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Art. 4º Os entes federativos podem valer-se, entre outros, dos seguintes instrumentos de
a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme tipologia
definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os crité-
rios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade; ou
b) localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em Áreas
de Proteção Ambiental (APAs); […]
Art. 14. Os órgãos licenciadores devem observar os prazos estabelecidos para tramitação
dos processos de licenciamento.
§ 3º O decurso dos prazos de licenciamento, sem a emissão da licença ambiental, não
implica emissão tácita nem autoriza a prática de ato que dela dependa ou decorra, mas
instaura a competência supletiva referida no art. 15.
§ 3º O disposto no caput deste artigo não impede o exercício pelos entes federativos da
atribuição comum de fiscalização da conformidade de empreendimentos e atividades efe-
tiva ou potencialmente poluidores ou utilizadores de recursos naturais com a legislação
ambiental em vigor, prevalecendo o auto de infração ambiental lavrado por órgão que de-
tenha a atribuição de licenciamento ou autorização a que se refere o caput.
Art. 20. O art. 10 da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, passa a vigorar com a se-
guinte redação:
“Art. 10. A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e
atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou
capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental dependerão de prévio li-
cenciamento ambiental.
§ 1º Os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva concessão serão publica-
dos no jornal oficial, bem como em periódico regional ou local de grande circulação, ou
em meio eletrônico de comunicação mantido pelo órgão ambiental competente.
§ 2º (Revogado).
§ 3º (Revogado).
§ 4º (Revogado).” (NR)
Art. 21. Revogam-se os §§ 2º, 3º e 4º do art. 10 e o § 1º do art. 11 da Lei no 6.938, de 31
A relatora, Min. Rosa Weber, adotou o rito do art. 10 da Lei 9.868/1999, com solici-
tação de informações aos interessados.
O Senado Federal informou que “as emendas aprovadas […] tiveram caráter de
redação, sem alteração de substância da norma jurídica proposta”. No que se refere à afir-
É o relatório.
II
Art. 17 […] § 3.º O disposto no caput deste artigo não impede o exercício pelos entes fe-
derativos da atribuição comum de fiscalização da conformidade de empreendimentos e
atividades efetiva ou potencialmente poluidores ou utilizadores de recursos naturais com
a legislação ambiental em vigor, sendo nulo o auto de infração ambiental lavrado por
órgão que não detenha a atribuição de licenciamento ou autorização a que se refere
o caput.
Art. 17 […] § 3.º O disposto no caput deste artigo não impede o exercício pelos entes fe-
derativos da atribuição comum de fiscalização da conformidade de empreendimentos e
atividades efetiva ou potencialmente poluidores ou utilizadores de recursos naturais com
a legislação ambiental em vigor, prevalecendo o auto de infração ambiental lavrado
por órgão que detenha a atribuição de licenciamento ou autorização a que se refere
o caput.
O art. 65-parágrafo único estipula que o projeto de lei que seja objeto de emenda
da Casa revisora deve retornar à Casa iniciadora para nova apreciação. Trata-se de técnica de
solução de conflitos no bicameralismo, que visa garantir que “a última palavra cabe à Câ-
mara iniciadora no caso de entendimento diverso a respeito de uma proposição emendada”1.
Confira-se o teor da norma constitucional :
Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno
de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar,
ou arquivado, se o rejeitar.
Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora.
1 SILVA, José Afonsa da. Comentário Contextual à Constituição. 7 Ed. São Paulo: Malheiros, 2010, p. 463.
Dessa forma, os arts. 7.º-XIII, 8.º-XIII e 9.º-XIII, ao definirem a cada ente da Fe-
deração as ações administrativas de fiscalização e controle dos empreendimentos de acordo
com a atribuição para licenciar ou autorizar, inserem-se no contexto do delineamento da coo-
peração entre os órgãos ambientais de cada esfera política efetuado pela LC 140/2011. O
mesmo pode se dizer dos arts. 4.º-V e VI, 14-§3.º e 15, que versam sobre a delegação de atri-
buições e a competência supletiva. Os arts. 7.º-XIV, 8.º-XIV, 9.º-XIV, 20 e 21 também estipu-
lam normas de promoção da cooperação institucional.
dica e da proteção da confiança, diante da legítima expectativa do particular de ter seu pedido
de renovação de licença apreciado em prazo razoável.
Tal previsão não se coaduna com o dever de máxima proteção do meio ambiente,
uma vez que o auto lavrado pelo órgão originalmente competente não será necessariamente o
mais adequado para a proteção do meio ambiente. Se dois ou mais órgãos ambientais atuaram
O diploma legislativo ora em análise, ao não viabilizar a concretização dos direitos fun-
damentais a que anteriormente me referi, claramente incide em transgressão ao princípio
que veda a proteção jurídico-social deficiente ou insuficiente, assim descumprindo valo-
res constitucionais que não podem deixar de ser observados, seja no plano do respeito à
dignidade humana, seja no âmbito da defesa da saúde, seja, ainda, na esfera da proteção
ao meio ambiente, cuja noção conceitual, por ser ampla, abrange, inclusive, o meio am-
biente laboral ou do trabalho.
competente.
III