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ESCOLA POLITÉCNICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
Salvador
2017
i
Salvador
2017
ii
iii
DEDICATÓRIA
FORMAÇÃO DO CANDIDATO
“Nem tudo que se enfrenta pode ser modificado, mas nada pode ser modificado até que
seja enfrentado.”
Albert Einstein
vi
vii
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________
Prof.(a) Dr.(a) Daniel Véras Ribeiro
Orientador
PPEC – UFBA
_____________________________________
Prof.(a) Dr.(a) Cléber Marcos Ribeiro Dias
Co-Orientador
PPEC - UFBA
_____________________________________
Prof.(a) Dr.(a) Oswaldo Cascudo Matos
PPG-GECON – UFG
_____________________________________
Prof.(a) Dr.(a) Carlos Alberto C. de Souza
PPEC – UFBA
_____________________________________
Prof.(a) Dr.(a) Elaine Pinto Varela Alberte
UFBA
viii
ix
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
In the last two decades, the issue of the disposal of construction and demolition
waste (CDW) has been receiving outstanding attention due to the significant
generation of this waste and its ineffective management of final disposal. As a
result, the CDW has been prominence among the residues with possibilities of
application in cementitious materials, in order to reduce the environmental
impacts, presenting a suitable final destination for these wastes, which are
currently deposited in landfills and “dump" areas. The present work proposed the
use of the recycled aggregate from the Waste Evaluation Unit of Odebrecht
Ambiental (UVR Grajaú), in order to evaluate the characteristics of this residue
and its influence on the durability of the concrete. Therefore, an extensive
physical and chemical characterization of the residues was carried out, through
the mechanical properties and durability of the recycled concrete, by techniques
of migration of chlorides, carbonation, electrical resistivity and freeze-thaw
cycles. This recycled aggregate was incorporated in concrete to replace the
natural aggregate. Therefore, the present work sought to contribute to the
minimization of two serious problems of society: the generation and inadequate
allocation of construction waste and degradation in reinforced concrete
structures, as well as collaborate to studies on the durability of concretes with the
use of recycled aggregates. The results indicate that both increases in recycled
aggregate content and water / cement ratio have significant effects on concrete
properties, reducing the durability of the mixtures. However, to the freeze-thaw
cycles the use of the recycled aggregate made the admixtures more durable than
control concrete.
SUMÁRIO
ÍNDICE DE TABELAS
Pág.
Tabela 1. Classificação e formas de destinação dos resíduos da construção civil.
.......................................................................................................................... 6
Tabela 13. Propriedades físicas dos cimentos Portland utilizados. ................ 100
Tabela 16. Propriedades físicas das britas 9,5 mm e 19,0 mm utilizadas. ..... 105
Tabela 17. Propriedades físicas dos agregados reciclados utilizados. .......... 106
ÍNDICE DE FIGURAS
Pág.
Figura 1. Esquema de classificação dos resíduos sólidos segundo a fonte
geradora. ........................................................................................................... 8
Figura 17. Diagrama de Pourbaix simplificado para o sistema ferro-água com Cl-
(355 ppm). ....................................................................................................... 46
Figura 33. Marcações realizadas nos corpos de prova para padronização das
medidas. .......................................................................................................... 92
Figura 38. Difratograma de raios X dos cimentos Portland utilizados. ............ 100
Figura 43. Densidade aparente, aos 28 dias, das misturas de referência e com
substituição do agregado natural pelo agregado reciclado............................. 109
Figura 44. Porosidade aparente, aos 28 dias, das misturas de referência e com
substituição do agregado natural pelo agregado reciclado............................. 110
Figura 59. Valores de time lag (τ), estimados a partir de ensaios de migração de
cloretos, para os concretos contendo agregado reciclado em substituição ao
agregado natural. ........................................................................................... 126
Figura 60. Fluxo de íons cloro (JCl), estimado a partir de ensaios de migração de
cloretos, para as misturas estudadas. ............................................................ 127
Figura 67. Relação entre o tempo de vida útil e o teor de substituição do agregado
reciclado (AGR) pelo agregado natural (AGN), para diversas relações
água/cimento. ................................................................................................ 134
Figura 85. Densidade aparente dos corpos de prova submetidos aos ciclos de
congelamento e descongelamento ensaiados aos 28 dias de idade e após o
término da ciclagem, contendo agregado reciclado em substituição ao agregado
graúdo. .......................................................................................................... 147
Figura 86. Porosidade aparente dos corpos de prova submetidos aos ciclos de
congelamento e descongelamento ensaiados aos 28 dias de idade e após o
xxviii
Figura 93. Aspecto visual dos corpos de prova de concreto (A) de referência e
contendo agregado reciclado nos teores de (B) 15%, (C) 25% e (D) 50%, após
ciclagem. ....................................................................................................... 156
xxix
SÍMBOLOS E ABREVIATURAS
% Porcentagem
°C Grau Celsius
Densidade do material
θ Ângulo de difração de raios X
λ Comprimento de onda
ρ Densidade do material
φ Coeficiente de absorção capilar (Kg/m2.min0,5)
τ Time lag
1
1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO DE LITERATURA
Classes Destinação
Deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados, ou
A encaminhados a áreas de aterro de resíduos da construção civil, sendo
dispostos de modo a permitir sua utilização ou reciclagem futura.
Deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados à área de
B armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir sua
utilização ou reciclagem futura.
C Deverão ser armazenados, transportados e destinados em
conformidade com as normas técnicas específicas.
D Deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e destinados em
conformidade com as normas técnicas específicas.
Fonte: CONAMA, 2002.
Cerâmica 30 23 14 12
Rochas - 18 5 -
Outros 5 - 6 36
Hansen (2004 apud LOTF et al., 2015), a velocidade dos diversos tipos de
deterioração do concreto depende da permeabilidade desse material,
influenciada pela absorção de água. A penetração de água no concreto é fator
determinante para que a maioria dos mecanismos de deterioração seja eficaz.
De acordo com Silva et al. (2015), o tamanho do agregado reciclado possui
um claro efeito sobre a carbonatação do concreto, de modo que existe maior
probabilidade dos concretos feitos com agregados miúdos reciclados de
concreto exibirem profundidades de carbonatação, bem superiores aos
produzidos com agregado graúdo reciclado de concreto. Isso pode ser
facilmente explicado pela maior porosidade do agregado miúdo reciclado de
concreto (AMRC), consequência da maior quantidade de argamassa aderida à
superfície dos grãos.
Os resultados obtidos por Werle (2010) reforçam a ideia de que a
porosidade do ARC utilizado é decisiva na carbonatação do novo concreto. No
referido trabalho, a autora analisou a carbonatação em concretos com diferentes
percentuais e resistências do concreto que gerou o AGRC. Ao analisar os
resultados, conclui que, quanto maior o teor de substituição, maior é a
profundidade carbonatada, comportamento também observado por Kou e Poon
(2012).
Estudos realizados por Silva et al. (2015) mostram que, com a crescente
substituição do agregado natural pelo reciclado, aumenta-se, também, a
profundidade de carbonatação no concreto. A utilização de 100% de agregado
graúdo reciclado de concreto pode gerar uma profundidade de carbonatação até
duas vezes maior que aquela formada em concretos com agregados naturais.
Da mesma forma, os estudos realizados por Katz (2003) reforçam esta ideia, à
medida que apontam que a profundidade de carbonatação em concretos com
agregados reciclados de concreto é de 1,3 a 2,5 vezes superior à dos concretos
de referência.
De acordo com dados da “Building Contractor Society of Japan” (1978),
citados por Lamond et al. (2002), para concretos feitos com agregados reciclados
de concreto que já sofreram carbonatação, a sua taxa passa a ser 65% maior
22
que a dos concretos feitos com agregados naturais, podendo, assim, ocasionar
um aumento na velocidade de corrosão das armaduras.
Por outro lado, no processo de deterioração das estruturas de concreto
armado, os agentes agressivos mais problemáticos são os cloretos, tanto no que
diz respeito ao período de iniciação quanto ao de propagação.
Os concretos produzidos com agregado reciclado contaminados por
cloretos podem gerar grandes problemas quando utilizados para a produção de
novos materiais. De acordo com os estudos de Quebaud (1996) apresentados
por Leite (2001), os agregados reciclados podem ser contaminados por cloretos
de duas maneiras:
Através da penetração dos íons cloro nas estruturas, principalmente
em áreas marinhas, pontes ou pavimentos submetidos a sais de degelo; ou
Através do uso de agregados retirados de zonas marinhas, ou de
aditivos aceleradores de pega, à base de cloretos, nas misturas do concreto.
Os trabalhos apresentados por Ryu (2002 apud CABRAL, 2007) e por Tu
et al. (2006) mostram que a profundidade de penetração de cloretos nos
concretos reciclados foi maior que a encontrada em concretos com agregados
naturais, especialmente para as relações água/cimento mais altas. Para Kou e
Poon (2012), a resistência à penetração de íons cloro é melhorada a partir da
incorporação de cinza volante ao concreto, de modo a reduzir a relação a/c e,
consequentemente, a porosidade do material.
Somna et al. (2012) mostraram que há uma redução na permeabilidade em
concretos contendo 100% de agregado graúdo reciclado de concreto, com
substituição parcial do cimento por cinza volante (CV) e cinzas do bagaço da
cana de açúcar (CBCA), em comparação à permeabilidade dos concretos de
referência. Da mesma maneira, a resistência à penetração de cloretos é
aumentada à medida que o teor de substituição de CV e CBCA cresce. No
entanto, para concretos submetidos a ataques de sulfato, percebeu-se que, com
maior substituição de cimento por cinzas, os mesmos sofreram maior
deterioração. De acordo com estes estudos, o teor ideal de substituição de
cimento por CV ou por CBCA para concretos com AGRC é de 20%. Deste modo,
os autores obtiveram alta resistência à compressão, baixa permeabilidade, alta
23
Propriedade Diferença
Resistência à compressão Redução em até 25%
Resistência à tração direta e na flexão Redução em até 10%
Módulo de elasticidade Redução em até 45%
Retração por secagem Aumento em até 70%
Fluência Aumento em até 50%
Absorção de água Aumento em até 50%
Profundidade de carbonatação Similar
Resistência ao congelamento e degelo Reduzida
Penetração de cloretos Igual ou ligeiramente aumentada
Abatimento Igual ou ligeiramente reduzido
Fonte: adaptada de Marinkovi (2012 apud MEHTA; MONTEIRO, 2014).
Tabela 4. Normas utilizadas por alguns países europeus para a confecção de concreto
estrutural com a utilização de agregado reciclado.
Agregados
tamanho > 4 mm
Tipo I reciclado de 20 ≥ 1500 C16/20
até 100%
alvenaria
Mistura = 80%
Natura + 20% Sem limite tamanho > 4 mm
Tipo III - ≥ 2400
agregado (max. superior até 20%
Reciclado)
≥ 90%
ARB 1 agregados do 7 ≥ 2200 C40/50 25%
concreto
Portugal E Não
471 (2006) recomendado
≥ 70%
ARB 2 agregados do 7 ≥ 2200 C35/45 20%
concreto
Espanha
EHE Agregados do tamanho > 4 mm Não
RCA 7 ≥ 2100 ≤ 40
(2008) concreto até 20% recomendado
Annex 15
≥ 90% do
Tipo I WO ≤ 45
concreto e
Fragmentos de
agregados
concreto/ areia 10 ≥ 2000
naturais de
de concreto
Alemanha acordo com
britado
DIN 4226-1 De acordo WF ≤ 35
DIN 4226-
com DIN EM tamanho < 2 mm
100:
206-1 e DIN não
Agregados
1045-2 - recomendado
Reciclado ≥ 70% do
Tipo II C30/37
s
Fragmentos de
concreto e WO ≤ 35
agregados
construção/ 15 ≥ 2000
naturais de
areia artificial
acordo com
de construção
DIN 4226-1 WF ≤ 25
Obs.: WO - Concreto com cura normal que se mantém seco durante a utilização / WF - Concreto que durante o uso é frequentemente
molhado por longos períodos de tempo.
Um material atinge o fim de sua vida útil quando suas propriedades, sob
determinadas condições de uso, tiverem se deteriorado de tal forma que a
continuação de sua utilização se torna insegura e antieconômica (MEHTA;
MONTEIRO, 2014).
No que diz respeito à durabilidade, a NBR 6118:2014 (“Projeto de
estruturas de concreto - Procedimento”) a define como a capacidade da estrutura
de resistir às influências ambientais previstas e definidas em conjunto pelo autor
do projeto estrutural, o responsável técnico da obra e o contratante, no início dos
trabalhos de elaboração do projeto. De forma análoga, para a ISO 13823:2008
(General principles on the design of structures for durability), durabilidade é a
capacidade de uma estrutura ou de seus componentes de satisfazer, com dada
manutenção planejada, os requisitos de desempenho do projeto, por um período
específico de tempo sob influência das ações ambientais, ou como resultado do
processo de envelhecimento natural.
Portanto, a durabilidade das estruturas de concreto está relacionada com
suas interações com o ambiente em que estão inseridas, além das
características dos materiais e/ou componentes e às condições de utilização
28
impostas durante sua vida útil. Com isso, destaca-se que a durabilidade não é
uma propriedade intrínseca dos materiais, mas, sim, uma função relacionada
com o desempenho dos mesmos sob determinadas condições ambientais
(POSSAN, 2010).
De acordo com Helene (1993), a durabilidade de estruturas de concreto
pode ser determinada por quatro fatores, denominada de regra dos 4C's:
2.5.1. Permeabilidade
𝐾ℎ . 𝐴. 𝐻
𝑄𝑓 = Equação 1
𝐿
, em que Qf é a vazão do fluido (m3/s), Kh é a permeabilidade hidráulica
(m/s), A é a seção do meio poroso (m2), H é a altura da coluna d’água (m), e L é
o comprimento da amostra (m).
𝑖 = 𝐴 + 𝑆. 𝑡 1/2 Equação 3
2.5.3. Difusão
𝜕𝐶 Equação 4
𝑞𝑚 = −𝐷
𝜕𝑥
𝜕𝐶 𝜕2𝐶 Equação 5
= −𝐷 2
𝜕𝑡 𝜕𝑥
𝑥 Equação 6
𝐶 (𝑥, 𝑡) = 𝐶𝑠 (1 − 𝑒𝑟𝑓 )
2√𝐷. 𝑡
𝑧𝑖 𝐹 𝜕𝐸(𝑥)
𝐽𝑖 (𝑥 ) = − 𝐷𝑖 𝐶𝑖 Equação 9
𝑅𝑇 𝜕(𝑥)
2.6.2. Carbonatação
A corrosão das armaduras pode ser provocada pela ação dos íons cloro,
que são considerados os agentes de degradação mais importantes para uma
estrutura de concreto armado, apresentando-se como a principal causa da
deterioração prematura (DUPRAT, 2007; MAHESWARAN; SANJAYAN, 2004;
MARTÍN-PÉREZ et al., 2010; VAL; STEWART, 2003).
É necessário conhecer as possíveis formas de contaminação dos concretos
por cloretos e o mecanismo de transporte destes íons através da rede de poros
do material. Existem quatro mecanismos de transporte de íons no concreto:
Absorção Capilar, Permeabilidade, Difusão e Migração Iônica, que podem atuar
simultaneamente ou sucessivamente ao longo do tempo, conforme as condições
de exposição às quais o concreto se encontra submetido (CALÇADA, 2004 apud
TROIAN, 2010; SIQUEIRA, 2008), conforme será discutido em detalhes no item
3.5.
44
A contaminação por íons cloro pode ser decorrente tanto do meio externo,
onde a contaminação se dá pela impregnação da superfície do concreto, quanto
da utilização de aditivos aceleradores de pega ou utilização de materiais
contaminados adicionados à massa de concreto, conforme Tabela 5.
De acordo com Helene (1999) apud Ribeiro (2010), os ânions Cl- podem
destruir a película passivadora presente na armadura, devido ao meio ser
alcalino, além de acelerar permanentemente a corrosão, sem consumir-se,
conforme as Equações 22 e 23.
Figura 17. Diagrama de Pourbaix simplificado para o sistema ferro-água com Cl- (355
ppm).
Figura 19. (A) Variação de volume da água em função da temperatura; (B) Retículo
cristalino do gelo.
(a) (b)
Fonte: CORR et al., 2004.
Amarelo
Vermelho de cresol 7,2 – 8,8
Vermelho
Incolor
Fenolftaleína 8,0 – 9,9
Rosa
Incolor 0,1g/100ml de
Timolftaleína 9,3 – 10,5
Azul etanol
Amarelo de Amarelo claro
10,0 – 12,1
alizarina Amarelo escuro
Vermelho
Alizarina 10,1 – 12,1
Púrpura
Azul 0,1g/100ml de
Azul de Nil 10,1 – 11,1
Vermelho água
Fonte: THIERY, 2005 apud PAULETTI, 2009.
𝑅. 𝑇 𝑡𝑖
𝐷𝑖 = 2 2
. Equação 24
𝑍 . 𝐹 𝛾𝑖 . 𝑐𝑖 . 𝜌
Resistividade (kΩ.cm)
Risco de corrosão
CEB-192 COST 509
> 20 > 100 Desprezível
10 a 20 50 a 100 Baixo
--- 10 a 50 Moderado
5 a 10 < 10 Alto
<5 --- Muito Alto
Fonte: RIBEIRO, 2010.
2.8.4. Ultrassom
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Para a realização das atividades que foram desenvolvidas neste estudo, foi
feita uma extensa revisão de literatura acerca dos métodos que foram utilizados
para caracterizar o RCC. A partir dessa caracterização, foi selecionada a fração
correspondente ao agregado graúdo reciclado que substituiu o agregado miúdo
natural. Com isso, foram analisadas as propriedades dos concretos com a
utilização desse resíduo, através da realização de ensaios de avaliação das
propriedades físico-mecânicas e de durabilidade dos concretos com a utilização
desse agregado reciclado.
Na Figura 25, é apresentado o esquema resumido do programa
experimental que foi executado.
Fonte: O AUTOR.
3.1. Materiais
3.1.2. Areia
3.1.3. Brita
Ø 20 – 40 mm
Fonte: O AUTOR.
3.1.5. Aditivo
3.1.6. Água
3.2. Métodos
Absorção
𝑚𝑠 − 𝑚 Equação 26
𝐴% = × 100
𝑚
Agregado miúdo
Massa específica
𝑚 Equação 29
𝑑3 = 𝑚 −𝑚
(𝑉 − 𝑉𝑎 ) − 𝑠
𝜌𝑎
72
Agregado graúdo
𝑚 − 𝑚1
𝑃= Equação 34
𝑚
𝑀𝑖 − 𝑀𝑓
%𝑚𝑎𝑡. 𝑝𝑢𝑙𝑣. = 𝑥100 Equação 35
𝑀𝑖
A ação dos cloretos e sulfatos é apontada como uma das principais causas
de corrosão das armaduras e deterioração do concreto armado. Além disso, os
sulfatos podem acelerar e, em certos casos, retardar a pega do cimento Portland
dando origem à expansão no concreto pela formação da etringita
(trissulfoalumitato de cálcio hidratado). Para a execução do concreto, não é
permitido um teor elevado de cloretos e sulfatos nos agregados e, com este
intuito, a NBR 9917:2009 (“Agregados para concreto – determinação de sais,
cloretos e sulfatos solúveis”) especifica um método para determinar estes
parâmetros.
Para a determinação dos sais solúveis, utiliza-se uma solução obtida com
os agregados e água, conforme prescrito na norma. Deste modo, é retirada uma
quantidade dessa mistura filtrada que é colocada em cápsulas de porcelanas
para execução de processo de fervura banho-maria até a evaporação total.
78
modo, com intuito de se trabalhar apenas com a porção graúda, foi realizado um
peneiramento para retirada da fração miúda pertencente a este intervalo
granulométrico. Assim, para avaliação da ciclagem gelo-degelo no concreto,
foram utilizados AGR pertencentes à faixa granulométrica retida na peneira com
4,8 mm e passante pela peneira com 10 mm de abertura, com dimensão máxima
característica de 9,5 mm.
Para a moldagem dos corpos de prova foi realizada uma substituição
volumétrica do agregado natural pelo agregado reciclado. Este procedimento
tem como objetivo evitar uma distorção entre os volumes do concreto
convencional e o reciclado. A Equação 36 mostra o cálculo para substituição
volumétrica, onde MAR é a massa do agregado reciclado, MAN a massa do
agregado natural, ρAR a massa específica do agregado reciclado e ρAN a massa
específica do agregado natural.
𝑀𝐴𝑁 . 𝜌𝐴𝑅
𝑀𝐴𝑅 = Equação 36
𝜌𝐴𝑁
𝑃
𝑅𝑐 = Equação 37
𝐴
𝑃. 𝐿
𝑅𝑡 = Equação 38
𝐵. 𝐷 2
𝑚𝑢 − 𝑚𝑠
𝑃𝐴 = 100. (%) Equação 39
𝑚𝑢 − 𝑚𝑖
𝑚𝑠
𝐷𝐴 = 𝜌𝐿 . Equação 40
𝑚𝑢− 𝑚𝑖
𝑚𝑠𝑎𝑡 − 𝑚𝑠
𝐶= Equação 41
𝑆
Figura 28. Esquema de corte dos corpos de prova para o ensaio de carbonatação.
estiverem sobre a fase em estudo, sendo que os nós que sobrepuserem a zona
de transição têm valor de 0,5 ponto e os que sobrepuserem a fase em análise
(agregado graúdo) têm valor de 1 ponto. Posteriormente, divide-se este valor
obtido pelo total de nós, estimando a porcentagem da fase. Um esquema deste
procedimento é apresentado na Figura 29.
Figura 30. Aparato utilizado no ensaio de migração de cloretos, utilizando amostras com
diâmetros iguais a 100 mm.
Fonte: O AUTOR.
𝐽𝐶𝑙 𝑅𝑇𝑙
𝐷𝑠 = Equação 42
𝑧𝐹𝐶𝐶𝑙 𝛾∆𝜃
a valência dos íons (para cloretos, igual a 1), F é a constante de Faraday (23063
cal/(volt.eq)), CCl é a concentração de cloretos na célula catódica (mol/cm3), γ é
o coeficiente de atividade da solução da célula catódica (0,657 para o Cl-), ΔФ é
a média da tensão que é aplicada ao corpo de prova durante o estado
estacionário (V).
O coeficiente de difusão no estado não-estacionário (Dns) pode ser
calculado a partir de ensaios de migração, por meio da Equação 43, proposta
por Castellote et al. (2001).
2𝑙 2 𝑣 Equação 43
𝐷𝑛𝑠 = 2
[𝑣. 𝑐𝑜𝑡ℎ − 2]
𝜏𝑣 2
Em que:
ze
v , k é a constante de Boltzmann (1,38x10-23 J/K), e é a carga do
kT
elétron (1,6x10-19 C), ΔФ é a média da tensão efetivamente aplicada ao corpo de
prova durante o estado não-estacionário (V).
Figura 33. Marcações realizadas nos corpos de prova para padronização das medidas.
Fonte: O AUTOR.
ti
Equação 44
t0
1
Edr 100. Equação 45
2
𝐸𝑑𝑟 . 𝑁
𝐹𝑑 = Equação 46
𝑀
Fator de
durabilidade ≥ 80% ≥ 60% < 60% ≤ 40%
(Fd)
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Figura 37. Distribuição do tamanho de partículas dos cimentos Portland utilizados nesse
estudo.
Fonte: O AUTOR.
100
Fonte: O AUTOR.
Fonte: O AUTOR.
101
CP II E-32 CP V ARI
Óxido
Limites Limites
Teor (%) Teor (%)
(NBR 11578:1991) (NBR 5733:1991)
CaO 61,76 - 62,32 -
CO2 n.d. ≤ 5,0 n.d. ≤ 3,0
SiO2 12,97 - 14,28 -
Fe2O3 4,62 - 2,23 -
SO3 3,79 ≤ 4,0 2,98 ≤ 3,5
MgO 4,98 ≤ 6,5 3,91 ≤ 6,5
Al2O3 7,39 - 9,54 -
K2O 3,87 - 3,03 -
TiO2 0,26 - 0,02 -
Na2O n.d. - n.d. -
SrO 0,00 - 0,00 -
MnO 0,23 - n.d. -
P2O5 0,09 - 1,67 -
Outros 0,04 - 0,02 -
Perda ao fogo 3,96 ≤ 6,5 3,17 ≤ 6,5
n.d. = não detectado
Fonte: O AUTOR.
102
4.1.2. Areia
Fonte: O AUTOR.
Grandeza Resultado
4.1.3. Brita
100
80
Massa retida acumulada (%)
60
40
Zona granulométrica Brita 9,5 mm
4,75/12,5 Brita 19,0 mm
20
Zona granulométrica
9,5/25
0
1 10 100
Abertura da peneira (mm)
Fonte: O AUTOR.
105
100
80 Agregado Reciclado
Massa retida acumulada (%)
4,8-10 mm
Agregado Reciclado
60 10-20 mm
40
Zona
granulométrica
4,75/12,5
20
Zona
granulométrica
9,5/25
0
1 10 100
Abertura da peneira (mm)
Fonte: O AUTOR.
Figura 42. Separação gravimétrica das frações dos agregados graúdos reciclados
utilizados: (A) AR 4,8-10 mm e (B) AR 10-20 mm.
(A) (B)
Fonte: O AUTOR.
108
Gesso - 0,10%
Vidro - 0,25%
Madeira - 0,03%
Fonte: O AUTOR.
Figura 43. Densidade aparente, aos 28 dias, das misturas de referência e com
substituição do agregado natural pelo agregado reciclado.
2,35
Densidade aparente (g/cm³)
2,30
2,25
2,20
2,15
2,10
2,05
2,00
REF35 35T50 35T100 REF45 45T50 45T100 REF55 55T50 55T100
Mistura
Fonte: O AUTOR.
Figura 44. Porosidade aparente, aos 28 dias, das misturas de referência e com
substituição do agregado natural pelo agregado reciclado.
20,0
Porosidade aparente (g/cm³)
18,0
16,0
14,0
12,0
10,0
8,0
REF35 35T50 35T100 REF45 45T50 45T100 REF55 55T50 55T100
Mistura
Fonte: O AUTOR.
Figura 45. Coeficiente de absorção capilar, aos 28 dias, das misturas de referência e
com substituição do agregado natural pelo agregado reciclado.
0,20
Coef. de absorção capilar
0,16
(kg/m².min0,5)
0,12
0,08
0,04
0,00
REF35 35T50 35T100 REF45 45T50 45T100 REF55 55T50 55T100
Mistura
Fonte: O AUTOR.
60,0
Resistência à compressão axial
55,0 3 dias
7 dias
50,0
28 dias
45,0
(MPa)
40,0
35,0
30,0
25,0
20,0
REF35 35T50 35T100 REF45 45T50 45T100 REF55 55T50 55T100
Mistura
Fonte: O AUTOR.
Tabela 19. Resistência relativa à compressão, aos 28 dias, dos concretos avaliados
para diferentes relações água/cimento.
Figura 47. Evolução da resistividade elétrica das misturas REF35, 35T50 e 35T100, em
função da idade.
Fonte: O AUTOR.
Figura 48. Evolução da resistividade elétrica das misturas REF45, 45T50 e 45T100, em
função da idade.
Fonte: O AUTOR.
116
Figura 49. Evolução da resistividade elétrica das misturas REF55, 55T50 e 55T100, em
função da idade.
Fonte: O AUTOR.
y = -0,018x + 0,4484
0,14 R² = 0,9992
(kg/m².min0,5)
0,12
0,10
0,08
0,06
0,04
15,0 16,0 17,0 18,0 19,0 20,0 21,0 22,0 23,0
Resistividade elétrica (KΩ.cm)
(A)
0,18
Coef. de absorção capilar
y = -0,0166x + 0,3376
0,16 R² = 0,9725
(kg/m².min0,5)
0,14
0,12
0,10
0,08
10,0 11,0 12,0 13,0 14,0 15,0
Resistividade elétrica (KΩ.cm)
(B)
0,18
Coef. de absorção capilar
0,16
(kg/m².min0,5)
y = -0,0548x + 0,6521
R² = 0,9467
0,14
0,12
0,10
8,0 8,5 9,0 9,5 10,0 10,5 11,0
Resistividade elétrica (KΩ.cm)
(C)
Fonte: O AUTOR.
119
12,0
11,0
10,0
15,0 16,0 17,0 18,0 19,0 20,0 21,0 22,0 23,0
Resistividade elétrica (KΩ.cm)
(A)
16,0
Porosidade aparente (%)
15,0
14,0
y = -0,7578x + 24,234
R² = 0,8345
13,0
12,0
10,0 11,0 12,0 13,0 14,0 15,0
Resistividade elétrica (KΩ.cm)
(B)
20,0
Porosidade aparente (%)
y = -5,3608x + 66,725
R² = 0,9864
18,0
16,0
14,0
12,0
8,0 8,5 9,0 9,5 10,0 10,5 11,0
Resistividade elétrica (KΩ.cm)
(C)
Fonte: O AUTOR.
120
56,0
y = 1,8402x + 14,646
R² = 0,9985
axial (MPa)
52,0
48,0
44,0
40,0
15,0 16,0 17,0 18,0 19,0 20,0 21,0 22,0 23,0
Resistividade elétrica (KΩ.cm)
(A)
48,0
Resistência à compressão
y = 1,5777x + 22,805
46,0
R² = 0,9847
axial (MPa)
44,0
42,0
40,0
38,0
36,0
10,0 11,0 12,0 13,0 14,0 15,0
Resistividade elétrica (KΩ.cm)
(B)
42,0
Resistência à compressão
y = 2,1119x + 18,533
40,0 R² = 0,9137
axial (MPa)
38,0
36,0
34,0
32,0
8,0 8,5 9,0 9,5 10,0 10,5 11,0
Resistividade elétrica (KΩ.cm)
(C)
Fonte: O AUTOR.
121
0,14
0,12
0,10
0,08
0,06
0,04
5,0 10,0 15,0 20,0 25,0
Resistividade elétrica (KΩ.cm)
Fonte: O AUTOR.
122
14,0
12,0
10,0
5,0 10,0 15,0 20,0 25,0
Resistividade elétrica (KΩ.cm)
Fonte: O AUTOR.
55,0
y = 1,2143x + 26,984
50,0 R² = 0,9711
axial (MPa)
45,0
40,0
35,0
30,0
5,0 10,0 15,0 20,0 25,0
Resistividade elétrica (KΩ.cm)
Fonte: O AUTOR.
resistividade elétrica (R² igual a 74,1%) e uma correlação muito forte (R² igual a
97,1%) entre a resistência à compressão axial e a resistividade elétrica para os
concretos estudados. Nota-se que a resistividade elétrica apresentou uma
relação inversamente proporcional com a absortividade e a porosidade aparente,
e diretamente proporcional à resistência à compressão axial.
Esses resultados indicam que com a incorporação do agregado reciclado
nas misturas, houve um incremento da porosidade e uma redução da resistência
mecânica dos concretos, independentemente da relação água/cimento, e quanto
maior o teor de substituição do agregado natural pelo reciclado, maior a
condutividade elétrica nas misturas, consequentemente, menor a resistividade
elétrica.
0,14
REF35
0,12 35T50
Concentração de Cl- (M)
35T100
0,10
0,08
0,06
0,04
0,02
0,00
0 300 600 900 1200 1500 1800
Tempo (h)
Fonte: O AUTOR.
0,14
REF45
0,12 45T50
Concentração de Cl- (M)
45T100
0,10
0,08
0,06
0,04
0,02
0,00
0 300 600 900 1200 1500 1800
Tempo (h)
Fonte: O AUTOR.
125
55T100
0,10
0,08
0,06
0,04
0,02
0,00
0 300 600 900 1200 1500 1800
Tempo (h)
Fonte: O AUTOR.
Figura 59. Valores de time lag (τ), estimados a partir de ensaios de migração de cloretos,
para os concretos contendo agregado reciclado em substituição ao agregado natural.
1000
800
Time lag, τ (hora)
600
400
200
0
REF35 35T50 35T100 REF45 45T50 45T100 REF55 55T50 55T100
Mistura
Fonte: O AUTOR.
Figura 60. Fluxo de íons cloro (JCl), estimado a partir de ensaios de migração de cloretos,
para as misturas estudadas.
9,0
Fluxo de íons, J (x10-10 mol/s.cm2)
8,0
7,0
6,0
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0
REF35 35T50 35T100 REF45 45T50 45T100 REF55 55T50 55T100
Mistura
Fonte: O AUTOR.
128
14,0
Coeficientes de Difusão
12,0
10,0
(10-8 cm2/s)
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
REF35 35T50 35T100
Mistura
Estado estacionário, Ds Estado não-estacionário, Dns
Fonte: O AUTOR.
129
14,0
Coeficientes de Difusão
12,0
10,0
(10-8 cm2/s)
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
REF45 45T50 45T100
Mistura
Estado estacionário, Ds Estado não-estacionário, Dns
Fonte: O AUTOR.
14,0
Coeficientes de Difusão
12,0
10,0
(10-8 cm2/s)
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
REF55 55T50 55T100
Mistura
Estado estacionário, Ds Estado não-estacionário, Dns
Fonte: O AUTOR.
130
𝑃𝐶 = 2(𝑧)√𝐷𝑠 . 𝑡 Equação 47
𝐶𝑐𝑙 − 𝐶𝑜
𝑒𝑟𝑓(𝑧) = 1 −
𝐶𝑠 − 𝐶𝑜 Equação 48
Figura 64. Relação entre o tempo de vida útil e a penetração de cloretos (espessura em
que a concentração de cloretos atinge 0,4%) para as misturas REF35, 35T50 e 35T100.
Fonte: O AUTOR.
133
Figura 65. Relação entre o tempo de vida útil e a penetração de cloretos (espessura em
que a concentração de cloretos atinge 0,4%) para as misturas REF45, 45T50 e 45T100.
Fonte: O AUTOR.
Figura 66. Relação entre o tempo de vida útil e a penetração de cloretos (espessura em
que a concentração de cloretos atinge 0,4%) para as misturas REF55, 55T50 e 55T100.
Fonte: O AUTOR.
134
Figura 67. Relação entre o tempo de vida útil e o teor de substituição do agregado
reciclado (AGR) pelo agregado natural (AGN), para diversas relações água/cimento.
60
50
Vida Útil (Anos)
40
30
20
10
0
REF35 35T50 35T100 REF45 45T50 45T100 REF55 55T50 55T100
Mistura
Fonte: O AUTOR.
Fonte: O AUTOR.
Fonte: O AUTOR.
136
Fonte: O AUTOR.
30,0
Penetração de cloretos (mm)
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
REF35 35T50 35T100 REF45 45T50 45T100 REF55 55T50 55T100
Mistura
Fonte: O AUTOR.
137
16,0
y = -1,1217x + 34,539
R² = 0,9868
(mm)
14,0
12,0
10,0
8,0
15,0 17,0 19,0 21,0 23,0
Resistividade elétrica (KΩ.cm)
Fonte: O AUTOR.
17,0
15,0
13,0
11,0
10,0 11,0 12,0 13,0 14,0 15,0
Resistividade elétrica (KΩ.cm)
Fonte: O AUTOR.
y = -7,8891x + 96,927
26,0
R² = 0,9497
24,0
(mm)
22,0
20,0
18,0
16,0
8,0 8,5 9,0 9,5 10,0 10,5 11,0
Resistividade elétrica (KΩ.cm)
Fonte: O AUTOR.
139
30,0
Penetração de cloretos (mm)
y = -1,0463x + 31,32
25,0 R² = 0,8034
20,0
15,0
10,0
5,0
5,0 10,0 15,0 20,0 25,0
Resistividade elétrica (KΩ.cm)
Fonte: O AUTOR.
4.3.2. Carbonatação
Fonte: O AUTOR.
141
Fonte: O AUTOR.
Fonte: O AUTOR.
142
Fonte: O AUTOR.
Fonte: O AUTOR.
143
Fonte: O AUTOR.
14,0
Profundidade de carbonatação
9 Semanas
12,0
15 Semanas
10,0
8,0
(mm)
6,0
4,0
2,0
0,0
REF35 35T50 35T100 REF45 45T50 45T100 REF55 55T50 55T100
Mistura
Fonte: O AUTOR.
144
20,0
y = 0,8167x + 12,509
R² = 0,9292
Porosidade aparente (%)
18,0
16,0
14,0
12,0
10,0
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0
Profundidade de carbonatação (mm)
Fonte: O AUTOR.
20,0
y = 0,5569x + 12,384
Porosidade aparente (%)
18,0 R² = 0,9239
16,0
14,0
12,0
10,0
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0
Profundidade de carbonatação (mm)
Fonte: O AUTOR.
146
Figura 85. Densidade aparente dos corpos de prova submetidos aos ciclos de
congelamento e descongelamento ensaiados aos 28 dias de idade e após o término da
ciclagem, contendo agregado reciclado em substituição ao agregado graúdo.
2,35
2,30
Densidade Aparente (g/cm³)
2,25
2,20
2,15
2,10
2,05
2,00
Referência AGR 15% AGR 25% AGR 50%
Mistura
Fonte: O AUTOR.
Figura 86. Porosidade aparente dos corpos de prova submetidos aos ciclos de
congelamento e descongelamento ensaiados aos 28 dias de idade e após o término da
ciclagem, contendo agregado reciclado em substituição ao agregado graúdo.
20,00
18,00
Porosidade Aparente (%)
16,00
14,00
12,00
10,00
8,00
Referência AGR 15% AGR 25% AGR 50%
Mistura
Fonte: O AUTOR.
148
0,20
Coef. de Absorção Capilar
(kg/m².min0,5)
0,15
0,10
0,05
0,00
Referência AGR 15% AGR 25% AGR 50%
Mistura
Fonte: O AUTOR.
Fonte: O AUTOR.
150
Fonte: O AUTOR.
5,0
Anterior a ciclagem Pós ciclagem
Velocidade do pulso de onda
4,8
ultrassônica (km/s)
4,6
4,4
4,2
4,0
Referência AGR 15% AGR 25% AGR 50%
Mistura
Fonte: O AUTOR.
verificada após a ciclagem foi de 4,70 km/s, 4,80 km/s e 4,62 km/s,
respectivamente, permanecendo na faixa estabelecida pela BS EN12504-4/2000
de concretos de excelente qualidade.
De acordo com Gao, Lo e Tam (2002), quando o concreto é submetido a
repetidos ciclos de congelamento e descongelamento são geradas novas
microfissuras, principalmente na faixa de 0,1-10 μm de tamanho. A formação
destas microfendas é resultado das tensões térmicas desenvolvidas dentro da
microestrutura do concreto, dificultando a propagação do pulso de onda
ultrassônica.
A velocidade de um pulso ultrassônico através de um material é uma função
do módulo de elasticidade dinâmico e da densidade do material. A Figura 91
mostra a evolução do módulo de elasticidade dinâmico relativo ao longo da
ciclagem térmica de congelamento e descongelamento para as composições de
referência e para os concretos contendo agregado reciclado (AGR 15%, AGR
25% e AGR 50%).
Figura 91. Módulo de elasticidade dinâmico relativo para as misturas de referência, AGR
15%, AGR 25% e AGR 50%, ao longo dos ciclos de gelo-degelo.
Fonte: O AUTOR.
154
Fonte: O AUTOR.
155
Figura 93. Aspecto visual dos corpos de prova de concreto (A) de referência e contendo
agregado reciclado nos teores de (B) 15%, (C) 25% e (D) 50%, após ciclagem.
Fonte: O AUTOR.
157
5. CONCLUSÕES
7. REFERÊNCIAS
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aggregate: influence of curing on durability. Aci Materials Journal, 2012.
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Diâmetro
Sigla
Mínimo (mm) Máximo (mm)
AR 0-10 mm - <10
AR 10-20 mm ≥10 <20
AR 20-40 mm ≥20 <40
Fonte: O AUTOR.
Fonte: O AUTOR.
Resultado
Grandeza
Lote 1 Lote 2 Lote 3
Dimensão máxima característica
9,5 9,5 9,5
(mm)
Módulo de finura 3,78 3,97 3,47
Diâmetro médio das partículas
1,55 2,15 1,20
(D50, mm)
Massa específica (kg/dm³) 2,44 2,40 2,43
Fonte: O AUTOR.
Resultado
Grandeza
Lote 1 Lote 2 Lote 3
Dimensão máxima
19,0 19,0 19,0
característica (mm)
Módulo de finura 6,92 6,93 6,94
Diâmetro médio das partículas
14,50 14,53 14,48
(D50, mm)
Massa específica (kg/dm³) 2,60 2,54 2,30
Fonte: O AUTOR.
Resultado
Grandeza
Lote 1 Lote 2 Lote 3
Dimensão máxima
37,5 37,5 37,5
característica (mm)
Módulo de finura 7,82 7,68 7,80
Diâmetro médio das partículas
25,00 22,00 24,50
(D50, mm)
Massa específica (kg/dm³) 2,58 2,55 2,51