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Edição 4 | Maio de 2008

Correias Transportadoras

Como anda a vida útil de suas correias 1) Estrutura metálica


- Checar o alinhamento e nivelamento da estrutura,
transportadoras? tanto na lateral como longitudinalmente. Esta
verificação pode ser facilmente efetuada esticando
Alguns cuidados devem ser tomados para obtermos uma linha/cordão ao longo da estrutura e analisando
uma maior durabilidade das correias transportadoras. os desvios.

É muito comum observarmos, nas instalações, correias 2) Tambores


trabalhando desalinhadas e normalmente tocando a - Com uma emenda bem executada (correia alinhada),
borda em estruturas ou em roletes, instalados na os tambores a princípio devem estar perpendiculares
vertical para forçá-la à posição ideal de trabalho, o que à linha de centro do transportador e paralelos entre si;
ocasiona sérios danos à mesma. - Manter os tambores limpos, pois a impregnação de
material ocasiona um desgaste irregular da correia e
Desta forma, o desalinhamento é um dos vilões que alteração no diâmetro, causando o desalinhamento.
reduzem significativamente a vida útil das correias,
necessitando portanto de um acompanhamento 3) Roletes
constante para evitá-lo. - Nas mesmas condições dos tambores, os roletes
devem estar perpendiculares em relação à linha de
centro do transportador, limpos e girando livremente.
Roletes travados, girando com dificuldade e/ou mais
lento que os outros causam desgaste irregular e
desalinhamento da correia.

4) Alimentação
- A alimentação descentralizada do transportador
também é uma das causas do desalinhamento, pois
devido ao peso haverá uma tendência, durante o
percurso, do posicionamento do material sobre a linha
de centro do transportador, criando uma força que
desalinhará a correia.

Indicamos em seguida alguns itens que afetam


diretamente a durabilidade da correia, para os quais
recomendamos inspeções constantes, possibilitando a Alimentação descentralizada Desalinhamento da correia
eliminação das causas de possíveis desalinhamentos,
obtendo assim uma boa condição operacional:

Caso tenha alguma dúvida ou queira fazer alguma


sugestão de tema para as próximas edições, favor
enviar e-mail para servicos.br@metso.com

ENDEREÇO AVENIDA INDEPENDÊNCIA, 2500 - SOROCABA - SP TELEFONE 15 2102 1300 E-MAIL SERVICOS.BR@METSO.COM
Edição 14 | Março de 2009
Correias Transportadoras

Fique atento! 3) CHAVE DE EMERGÊNCIA

Instale a chave de emergência em todos os transportadores e


SEGURANÇA x DISPONIBILIDADE x PRODUÇÃO
efetue testes periódicos para garantir sua funcionalidade. Estas
chaves não devem ser utilizadas para paradas de rotina.
Não adianta as pessoas estarem devidamente treinadas e terem
a competência profissional exigida para o desempenho das
atividades de supervisão, operação, manutenção, etc, se os
equipamentos não tiverem os itens mínimos de segurança para
uma eficaz prevenção de acidentes e danos físicos.
Estrutura lateral do
Numa planta de britagem, os Transportadores de Correia são transportador
Chave de emergência
equipamentos com muitos componentes rotativos e móveis,
que na maioria das vezes estão expostos ao contato humano,
exigindo assim uma atenção especial.

4) ESCADAS, PASSADIÇOS, CORRIMÃOS E PLATAFORMAS DE


Alguns cuidados básicos são necessários para evitarmos os SERVIÇO
riscos de acidentes, que podem causar tanto danos aos
componentes do transportador (com parada do equipamento, A instalação de escadas, passadiços, corrimãos e plataformas de
redução de disponibilidade da planta e perda de produção), serviço, conforme normas específicas, possibilita a execução dos
como danos físicos, que é o mais grave. trabalhos de inspeção e manutenção de forma correta e segura.

1) ADESIVOS DE SEGURANÇA Além do fator segurança, estes componentes permitem uma


inspeção minuciosa diária e possibilitam a realização da
Aplique adesivos de segurança nos equipamentos, manutenção preditiva (medição de vibração, temperatura, etc)
identificando as áreas de risco e advertindo quanto aos perigos em mancais de rolamento, redutores, motores, etc.
de acidentes envolvidos.
Sem estes acessórios, os problemas, o custo e o tempo gasto
para as paradas de manutenção preventiva ou corretiva são
maiores, pois as inspeções são falhas e muitos serviços não são
executados no momento em que são detectados, devido ao
acesso difícil aos componentes. E os riscos de acidente?

5) PROTEÇÃO PARA OS CONJUNTOS DE ACIONAMENTO E


RETORNO
2) SISTEMAS DE BLOQUEIO
Não deixe de providenciar as proteções adequadas para estes
Para inspeção nos equipamentos ou serviços de manutenção, é componentes rotativos.
imprescindível que a planta de britagem tenha dispositivos de
bloqueio da alimentação elétrica, impossibilitando a partida do
equipamento sem a liberação do pessoal que está realizando os Envie sua pergunta para servicos.br@metso.com.
trabalhos.
Sua questão pode ser o tema da próxima edição.

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Edição 31 | Agosto de 2010
NEWSLETTER METSO PARA CLIENTES DE CONSTRUÇÃO

O comprimento do Passo varia de acordo com


o tipo de lona e não com a largura da correia,
vide tabela abaixo:

Tipo de Lona Passo (mm)


PN1200 / NN700 250mm
LARGURA÷N° PASSOS
PN2200 / NN1100 ou 250mm
(utilizar o que for maior)
PN3000 / PN4000 / LARGURA÷N° PASSOS
NN1800 / PN5000 ou 400mm
(até 5 lonas) (utilizar o que for maior)
(1,5 x LARGURA) ÷N° PASSOS
PN5000
ou 500mm
(acima de 5 lonas)
(utilizar o que for maior)

Transportadores de Correias EXEMPLO DE CÁLCULO:

Cálculo do comprimento da emenda Correia de 3 Lonas:


3PN2200; 8mm x 3mm ; 800mm

Terminologia básica de emenda: emenda a frio. C.E. = VIÉS + (Nº DE PASSOS)XPASSO


Comprimento da emenda (C.E.)

VIÉS = 0,5 X LARGURA


VIÉS = 0,5 X 800
VIÉS = 400mm
Linha de Centro
Linha de Base

Nº DE PASSOS = Nº DE LONAS -1
Nº DE PASSOS = 3-1
Onde:
Nº DE PASSOS = 2
VIÉS = 0,5 X LARGURA Viés Passo Passo

C.E. = VIÉS + [(Nº DE LONAS - 1) x PASSO]


Chanfro Superior PASSO = 250mm (Da tabela)
Chanfro Inferior
Ou
PASSO = Largura ÷ Nº DE PASSOS
Os transportadores de correia são elementos PASSO = 800mm ÷ 2
importantes em uma planta de britagem. Por PASSO = 400mm
VIÉS: área não removível da emenda, parte
isso, quando se realiza uma emenda em
integrante do seu comprimento e que
campo, é preciso atenção a fatores como Como de acordo com a tabela devemos utilizar
determina o ângulo do seu escalonamento.
comprimento da emenda, ferramentas o que tiver maior valor, utilizaremos 400mm
adequadas, cola correta, limpeza das lonas, PASSO OU DEGRAU: acompanha paralelamente
tempo de cura etc. Isso garante que não ocorra a linha do viés, é o responsável pela área de
C.E. = VIÉS + (Nº DE PASSOS)XPASSO
a soltura da correia, causando assim uma garra da emenda.
C.E. = 400 + 2 X 400
parada não programada da planta de LINHA DE BASE: é a linha transversal à correia
C.E. = 400 + 800
britagem. Exploraremos um pouco do primeiro em ângulo reto (90°) em relação às suas bordas
C.E. = 1200mm
elemento a ser observado na realização de e à linha de centro. Determina o comprimento
uma emenda em campo: Comprimento da da emenda, de onde devem partir todas as
Ou seja, neste exemplo, deveremos utilizar um
Emenda (C. E.) tomadas de medida para o escalonamento.
Comprimento de Emenda de 1200mm.
LINHA DE CENTRO: é a linha disposta no centro
COMPRIMENTO DA EMENDA (C.E.): Compri- da correia no sentido longitudinal. Serve para o Atenção: para maiores detalhes, o fabricante da
mento total a ser utilizado para realização da alinhamento da correia quando do seu correia poderá ser consultado.

PUBLICADO POR METSO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.


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Edição 40 | Maio de 2011
NEWSLETTER METSO PARA CLIENTES DE CONSTRUÇÃO

acelerado da borracha da correia, podendo


causar incêndio. Esse atrito também pode
consumir o corpo do rolo, tornando-o uma
superfície cortante como uma lâmina, com
grandes chances de causar o rasgamento da
correia transportadora por dezenas de metros.
Quando os rolos apresentarem um ruído
característico de atrito metálico, é muito
provável que os rolamentos já estejam
contaminados por material, estando sua
lubrificação comprometida. Nesta situação,
recomenda-se a substituição imediata do rolo,
evitando assim que o mesmo seja travado,
Transportador de correia danificando então a correia transportadora.

Travamento ou ruído nos rolos


Para promover uma maior disponibilidade e acúmulo pode também desgastar ou penetrar
confiabilidade dos transportadores de correia, pela vedação dos rolamentos, causando a
é de extrema importância que sejam adotados contaminação ou o travamento.
critérios e rotinas de manutenção preventiva Desta forma, é de vital importância tomar
nestes equipamentos. ações que impeçam o derramamento de
Um item de grande valia nesta material como: utilização de vedação com
operacionalização é a condição de trabalho guias laterais, utilização de raspadores ou
dos rolos de carga e de retorno. por meio de limpeza periódica. Também é
Um problema comum que pode resultar em importante que os rolos adquiridos possuam
sérios danos no transportador - além de tempo boa resistência à contaminação de material,
perdido - é o travamento dos rolos de carga (A) além de borrachas de desgaste de qualidade
e retorno (B). apropriada. E para os rolos revestidos, o que devo
avaliar?
A Para os rolos de retorno revestidos com anéis
de borracha, além da verificação relativa ao
seu travamento, deve-se estar atento ao nível
de desgaste da borracha do revestimento. A
função desta borracha é desagregar o material
que possa estar preso na superfície da correia.
Deve-se estar atento ao desgaste prematuro
B
desta borracha evitando o contato da correia
Quais as consequências do travamento diretamente com o tubo metálico dos rolos.
O que causa o travamento dos rolos? dos rolos? Com a operação normal do transportador,
O travamento dos rolos é causado pelo Os rolos não devem, em hipótese alguma, haverá desgaste natural da borracha e, então,
derramento de material no carregamento dos trabalhar com seus rolamentos travados. Em se necessário, o rolo deverá ser substituído. Ŷ
transportadores e também pelo material que caso de quebra, o rolo deve imediatamente ser
fica acumulado na estrutura e nos roletes. substituído, caso contrário é grande o risco de
Este acumulo de material pode impedir danos na correia. Uma correia transportadora
que a correia movimente livremente. Este em atrito com o corpo provoca o desgaste

AUTOR Raul Camargo | REVISOR Jairo Martins


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Edição 46 | Novembro de 2011
NEWSLETTER METSO PARA CLIENTES DE CONSTRUÇÃO

Atenção!
É fundamental o tensionamento correto da
correia antes do início da realização da emenda
para certificarmos que após o término do
serviço o esticador tenha curso suficiente para
que a correia trabalhe tensionada, e também
que se tenha curso disponível para compensar
os alongamentos que a correia venha a ter
durante o transporte do material.

Transportadores de correias A

Ferramentas necessárias para B

emenda de correias a frio A- Curso total do contra-peso, B- 0,75 x curso total do


contra-peso

Na Edição 31 do Metso Tips, já aprendemos Ɣ Faca de corte para lona


como calcular o comprimento de uma emenda Ɣ Rolete de pressão Como fazer o tensionamento da correia
para correias transportadoras. Ɣ Lixadeira angular 7” (6000 rpm, disco de lixa antes do início da emenda?
Nesta edição, vamos mostrar quais são as grana 100, Ø 7”) Travar o contra-peso na posição elevada (0,75 x
ferramentas necessárias para a realização do Ɣ Torquês curso total do contra-peso).
serviço de emenda a frio em campo. Ɣ Esmeril de cabo flexível com escova de aço
(750W, 4800rpm)
Ferramentas necessárias: Ɣ Escova de pelo
Ɣ EPI´s – óculos, luva, protetor auricular, Ɣ Pincel ou trincha de 1.1/2” ou 2” para
capacete, mascara p/ pó, calçado de aplicação de cola
segurança. Ɣ Adesivo específico, catalisador e raspador
Ɣ Trena (min. 3m) químico
Ɣ Esquadro metálico Ɣ Sargento
Ɣ Régua metálica milimetrada Ɣ Pedra rebolo (grana 24)
Ɣ Giz, lápis ou esferográfica Ɣ Martelo de borracha
Ɣ Faca para borracha Ɣ Escova de aço (Ø de 4”)

Preparação da emenda a frio

Ná próxima edição sobre correias


transportadoras, você aprenderá os
procedimentos para a emenda de correias de fio. Ŷ

Para maiores detalhes, o fabricante da


correia poderá ser consultado.

AUTOR Felipe Ribeiro | REVISOR Manoel Caldeira


PUBLICADO POR METSO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA
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Edição 57 | Outubro de 2012
NEWSLETTER METSO PARA CLIENTES DE CONSTRUÇÃO

Atividade B: medindo a velocidade da


correia
Para complementar a medição de capacidade
do transportador, deve-se medir sua
velocidade de trabalho. Esta medição é
feita através de um instrumento chamado
tacômetro. Existem diversos tipos de
tacômetros industriais. Pode-se escolher o mais
simples, desde que sua escala apresente os
valores em metros por segundo ou metros por
minuto.
Com o transportador em trabalho,
cuidadosamente posicione a parte girante
Transportadores de correias (adaptador) do tacômetro na superfície da
correia. Na tela do instrumento aparecerá a
Medição de capacidade dos velocidade da correia.

transportadores de correia adaptador

É sempre importante verificar se a capacidade 1- Com o equipamento em operação e em


dos transportadores de correia de sua planta plena carga, interrompa seu funcionamento.
está adequada com o estabelecido no projeto. 2- Acesse o transportador e faça marcação de
Quando o transportador é carregado um metro de seu comprimento (foto abaixo).
com excesso de material, pode-se causar Recomenda-se a utilização de placas ou
diminuição da vida útil dos itens de reposição, tábuas de madeira para fechar este metro
tais como rolos, tambores e correia, assim da correia, e evitar que o material fora desta
Calculando a capacidade
como causar falhas estruturais, como medida seja equivocadamente coletado.
Suponhamos que os dados encontrados nas
empenamento de apoios, treliças e suportes.
atividades A e B citadas acima foram:
Vazamento de material também gera altos Por medida de segurança, certifique-se
Peso (P): 130kg
custos de limpeza, além do risco de ocorrência de que o equipamento esteja desligado. É
de acidente pessoal. Velocidade (v): 1,84 m/s
fundamental que seja feito o bloqueio elétrico
Outro ponto importante é a análise do fluxo do Utilizando a fórmula:
do transportador para evitar acidentes pessoais.
material na planta. Um transportador carregado Q = 3,6 x P x V
excessivamente transfere este material aos Obtemos:
3- Retire o material que está neste metro
equipamentos que estão na sequência do processo, Q = 3,6 x 130 x 1,84
de correia e o deposite em um saco
e pode causar “afogamento” nas máquinas, gerando Q = 861,12 t/h => Capacidade medida!
plástico ou outro recipiente, para que possa
perda de produção ou qualidade do produto posteriormente ser pesado.
gerado abaixo do recomendado. Caso seu tacômetro apresente a velocidade
4- Pese o material coletado.
em m/min, desconsidere o 3,6 da fórmula.
Como posso medir a capacidade dos Com esta informação de capacidade,
transportadores de minha planta? pode-se comparar com a definição de projeto,
Existe um método prático para medir qual ou ainda verificar se o equipamento que é
a capacidade de material que está sendo alimentado por este transportador possui
transportado, através da pesagem do material condições técnicas para processar o material
que está em um metro do comprimento do recebido. Ŷ
transportador e medição da velocidade da correia.
Atividade A: pesando o material 2 3

AUTOR Raul Camargo | REVISOR Paulo Zuliani


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