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DEMOCRACIA

O sistema democrático contrasta com outras formas de governo em que o poder é


detido por uma pessoa — como em uma monarquia absoluta — ou em que o poder
é mantido por um pequeno número de indivíduos — como em uma oligarquia. No
entanto, essas oposições, herdadas da filosofia grega, são agora ambíguas porque
os governos contemporâneos têm misturado elementos democráticos, oligárquicos e
monárquicos em seus sistemas políticos. Karl Popper definiu a democracia em
contraste com ditadura ou tirania, privilegiando, assim, oportunidades para as
pessoas de controlar seus líderes e de tirá-los do cargo sem a necessidade de uma
revolução.

Diante disso na visão grega em termos de consolidação de sua democracia, uma


ordem democrática teria de satisfazer pelo menos seis condições:

1. Os cidadãos devem ser harmoniosos em seus interesses para com os


demais;
2. Os gregos devem ser homogêneos no que tange as suas características:
recursos econômicos, na qualidade de tempo livre de que dispõe, na religião,
na educação, ou se forem de raças ou culturas diferentes;
3. O corpo de cidadãos deve ser bem pequeno, para evitar heterogeneidade,
desarmonia, para permanecer a religião vigente e a etnia;
4. Os cidadãos devem ser capazes de reunir e decidir, de forma direta sobre as
leis e os cursos de ação políticas;
5. A participação dos cidadãos não se limitava ás reuniões da Assembléia, que
incluía uma participação ativa na administração da cidade; e por último,
6. A cidade-Estado deve, ao menos idealmente, permanecer completamente
autônoma. Entretanto essas condições estavam fora da realidade de todas as
democracias modernas que não possuíam harmonia, havia conflitos políticos;
o governo representativo; profissionalização da política; subordinação dos
elementos a um sistema maior, no nosso caso o Estado, ou seja, a realidade
traz limites e possibilidades bem diferentes do tipo ideal, no sentido
weberiano, da visão grega de democracia.

Na perspectiva democrática moderna, a visão grega implicava limites práticos, pelos


abismos entre o ideal e a realidade da vida política, numa realidade que nem ao
menos sabemos como chegar diante de indícios fragmentados. Os limites se
concentravam na teoria que não se encaixa com a prática do bem comum que a
democracia pretendia; a igualdade jurídica dos cidadãos, pois na realidade a virtude
cívica era fragilizada; o equilíbrio de interesses como o bem público, que havia
exigências de laços de parentescos e afeto que sucumbiam ao bem comum; a
cidadania que era mais exclusiva que inclusiva, uma cidadania que era um privilégio
hereditário; a liberdade que era atributo da participação na vida política.

Nesse sentido, podemos perceber que a democracia está atrelada ao conceito de


liberdade, segundo Benjamin Constant em seu livro “Da liberdade dos antigos
compara à dos modernos”, já nos mostrava que existem duas formas de liberdade:
uma liberdade antiga que almejava a participação direta na política; e outra, a

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liberdade dos modernos cujo sentido é útil individualmente. Assim a dualidade entre
essas duas liberdades é atribuída a determinado momento histórico. Quando o autor
se refere à liberdade dos modernos, ele leva em consideração o conceito de
liberdade das grandes nações do capitalismo da época — a França, os Estados
Unidos da América e a Inglaterra — e quando se refere à liberdade dos antigos ele
cita Esparta, Atenas, Roma, dentre outros.

Analisando essas diferenças, quando se fala em democracia grega, estamos falando


de uma democracia específica, pois era uma democracia com participação direta,
voltada para o cidadão grego que carregava uma soberania nacional que tinha uma
influência real, diferentemente da dos modernos que consiste em uma suposição
abstrata. A democracia grega era de fato uma democracia, pois os gregos não
reconheciam a existência de pretensões universais à liberdade, como conhecemos
hoje, à igualdade ou aos direitos, fossem eles direitos políticos ou, de maneira mais
ampla, direitos humanos.

4. Citações e formatação das referências

Para citações, deverá ser utilizada a norma ABNT NBR 10520. Para as referências, a
norma ABNT NBR 6023 deverá ser empregada. A norma que se padroniza a redação de
artigos científicos é a ABNT NBR 6022. De acordo com Bruno (2007), citar a literatura é
muito importante. Reparem que a citação de autores ao longo do texto é feita em letras
minúsculas, enquanto que a citação de autores entre parênteses, ao final do parágrafo,
deve ser feita em letra maiúscula, conforme indicado no parágrafo a seguir. Na verdade,
citar trechos de trabalhos de outros autores, sem referenciar adequadamente, pode ser
considerado plágio (BELTRANO, 2002).

Para as referências, deve-se utilizar texto com fonte ARIAL, tamanho 10, espaçamento
simples. As referências devem aparecer em ordem alfabética e não devem ser
numeradas. Todas as referências citadas no texto, e apenas estas, devem ser incluídas
ao final, na seção “Referências Bibliográficas”.

Referências

RANIELLE PESSOA DE JESUS. A democracia grega e a modernidade


. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/38333/a-democracia-grega-e-a-modernidade

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