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1. Introdução
As tecnologias assistivas são produtos ou serviços desenvolvidos com a finalidade de auxiliar
pessoas portadoras de algum tipo de deficiência ou limitação, permanente ou temporária, a
desenvolver atividades que para aquelas pessoas que não possuem tais limitações seriam con-
sideradas ordinárias.
O cotidiano dos deficientes é dificultado, dentre outros motivos, pelo fato de os diversos pro-
dutos e serviços que são utilizados no dia-a-dia não serem projetados com tal intenção. A difi-
culdade de justificar economicamente projetos de produtos vinculados a necessidades especi-
ais pode estar relacionada com tal fato, pois os portadores de necessidade não são um grupo
tão amplo da sociedade.
Entretanto, dados do Censo Demográfico do Brasil (2000) mostram que 14,4% da população
brasileira apresenta ao menos um tipo de deficiência. Na região nordeste, onde foi realizado
este trabalho, encontra-se 2,4% da população brasileira portadora de deficiência. (IBGE,
2000). Considerando o público-alvo deste trabalho, a referida pesquisa mostrou que no país há
148 mil pessoas cegas e 2,4 milhões com grande dificuldade de enxergar. Do total de cegos,
77.900 eram mulheres e 70.100, homens. (IBGE, 2000).
Sendo assim, ofertar no mercado algo para tais pessoas pode se tornar lucrativo, considerando
que se trata de um mercado pouco explorado e ávido por ter suas necessidades atendidas. Afo-
ra isto, a inserção dos deficientes no mercado de trabalho vem crescendo nos últimos anos,
seja por políticas públicas de cotas afirmativas ou por meio de políticas de gestão de pessoas
em empresas privadas. Por estas razões, este é um público que tende a aumentar seu poder
aquisitivo.
Por outro lado, não somente a justificativa econômica deve ser levada em consideração, pois
nestes casos estão envolvidas questões sociais muito delicadas: a inclusão de pessoas e a dig-
nidade humana. Por esta razão, é lícito o uso de políticas públicas de subsídio a projetos de tal
natureza ou mesmo o investimento privado que vise um ganho em imagem empresarial ou a
atuação por meio da estratégia de focalização no segmento. Diversas são as possibilidades.
No contexto da inclusão podem-se listar diversas atividades humanas às quais portadores de
deficiência, em especial os cegos ou pessoas com visão subnormal, estão apartados. Este arti-
go trata do desenvolvimento de um projeto conceitual de um jogo de Xadrez Adaptado para
deficientes visuais que visa o entretenimento e a educação dos usuários, podendo ser utilizado
por pessoas que portam tais necessidades ou não.
2. Tecnologia Assistiva
Os artefatos, utensílios e bens de qualquer natureza foram desenvolvidos pelos homens visan-
do facilitar determinadas atividades, ou seja, com o objetivo de serem ferramentas que facili-
tassem a sua realização. A massificação da produção de bens, por meio da revolução industri-
al, e posteriormente do taylorismo-fordismo, instituiu a noção de padronização de produtos
visando à produção em massa e a obtenção de economias de escala.
Entretanto, quando se trata de bens feitos para o público em geral, pessoas com necessidades
especiais ficam à margem de sua utilização. Neste contexto, surgem as Tecnologias Assistivas
(TA). É difícil determinar quando surgiram os primeiros produtos de auxílio das limitações
das pessoas, principalmente quando se considera que lentes de aumento ou conchas nos ouvi-
dos são embriões do que se convencionou chamar tecnologia assistiva nos EUA, tecnologia
de assistência (CIF/OMS) e tecnologia de apoio (Comissão Européia) na Europa ou ajudas
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XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no
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Para os referidos autores, também é responsabilidade desta fase a criação de material de su-
porte do produto, tais como manual de instalação e operação, o projeto da embalagem, o pla-
nejamento do fim de vida útil do produto, prototipagem, testes e homologação e a preparação
de dispositivos e gabaritos de máquinas que possibilitam a fabricação do produto.
4. Metodologia
Um trabalho científico pode ser classificado segundo diversos critérios de acordo com o autor
utilizado como referência. Vergara (1997) põe dois critérios básicos para a classificação das
pesquisas: quanto aos fins e quanto aos meios.
Quanto aos fins, este trabalho pode ser classificado em aplicado – devido o seu valor prático,
visando à solução de problemas dos deficientes visuais –, metodológico – ligado ao uso de
métodos e procedimentos aplicados ao desenvolvimento de produtos – e intervencionista –
ligada ao caráter de mudança da realidade a partir da aplicação do produto pelos deficientes
visuais. (FERRARI apud ZANELLA, 2006; ZANELLA, 2006; VERGARA, 1997).
No que tange aos meios, o trabalho é: bibliográfico, pois utiliza elementos da literatura relati-
va à engenharia de reabilitação, tecnologias assistivas e desenvolvimento de produtos e estudo
de caso, pois procura conhecer profundamente a realidade de grupo específico, os deficientes
visuais. (VERGARA, 1997).
Tendo em mente tais finalidades e os referidos meios de abordagem, pôde-se desenvolver
uma estratégia de intervenção que consistia na execução das etapas de trabalho previstas na
Figura 2. A definição da forma de atuar visou adaptar complexos modelos presentes na revi-
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são bibliográfica à atuação acadêmica que objetivava, dentre outras coisas: a aprendizagem de
conceitos e técnicas de projeto de produtos, uma orientação de fases e etapas que fosse eficaz
e gerasse simplicidade no ato de projetar e o projeto de um produto relevante socialmente.
Os dados utilizados no trabalho foram de natureza secundária, seja por bibliografia técnica da
área de engenharia (reabilitação e de projeto de produtos) ou por pesquisa tecnológica de pro-
dutos similares e identificação da realidade da pessoa com problemas na visão.
O levantamento de dados foi realizado a partir de buscas em sítios na internet especializados
em TA e bases de dados de publicações científicas relacionadas aos temas abordados no tra-
balho. As informações permitiram a identificação de oportunidades de desenvolvimento de
produtos para atender necessidades que outros produtos não vinham fazendo. Assim, foi pos-
sível cumprir os requisitos de Especificação da Oportunidade constante na Figura 2.
Figura 2 – Etapas de Trabalho para o Desenvolvimento do Xadrez Adaptado (Elaborado pelos autores)
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novas soluções, buscando corrigir as falhas encontradas e inserindo novos conceitos no modo
de jogar (identificar as peças, as casas e a leitura da situação do jogo).
Assim, a ideia consiste em um projeto de natureza incremental que tem finalidade lúdica e ao
mesmo tempo desenvolve uma maior habilidade na comunicação, aumento da criatividade, da
concentração e da autoconfiança, melhoria da memória e ajuda na tomada de decisões com-
plexas, a lidar com eventos inesperados e no reconhecimento de padrões. Todas essas habili-
dades são fundamentais, por exemplo, para a locomoção independente de pessoas cegas.
Produto Identificado Características Pontos fortes e fracos
Pontos Fortes: Fabricação fácil e
Base semi-sólida de papelão com
de baixo custo;
diferenciação das casas por recortes
de papel colados sobre a base, ne-
Pontos Fracos: O tabuleiro é feito
cessitando do tato para identificação
com material flexível e as peças
se “preta ou branca”. As jogadas
não têm nenhum dispositivo que
feitas são faladas e anotadas por
evite quedas. Não possui boa iden-
ambos os jogadores para posterior
tificação de cor das casas e as
consulta.
peças não possuem boa distinção.
Pontos Fortes: Plena noção da
São utilizados dois tabuleiros, um
localização das peças pelo defici-
tradicional e outro adaptado. O
ente e possibilidade da permanên-
primeiro fica disposto entre os
cia das mãos sobre o tabuleiro para
jogadores, próximo do jogador sem
consulta do jogo;
deficiência visual, enquanto o menor
próximo ao deficiente. As jogadas
Pontos Fracos: Necessidade de um
devem ser faladas e as peças
jogador não portador de deficiên-
movimentadas nos dois tabuleiros.
cia visual e de dois tabuleiros.
Pontos Fortes: É um tabuleiro
Utiliza pedaços de camurça em tradicional com modificações que
formatos quadrangular e circular podem ser feitas em casa sem a
colados ao tabuleiro, funcionando necessidade de tecnologia;
como identificador de casas e
fixador de peças, que contém Pontos Fracos: Não existe um
pedaços de velcro colados à sua meio de diferenciar as peças pretas
base. das brancas, o velcro e a camurça
perdem aderência com uso.
Pontos fortes: não denunciar a
deficiência do usuário, permitindo
Tabuleiro e peças de vidro com
uma maior inserção social;
identificação de peças e casas das
diferentes cores por meio do tato,
Pontos fracos: o efeito de espe-
pois há diferentes tipos de polimento
lhamento pode confundir jogado-
nas peças e no tabuleiro.
res com visão subnormal e a não
fixação das peças na base.
Pontos Fortes: Elevação das casas
e ponta metálica em cima das
peças para identificar cores, ser
Tabuleiro feito de metal e peças com utilizável por dois deficientes;
ímãs na sua base que as seguram no
tabuleiro. As casas pretas são Pontos Fracos: Movimentos brus-
ligeiramente mais elevadas que as cos podem derrubar as peças (os
casas brancas. ímãs das peças são pequenos).
Ímãs escuros no tabuleiro confun-
dem pessoas com visão subnormal
na distinção das casas.
Possui a ligeira elevação das casas Pontos Fortes: Identificação das
pretas. No centro das casas existe casas pela elevação, identificador
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ALTERNATIVAS DE SOLUÇÃO
FUNÇÕES
1 2 3 4 5
Pino único na Pino único na
Identificar as Combinação de 4 Combinação de 4 base com Braile base com Braile Tato sobre as
peças pinos na base pinos na base na extremidade na extremidade peças
inferior inferior
Identificar as Diferença nos Diferença no Leitura em braile
Pinos sobre as Pinos sobre as
cores das formatos dos tamanho dos (invertida / não-
peças pretas peças pretas
peças pinos pinos invertida)
Fixar as
Pinos (sistema Pinos (sistema Pinos (sistema Pinos (sistema
peças ao Imã
eixo-furo) eixo-furo) eixo-furo) eixo-furo)
tabuleiro
Delimitar as
Rugosidade (ha- Juntas elevadas Rugosidade (ha- Frestas entre as Juntas elevadas
casas do
chura) nas casas entre as casas chura) nas casas casas entre as casas
tabuleiro
Identificar as Alto relevo (parte Alto relevo (parte
Rugosidade (ha- Rugosidade (ha- Rugosidade (ha-
cores das superior do tabu- superior do tabu-
chura) chura) chura)
casas leiro) leiro)
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4 Hastes(pés)
4 Hastes (pés) 4 Hastes (pés) 4 Hastes (pés)
removíveis de
móveis, fixadas móveis, fixadas móveis, fixadas
Elevar o encaixe em rosca
com pino nos com pino nos com pino nos -
tabuleiro - localiz. nos
vértices do tabu- vértices do tabu- vértices do tabu-
vértices do tabu-
leiro leiro leiro
leiro
Guardar as
Caixa de emba- Caixa de emba-
peças e o Tabuleiro-caixa Tabuleiro-caixa Tabuleiro-caixa
lagem lagem
tabuleiro
Explicar
Instruções em
regras do Manual em braile Manual em braile Manual em braile Manual em braile
áudio (CD)
jogo
Quadro 2 – Desenvolvimento de Alternativas de Solução Globais (Fonte: Elaborado pelos autores)
Sendo assim, a concepção do produto como um todo partiu de uma análise das ideias expostas
por meio de uma Matriz Morfológica que apresenta as funções e as alternativas possíves de
solução do problema.
Dentre as cinco alternativas de solução geradas, a escolhida para ser trabalhada foi a terceira
alternativa. A escolha foi realizada porque, por entendimento dos autores, representa a alter-
nativa que mais se adéqua aos objetivos iniciais de melhorar a acessibilidade ao jogo.
7. Especificações Detalhadas do Xadrez Adaptado
Conforme o que foi anteriormente mencionado, através de uma pesquisa tecnológica de análi-
se de produtos já existentes, foi possível identificar algumas características inexploradas e,
com o intuito de promover a diferenciação do novo produto, buscou-se melhorar algumas
peculiaridades referentes aos componentes do Xadrez. Sendo assim, de forma detalhada, po-
de-se dizer que:
A identificação dos pinos, podendo ser observada através da Figura 3a, é dada pela leitura
de informações em alto relevo contidas na extremidade inferior dos mesmos;
Com relação ao pino, este terá a sua base em formato cônico, para que o encaixe seja faci-
litado e realizado de forma correta (Figura 3a);
Cada peça terá uma nomenclatura baseada no padrão de dados (números de 1 a 6) que pro-
porcionará sua distinção e entendimento do significado das demais peças (Figura 3b);
(a) (b)
Figura 3 – Forma de Identificação das peças do Xadrez Adaptado (Fonte: Elaborado pelos autores)
A diferenciação entre as cores das peças, brancas e pretas, será dada através do tamanho da
base do pino, podendo ser percebida após a realização do tato na parte inferior do tabuleiro
e dos pinos. (Figura 4a). Os pinos pretos serão 2 mm mais longos, permitindo a fácil dis-
tinção dos pinos brancos;
A diferenciação e delimitação das casas do tabuleiro foram feitas através de hachuras que,
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por meio do tato, permitem identificar a cor da casa e perceber seus limites (Figura 4b).
(a) (b)
Figura 4 – Identificação das peças e casas pretas e brancas (Fonte: Elaborado pelos autores)
É importante ressaltar que as cores apresentadas na Figura 4 (azul e vermelha) foram utili-
zadas com o objetivo de se facilitar o esclarecimento das ideias, não sendo, portanto, as co-
res reais pretendidas para produto físico;
A fixação dos pinos ao tabuleiro (sistema eixo-furo) foi desenvolvida com o intuito de evi-
tar a queda dos mesmos no momento em que fosse necessário movimentá-los na execução
do jogo. Para tal, pensou-se no formato cônico da base dos pinos e, como dito anteriormen-
te, no acréscimo milimétrico nos pinos pretos com a finalidade de proporcionar a diferen-
ciação entre as peças brancas e pretas (ilustrado na Figura 4b);
Toda essa técnica de fixação, diferenciação das casas através das hachuras na parte inferior
do tabuleiro não teria funcionalidade se o usuário não conseguisse senti-las. Sendo assim,
pensou-se em um método de elevar o tabuleiro através de hastes móveis fixadas nos vérti-
ces do tabuleiro (ilustrado pela Figura 5b). A lógica de mobilidade dessas hastes é justifi-
cada por facilitar o armazenamento do produto após a sua utilização;
(a) (b)
Figura 5 – Fixação dos pinos no tabuleiro e leitura do jogo
Por fim, com o intuito de preservação e garantia de qualidade de todo o produto, desen-
volveu-se uma caixa de embalagem com as seguintes especificações: caixa retangular cuja
face frontal é removível, com a presença de frestas na caixa para favorecer o encaixe e des-
lizamento da face, bem como a criação de um orifício na sua lateral.
A caixa foi projetada com dimensões internas de 36,5cm x 37,0cm x 11,8cm (respectiva-
mente: comprimento, largura e altura) de modo a facilitar a colocação do produto (ilustra-
ção pela Figura 6).
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