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1. DO MÉTODO.
Utilizando os princípios da estatística e da seleção de amostra, foi selecionada
uma amostra para 99% de confiança e 2,98% de margem de erro sobre uma
universalidade de 5.482 notas-fiscais referentes ao período compreendido entre
fevereiro e dezembro da seção legislativa de 2015 da 55ª legislatura (2015-2019).
A amostra comportou 1.400 notas-fiscais.
O escrutínio das notas teve por objetivo identificar as preferências
automobilísticas dos congressistas. Para isso o trabalho se dividiu em duas etapas,
resumidas, por sua vez, nas tabelas 3.1 e 3.2 (cf. infra): representatividade dos modelos
(para o total de notas consumidas e para o valor total do gasto com os alugueres) e grau
de finesse (identificação, por meio da tabela FIPE, do padrão de carros consumidos
pelos parlamentares).
Na primeira etapa, foram consideradas a quantidade de vezes que os modelos
aparecem nas notas, não necessariamente isolados1, e. g., se uma nota teve dois carros
distintos, cada um é contado em sua respectiva espécie, no entanto, se teve dois carros
semelhantes, serão contados como um só, para evitar duplas representações (pois a
comparação é em relação ao total de notas). Diferenças menores entre modelos de
automóveis foram desconsideradas, reunindo, assim, as diferentes subespécies de
veículos dentro do mesmo rótulo, por exemplo, “Pajero Dakar” e “Pajero TR4”, foram
reunidos dentro do tipo “Pajero”.
1
A exceção é para a categoria “Não Informado”, que conta apenas aquelas notas que não retornaram
nenhuma informação sobre os modelos de automóveis eventualmente alugados.
A segunda etapa, por outro lado, também se dividiu em dois momentos: no
primeiro, seguiu-se um cronograma semelhante ao anterior, isto é, conjugou as
diferenças entre veículos de um certo tipo em uma categoria genérica correspondente
desta espécie e procurou-se traçar uma média de preços de alugueres das notas em que
aparecem; numa segunda etapa, procurou-se estabelecer um “valor representativo” do
automóvel com base no índice de preços para o período constantes da Tabela FIPE –
para tanto, apenas selecionou-se o primeiro modelo listado pelo sítio de consulta.
2. DOS RESULTADOS.
Do exposto, tenho que:
2.1. A média encontrada na amostra é de R$ 4.132,97 por nota. 0,334% acima da média
encontrada (R$ 4.119,21) no conjunto universo de notas (para o período de referência).
2
Tanto no item 2.5, quanto no 2.6, foi desconsiderado os gastos das “lideranças”, isto porque não são
propriamente Estados, nem propriamente partidos, de qualquer modo, o gasto das “lideranças” em 2015
foi de R$ 39.500,00.
2.5. Na relação por partido temos:
2.5.A) O partido com maior gasto, dentro da universalidade de notas, é o PMDB
(R$ 2.934.945,33).
2.5.B) O partido com menor gasto, dentro da universalidade de notas, é a REDE
(R$ 20.763,00).
2.5.C) A média dos partidos foi R$ 901.679,57 e a mediania R$ 601.340,38.
3. PERFIL GERAL.
Do exposto, tenho que:
A3 0,429% 0,058%
A4 0,357% 0,061%
KA 0,928% 0,405%
UP 0,429% 0,230%
A3 R$ 562,24 R$ 18.073,00
A4 R$ 711,32 R$ 44.968,00
KA R$ 1.803,11 R$ 20.326,00
UP R$ 2.216,67 R$ 32.859,00
XC 60 R$ 8.700,00 R$ 137.249,00
3 1,136% 2,478%
2 4,972% 9,668%
1 77,770% 71,180%
4. CONCLUSÃO.
Nestes termos. É o relatório.