real da impedância correspondente a resistência ôhmica do bipolo


considerado:

B = parte imaginária da impedância correspondente a reatância indutiva (+B)


ou a reatância capacitiva (-B) do bipolo considerado.

b) z = Z |_ Φ [ohms], representação na forma polar, onde:

z = √(A2 + B2), módulo da impedância z, em ohms;

Φ = arctg (B/A), ângulo da lmpedâncla z, em graus.

No cálculo das correntes de curto-circuito as impedâncias do sistemas


elétrico são na maioria das vezes de natureza indutiva ( z = A + - jB [ohm]).

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10.3. Obtenção do Diagrama de Impedâncias de Seqüência Positiva

A partir do sistema de transmissão/subtransmissão deverá ser obtido o


diagrama da figura 10.C tomando-se como exemplo o diagrama unifilar
básico da figura 10.B

- Gs: Gerador equivalente que representa o sistema de


transmissão/subtransmissão visto pela barra da ETD referido à tensão V2.

- VGS: tensão do gerador Gs, igual a V2

- zs: Impedância complexa equivalente do sistema de transmissão/sub-


transmissão visto pela barra da ETD, considerada referida à tensão V2, valor
em ohm.

- zt: Impedância complexa do transformador referida à tensão V2, valor em


ohm.

- zAB, zBC, zCD, zCE, zEG, zGF: São as impedâncias complexas dos trechos
considerados, valor em ohm, (ou zl, em uma notação genérica).

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Figura 10.C

As impedâncias acima descritas deverão ser representadas da seguinte


forma:

zs = 0 + jZs ohm, onde: Zs = V22 / Scc1 - 3Φ, considera-se a parte resistiva


desprezível.

zt = 0 + jZt ohm, onde: zt= (ZT(%)/100) x (V22 /ST) ohm, considera-se a parte
resistiva desprezível.

zAB = A + jB ohm, onde:

A = valor da resistência ôhmica do trecho AB obtida através dos dados


da tabela 10.D

A = R (ohm / km) x Lab (km) para o tipo de cabo e bitola do condutor


considerado;

B = valor da reatância indutiva do trecho AB obtida através dos dados da


tabela 10.D

B = X (ohm/km) x Lab (km) para o tipo e bitola do condutor considerado;

Lab = extensão do trecho AB em km.

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- IMPEDÂNCIAS DOS CABOS – PADRÃO ELETROPAULO

Dados de base para cálculo das impedâncias de seqüência

MATERIAL BITOLA R (Ohm / Km ) GMR ( m )


COBRE 4/0 0,18828 0,00508
COBRE 2/0 0,29888 0,00382
COBRE 1/0 0,37717 0,00339
COBRE 2 0,59900 0,00269
COBRE 4 0,94324 0,00213
COBRE 6 1,48508 0,00160

ALUMÍNIO 556 0,1255 0,0084


ALUMÍNIO 336 0,19008 0,00640
ALUMÍNIO 3/0 0,37865 0,00428
ALUMÍNIO 1/0 0,60148 0,00339
ALUMÍNIO 4 1,52117 0,00213

Impedâncias de seqüência por classe de tensão

Tensão 3.8 kV - Circuito Simples


Bitola (AWG / MCM) Ohms/ km
Mono - Multi -
Fase Neutro
R1 X1 Aterrado Aterrado
Bitola Material Bitola Material R0 X0 R0 X0
Condutores de Cobre
4/0 Cu 1/0 Cu 0,1883 0,3249 0,3659 2,075 0,4850 1,4328
2/0 Cu 4 Cu 0,2989 0,3464 0,4766 2,093 0,7276 1,6847
1/0 Cu 4 Cu 0,3772 0,3554 0,5549 2,1017 0,8051 1,6937
4 Cu 6 Cu 0,9432 0,3905 1,1211 2,1347 1,3689 1,8718
6 Cu 6 Cu 1,4851 0,4120 1,6630 2,1583 1,9108 1,8933
Condutores de Alumínio
336,4 Al 3/0 Al 0,1901 0,3075 0,3684 2,0538 0,4943 1,4108
3/0 Al 1/0 Al 0,3787 0,3379 0,5586 2,0842 0,7643 1,5415
1/0 Al 4 Al 0,6015 0,3554 0,7823 2,1001 0,9871 1,8471
4 Al 4 Al 1,5289 0,3905 1,7065 2,1478 1,9496 1,8796

Tabela 10.1 – Impedâncias de sequência

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Tensão 3.8 kV - Circuito Duplo


Bitola (AWG / MCM) Ohms/ km
Fase Neutro Multi - aterrado
R1 X1
Bitola Material Bitola Material R0 X0
Condutores de Cobre
4/0 Cu 1/0 Cu 0,0941 0,1212 0,3909 1,2291
2/0 Cu 4 Cu 0,1494 0,1319 0,5782 1,4702
1/0 Cu 4 Cu 0,1886 0,1364 0,6173 1,4747
4 Cu 6 Cu 0,4716 0,1540 0,8973 1,6352
6 Cu 6 Cu 0,7425 0,1647 1,1682 1,6460
Condutores de Alumínio
336,4 Al 3/0 Al 0,0950 0,1125 0,3992 1,2118
3/0 Al 1/0 Al 0,1893 0,1276 0,5750 1,3274
1/0 Al 1/0 Al 0,3007 0,1364 0,6864 1,3362
1/0 Al 4 Al 0,3007 0,1364 0,7292 1,6256
4 Al 4 Al 0,7606 0,1540 1,1890 1,6431

Tabela 10.2 – Impedâncias de sequência

Tensão 13,2 kV
Bitola (AWG / MCM) Ohms/ km
Multi -
Fase Neutro Mono - aterrado
R1 X1 Aterrado
Bitola Material Bitola Material R0 X0 R0 X0
Condutores de Cobre
4/0 Cu 1/0 Cu 0,1883 0,3888 0,3659 1,9472 0,4722 1,3138
2/0 Cu 4 Cu 0,2989 0,4103 0,4766 1,9653 0,7234 1,5622
1/0 Cu 4 Cu 0,3772 0,4193 0,5549 1,9740 0,8017 1,5712
4 Cu 6 Cu 0,9433 0,4544 1,1211 2,0069 1,3649 1,7473
6 Cu 6 Cu 1,4851 0,4759 1,6630 2,0305 1,9068 1,7689
Condutores de Alumínio
556,5 Al 3/0 Al 0,1255 0,3508 - - 0,4267 1,2674

ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.


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336,4 Al 3/0 Al 0,1901 0,3714 0,3684 1,9260 0,4913 1,2879


3/0 Al 1/0 Al 0,3787 0,4017 0,5586 1,9564 0,7604 1,4172
1/0 Al 4 Al 0,6015 0,4193 0,7823 1,9723 1,0258 1,720
4 Al 4 Al 1,5212 0,4544 1,7065 2,02 1,9456 1,7551
240* Al 3/0 Al 1,6310 0,1051 - - 6,3810 0,1051
300** Al 3/0 Al 0,1900 0,6240 - - 0,6122 1,1273
* Pré-Reunido
** Space Cable
Tabela 10.3 – Impedâncias de sequência

Tensão 23 kV
Bitola (AWG / MCM) Ohms/ km
Multi -
Fase Neutro Mono - aterrado
R1 X1 Aterrado
Bitola Material Bitola Material R0 X0 R0 X0
Condutores de Cobre
4/0 Cu 1/0 Cu 0,1883 0,4157 0,3659 1,8934 0,4792 1,2696
2/0 Cu 4 Cu 0,2989 0,4372 0,4766 1,9114 0,7187 1,5143
1/0 Cu 4 Cu 0,3772 0,4462 0,5549 1,9201 0,7970 1,5233
4 Cu 6 Cu 0,9433 0,4812 1,1211 1,9531 1,3606 1,6972
6 Cu 6 Cu 1,4851 0,5028 1,6630 1,9767 1,9024 1,7187
Condutores de Alumínio
336,4 Al 3/0 Al 0,1901 0,3983 0,3684 1,8722 0,4881 1,2439
3/0 Al 1/0 Al 0,3787 0,4286 0,5586 1,9025 0,7562 1,3714
1/0 Al 4 Al 0,6015 0,4462 0,7823 1,9185 1,0215 1,3890
4 Al 4 Al 1,5212 0,4812 1,7065 1,9662 1,9412 1,7048
240* Al 3/0 Al 1,6310 0,1051 - - 6,3810 0,1051
300** Al 3/0 Al 0,1900 0,6240 - - 0,6122 1,1273
* Pré-Reunido
** Space Cable

Tabela 10.4 – Impedâncias de sequência

ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.


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Tensão 35 kV
Bitola (AWG / MCM) Ohms/ km
Multi -
Fase Neutro Mono - aterrado
R1 X1 Aterrado
Bitola Material Bitola Material R0 X0 R0 X0
Condutores de Cobre
4/0 Cu 1/0 Cu 0,1883 0,4157 0,3659 1,8934 0,4792 1,2696
2/0 Cu 4 Cu 0,2989 0,4372 0,4766 1,9114 0,7187 1,5143
1/0 Cu 4 Cu 0,3772 0,4462 0,5549 1,9201 0,7970 1,5233
4 Cu 6 Cu 0,9433 0,4812 1,1211 1,9531 1,3606 1,6972
6 Cu 6 Cu 1,4851 0,5028 1,6630 1,9767 1,9024 1,7187
Condutores de Alumínio
336,4 Al 3/0 Al 0,1901 0,3983 0,3684 1,8722 0,4881 1,2439
3/0 Al 1/0 Al 0,3787 0,4286 0,5586 1,9025 0,7562 1,3714
1/0 Al 4 Al 0,6015 0,4462 0,7823 1,9185 1,0215 1,3890
4 Al 4 Al 1,5212 0,4812 1,7065 1,9662 1,9412 1,7048
240* Al 3/0 Al 1,6310 0,1051 - - 6,3810 0,1051
300** Al 3/0 Al 0,1900 0,6240 - - 0,6122 1,1273

* Pré-Reunido
** Space Cable

Tabela 10.5 – Impedâncias de Sequência

ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.


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10.4. Obtenção das Correntes de Curto-Circuito Trifásico – Valor Simétrico

Com base nos dados e diagramas de impedâncias de seqüência positiva


descritos nos itens anteriores deve-se obedecer a seguinte seqüência de
passos:

1) Seleciona-se os pontos de interesse para o cálculo das correntes


de curto-circuito, por exemplo os pontos A, B, E, e G – Figura
10.C

2) Obtém-se para cada um dos pontos escolhidos a impedância


complexa equivalente (zeq) e o respectivo módulo (Zeq);
impedâncias vistas a partir dos pontos e tendo como referência o
gerador Gs:

zeq = Req + j Xeq [ohm]

Zeq = √(Req2 + Xeq2) [ohm], onde:

Req = somatória das resistências ôhmicas dos trechos do circuito


até o ponto considerado;

Xeq = somatória das reatâncias indutivas dos trechos do circuito


até o ponto considerado.

Para o ponto A, tem-se:

zeq(A) = zs+zt = (0 + jZs)+(0 + jZt) = 0 + j(Zs+Zt) [ohms],

obtendo-se o módulo Zeq(A).

Para o ponto B, tem-se:

Zeq(B) = zs + zt + zAB = (0 + jZs)+(0 + jZt)+(RAB+jXAB) [ohms]

zeq(B) = RAB + j(Zs + Zt + XAB) [ohms]

obtendo-se o módulo Zeq(B).

Para os pontos E e G o procedimento é análogo.

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3) Calcula-se Icc-30, para cada ponto escolhido, através da seguinte


relação:

Icc-30 = (V2 x 103) / (√3 x Zeq) [ampéres]

onde:

V2 – tensão nominal de distribuição primária em kV;

Zeq – módulo da impedância complexa equivalente vista pelo


ponto considerado em relação ao gerador Gs;

No caso do ponto A:

Icc-30 = (V2 x 103) / (√3 x Zeq(A)) [ampéres]

Para os demais pontos o procedimento é análogo.

10.5. Obtenção das Correntes de Curto-Circuito Fase-Fase - Valor


Simétrico

Com base nas correntes de curto-circuito trifásico calculadas conforme


procedimentos do item anterior, obtém-se as correntes de curto-circuito fase-
fase para os pontos escolhidos através da expressão:

Icc-ΦΦ= (√3 / 2) x Icc-3Φ [ampéres]

ou

Icc-ΦΦ aproximadamente igual à 0,86 x Icc-30 [ampéres].

10.6. Obtenção das Correntes de Curto-Circuito Fase-Terra - Valor


Simétrico

- Para circuitos de distribuição primária alimentados por transformadores de


dois enrolamentos com ligação delta/estrela – aterrada correspondendo aos
enrolamentos TS e TI, respectivamente.

Neste caso, vale a seguinte expressão:

Icc-øT = (√3 x V2 x 103) / (2(zs+zt+zl)+zl0+zt0+3zf) [amperes]

zs, zt e zl são os valores em ohms das impedâncias complexas de seqüência


positiva utilizadas para cálculo das correntes de curto-circuito trifásico.

ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.


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zl0: z10: impedância complexa de sequência zero, valor em ohms,

zl0: impedância complexa de seqüência zero, valor em ohms, do condutor de


neutro.

zt0: impedância complexa de seqüência zero, valor em ohms, do transformador


da ETD. Considerar no presente caso transformador com ligação delta/estrela
– aterrada e do tipo núcleo envolvido;

zt0 = 0 + j(0,85 x Zt)

onde: zt é o modulo da impedância complexa do transformador da


ETD

zf: impedância complexa da falta no ponto de ocorrência da mesma. Para as


redes de distribuição primária, deve-se considerar:

zf = 20 + j0 [ohms]

Com base na expressão anterior e nas considerações expostas, dois


níveis de curto-circuito fase-terra deverão ser calculados:

- Icc-ΦT - máximo, calculado fazendo-se zf = 0 + j0 [ohms]


- Icc-ΦT - mínimo, calculado fazendo-se zf = 20 + j0 [ohms].

10.7. Para Circuitos de Distribuição primária alimentados por


transformadores de dois enrolamentos do tipo:

- delta/estrela isolada com trafo de aterramento;

- delta/delta com trafo de aterramento.

Neste caso, estando o enrolamento TI do trafo isolado, o aterramento do


sistema de distribuição é efetuado através de um transformador de
aterramento com características técnicas diferentes dos transformadores
abaixadores das ETDs.

Características técnicas principais:

VN – tensão nominal em kV;

STG – potência nominal em MVA;

ZTG (%) – impedância percentual ou de curto circuito em %;

tipo de ligação – zig-zag;

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Neste caso, o valor de ZT0 da expressão do deverá ser calculada como


segue:

ZT0 = (ZTG(%) x VN2 ) / STG [ohms] (modulo)

zto = 0 + jTZ0 [ohms] (forma carteziana)

As demais impedâncias permanecem inalteradas.

10.8. Obtenção das Correntes de Curto Circuito para Circuitos Bifásicos e


Monofásicos

Estando tais circuitos conectados ao sistema trifásico, o procedimento de


cálculo é similar ao adotado para redes de distribuição trifásicas a 4 fios, com

um neutro multi-aterrado e interligado a ETD, conforme visto anteriormente.

- Sistema Bifásico

a) Curto entre fases:

Procedimento:

- Obtém-se Icc-3Φ conforme metodologia, considerando-se o circuito como


trifásico;

- Obtém-se Icc-ΦΦ = 0,86 x Icc-3Φ.

b) Curto Fase – Terra:

Por exemplo: falta à terra na fase A

Procedimento:

- Obtém-se Icc-ΦT, considerando-se o circuito como trifásico.

- Sistema Monofásico

Procedimento:

Obtém-se Icc-ΦT, considerando-se o circuito como trifásico.

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10.9. Representação de Outros Tipos de Transformadores em uso no Sistema


da Eletropaulo para Cálculo das Correntes de Curto-Circuito

Para a maioria dos casos os transformadores das ETDs são de dois


enrolamentos, com tipo de ligação delta (enrolamento TS) e estrela
(enrolamento TI) solidamente aterrada.

Além deste tipo de transformadores, existem os seguintes tipos em uso no


sistema Eletropaulo:

a) Transformador de dois enrolamentos com ligação tipo:

- Delta (enrolamento TS);

- Estrela aterrada através de impedância (enrolamento TI).

b)Transformadores de três enrolamentos com ligação tipo:

- Delta (enrolamento TS);

- Delta (enrolamento TM);

- Estrela aterrada através de impedância (enrolamento TI).

A metodologia para representação dos transformadores para cálculo de curto-


circuito de redes trifásicas de distribuição encontra-se descrita na referência
bibliográfica: Proteção de Sistemas Aéreos de Distribuição, ELETROBRÁS.

10.10. Obtenção das Correntes de Curto-Circuito – Valor Assimétrico

Os níveis de curto-circuito assimétricos são calculados através da multiplicação


dos níveis simétricos correspondente pelo fator K dado pela Tabela 7.2

IccAssim = K x IccSim

O fator K é função da relação X/R, da impedância equivalente do ponto de


ocorrência do curto com relação ao gerador Gs, e do instante de ocorrência do
curto-circuito.

Por exemplo: se a impedância equivalente de um ponto P qualquer em relação


ao gerador Gs vale z(P) = 1,2 + j6,5 ohms tem-se X/R = 6,5/1,2 = 5,41 pela
Tabela 10.5, tem-se 5 < X/R < 10 implicando num fator K = 1,2.

Se Icc 3ø(P)sim = 4,5kA, tem-se:

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Icc 3ø(P)assim = 1,2 x 4,5 = 5,4 kA

A Tabela 10.5 considera, em função da relação X/R, o pior caso em relação ao


instante de ocorrência do curto-circuito.

Relação X/R Fator K


0 a 2,5 1,05
2,5 a 5 1,10
5 a 10 1,20
10 a 20 1,35
20 a 50 1,60
50 a 100 1,70
Tabela 10.5 – Fator de Assimetria.

Tal procedimento é válido para obtenção dos níveis assimétricos de todos os


tipos de curto-circuito.

10.11. Exemplo de Aplicação:

Objetivo

Com relação ao diagrama unifilar deseja-se calcular as correntes de curto-


circuito 3F, 2F, FTmax e FTmin para os pontos A, E, H, J, M, O e Q.

Identificação e Registro dos Parâmetros Elétricos do Circuito

a) Tensões nominais do sistema:

V1 = 88 kV
V2 = 13.2 kV

b) Potência de curto-circuito do sistema de sub-transmissão (88 kV):

Scc1-3F = 5000 MVA


Scc1-FT = 4200 MVA

c) Dados nominais do transformador:

VT1 = 88 kV
VT2 = 13.8 kV
ST = 12MVA
ZT = 15%

Tipo de ligação triângulo/estrela aterrada.

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d) Impedâncias complexas equivalentes do circuito de distribuição


primária:

Pela Tabela 10.3 para tensão nominal de 13.2 kV tem-se:

Circuito tipo 1 – condutores de fase e neutro tipo CA com formação


3x1/0 AWG (fase) + 4AWG (neutro):

• Impedância de seqüência positiva z em ohm/km:

R1 = 0.6047 ohms/km
X1 = 0.4178 ohms/km
z1 = R1 + jX1 = 0.6047 + j0.4178 ohms/km

• Impedância de seqüência zero z0 em ohm/km

R0 = 1.0162 ohms/km
X0 = 1.7254 ohms/km

z0 = R0 + jX0 = 1.0162 + j1.7254 ohms/km

Circuito tipo 2 – condutores de fase e neutro tipo CA com formação


3x336,4 MCM (fase) + 1x3/0 AWG (neutro)

• Impedância de seqüência positiva z em ohm/km:

R1 = 0.1908 ohms/km
X1 = 0.3715 ohms/km
z1 = R1 + jX1 = 0.1908 + j0.3715 ohms/km

• Impedância de seqüência zero z0 em ohm/km

R0 = 0.4850 ohms/km
X0 = 1.3140 ohms/km
z0 = R0 + jX0 = 0.4850 + j1.3140 ohms/km

• Obtenção do Diagrama de Impedâncias de Seqüência Positiva

Com base no diagrama unifilar desenha-se o diagrama de impedâncias de


seq(+) com relação aos trechos que conduzirão correntes de falta até os pontos
escolhidos (A, E, H, J, M, O e Q)

• Obtenção do valor de zs

zs = 0 + jZs

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Onde: Zs = 13.22 / 5000 = 0.0348 ohms

Logo, zs = 0 + j0.0348 ohms

• Obtenção do valor de zt

zt = 0 + jZt

Onde: Zt = (15 / 100) x (13.22 / 12) = 2.178 ohms

Logo, zt = 0 + j2.178 ohms

• Obtenção das impedâncias equivalentes dos trechos que


conduzirão as correntes de falta aos pontos escolhidos:

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Figura 10.D – Diagrama Unifilar

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Figura 10.E – Diagrama de impedâncias de seqüência positiva

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Ponto A

As Impedâncias envolvidas são: zs e zt

z(A) = zs + zt = 0 + j(0.0348 + 2.178) ohm

z(A) = 0 + j2.213 ohm = 2.213∠90º ohms

Ponto E

Além das impedâncias zs e zt existem as impedâncias dos trechos AB, BC, CE.

Impedância seq (+) do Impedância do Trecho


TRECHO 1 (km)
Tipo de Circuito ohm/km ohms
AB 0.100 0.1908 + j0.3715 0.01908 + j0.03715
BC 1.500 0.6047 + j0.4178 0.90705 + j0.6267
CE 0.800 0.6047 + j0.4178 0.48376 + j0.33424
z(AE) = 1.410 + j0.998

logo,

z(E) = zs + zt + z(AE) = z(A) + z(AE) = 1.410 + j3.211 ohm


z(E) = 3.507 ∠66.3º ohm

Ponto H

Além das impedâncias zs e zt existem as impedâncias dos trechos AB, BF, FG


e GH.

Impedância seq (+) do Impedância do Trecho


TRECHO 1 (km)
Tipo de Circuito ohm/km ohms
AB 0.100 0.1908 + j0.3715 0.01908 + j0.03715
BF 1.200 0.1908 + j0.3715 0.22896 + j0.4458
FG 4.500 0.6047 + j0.4178 2.72115 + j1.8801
GH 1.000 0.6047 + j0.4178 0.6047 + j0.4178
z(AH) = 3.574 + j2.781

logo,

z(H) = zs + zt + z(AH) = z(A) + z(AH) = 3.574 + j4.994 ohm


z(E) = 6.141 ∠54.4º ohm

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Ponto J

A impedância equivalente z(J) é calculada como sendo a impedância z(H)


adicionada a impedância do trecho HJ.

Trecho HJ – circuito tipo 1 com lHJ = 0.800 km

z(HJ) = 0.484 + j0.334 ohm


z(J) = z(H) + z(HJ) = (3.574 + j4.994) + (0.484 + j0.334)
z(J) = 4.058 + j5.328
z(J) = 6.697 ∠ 52.7º ohm

Ponto M

Com base nos procedimentos aplicados para os pontos A, E, H e J pode-se


simplificar as operações procedendo-se da seguinte forma:

I.Obtém-se o comprimento total dos trechos com circuito Tipo 1 (FG, GK, KL,
LM):

l1 = 4.5 + 0.5 + 1.2 + 1.8 = 8.0 km

calculando-se a impedância em ohm do trecho FM:

z(FM) = 8.0 x (0.6047 + j0.4178) = 0.4837 + j3.342 ohms

II.Mesmo Procedimento para trechos com circuito Tipo 2 (AB, BF):

l2 = 0.1 + 1.2 = 1.3 km


z(AF) = 1.3 x (0.1908 + j0.3715) = 0.248 + j0.483 ohms

III.Obtém-se a impedância equivalente do ponto M:

z(M) = zs + zt + z(AF) + z(FM) = z(A) + z(AF) + z(FM)


z(M) = 5.085 + j6.038 ohm
z(M) = 7.894 ∠ 49.9º ohm

Ponto O

Com base no procedimento utilizado para o ponto M tem-se:

I.Trechos com circuito Tipo 1 (FG, GK e KO):

l1 = 4.5 + 0.5 + 4.0 = 9.0 km


z(FO) = 9.0 x (0.6047 + j0.4178) = 5.442 + j3.760 ohms

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II.Trechos com circuito tipo 2 (AB e BF):

l2 = 1.3 km
z(AF) = 0.248 + j0.483 ohm

III.Impedância equivalente do ponto O

z(O) = zs + zt + z(AF) + z(FO) = z(A) + z(AF) + z(FO)


z(O) = 5.690 + j6.456 ohm
z(O) = 8.605 ∠ 48.6º ohm

Ponto Q

De forma análoga ao procedimento anterior, tem-se:

I.Trechos com circuito Tipo 1 (DQ):

l1 = 0.2 km
z(DQ) = 0.2 x (0.6047 + j0.4178) = 0.1209 + j0.0835 ohm

II.Trechos com circuito tipo 2 (AB, BF e FD):

l2 = 0.1 + 1.2 + 3.5 = 4.8 km


z(AD) = 4.8 x (0.1908 + j0.3715) = 0.9158 + j1.7832 ohm

III.Impedância equivalente do ponto Q

z(O) = zs + zt + z(AD) + z(DQ) = z(A) + z(AD) + z(DQ)


z(O) = 1.0367 + j4.0797 ohm
z(O) = 4.209 ∠ 75.7º ohm

• Obtenção das correntes de Curto-Circuito Trifásica – Valor


Simétrico conforme Procedimento do Item 7.4.

Ponto A

z(A) = 2.2123 ∠ 90º ohm

onde:

Icc-3ø(A) = (13.2 x 103) / (√3 x 2.213) = 3444 A

Ponto E

z(E) = 3.507 ∠ 66.3º ohm

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onde:

Icc-3ø(E) = (13.2 x 103) / (√3 x 3.507) = 2173 A

Ponto H

z(H) = 6.141 ∠ 54.4º ohm

onde:

Icc-3ø(H) = (13.2 x 103) / (√3 x 6.141) = 1241 A

Ponto J

z(J) = 6.697 ∠ 52.7º ohm

onde:

Icc-3ø(E) = (13.2 x 103) / (√3 x 6.697) = 1138 A

Pontos M, O e Q

Icc-3ø(M) = (13.2 x 103) / (√3 x 7.894) = 965 A

Icc-3ø(O) = (13.2 x 103) / (√3 x 8.605) = 886 A

Icc-3ø(Q) = (13.2 x 103) / (√3 x 4.209) = 1811 A

• Obtenção das Correntes de Curto-Circuito Fase-Fase Valor


Simétrico

Com base na relação Iccøø = (√3/2) x Icc-3ø tem-se:

Ponto A

Iccøø(A) = 0.866 x 3444 = 2983 A

Com base no mesmo procedimento adotado tem-se:

Iccøø(E) = 0.866 x 2173 = 1882 A

Iccøø(H) = 1075 A

Iccøø(J) = 986 A

Iccøø(M) = 836 A

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Iccøø(O) = 767 A

Iccøø(Q) = 1568 A

• Obtenção das Impedâncias de Seqüência Zero para o Cálculo


das Correntes de Curto-Circuito Fase-Terra

Com base na expressão abaixo,

Icc-øT = (√3 x V2 x 103) / (2 x (zs + zt + zl) + zlo + zto + 3 x zf)

Onde:

(zs + zt + zl): corresponde à impedância equivalente do ponto considerado, em


relação ao gerador Gs.

zf: poderá assumir valor nulo (0 + j0 ohm), para obtenção de Icc-øTmax, ou


assumir valor (20 + j0 ohm) para obtenção de Icc-øTmin;

zto: 0.85 x zt = 0 + j1.851 ohm, pois o tipo de ligação entre os enrolamentos é


triângulo/ estrela-aterrada no lado correspondente a tensão de 13.2 kV;

zlo: para os pontos em questão, obtém-se com base nos valores da Tabela 7.1
para os circuitos Tipo 1 (3 x 1/0 AWG + 1 x 4 AWG) e Tipo 2 (3 x 336,4 MCM +
1 x 3/0 AWG).

• Circuito Tipo 1:

z0 = 1.0162 + j1.7254 ohm/km

• Circuito Tipo 2

z0 = 0.4850 + j1.3140 ohm/km

Ponto A

Não há trechos de circuito entre tal ponto e o transformador.

Ponto E

I.Trechos com circuito tipo 1 (BC e CE):

l1 = 1.5 + 0.8 = 2.3 km


z0(BE) = 2.3 x (1.0162 + j1.7254) = 2.33726 + j3.94542 ohm

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II.Trechos com circuito tipo 2 (AB):

l2 = 0.10 km
z0(AB) = 0.1 x (0.4850 + j1.3140) = 0.04850 + j0.13140 ohm
z0(AE) = z0(AB) + z0(BE) = 2.386 + j 4.077 ohm

Ponto H

I.Trechos com circuito tipo 1 (FG e GH):

l1 = 4.5 + 1.0 = 4.5 km

II.Trechos com circuito tipo 2 (AB e BF):


l2 = 0.10+1.2 = 1.3 km
z0(AF) = 1.3 x (0.4850 + j1.3140) = 0.6305 + j1.7082 ohm

III.Impedância z0(AH)

z0(AH) = z0(AF) + z0(FH) = 6.22 + j11.198

para os pontos J, M, O e Q o procedimento é análogo.

• Obtenção das Correntes de Curto-Circuito Fase-Terra – Valor


Simétrico.

Visando-se simplificação das operações a expressão para o cálculo Icc-øT


poderá ser escrita da seguinte forma:

Icc-øT = (√3 x V2 x 103) / (2 x zeq + B)

Onde:

zeq = (zs + zt + zl) (conforme item 7.10.3).

B = zl0 + zt0 + 3 x zf, podendo assumir valor mínimo para zf = 0 + j0 ohm, ou


valor máximo para zf = 20 + j0 ohms

Ponto A

2 x zeq(A) = 2 x (0 + j2.213) = 0 + j4.426 ohm

Bmin = (0 + j0) + (0 + j1.851) + 3 x (0 + j0) = 0 + j1.851 ohms

Bmax = (0 + j0) + (0 + j1.851) + 3 x (20 + j0) = 60 + j1.851 ohms

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• Obtenção das correntes de curto:

2 x zeq(A) + Bmin = (0 + j4.426) + (0 + j1.851) = 0 + j6.277 = 6.277∠ 90º


ohm

Portanto:

Icc-øT(A)max = (√3 x V2 x 103) / 6.277 = 3642 A

e também,
Icc-øT(A)min = (√3 x V2 x 103) / 60.327 = 379 A

pois; 2 x zeq(A) + Bmax = 60 + j6.277 = 60.327 ∠ 6º

Ponto E

2 x zeq(E) = 2 x (1.410 + j3.211) = 2.820 + j6.422 ohm

Bmin = z0(AE) + zt0 + 3 x zfmin = 2.386 + j5.928 ohm

Bmax = 62.386 + j5.928 ohm

• Obtenção de Icc-øT(E)max:

2 x zeq(E) + Bmin = 5.206 + j12.350 = 13.402 ∠ 67.1º ohm

Onde:

Icc-øT(E)max = (√3 x V2 x 103) / 13.402 = 1706 A

• Obtenção de Icc-øT(E)min:

2 x zeq(E) + Bmax = 65.206 + j12.350 = 66.365 ∠ 10.7º ohm

Icc-øT(E)min = (√3 x V2 x 103) / 66.365 = 345 A

Ponto H

Icc-øT(H)max = 858 A

Icc-øT(H)min = 297 A

Para os pontos J, M, O e Q o procedimento é análogo.

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Os valores simétricos dos níveis de curto-circuito 3ø, øø, øTmax e øTmin,


deverão ser utilizados para o estudo de coordenação das proteções do
sistema.

Caso se deseje obter os níveis de curto-circuito assimétricos para verificação


da suportabilidade termo-dinâmica dos equipamentos do circuito, deve-se
proceder conforme 10.10

• Obtenção dos Níveis Assimétricos de Curto-Circuito.

Com base na impedância equivalente, de seqüência positiva, obtida para cada


ponto considerado (zeq = R + jX), calcula-se o valor X/R e através da Tabela
obtém-se o fator k, obtendo-se em seguida os níveis de curto-circuito
assimétricos correspondentes aos pontos considerados.

Por exemplo: obtenção dos níveis de curto-circuito trifásico assimétricos para


os seguintes pontos:

Ponto A

Neste caso, por simplificação de cálculo, desprezou-se a parte resistiva das


impedâncias zs e zt obtendo-se zeq(A) = 0 + j2.213 ohm. O valor teórico da
relação X/R neste caso tenderia a infinito o que não corresponde a realidade,
pois a rigor R é diferente de zero.

Em casos como este adota-se para K o valor Máximo da Tabela, ou seja K =


1.7.

Daí:

Icc-3øassim(A) = 1.7 x 3444 A = 5855 A

Ponto E

Analogamente tem-se:

zeq(E) = 1.410 + j3.211 ohms

como X/R = 2.28, pela Tabela 7.2 tem-se K = 1.05, logo:

Icc-3øassim(E) = 1.05 x 2173 = 2282 A

Para os pontos H, J, M, O e Q o procedimento é análogo.

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11. CRITÉRIO DE AJUSTE DE DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

11.1. Elo Fusível

11.1. Proteção de Redes de Distribuição

a) A capacidade do elo fusível deverá ser maior que a carga máxima do


circuito.
b) Deve-se considerar o crescimento vegetativo de cargas por um
determinado período.
c) O elo fusível deverá proteger o circuito (cabo) contra sobrecorrentes
inadmissíveis (sobrecargas e curto-circuito – curva ANSI)
d) O elo fusível deverá suportar as correntes de in-rush do circuito
e) A capacidade dos elos para ramais deverá ser < 80 T
f) O elo fusível deverá permitir coordenação com o primeiro equipamento
de proteção a jusante.

EX:
Carga: IE > K x Ic ou IE > Ic x 1,5 ( Fator de sobrecarga )

Para, K = [ 1 + ( % ) ] n
100

Onde,
IE = Corrente de elo fusível
K = Fator de Crescimento
n = nº de anos previsto pelo estudo
% = taxa anual de crescimento
Ic = corrente de carga

Curto-circuito ( Calculado )

IE < ¼ * Iccmin

Onde,
4 = fator de segurança (garante a fusão do elo)
Iccmin = corrente de curto-circuito mínima da zona de proteção

g) No caso do sistema multi-aterado:

- Circuitos Monofásicos: Corresponder no máximo a 35% do valor


da corrente de curto-circuito fase-terra no fim do ramal.
- Circuitos bifásicos ou trifásicos: Corresponder no máximo a 45%
do valor da corrente de curto-circuito fase-fase no final do ramal.

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Obs1 - Deve-se considerar, se possível, o trecho para o qual o elo fusível é


proteção de retaguarda.

Obs2 - Nas circunstâncias em que o ramal possuir consumidores com grande


demanda, cuja carga exija um elo fusível com capacidade maior que 80T,
deverá haver estudos de viabilidade técnica para a instalação de religadores ou
equipamento semelhante. Elos maiores que 80T ( 100T, 140T e 200T ) não
serão considerados nos estudos de coordenação da proteção ( apenas para
seccionamento operativo do trecho ).

11.1. Proteção de Transformadores:

a) A capacidade do elo fusível deverá ser maior ou igual a corrente nominal


do transformador (admitindo sobrecarga até 50%).
b) O elo fusível deverá proteger o transformador contra sobrecorrentes
inadmissíveis (sobrecargas e curto-circuito – curva ANSI).
c) O elo fusível deverá suportar as correntes de in-rush produzidas na
magnetização do transformador.

EX:

IE > 1,5 * In

Onde,
IE = corrente do elo fusível;
1,5 = fator de sobrecarga;
In = corrente nominal do transformador.

Considerações:

Ponto ANSI – 2 segundos (In/Ztr)


Ponto In-Rush – 0,1 segundos (8 a 12 * In)

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11.1.a . Correntes de In Rush de transformadores

Número de Fator
transformadores multiplicativo
1 12,0
2 8,3
3 7,6
4 7,2
5 6,8
6 6,6
7 6,4
8 6,3
9 6,2
10 6,1
> 10 6,0

Corrente de inrush
Tempo de 130 ms

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11.1.b – Utilização dos elos fusíveis para transformador

CAPACIDADE NOMINAL E TIPO DE ELO


POTENCIA NOMINAL FUSÍVEL
(KVA) TENSÃO NOMINAL DE SISTEMA (KV)
3,8KV 13,2KV 23KV 34,5KV
TRANSFORMADORES
øN øø
MONOFÁSICOS
5 - 1H 1H 1H -
10 6T 2H 1H 1H 1H
15 10T 3H 2H 1H 1H
25(*) 15T 5H 3H 2H 2H
37,5 25T 8T 5H 2H 3H
50(*) 30T 10T 5H 3H 5H
75 40T 12T 8T 5H 5H
100(*) 65T 15T 10T 6T 6T
TRANSFORMADORES
TRIFÁSICOS
15(*) 3H 1H 1H 1H
30(*) 6T 2H 1H 1H
45 10T 3H 2H 1H
75(*) 15T 5H 3H 2H
112,5 25T 6T 5H -
150(*) 30T 8T 5H -
225(*) 40T 12T 8T -
300 65T 20T 10T -

* Transformadores com potências nominais padronizadas na Eletropaulo

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11.2. Religador:

a) Deve permitir a máxima corrente de carga admissível no circuito da sua


zona de proteção. O critério para determinação da máxima carga no
ponto de locação deverá incluir:

- Condições usuais de manobra;


- Limitação da capacidade do cabo (tronco ou ramal);
- Previsão do acréscimo de carga

b) A capacidade de interrupção de ser maior que a máxima corrente de


curto-circuito (3φ).
c) Deve obter sensibilidade para disparo dos elementos de fase, nas
circunferências em que houver a mínima corrente de curto-circuito (φφ),
compreendida pela sua zona de proteção.
d) Deve obter sensibilidade para disparo do elemento de terra, na condição
de mínima corrente de curto-circuito (φTmin), compreendida pela sua
zona de proteção. Deve também permitir a máxima corrente de
desbalanço do circuito, considerando a queima de pelo menos um
fusível do lado da carga, ou ramal com maior carga a montante do
equipamento.
e) Deve estar ajustado de maneira que os dispositivos de proteção a
montante e a jusante operem de acordo com o sistema adotado.

EX:

- fase: Ic x K < IAJ < Iccmin(φφ)

- Terra: ( 0,1 a 0,3 ) x Ic < IAJ < Iccmin(φT)

Onde,
Ic = Corrente de carga máxima do circuito
IAJ = Corrente de disparo do religador
Iccmin = Corrente de curto-circuito mínima do circuito φφ do ponto mais distante
sem outra proteção
K = Fator de sobrecarga

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Obs: Os circuitos onde as cargas são predominantemente monofásicas,


deve-se considerar os seguintes aspectos para o desbalanço:

- Fases desbalanceadas pelo módulo da carga;


- Fases desequilibradas pelo ângulo das cargas (cargas indutivas,
resistivas ou capacitivas);
- Solicitação de demanda em períodos diferentes entre as fases
(gradiente das curvas de carga) .

Considerando estes aspectos, deve-se optar pelo o ajuste que melhor


atenda as necessidade operativas e proporcione a maior sensibilidade
ao dispositivo de proteção para as condições de falta.

11.3. Reles de Sobrecorrente:

a) Não deve atuar para a máxima corrente de sobrecarga admissível no


circuito
b) Evitar danos do cabo utilizado no circuito pelos efeitos térmicos das
sobrecorrentes (sobrecargas e curto-circuito)
c) Obter sensibilidade para disparo, para as mínimas correntes de curto-
circuito, compreendida pela sua zona de proteção.

Fase: Curto φφ
Terra: Curto φTmín

d) Acomodar as correntes de desbalanço oriundas do circuito, ocasionadas


por atuação de dispositivos de proteção monofásicos a jusante ao relé
ou por desbalanço admissível de corrente entre as fases e manobras

11.3a) Relé Sobrecorrente Temporizado de Fase e Terra – 51 a 51N

Fase – 51

IcMax x K < IAJ51 < Icc(φφ)

Terra – 51N

(0,1 a 0,5) * Icmax x K < IAJ51N < Iccmin (φT)

K = 1,5 ( Fator de sobrecarga – Característica : Admissível por 2 Horas )

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Obs: Conforme descrição dos itens d) e e), estudos de balanceamento e


remanejamento de cargas devem ser considerados, usando maior
sensibilidade das proteções de sobrecorrente de terra (51N), proporcionando
melhor desempenho dessas proteções.

11.3b) Relé Sobrecorrente Instantâneo de fase e terra – 50 e 50N

Fase - 50:

( 50 + Fusível ) = IAJ50 < Icc(φφ) + TD : Menor valor de Curto-circuito φφ do ponto mais


distante sem proteção ( Sistema Seletivo )
ou
( 50 + Religador ) = IAJ50 < Icc(φφ) + TD : Menor valor de Curto-circuito φφ até o ponto de
instalação do Religador ( Sistema Coordenado )

Terra - 50N:

( 50 + Fusível ) = IAJ50N < Icc(φT) + TD : Menor valor de curto-circuito φT do ponto mais


distante sem proteção ( Sistema Seletivo )
ou
( 50 + Religador ) = IAJ50N < Icc(φT) + TD : Menor valor de curto-circuito φT até o ponto de
instalação do Religador ( Sistema Coordenado )

Onde TD = Time-Delay em 10 ciclos ( 167 ms ), podendo ser ajustados de


acordo com a necessidade do estudo.

Obs - A determinação dos ajustes dos elementos 50 e 50N devem levar


em consideração o critério de coordenação ou seletividade desejado, em
relação as proteções a jusante a estes elementos.

Nota - Nas ocasiões em que houver consumidores com tranformadores


de grande potência ou grande potência total instalada, devido a carga e
corrente de in rush, poderá haver a necessidade do estudo de proteção
específico, visando a coordenação entre a instalação consumidora e os
dispositivos de retaguarda.

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11.4. Considerações dos Transformadores de Corrente – TC

a) Deve suportar a máxima corrente de curto-circuito (3φ) no seu ponto de


locação.
b) A relação de transformação deve ser maior ou igual a máxima corrente
de carga, considerando sua capacidade térmica (sobrecarga).

IpTC > Ic / FT

IpTC > Iccmax / FS ou IccMax < 20 x IN

Onde,
Ic = Corrente de carga máxima;
FT = Fator térmico (sobrecarga);
IccMax = Corrente máxima de curto-circuito;
FS = Fator de sobrecorrente (20 x IN).

12. COORDENAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

12.1. Geral

12.2. Definição Elemento Protegido e Elemento Protetor

• Elemento Protegido: é o dispositivo de proteção que está instalado do


lado da Fonte de Energia (ETD).
• Elemento Protetor: é o dispositivo de proteção que será instalado do
lado da carga.

A Figura 12.A ilustra situações relativas às definições acima.

O elemento protegido deverá coordenar com o elemento protetor com base nos
critérios adiante expostos.

12.2.1. Curvas Características (t x I)

A atuação dos elos fusíveis, religadores e relés de sobrecorrente é verificada


através das curvas características (t x I) aos mesmos, escala, representadas
em papel log-log numa mesma escala.

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Figura 12.A

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Figura 12.B

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12.3. Coordenação Relé – Elo Fusível

12.3.1. Critério geral

A coordenação entre relé – elo fusível, tem como premissa básica a adoção do
sistema seletivo entre os elementos de sobrecorrentes instantâneos ( 50 / 50N
) da subetação ( ETD ) e o elo fusível.
A utilização da temporização de 10 ciclos ( ~167 ms ) sobre os elementos 50 e
50N, tem como objetivos principais:

- Acomodar as correntes de IN-RUSH, oriundas das correntes de


magnetização do circuito, nas circunstâncias de manobras.
- Permitir a fusão do elo fusível antes da atuação do elemento 50
ou 50N, nas condições de falta.

Por sua vez, havendo a fusão do elo fusível de modo seletivo com os
elementos 50 e 50N, agregam:

- Diminuição do número de operações do disjuntor na ETD


- Evita interrupções de curta duração para faltas transitórias
- Preserva a continuidade de fornecimento do tronco
- Geralmente as interrupções nos ramais ( ou a jusante ao elo ) é
de 1/3 da carga ( considerando a fusão de 1 elo ).

12.3.2 – Seqüência de operação

12.3.2A – Sistema seletivo


A.1 - Faltas transitórias ou permanentes, a jusante ao elo fusível:

- Deverá haver a fusão do elo fusível

A.2 – Faltas transitórias ou permanentes, a jusante ao elo fusível, com falha ou


omissão de atuação do elo fusível:

- Abertura do disjuntor da ETD através dos elementos 50/51 ou


50/51N
- Bloqueio dos elementos 50 e 50N
- Religamento automático do disjuntor da ETD – 1o Religto em 1
seg
- Abertura do disjuntor da ETD através dos elementos 51 ou 51N
- Religamento automático do disjuntor da ETD – 2o Religto em
25seg
- Abertura do disjuntor da ETD através dos elementos 51 ou 51N
- Religamento automático do disjuntor da ETD – 3o Religto em
35seg
- Abertura do disjuntor da ETD através dos elementos 51 ou 51N
- Bloqueio automático do religamento do disjuntor da ETD ( Falta
permanente )

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- Emissão de alarme para CÓS

12.3.2B – Sistema coordenado

B.1 - Faltas transitórias ou permanentes, a jusante ao elo fusível:

- Abertura do disjuntor da ETD através dos elementos 50 ou 50N


- Bloqueio dos elementos 50 e 50N
- Religamento automático do disjuntor da ETD – 1o Religto em 1
seg
- Atuação do elo fusível

B.2 – Faltas transitórias ou permanentes, a jusante ao elo fusível, com falha ou


omissão de atuação do elo fusível:

- Abertura do disjuntor da ETD através dos elementos 50 ou 50N


- Bloqueio dos elementos 50 e 50N
- Religamento automático do disjuntor da ETD – 1o Religto em 1
seg
- Abertura do disjuntor da ETD através dos elementos 51 ou 51N
- Religamento automático do disjuntor da ETD – 2o Religto em
25seg
- Abertura do disjuntor da ETD através dos elementos 51 ou 51N
- Religamento automático do disjuntor da ETD – 3o Religto em
35seg
- Abertura do disjuntor da ETD através dos elementos 51 ou 51N
- Bloqueio automático do religamento do disjuntor da ETD ( Falta
permanente )
- Emissão de alarme para COS

Nota1 - Geralmente, utiliza-se 3 religamentos automáticos. Há casos com


apenas 1 religamento automático ( redes 3,8 kV ) ou nenhum religamento (
cabos subterrâneos )
Nota2 – Conforme a limitação pelo ciclo de religamento do disjuntor, o sistema
de proteção ( relé + disjuntor ) pode ter temporizações de religamentos
diferentes da padronizada.

12.3.3 – Condições fundamentais

- Como regra geral, o elo fusível deve atuar, para condições de


sobrecorrentes, antes dos elementos 50 e 50N, isolando o trecho
sob falta.
- Os elementos 50 e 50N deverão suportar as sobrecorrentes (
faltas ), num intervalo de tempo mínimo satisfatório, que garanta a
seletividade com os elos fusíveis.
- Os elementos 51 e 51N devem estar seletivos com o elo fusível,
de modo a garantir a fusão do elo. Para tal condição, deverá
existir uma diferença de tempo de pelo menos 0,2 segundos entre

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a curva de interrupção ( tempo total ) do elo e a curva dos


elementos 51 e 51N.

12.3.4 – Limites de coordenação

- Limite máximo de coordenação : É o maior valor de corrente de


curto-circuito, em que o tempo máximo de atuação do elo fusível (
tempo de fusão + tempo de ruptura ), é menor que o tempo de
atuação do relé 50 ou 50N.
- Limite mínimo de coordenação : É o menor valor de corrente de
curto-circuito, em que o tempo máximo de atuação do elo fusível (
tempo de fusão + tempo de ruptura ), é menor que o tempo de
atuação do relé 51 ou 51N.

Obs – A metodologia para a ajuste dos relés ( 50 e 50N ) e determinação da


capacidade do elo fusível, define como padrão genérico a preservação da
seletividade. Porém casos em que haja dificuldades em atender plenamente ao
critério, pode-se admitir condições restritas para a seletividade.

As figuras 12.3A e 12.3B, representam uma modelagem de coordenação entre


elo fusível e relés sobrecorrente instantâneos e temporizados de fase e neutro
- 50/50N e 51/51N.

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FL.01/02

Figura 12.3A – Coordenação elo fusível x relés 50 / 51

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FL.02/02

Figura 12.3B – Coordenação elo fusível x relé 50 / 51N

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12.3.2. Tabelas de Coordenação

As Tabelas 12.3.C e 12.3.D apresentam as possibilidades de coordenação


entre elos fusíveis tipo T e relés de sobrecorrente tipo CO-8, em relação aos
limites mínimos e máximos de coordenação, descritos nas mesmas, e com
base nas seguintes considerações.

• Os valores indicados nas Tabelas foram obtidos para o tempo total de


interrupção do fusível igual ao tempo de atuação do elemento instantâneo
dos reIés.

• Quando a curva do relé não intercepta a curva do elo fusível, significa


que o limite mínimo depende apenas do fusível, estando tais casos
assinalados com um traço.

• O tempo considerado para atuação do elemento instantâneo é de 1 (um)


ciclo, e para interrupção no disjuntor é de 8 (oito) ciclos.

• Quando o tempo de atuação do relé temporizado for menor que o tempo


de interrupção do elo fusível, ou quando o limite mínimo de coordenação é
maior que o limite máximo de coordenação, significa que não há
coordenação entre os mesmos, estando tais casos assinalados com NC
(não coordena).

RELÉ TIPO CO-8 WESTINGHOUSE


AJUSTE DE FASE TC = 120 / 1 TAP 5A AJUSTE DE FASE
TEMPORIZAÇÃO TEMPORIZAÇÃO
0.5 1.0 1.5 2.0
(ALAVANCA) (ALAVANCA)
FUSÍVEIS I1 (A) I2 (A)
25 - - - - 290
30 - - - - 370
40 - - - - 460
50 - - - - 600
65 - - - - 750
80 - - - - 1.000
100 - - - - 1.300
140 900 - - - 2.000
200 NC 2.000 1.400 1.200 3.200
Tabela 12.3A - Considerando um tempo total de desligamento do circuito
(tempo de atuação relé + disjuntor) de 9 ciclos

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RELÉ TIPO CO-8 WESTINGHOUSE


AJUSTE NEUTRO TC = 120 / 1 TAP 1,5A AJUSTE NEUTRO
TEMPORIZAÇÃO TEMPORIZAÇÃO
0.5 1.0 1.5 2.0
(ALAVANCA) (ALAVANCA)
FUSÍVEIS I1 (A) I2 (A)
25 - - - - 290
30 - - - - 370
40 - - - - 460
50 400 - - - 600
65 NC - - - 750
80 NC 600 400 350 1.000
100 NC 1.000 600 500 1.300
140 NC NC 1.700 1.400 2.000
200 NC NC NC 2.800 3.200
Tabela 12.3B - Considerando-se um tempo total de desligamento do circuito
(tempo de atuação relé + disjuntor) de 9 ciclos

• Exemplo de Interpretação das Tabelas de Coordenação

Para o estudo de coordenação entre relé tipo CO-8 e fusível 140 T os valores
das tabelas devem ser interpretados da seguinte forma:

a) Relés de Fase, com instantâneo ajustado em 1.200 A (Tabela 12.3A) e


para a temporização (0,5), tem-se:

• 1 < 900 A implicará numa atuação do relé antes da atuação do elo


fusível (intervalo não seletivo).

• 900 A < I < 1.200 A (ajuste do instantâneo - 50) implicará em


atuação do fusível antes da atuação do elemento temporizado
(51).

• 1.200 A < I < 2.000 A implicará em atuação no instantâneo antes


da atuação do elo fusível, possibilitando que na condição de
curto-circuito temporário seja evitada a sua queima. Caso o curto-
circuito seja permanente a queima do fusível ocorrerá após o
religamento, pois o elemento Instantâneo (50) estará bloqueado.

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• 1 > 2.000 A não é garantIda a proteção do fusível, através do


elemento instantâneo do relé, uma vez que ambos poderão atuar
mesmo na condição de curto-circuito temporário. Para as demais
temporizações do relé (1,0 - 1,5 -2,0) e para 1 < 900 A não
existirá seletividade entre os elementos de proteção.

b) Relé de Neutro, instantâneo 500 A (Tabela 8.2):

A interpretação é análoga àquela acima efetuada, exceto no caso das


temporizações 0,5 e 1,0. Nestes casos, a atuação do elo fusível é sempre
posterior a atuação do elemento temporizado (51). Não há seletividade para
defeitos permanentes.

12.4. Coordenação Relé - Religador

12.4.1. Critérios Gerais (RER)

A coordenação entre relé e religador deverá ser estudada com base nos
seguintes critérios:

- As correntes iniciais de atuação da bobina série e disparo de terra do


religador deverão ser menores que as correntes de início de operação (pick-up)
dos relés de fase e de neutro.

- A soma dos avanços do contato móvel (no caso de relés eletromecânicos)


devida aos religamentos, por parte do religador, deverá ser inferior ao avanço
total para a atuação do relé, para qualquer valor de corrente de curto-circuito
dentro da zona de proteção considerada.

- Para qualquer corrente de curto-circuito na zona de operação do religador, o


tempo de operação desse equipamento, através de suas curvas temporizadas
de fase e de neutro, deve ser menor que o tempo de atuação dos relés das
unidades temporizadas de fase e de neutro, respectivamente.

- No caso de se tornar inoperante o religador de linha, fechando-se o


seccionador de contorno (By-pass), os relés da ETD devem resguardar a zona
de proteção do religador, ou seja:

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o A corrente de partida (pick-up) da unidade temporizada do relé de


fase deve ser menor que a mínima corrente de curto-circuito fase-
fase, na zona de proteção do religador;

o A corrente de ajuste da 'unidade temporizada do relé de neutro deve


ser menor que a corrente de curto-cIrcuIto mínIma na zona de
proteção do religador;

o Caso as condições anteriores não sejam atendidas, o by-pass deve


ser constituído por chave faca sem elos fusíveis, sendo que no poste
anterior ao religador deverá ser utilizado chave faca com elos
fusíveis, quando a bobina série do religador for igualou inferior a 160
A.

As condições citadas são ilustradas na Figura 12.4A

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Figura 12.4A – Coordenação Relé x Religador

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12.4.2. Método para Verificação de Coordenação

A coordenação Relé-Religador estará assegurada quando a soma percentual


relativa dos avanços e rearme do disco do relé for inferior a 100%. Tal evento
poderá ser obtido com auxílio da Tabela 8.3, considerada individualmente para
os curtos-circuitos entre fases e curtos-circuitos fase-terra, ou seja, para os
ralés de fase e de neutro.
SEQUENCIA DE TEMPO DE TEMPO DE AVANÇO REARME SOMA
OPERAÇÃO DO CURVA OPERAÇÃO RELIGAMENTO DO RELÉ DO RELÉ RELATIVA
RELIGADOR (SEG) (SEG) (%) (%) (%)




TOTAL
Tabela 12.4B

A Tabela 12.4B deverá ser preenchida com base nas seguintes considerações

a) Tempo de Operação Rápida: deverá ser preenchido com o valor obtido


através da curva de operação rápida do religador.

b) Tempo de Operação Retardada: deverá ser preenchido de modo


análogo ao anterior, obtendo-se o valor através da curva de operação
retardada do religador.

c) Tempo de Religamento: preencher com o tempo de religamento do


religador.

d) Avanço do Relé: deverá ser preenchido com o valor calculado da


seguinte forma:

Avanço do disco do relé = (A/T1) x 100%

onde:

A = tempo de operação rápida ou retardada do religador com base na


corrente de curto-circuito considerada;
T1= tempo de operação do relé com base na corrente de curto circuito
considerada.

e) Rearme do Relé: deverá ser preenchido com o valor calculado da


seguinte forma:

Retorno do disco do relé = (B/T2) x 100%

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onde:

B = tempo de religamento do religador;


T2 = tempo necessário para rearme do relé (ver catálogo técnico do
respectivo fabricante).

f) Soma Relativa: esta coluna deverá ser preenchida com diferença a


avanços-rearmes: caso o valor resultar negativo, o mesmo deverá ser
considerado nulo.

Na ultima operação do religador, não será considerado o tempo de


religamento assim como o tempo de rearme.

A coordenação relé-religador estará assegurada quando o valor total da


soma relativa for Inferior a 100%.

12.4.3. Exemplo de Aplicação

Com base na Figura 12.4A tem-se os seguintes dados:

• Relés de Fase (50/51) ligados em TC com relação de transformação


120/1:

o Tipo CO-8;
o FaIxa de ajuste de corrente (TAP): 1 a 12.

• Relé de Neutro (.50/51)N ligados no mesmo TC:

o Tipo CO-8;
o Faixa de. ajuste de corrente (TAP): 0,5 a 2,5.

• Religador:

o Tipo: KF - 100A;
o Tempo de religamento. = 2 segundos;
o Seqüência de operação: 1 (curva A); 3 (curva B).

• Níveis de curto-circuito considerados na zona de proteção do religador:

o Icc 3ø = 1950 A;
o Icc øT = 1192 A.

a) Verificação da coordenação entre o religador e os relés de fase:

Temporização adotada: curva 1, implicando num tempo de retorno do


disco igual a 5,2 seg

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1ª. Operação do religador (curva A)

Avanço do disco = (Tempo de operação do relig. na curva A / Tempo de


operação do relé) x l00% = (0,042 seg / 0,66 seg) x l00% = 6,4%

O retorno do disco do relé durante o intervalo de tempo em que o


religador estiver aberto será:

Retorno do disco = (2 seg / 5,2 seg ) x 100% = 38,5% > 6,4%,

Isto indica que o disco voltará a posição inicIal.

2ª. Operação do religador (curva B)

Sendo o tempo de operação do religador em tal curva de 0,16 seg, tem-


se:

Avanço do disco = (0,16 / 0,66) x 100% = 24,2%

Retorno do disco = (2 seg / 5,2 seg) x 100% = 38,5% > 24,2%

Tal resultado indica que o disco voltará a posição iniciaI.

Como o disco volta à posição inicial após o intervalo de tempo em que o


religador fica aberto, após cada operação temporizada, conclui-se que
há coordenação, não havendo necessidade do prosseguimento do
cálculo para as operações subseqüentes.

A Tabela auxiliar para verificação de coordenação ficaria conforme a


Tabela 12.4C

SEQUENCIA DE TEMPO DE TEMPO DE AVANÇO REARME SOMA


OPERAÇÃO DO CURVA OPERAÇÃO RELIGAMENTO DO RELÉ DO RELÉ RELATIVA
RELIGADOR (SEG) (SEG) (%) (%) (%)
1ª A 0,042 2 6,4 38,5 0
2ª B 0,16 2 24,2 38,5 0
3ª B 0,16 2 24,2 38,5 0
4ª B 0,16 24,2 24,2
TOTAL 24,2
Tabela 12.4C

b) Verificação da coordenação entre o religador e o relé de neutro.

Para se evitar a operação do relé de neutro por desbalanço de carga no


circuito o ajuste de corrente corresponderá ao TAP = 1.5 A (180A).

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Temporização adotada: curva 2, implicando num tempo de retorno do


disco igual a 12 seg.

1ª. Operação do religador (curva A ou curva de terra 1)

Avanço do disco = (Tempo de operação do religador curva A / Tempo de


operação do relé) x 100% = (0,05 seg / 0,61 seg)x 100% = 8,2% (para
Icc øT = 1192 A)
Retorno do disco do relé durante o intervalo de tempo em que o
religador estiver aberto:

Retorno do disco = (2 seg / 12 seg) x 100% = 16,7% > 8,2%,

Isto indica que o disco voltará à posição inicial.

2ª. Operação do religador (curva B ou curva de terra 6)

O tempo de operação do religador na curva B é de 0,24 seg:

Avanço do disco = (0,24 seg / 0,61 seg) x 100% = 39,3%

O retorno do disco corresponderá ao mesmo valor obtido para. a 1ª.


Operação do religador ou seja 16,7%
A posição em que o disco se encontra na ocorrência da 3ª operação do
religador corresponderá a 39.2 - 16,7 = 22,6% de seu curso.

3ª. Operação do religador (curva B ou curva de terra 6)

Os valores são idêntIcos aos calculados para a 2ª. operação: avanço do


disco = 39,3% e retorno do disco igual a l6,7%.

4ª. Operação do religador (curva B ou curva de terra 6): avanço do


disco. = 39,3%.

A Tabela 12.4D resume os cálculos anteriormente realizados.

SEQUENCIA DE TEMPO DE TEMPO DE AVANÇO REARME SOMA


OPERAÇÃO DO CURVA OPERAÇÃO RELIGAMENTO DO RELÉ DO RELÉ RELATIVA
RELIGADOR (SEG) (SEG) (%) (%) (%)
1ª A/1 0,05 2 8,2 16,7 0
2ª B/6 0,24 2 39,3 16,7 22,6
3ª B/6 0,24 2 39,3 16,7 22,6
4ª B/6 0,24 39,3 39,3
TOTAL 84,5
Tabela 12.4D

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• Conclusão: com base em tais ajustes haverá coordenação entre os


Relés de Fase e Neutro e o Religador, pois a soma relativa resultou menor
que 100%.

12.5. Coordenação Religador – Fusível

12.5.1. Critérios Gerais (RF)

A coordenação entre Religador e fusível deverá ser estudada com base nos
seguintes critérios:

- O religador deverá ser ajustado para operar na curva rápida e em seguida


na curva lenta. A coordenação desejada consiste em que o elo fusível não
queime durante a atuação do religador conforme a característica instantânea,
mas sim durante a atuação do mesmo conforme a característica temporizada-
(vide Figura 8.5). Os valores de ajuste do religador deverão permitir
coordenação com os equipamentos de proteção a montante e a jusante do
mesmo.

- O ajuste de disparo de fase do religador deverá ser menor que a corrente


mínima de defeito fase-fase, dentro da zona de proteção do religador
incluindo, sempre que possível, trechos a serem adicionados nas condições
de manobras usuais (vide Figura 12.5A).

- O ajuste de disparo de terra do religador deverá ser: (conforme ilustração


da Figura 12.5B)

o Menor que a corrente mínima de defeito fase-terra dentro da zona de


proteção ao religador:

o Maior que a máxima corrente de desbalanço para o neutro,


considerando-se a queima de um fusível a jusante.

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Figura 12.5A – Coordenação Religador x Elo fusível – Faltas entre fases

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Figura 12.5B – Coordenação Religador x Elo Fusível – Faltas para terra

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- Considerando que normalmente é difícil obter coordenação para todos os


valores de correntes de falta, as condições de coordenação deverão ser
satisfeitas, pelo menos para a corrente mínima de falta fase-terra. Tem-se
procurado usar o fusível de menor corrente nominal que coordena com o
religador, para corrente de curto-circuito fase-terra mínima.

TEMPO DE FATOR K
RELIGAMENTO UMA OPERAÇÃO DUAS OPERAÇÕES
(SEG) RAPIDA RAPIDAS
0,5 1,2 1,8
1 1,2 1,35
1,5 1,2 1,35
2 1,2 1,35
Tabela 12.5C - Fator de Segurança para Religadores (K)

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Figura 12.5D – Seqüência de operação do religador


2 rápidas + 2 retardadas

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Figura 12.5E – Coordenação Religador x Elo Fusível


Curvas rápidas e lentas

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As tabelas a seguir fornecem os limites de coordenação

RELIGADOR FUSÍVEIS
FAIXA DE COORDENAÇÃO
TIPO BOBINA AJUSTES 15T 20T 25T 30T 40T 50T 65T 80T 100T 140T 200T
KF 100A AB - 1 E 6 LCC MIN (A) Ii
KF 100A AB - 1 E 6 LCC MIN (A) Ii
SEQUENCIA 2X2 LCC MAX (A) I2
SEQUENCIA 1X3 LCC MAX (A) I2
KF 160A AB - 1 E 6 LCC MIN (A) Ii
KF 160A AB - 1 E 6 LCC MIN (A) Ii
SEQUENCIA 2X2 LCC MAX (A) I2
SEQUENCIA 1X3 LCC MAX (A) I2
KF 225A AB - 1 E 6 LCC MIN (A) Ii
KF 225A AB - 1 E 6 LCC MIN (A) Ii
SEQUENCIA 2X2 LCC MAX (A) I2
SEQUENCIA 1X3 LCC MAX (A) I2

Tabela 12.5F – Coordenação Religador Tipo KF – Fusível

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RELIGADOR FUSÍVEIS
FAIXA DE COORDENAÇÃO
TIPO BOBINA AJUSTES 15T 20T 25T 30T 40T 50T 65T 80T 100T 140T 200T
R 100A AB - 1 E 6 LCC MIN (A) Ii
R 100A AB - 1 E 6 LCC MIN (A) Ii
SEQUENCIA 2X2 LCC MAX (A) I2
SEQUENCIA 1X3 LCC MAX (A) I2
R 160A AB - 1 E 6 LCC MIN (A) Ii
R 160A AB - 1 E 6 LCC MIN (A) Ii
SEQUENCIA 2X2 LCC MAX (A) I2
SEQUENCIA 1X3 LCC MAX (A) I2
R 225A AB - 1 E 6 LCC MIN (A) Ii
R 225A AB - 1 E 6 LCC MIN (A) Ii
SEQUENCIA 2X2 LCC MAX (A) I2
SEQUENCIA 1X3 LCC MAX (A) I2

Tabela 12.5G – Coordenação Religador Tipo R – Fusível

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RELIGADOR FUSÍVEIS
FAIXA DE COORDENAÇÃO
TIPO BOBINA AJUSTES 15T 20T 25T 30T 40T 50T 65T 80T 100T 140T 200T
RV 100A AB LCC MIN (A) Ii
RV 100A AB LCC MIN (A) Ii
SEQUENCIA 2X2 LCC MAX (A) I2
SEQUENCIA 1X3 LCC MAX (A) I2
RV 140A AB LCC MIN (A) Ii
RV 140A AB LCC MIN (A) Ii
SEQUENCIA 2X2 LCC MAX (A) I2
SEQUENCIA 1X3 LCC MAX (A) I2

Tabela 12.5H – Coordenação Religador Tipo RV – Fusível

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RELIGADOR FUSÍVEIS
FAIXA DE COORDENAÇÃO
TIPO BOBINA AJUSTES 15T 20T 25T 30T 40T 50T 65T 80T 100T 140T 200T
L 100A AeB LCC MIN (A) Ii
L 100A AeD LCC MIN (A) Ii
SEQUENCIA 2X2 LCC MAX (A) I2
SEQUENCIA 1X3 LCC MAX (A) I2

Tabela 12.5I – Coordenação Religador Tipo L – Fusível

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12.6. Coordenação Religador – Religador

12.6.1. Critérios Gerais (RR)

Em casos especiais, em que for justificada a locação de religadores em série,


a coordenação entre os mesmos deverá ser estudada com base nos
seguintes critérios:

- Utilizando-se curvas de atuação retardadas diferentes quando as bobinas


série dos religadores forem iguaIs

- Utilizando-se a mesma seqüência de operações retardadas, porém com


bobinas série diferentes.

- Utilizando-se bobinas série diferentes e sequênciais de operações lentas


diferentes.

Os critérios acima são baseados no fato de que dois religadores em série,


com curvas de atuação (t x I) separadas por mais que 0,2 segundos, não
operarão simultaneamente.

As Figuras 12.6A e 12.6B representam as situações descritas pelos critérios


acima.

- No caso de não se conseguir a diferença de 0,2 segundos entre os tempos


de operação dos religadores, a coordenação é obtida adotando-se para o
religador protegido numero total de operações superior ao do religador
protetor.

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Figura 12.6A – Coordenação Religador x Religador

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Figura 12.6B – Coordenação Religador x Religador

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12.6.2. Coordenação entre Religadores do Tipo KF

A coordenação entre dois religadores é verificada quando o tempo de


operação do religador protegido é maior que o tempo de operação do religador
protetor com a diferença mínIma de 0,2 segundos.Não é possível ter
coordenação durante as operações rápidas dos religadores; nestes casos os
mesmos podem operar simultaneamente. A fim de reduzir o número de
operações ao religador protegido é desejável que o mesmo tenha menor
número de operações rápidas que o religador protetor.
No caso de não se conseguir a diferença de 0,2 segundos entre os tempos de
operação dos religadores, a coordenação é obtida adotando-se para o religador
protegido um número total de operações superior ao do religador protetor.

Na Tabela 12.6C estão indicados os valores máximos das correntes de curto-


circuito para as quais existe coordenação entre os religadores tipo KF.

RELIGADOR RELIGADOR PROTEGIDO


PROTETOR KF 100 AC KF 160 AB KF 160 AC KF 225 AB KF 225 AC
KF 100 AB 800 A 100 A 1 900 A 1 600 A 2 800 A
KF 100 AC NC NC 1 500 A ! 300 A 2 500 A
KF 160 AB NC NC 1 300 A 1 200 A 2 300 A
KF 160 AC NC NC NC NC 1 700 A
KF 225 AB NC NC NC NC 1 900 A
NOTA: O tempo da proteção de terra do Religador protetor deverá ser menor
que o tempo do Religador protegIdo.

Tabela 12.6C - Coordenação Religador KF - Religador KF

A coordenação entre outros tipos de religadores ou combinações entre os


mesmos deverá ser ver1ficada através das curvas de atuação dos mesmos.

12.7. Coordenação Religador - Seccionalizador

12.7.1. Critérios Gerais

A coordenação entre religador e seccionalizador deverá ser estudada com


base nos seguintes critérios:

- O seccionalizador deverá sentir todas as correntes de defeito que


provocam Interrupções no religador. Isto é obtido utilizando-se os valores das
bobinas série nos dois dispositivos de proteção iguais a:

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o 200% da corrente nominal do circuito, para o rellgador;

o 160% da corrente nominal ao circuito, para o


seccionalizador.

- O numero de contagens para abrir definitivamente o seccionalizador deverá


proporcionar a abertura ao mesmo na penúltima interrupção do religador (vide
Figura 12.7A).

• Na existência de mais de um seccionalizador em série, o seccionalizador


mais distante do religador deverá ser ajustado para abrir com um numero
menor de operações que o seccionalizador mais próximo do religador.

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Figura 12.7A

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12.8. Coordenação Religador – Seccionalizador – Elo Fusível

12.8.1. Critérios Gerais (RSF)

A coordenação entre religadores, seccionalizador e elo fusível deverá ser


estudada com base nos seguintes critérios:

- O reIigador deverá ser ajustado para uma operação rápida mais três lentas
e o seccionalizador para três operações (vide Figura 12.8A).

- O religador e elo fusível deverão estar coordenados conforme critérios do


item 12.7

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12.9. Critérios para Coordenação de Elos Fusíveis

Para determinação da capacidade dos elos fusíveis, de maneira a atender aos


requisitos de proteção aos equipamentos e seletividade entre os mesmos,
devem ser obedecidos os critérios:

- O elo fusível protegido deve coordenar com o elo fusível protetor pelo menos
para a mínima corrente de curto-circuito fase-terra, no ponto da instalação do
protetor.

Caso o elo protetor seja o do transformador de distribuição, a


coordenação com o elo-protegido poderá ser desprezada, se tal
coordenação implicar em corrente nominal elevada do elo-protegido,
tendo como prejuizo a seletividade de proteção dos demais dispositivos de
proteção do circuito primário.

- Para a coordenação de elos fusíveis tipo "T" deve ser uttilizados na tabela
12.9A

Fusível – Lado da fonte


TxT 8T 10T 12T 15T 20T 25T 30T 40T 50T 65T 80T 100T 140T 200T
6T
8T
10T
12T
15T
20T
25T
30T
40T
50T
65T
80T
100T
140T
Tabela 12.9A – Coordenação Fusível x Fusível

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- Caso exista um número eLevado de fusíveis em série, que impliquem em


não coordenação seletiva do sistema, a quantidade de fusíveis deverá ser
reduzida ou então deverá ser instalado um religador ou um seccionalizador.

- Na escolha aos elos fusíveis para a proteção dos transformadores de


distribuição das ET´s deverá ser aplicada a Tabela 12.9B

- Na escolha dos elos fusíveis para a proteção bancos de capacitores deverá


ser aplicada a Tabela 12.9D

A coordenação entre elos fusíveis poderá ser verificada da comparação das


curvas características dos mesmos (t x I) em papel log-log correspondendo ao
formato padrão. Neste caso para que a coordenação entre os elos fusíveis seja
satisfatória o tempo total de Interrupção do elo fusível protetor não deverá
exceder 75% do tempo mínimo de fusão do elo fusível protegido.
Na Figura 12.9B encontra-se exemplo de coordenação de elos fusíveis,
verificados através das características (t x I).

CAPACIDADE NOMINAL E TIPO DE ELO


POTENCIA NOMINAL FUSÍVEL
(KVA) TENSÃO NOMINAL DE SISTEMA (KV)
3,8KV 6,6KV 13,2KV 23KV 34,5KV
TRANSFORMADORES
øN øø
MONOFÁSICOS
5 - 1H 1H 1H 1H -
10 6T 2H 2H 1H 1H 1H
15 10T 3H 3H 2H 1H 1H
25(*) 15T 5H 5H 3H 2H 2H
37,5 25T - 8T 5H 2H 3H
50(*) 30T 10T 10T 5H 3H 5H
75 40T 15T 12T 8T 5H 5H
100(*) 65T 20T 15T 10T 6T 6T
TRANSFORMADORES
TRIFÁSICOS
15(*) 3H 2H 1H 1H 1H
30(*) 6T 5H 2H 1H 1H
45 10T 5H 3H 2H 1H
75(*) 15T 8T 5H 3H 2H
112,5 25T 12T 6T 5H -
150(*) 30T 20T 8T 5H -
225(*) 40T 25T 12T 8T -
300 65T 40T 20T 10T -
Tabela 12.9B - (*) Transformadores com potências nominais padronizadas

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Figura 12.9C

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FUSÍVEL (T)

TENSÃO UNIDADE (kvar)


POTENCIA CORRENTE MIN.
ENTRE FASES LIGAÇÃO
DO BANCO DE CURTO-
DO CIRCUITO DO BANCO 15 25 100 200
(KVAR) CIRCUITO (A)
(KV)

135 25 - - - 250
180 30 (40*) - - - 300 (400)
270 ** - - - -
ESTRELA
3,8 300P ** 50 (Z1) 50 - 500
ATERRADA
360 ** - - - -
540 ** - - - -
600P ** ** 100 (Z1) 100 1000

FUSÍVEL (T)

TENSÃO UNIDADE (kvar)


POTENCIA CORRENTE MIN.
ENTRE FASES LIGAÇÃO
DO BANCO DE CURTO-
DO CIRCUITO DO BANCO 50 100 200
(KVAR) CIRCUITO (A)
(KV)

300 15 15 (20*) - 300 (400)

ESTRELA 600P 30 30 (40*) 30 (40*) 300 (400)


13,2
ATERRADA 900 ** 50 - 500
1200P ** 65 65 650

FUSÍVEL (T)

TENSÃO UNIDADE (kvar)


POTENCIA CORRENTE MIN.
ENTRE FASES LIGAÇÃO
DO BANCO DE CURTO-
DO CIRCUITO DO BANCO 100 200
(KVAR) CIRCUITO (A)
(KV)

ESTRELA 600P 20 (25*) 20 (25*) 200 (250)


23
ATERRADA 1200P 40 (50*) 40 (50*) 400 (500)

Tabela 12.9D – Fusíveis, Bancos e Unidades de Capacitores padronizados

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Observações:

• Os valores nominais dos elos fusíveis não assinalados notação (z1)


implicam em proteção das unidades dos bancos capacitores dentro da
zona segura (probabilidade de ruptura entre 0 e 10%)

• Quando houver necessidade de formar um banco de capacitores


elementos diferentes , devem ser utilizados elos fusíveis que protejam o
elemento de menor capacidade.

• Para um eficiente desempenho dos elos fusíveis na eliminação defeitos


nos capacitores é recomendável que os níveis de curto–circuito fase-terra
(no caso da ligação do banco em delta ) não sejam inferiores a 10 x inom

*: Utilizados em casos muito freqüentes de queima de fusíveis

** : Não se recomenda o banco com fusível de grupo.

Z1 : Zona 1 de probabilidade de ruptura do tanque do capacitor ocorrência


de curto-circuitos internos ao (probabilidade entre 10 e 50% - utilizável em
lugares ruptura da caixa e/ou escorrimento do liquido não cause – conforme
norma NEMA).

P : Potencia padronizada da unidade ou do banco.

12.10. Coordenação das Proteções de Entradas Primarias (EP)

Os critérios seguintes têm a finalidade de orientar de uma forma genérica as


graduações dos relés de sobrecorrente do djsjuntor geral da entrada de
consumidores primários.Contudo, cada caso deverá ser estudado levando-se
em consideração as particularidades na instalação do consumidor e do
circuito primário.

Os relés deverão possuir faixas de ajuste que permitam efetuar as


graduações determinadas. Quando houver previsão de acréscimo de carga,
as graduações deverão ser baseadas nas condições iniciais e
compatibiIizadas por ocasião da efetivação dos acréscimos.

Deve-se orientar o consumidor no sentido de que as faixas de ajuste dos relés


e, no caso de relés indiretos, a relação de TC´s de proteção, sejam escolhidos
de maneira a serem compatíveis com os acréscimos de carga previstos.

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12.10.1. Relés lndiretos

Quando forem utilizados relés indiretos, devem ser previstos dois ou três de
fase e um de neutro, com atuação temporizada (de preferência com
característica tempo x corrente muito inversa) e instantânea.

12.10.1.1. Graduação dos Relés de Fase

• Elemento Temporizado:

Os ajustes de tempo deverão ser os menores possíveis e escolhidos


segundo os seguintes critérios:

a) Coordenar com a proteção do circuito primário.

b) A curva de temporização adotada deverá estar abaixo da curva ANSI,


não interceptando nenhum ponto da mesma. Este critério é aplicável
quando existir somente um transformador. No caso de existência de
mais de um transformador com proteção individual este critério não
deverá ser considerado.

c) E desejável que a curva de temporização adotada fique abaixo da curva


de tempo mínimo de fusão do elo fusível do ramal de entrada do
consumidor, possibilitando desta forma que para curto-circuito interno
haja desligamento do disjuntor antes da queima do fusível. Se esta
condição implicar em super dimensionamento do elo fusível este critério
poderá ser negligenciado. O elo fusível deverá ser dimensionado
conforme item 11.

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Figura – 12.10A

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Figura – 12.10B

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d) A curva de temporização dever estar acima do ponto de magnetização


(M) que deve representar a condição mais desfavorável de corrente
transitória de magnetização do(s) transformador (es) da EP, durante a
energização do(s) mesmo(s). O ponto de magnetização é admitido como
sendo de 8 a 10 vezes a corrente nominal do(s) transformador(es), com
tempo de 0,1 s. Caso esta condição implicar em temporização muito
elevada, com prejuízo na coordenação com a proteção do circuito
primário, considerar somente o maior transformador.

e) O rele não deverá operar com picos de corrente de carga, tais como,
partida de motores. O ponto de partida (P) deverá ser obtido com base
nas condições de partida potência e tipo de motor específicos a cada
consumidor devendo ser expresso pela seguinte fórmula:

P = 0,9.N.ln em tp segundos, onde:

N... mulltiplo da corrente nominal do motor: (6 a 8 )


In .. corrente nominal do motor; . .
tp .. tempo de partida. (2 a .3 s)

f) Dar uma margem para que o consumidor possa coordenar as proteções


situadas no primário e no secundário do transformador, desde que isso
não cause prejuízo na coordenação com a proteção do circuito primário.
Para isso, verificar a viabilidade de se escolher uma curva que cor-
responda a um tempo de 0,4 s, com a corrente primária correspondente
a um curto-circuito trifásico no secundário.

NOTA 1:

O valor simétrico da corrente no primário do transformador para curto-


circuito trifásico no secundário pode ser calculado, desprezando a
impedância do sistema, da seguinte forma:

Icc=100. ln/Z

onde:

ln = corrente nominal do transformador, referida do primário;

Z = impedancia do transformador (%).

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NOTA. 2:

O valor da corrente de demanda será baseado na demanda calculada


pela Eletropaulo, ou fornecida pelo consumidor, prevalecendo a maior.

• Elemento Instantâneo

Graduar a corrente de atuação do elemento instantâneo em menor valor


possível, procurando obter as seguintes condições:

a) Não operar com corrente assimétrica no primário para curto-circuito no


secundário do transformador. Considerar este valor como sendo 1.6
vezes a corrente de curto-circuito simétrica.

b) Não operar para corrente transitória de magnetização dos


transformadores instalados (8 a 10 vezes a corrente nominal).

c) No caso de haver dificuldade de coordenação com a proteção do


circuito, abandonar a condição "a", se isso possibilitar uma melhoria na
coordenação. Se mesmo assim persistir a dificuldade, considerar na
condição "b", a corrente transitória de magnetização apenas do maior
transformador.

12.10.1.2. Relé de Neutro

• Elemento temporizado

Cerca de 1/4 da corrente de carga (valor considerado para a graduação


dos relés de fase), com temporização tal que coordene com a proteção de
neutro do circuito primário.

• Elemento lnstantâneo

Pouco acima de 10% da corrente no primário para curto-circuito trifásico


no secundário do transformador.

12.10.2. Relés Diretos

Os relés diretos deverão ser graduados seguindo basicamente os mesmos


critérios utilizados para a graduação dos relés de fase indiretos.

12.10.3. Elo Fusível de Entrada

O elo fusível de entrada deverá ter a corrente nominal igual ou imediatamente


superior ao valor da corrente de graduação do relé de sobrecorrente de fase.
Deverá ser também observada a condição de não haver queima do elo
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devido a corrente transitória de magnetização do(s) transformador(es) e picos


de corrente de carga. Nos casos em que o elo de 140 A não for suficiente,
deverá ser usada chave-faca, nas tensões de 3,8 kV e 13,2kV.Para 23 kV, o
elo máximo deverá ser de 80 A. .

12.11. Critérios Para Proteção de Banco de Capacitores

Os fusíveis recomendados para banco de capacitores com proteção


individual ou em grupo deverão ser no máximo quatro por fase ligados em
paralelo devendo obedecer aos critérios indicados na Tabela 8.14.

13. BlLlOGRAFlA

-Capítulos 4 a 5

ELETROPAULO - (TEDIS) - Manual de 'Técnicas de Distribuição Secção 2 -


Linhas e Redes Aéreas - Subseção 2 - Projeto Capítulo 1 - DistribuiçãO
Primária.
ELETROPAULO - (GRADE) - Gerência De Redes Aéreas de Distribuição -
Volume 5/5 - Out/86.
ELETROBRAS – Proteção De Sistemas Aéreos de Distribuição .Editora
Campus, 1982.

Capitulo 7
ELETROPAULO - (TEDIS) - Manual de Técnicas de Distribuição
Secção 2 - Linhas e Redes Aéreas - Subseção 2 - Projeto
Capítulo 1 - Distribuição Primária.

- Capitulo 8

Chave Fusível ou Corta-circuito:

. Catálogos dos respectivos fabricantes

Religador Automático:

. Catálogos dos respectivos fabricantes: McGraw - Edson


Company, Reyrolle, Uestinghouse

, Seccionalizadores:

. Seccionalizadores - DEP/P-CESP
. Catálogos dos respectivos fabricantes: McGraw Edson Company, Reyrolle

Relé de Sobrecorrente :

. Catálogos dos respectivos fabricantes: Westinghouse, General Eletric

ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.


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Capítulos 9 a 12

ELETROPAULO - (TEDIS) - Manual de Técnicas de Distribuição


Secção 2 - Linhas e Redes Aéreas - Subseção 2 - Projeto
Capítulo 1 - Distribuição Primária.
ELETROBRAS - Proteção Sistemas Aéreos de Distribuição - Editora Campus,
1982.

CPFL - Proteção de Redes Aéreas de Distribuição NT-150.

ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.

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