Na Bahia, conforme a Superintendência de Gestão da Informação SGINF da Secretaria Estadual de Educação, do
total de matriculados/as, 178.382 pessoas não declararam sua cor, raça ou etnia. Entre os/as que manifestaram essa informação, 60.176 24,3 % se classificam como pretos/as; 275.001 48,1% , o maior número, como pardos/as; 39.139 18,9% , como brancos/as; 2.073 3,3% , como amarelos/as e 2.305 1,2% , como indígenas. Pretos/as e pardos/as são, portanto, a imensa maioria dos/as discentes do ensino médio na Bahia. Do total de negros/as, 300.916 são do sexo feminino e 256.525, do sexo masculino. Segundo os resultados da pesquisa “Escuta aos Estudantes”, dos 9.138 estudantes do ensino médio respondentes quanto ao marcador social gênero, 99,2% se classificam como masculino ou feminino. Em relação à orientação afetivo-sexual, 91,1% se classificam como heterossexuais, 4,4% como homossexuais, 2,2% como bissexuais e 0,4% como pansexuais. Estamos tratando de 7% dos/as estudantes baianos/as, que podem chegar ao contingente de mais de 60 mil indivíduos que não se identificam como heterossexuais, o que deve ser considerado nos currículos, tendo em vista o desenvolvimento da autoestima necessária à saúde e às superações sociais, bem como o respeito ao público LGBTQIA . Deve-se considerar que, nas propostas formativas, esses sujeitos não são historicamente contemplados quanto às suas especificidades e necessidades, inclusive a garantia de acesso à educação básica BAHIA, 2022, p. 115 116 .