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Apostila de História 29 – Iluminismo

1.0 Origens
Ideologia desenvolvida e incorporada pela burguesia a partir de lutas revolucionárias
do final do século XVIII;
René Descartes (1596-1650):
Bases do racionalismo – Única fonte de conhecimento;
Método da dúvida – Questionar todas as teorias ou idéias existentes;
Verdade absoluta – “Eu penso”: “Penso, logo existo”;
Acreditava num Deus criador do universo, onde existiam leis eternas, mas
não acreditava na Sua interferência após a Sua criação.
Isaac Newton (1642-1727) – Interpretação das leis da natureza em formas
matemáticas;
John Locke (1632-1704):
Bases da investigação das leis da sociedade – Princípios da filosofia política
iluminista;
“Segundo tratado sobre o governo civil”:
Os homens são portadores de direitos naturais (vida, liberdade e
propriedade); para que todos usufruíssem desses direitos, os homens criaram
os governos;
O governante tinha o dever de garantir os direitos das pessoas – Contrato
entre o governante e os governados;
Se o governante rompesse o contrato, os governados tinham o direito de
derrubá-lo.

2.0 “Século das Luzes” (XVIII)


Voltaire (1694-1778):
Críticas a Igreja;
“Cartas inglesas” – Crítica a Igreja como os restos da servidão feudal;
Livre expressão dos direitos naturais do homem – Crítica à censura;
“Posso não concordar com uma única palavra do que dizeis, mas defenderei
até a morte o direito de dizê-la”;
Crítica á guerras e revoluções;
Mais adepto a reformas realizadas por monarcas sob orientação dos
filósofos – Despotismo esclarecido.
Barão de Montesquieu (1689-1755):
“O espírito das leis” – Divisão dos poderes em 3: executivo, legislativo e
judiciário;
Defendia a criação de uma Constituição;
“Cartas persas” – Denúncia dos abusos do poder autoritário e os excessos do
reinado de Luís XIV.
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778):
Críticas ao absolutismo e a certos ideais burgueses, como a propriedade
privada;
“O contrato social” – Crença na liberdade dos homens;
Defendia a democracia, entendida como a expressão da vontade geral da
população de uma nação;
Criticava o racionalismo excessivo, pois reprimia os sentimentos – A
felicidade humana dependia da expressão dos sentimentos;
Rejeitado pela burguesia – Critica ao elitismo governamental, ao
racionalismo e à opulência;
Aceito pelos setores médios das populações – Grande impacto na Revolução
Francesa.
Diderot (1717-1783) e D’Alembert (1713-1784):
Compilação da Enciclopédia – Dividida em 35 volumes, apresentando todo
o conhecimento humano acumulado até então;
Racionalismo como substituto da fé;
Deísmo – Crença em Deus como força impulsionadora do universo;
Instrumento divulgador dos ideais liberais para a política e para a economia.

3.0 Economistas
Fisiocracia:
Crítica às concepções mercantilistas dominantes;
Crítica ao metalismo – A terra, e não o acúmulo de metais preciosos, era a
única fonte de riqueza, sendo o comércio e a manufatura meios de
transformar ou circular essa riqueza;
Quesnay (1694-1774), Gournay (1712-1759) e Turgot (1727-1781) –
“Deixe fazer, deixe passar, o mundo vai por si mesmo”.
Liberalismo econômico – Adam Smith (1723-1790):
Pai da economia como ciência;
Condenação ao mercantilismo;
O trabalho é a única fonte de riqueza, não o comércio;
A concorrência, a divisão do trabalho e o livre comércio possibilitariam
atingir o equilíbrio social.

4.0 Despotismo Esclarecido


Absolutistas europeus devidamente assessorados por seus ministros “esclarecidos” –
Reformas de cunho iluminista;
Diminuição das tensões entre monarcas e burgueses;
Modernização e aumento da eficiência administrativa dos reinos;
Incentivo à educação pública;
Contradição – os reis faziam reformas, mas não toleravam limitações ou perda de
poderes;
Estímulo à cultura, artes e filosofia;
Inglaterra – A monarquia já havia se submetido a um parlamento;
França – A monarquia permaneceu irredutível: Revolução Francesa;
Revolução Francesa e Independência dos Estados Unidos – Surgimento do
liberalismo político.

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