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ROBERTO SANTOS ARAÚJO – ADVOGADO

OAB/PA 2708 - CPF 097073522-72 - CAUSAS CÍVEIS, CIRMINAIS, TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS - ENDEREÇO: TRAVESSA SÃO ROQUE 919,
ICOARACI/BELÉM(PA), CEP 66810-020 – TELEFONES: ESCRITÓRIO 32276483, CEL 81443008, RESIDÊNCIA 32270844 E-MAIL zambaraujo@yahoo.com.br

EXMO(A). SR(A). DR(A). JUÍZ(A) DE DIREITO DA VARA CÍVEL


DISTRITAL DE ICOARACI, COMARCA DE BELÉM – PARÁ

ALMIR NUNES XAVIER, brasileiro, solteiro, residente e


domiciliado à Rua Mendes, 16, bairro Maracacuera, Icoaraci/Belém(PA), CEP
66815-640, portador da RG n.º 3116909, expedida pela SSP/PA e do CPF n.º
188950771-72, através de seu procurador judicial ao fim assinado, instrumento
de procuração incluso, com endereço à Travessa São Roque 919,
Icoaraci/Belém(PA), CEP 66810-020, onde receberá avisos, notificações e
intimações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor

AÇÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA POR ACIDENTE DO


TRABALHO OU EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ POR ACIDENTE DE
TRABALHO COM ANTECIPAÇÃO DA TUTELA em face de

INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL (INSS),


autarquia federal com à Avenida Nazaré, 133, bairro Nazaré, Belém(PA), CEP
66035-170, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.

DOS FATOS

O requerente desenvolvia a sua atividade laborativa como


empregado junto à FRICOM – FRIGORIFÍCO INDUSTRIA E COMÉRCIO LTDA.,
endereço comercial na Travessa Benjamim Constant, 457, bairro Reduto,
Belém(PA), sendo admitido em 23/07/1991, com rescisão contratual ocorrida em
21/12/1993.

O suplicante exercia a função de desossador, típica do seu


trabalho profissional,

No dia-a-dia do seu trabalho, nas atribuições da sua


atividade, o requerente desempenhava o seu ofício com inteira responsabilidade,
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pois, era exclusivamente daquela tarefa que obtinha o sustento para a sua
família.

No transcorrer do desenvolvimento da sua atividade o


requerente, dentro da sua jornada de trabalho em data de 26/07/1993,
aproximadamente às 19 horas, acabou se envolvendo num acidente de trânsito o
qual resultaram lesões em sua pessoa, culminando em internamento hospitalar e
consequente afastamento da sua atividade profissional (Laudo de Exame de
Corpo de Delito – documentos anexos).

Vale ressaltar aqui que o acidente ocorreu no transcurso


do local de trabalho para a sua casa. Na época ele deixava o local de trabalho às
17:30 e 18hs, apanhava condução para retornar a sua residência. O locla de
trabalho ficava à Travessa Benjamim Constant, 457, bairro Reduto, Belém(PA) e
a sua residência era e ainda é no endereço informado acima. Depois de descer
do ônibus, no final da linha, que ficava na Rua Oito de Maio, em Icoaraci, rumava
para a sua residência quando foi atropelado no Conjunto da COHAB,
precisamente na Rua Moura Carvalho, o que caracteriza o acidente de trabalho.

Em decorrência do acidente, ficou internado por


aproximadamente 15(quinze) dias, porém, continuou fazendo
tratamento(fisioterapia, etc...), não retornando a empresa, aguardando a
expedição da CAT emitida pela empresa para que desse entrada junto ao INSS
para receber o benefício a que tinha direito.

A empresa foi levando no banho-maria o segurado e no


dia 21 de dezembro de 1993 demitiu o suplicante, porém emitiu a CAT em
20.01.1994, ou seja, após ele ter sido demitido, tudo de conformidade com a
documentação anexa.

Diante da situação e por falta de maiores informações não


procurou o INSS, deixou de ser assistido ao direito que fazia jus a época.

A doença deixou o autor completamente debilitado para


realizar as suas atividades laborais, sem condições de realizar qualquer
atividade, passando a viver as custas de parentes e amigos que sensibilizaram
com o seu caso, prestando a ele a assistência precária do que tanto precisa.

O requerente encontra-se completamente debilitado e sem


condições para o desempenho normal da sua atividade laborativa, sendo
demitido do emprego, sem perceber nenhum benefício do INSS, uma vez que
não procurou o INSTITUTO na ocasião.

Ora, como se depreende dos documentos acostados, o


requerente encontra-se afastado das suas funções face a um acidente ocorrido
no transcorrer de sua jornada de trabalho. A Empregadora, simplesmente,
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rescindiu o contrato de trabalho, sem prestar a ele orientação no sentido de que


fosse procurar o INSS na época, sem o mínimo respeito pelo seu funcionário,
quer anos dignificava o seu trabalho honrando o nome da Empresa, foi colocado
às margens do infortúnio, sendo rescindido o seu contrato, conforme cópia da
CTPS.

O requerente teve como consequência ocorreu a


hipotrofia e diminuição da força muscular dos membros superior e inferior
direitos, entre outras perdas resultantes do acidente, conforme se depreende
dos LAUDOS DE EXAME DE CORPO DELITO fornecidos pelo IML, cópias
anexas. Permanecendo todas as consequências advindas do evento e que
permanecem traumatizadas, acompanhando o requerente até o momento.

Passados 15(quinze) anos do acidente, o suplicante


procurou o INSS em 16.04.2008, na intenção de receber o que tem de direito,
entretanto, o seu pedido não foi aceito, uma vez que o órgão considerou o motivo
para não concessão do benefício o fato de comprovação da perda da qualidade
de segurado, conforme cópia da COMUNICAÇÃO DE DECISÃO emitida pelo
INSS.

As fraturas desta não tiveram uma perfeita reabilitação,


permanecendo até os dias de hoje, impedindo de conseguir um emprego. O
requerente, até a presente data, encontra-se desempregado e incapacitado para
o trabalho, face às fortes dores e sequelas que o acidente lhe ocasionou e pela
falta de amparo do órgão previdenciário.

DO DIREITO

Primeiramente tem o suplicante a dizer que as sequelas


que ainda persistem e que impedem de exercer as suas atividades laborativas
são provenientes do acidente que sofreu no percurso do local de trabalho para a
sua residência, nenhuma doença aconteceu depois do acidente viessem impedir
de trabalhar, razão pela qual ocorreu a incapacidade laborativa e a
impossibilidade de retorno às atividades primitivas.

NÃO DEPENDE DE CARÊNCIA:- Por se tratar de infortúnio laboral não depende de carência,
conforme previsão contida no art. 26-I e II, da lei 8.213/91.

Entende-se por carência o número mínimo de contribuições mensais que o trabalhador deve
providenciar, junto à Previdência Social, para que ele faça jus aos benefícios previstos na legislação
especial (art. 24 da lei 8.213/91). Para o auxílio-doença e aposentadoria por invalidez não acidentária
serão necessárias doze contribuições mensais. Para a aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de
serviço e aposentadoria especial, cento e oitenta contribuições mensais (art. 25 da lei 8.213/91),
respeitadas, entretanto, as regras do art.142 (redação dada pela lei 9032, de 28.04.95), que normas
jurídicas de transição.

INÍCIO DO BENEFÍCIO:- Conta-se o benefício a partir do 16° dia de afastamento do trabalhador


empregado (art. 60) e para os demais segurados (avulso e especial), da data do início da incapacidade, ou
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seja, o dia subseqüente ao infortúnio, ou o dia em que for feito o diagnóstico, valendo para esse efeito o
que ocorrer primeiro (art. 23 da lei 8.213/91).

Ora, a doença que afetou o suplicante e que ainda persiste


nos dias de hoje, impossibilitando a realização de suas atividades laborativas é
da época do acidente conforme se infere nos contratos de trabalho anexo,
inclusive da empresa que trabalhava na ocasião, ostentava a qualidade de
segurado da Previdência Social, bem como cumprira a carência exigida pelo art.
25, I, c/c art. 24, parágrafo único, da Lei 8.213/91. A presente encontra fulcro na
Lei nº 6.367/76, Decreto nº 89.312/84, Portaria nº 3.212/78 do Ministério do
Trabalho, artigos 275 a 281 do CPC e demais diplomas legais que regulam a
matéria. Por consequente, a decisão do órgão fere o diploma legal e normas que
disciplinam a matéria.

O autor ainda demonstra incapacidade, bem como a


impossibilidade de sua reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta
a subsistência, cabível o pedido de AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO, ou a
concessão da aposentadoria por invalidez, nos termos do artigo 42 da Lei
8.213/91, que diz o seguinte:

Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida,


quando for o caso, a carência exigida, será devida ao
segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença,
for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação
para o exercício de atividade que lhe garanta a
subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta
condição.

Está provado que o autor tem a qualidade de segurado da


Previdência Social, encontrando-se incapacitado para o trabalho, razão pela qual
a sua reabilitação foge os princípios do benefício de auxílio-doença por acidente
de trabalho, o que se clama pela concessão DO BENEFÍCIO OU
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ, diante da impossibilidade de reabilitação
em razão de seu quadro clínico e demais elementos comprobatórios das
condições pessoais,
O Autor permanece incapaz, em virtude dos mesmos
problemas, que sofridos desde o início da incapacidade.
No mesmo sentido, a nossa Carta Magna em seu artigo
201, inciso I, dispõe:
"Artigo 201. A previdência social será organizada sob
a forma de regime geral, de caráter contributivo e de
filiação obrigatória, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá,
nos termos da lei, a:
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I - Cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e


idade avançada."
Diante disso, grave e injusto seria negar ao Autor um
direito que a lei lhe outorga, uma vez estando impossibilitado de exercer o ofício
praticado durante longos anos, sendo este o único meio de sobrevivência para si
e sua família.
DANIEL MACHADO DA ROCHA e JOSÉ PAULO
BALTAZAR JUNIOR asseveram sobre a matéria:
"(...) As condições pessoais do segurado reclamam
uma análise cuidadosa que não deve descuidar-se de
sua idade, aptidões, grau de instrução, limitações
físicas que irão acompanhá-lo dali para frente, bem
como a diminuição do nível de renda que a nova
profissão poderá acarretar."
(JUNIOR, José Paulo Baltazar; ROCHA, Daniel
Machado da. Comentários à Lei de Benefícios da
Previdência Social. Ed. Livraria do Advogado. Porto
Alegre, 2000)
O mesmo norte segue o entendimento da Exma. Des. Rel.
Vivian Josete Pantaleão Caminha, no voto proferido no processo n°
2002.71.11.004429-1, vindo a consagrar a tese defendida pelo Autor, verbis:
"O desempenho de atividade laboral é evidentemente
inviabilizado pelas limitações que a enfermidade
impõe ao autor/recorrido, considerando que de parcos
recursos dispõe para adaptar-se a trabalho diverso
daquele que ao longo de sua vida exerceu, aí incluído
o relevante fator da idade. Afasta-se até mesmo a
possibilidade de sua inserção em programa de
reabilitação profissional, haja vista o conjunto de
características contrárias - enfermidade, idade, baixa
instrução, desempenho contínuo de atividade
eminentemente braçal. É de ser mantida a sentença."

TUTELA ANTECIPADA

Pelos contratos de trabalho constantes na CTPS, é


evidente que o suplicante mantinha a qualidade de segurado da previdência
social. A doença acometida o deixou incapacitado para o trabalho, não podendo
realizar nenhuma tarefa laborativa e a previdência social, negou o benefício sob a
alegação da perda da qualidade de segurado, sem que tenha atentado para o
detalhe de que a doença acometida foi resultante do acidente ocorrido em 1993,
naquela ocasião mantinha a qualidade de segurado, agora o suplicante vem
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passando por privações, sem nenhuma condições para que o mesmo venha a
exercer a sua função.

O suplicante vem sofrendo com a sua incapacidade, não


tendo condições de trabalhar, passando privações impostas pela previdência
social em não conceder o benefício, razão pela qual, face os documentos aqui
juntados e a necessidade do suplicante, data vênia, é justo que seja concedida a
TUTELA ANTECIPADA para que seja concedido o benefício de auxílio-doença
por acidente de trabalho, fazendo por inteira JUSTIÇA.

Há, como acima referido, prova inequívoca suficiente para


que o douto juízo se convença da verossimilhança da alegação e do perigo da
perda do emprego por falta de qualificação, idade avançada, requisitos estes que
possibilitam a concessão da tutela antecipada, conforme o artigo 273 do Código
de Processo Civil.
Finalmente, há de se considerar, ainda, o caráter alimentar
do benefício, como mais um fundamento para a necessidade de concessão
imediata da medida pleiteada.
Farta é a jurisprudência que conforta a concessão de
antecipação de tutela em como o presente, destacando-se, a título
exemplificativo, os seguintes arestos:
PROCESSO CIVIL. PREVIDENCIÁRIO.
RESTABELECIMENTO DE AUXÍLIO-DOENÇA.
INCAPACIDADE LABORAL. ATESTADOS MÉDICOS
ASSINADOS POR TRÊS ESPECIALISTAS. EXISTÊNCIA
DE VEROSSIMILHANÇA E PROVA INEQUÍVOCA.
POSSIBILIDADE DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA.
IRREVERSIBILIDADE.
1. O beneficio alimentar, na proteção da subsistência e
da vida, deve prevalecer sobre a genérica alegação de
dano ao erário público mesmo ante eventual risco de
irreversibilidade - ainda maior ao particular, que
precisa de verba para a sua sobrevivência.
2. Havendo prova inequívoca da incapacidade laboral,
não-discutidos os demais requisitos do art. 273 do
CPC e não tendo o INSS juntado a perícia médica que
afirma ser conflitante com os atestados médicos
particulares assinados por três especialistas, é devida
a antecipação da tutela para restabelecer auxílio-
doença.
(AG nº 200304010583088, Quinta Turma do TRF da 4ª
Região, Rel. Juiz Néfi Cordeiro, r da decisão:
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04/05/2004, DJU Data: 29/06/2004, Página: 324)

PREVIDENCIÁRIO. ANTECIPAÇÃO DA TUTELA.


AUXÍLIO-DOENÇA.
1. Está presente a verossimilhança do direito ao
auxílio-doença se a segurada apresenta atestados
médicos comprovando que sofre de fibromialgia, além
de artrite reumatóide, reumatismo e anemia por
deficiência de ferro secundária a perda de sangue, não
se encontrando apta para o exercício de atividade
laboral.
2. O periculum in mora decorre da natureza alimentar
dos proventos pagos pela Previdência Social, assim
como da incapacidade da autora para o exercício de
atividade remunerada.
3. Agravo de instrumento improvido.
(AG nº 200304010499107, Sexta Turma do TRF da 4ª
Região, Rel. Juiz Nylson Paim de Abreu UF: RS, Data
da decisão: 17/12/2003, DJU Data:`14/01/2004, Página:
458).
IDADE DO SEGURADO
O segurado encontra-se hoje com 59(cinquenta e nove)
anos, debilitado, pois o seu quadro clínico não demonstra condições para retornar
ao trabalho, apresentando dificuldades, o que compromete a concorrência com
profissionais mais novos, prejudicado consideravelmente pela doença acometida
e pela idade que hoje tem, fato que vai prejudicar a sua vida familiar, ferindo a
não concessão do benefício a dignidade do mesmo, pois, sem condições de
trabalhar e o mercado de trabalho ingrato, não pode oferecer sustento para si e
sua família.
O segurado necessita de subsistência, porém, diante do
quadro clínico não encontra possibilidade para retornar ao trabalho e a
concorrência do mercado de trabalho com os mais novos, bem como a sua idade
avançada, baixa escolaridade, afora a doença acometida, que prejudicam
consideravelmente o seu retorno ao serviço, ficando desamparado, em vias de
passar necessidade. Decisões dos nossos Tribunais vem atendendo esse apelo,
vejamos:
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TJSC - Apelação Cível: AC 150708 SC 2010.015070-8

Apelação Cível. Ação Acidentária. "lesão Total de Nervo Mediano ao Nível do Punho Esquerdo,
com Atrofia e Perda Severa da Sensibilidade da Mão Esquerda". Redução da Capacidade
Laboral em Grau Acentuado. Conclusão da Perícia Judicia..

Processo: AC 150708 SC 2010.015070-8

Relator(a): Carlos Adilson Silva

Julgamento: 26/05/2011

Órgão Julgador: Terceira Câmara de Direito Público

Apelação Cível n. 2010.015070-8, de Campo Erê

Parte(s):

Apelante: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS


Apelado: Armando José Ely

Ementa

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ACIDENTÁRIA. "LESÃO TOTAL DE NERVO MEDIANO AO NÍVEL DO


PUNHO ESQUERDO, COM ATROFIA E PERDA SEVERA DA SENSIBILIDADE DA MÃO
ESQUERDA". REDUÇÃO DA CAPACIDADE LABORAL EM GRAU ACENTUADO. CONCLUSÃO DA
PERÍCIA JUDICIAL QUE ATESTA A IMPOSSIBILIDADE DE RETORNO PARA AS ATIVIDADES
LABORAIS. PARTICULARIDADES DO CASO CONCRETO. IMPROVÁVEL REINSERÇÃO NO
MERCADO DE TRABALHO. TRABALHADOR BRAÇAL (AGRICULTOR). BAIXA ESCOLARIDADE.
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DA APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ. BENEFÍCIO DEVIDO. PRECEDENTES. MARCO INICIAL. DATA DA
APRESENTAÇÃO EM JUÍZO DO LAUDO MÉDICO-PERICIAL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
MANUTENÇÃO EM 10% SOBRE O VALOR DA CONDENAÇÃO. RECURSO PARCIALMENTE
PROVIDO.
"Atestando o perito a incapacidade permanente e, se aquilatadas as condições pessoais da obreira, ficar
demonstrada a dificuldade para reinserção no mercado de trabalho, a ponto de comprometer sua
subsistência, a aposentadoria por invalidez deve ser concedida, por força do sentido social da legislação
previdenciária, pontuada da cessação do auxílio-doença." (AC n. 2008.044337-6, de Chapecó, Rela. Desa.
Substituta Sônia Maria Schmitz, j. em 09/12/2008). "A Autarquia previdenciária arca com o pagamento das
custas processuais reduzidas pela metade, bem como dos honorários periciais e advocatícios, estes
arbitrados apenas sobre as parcelas vencidas até a r. sentença, segundo orientação do STJ, sendo
recomendável a fixação em 10%, consoante assentado nesta Corte" (AC n. 2009.058160-0, de Orleans, Rela.
Desa. Sônia Maria Schmitz).

TJDF - Apelação Cível: APL 376041620068070001 DF 0037604-16.2006.807.0001

Ação Acidentária. Conversão de Auxílio Acidente em Aposentadoria Por Invalidez. Condições


Pessoais do Segurado. Impossibilidade de Reinserção no Mercado de Trabalho.

Processo: APL 376041620068070001 DF 0037604-16.2006.807.0001

Relator(a): JOÃO MARIOSA

Julgamento: 22/07/2009

Órgão Julgador: 3ª Turma Cível

Publicação: 31/07/2009, DJ-e Pág. 31

Ementa

AÇÃO ACIDENTÁRIA. CONVERSÃO DE AUXÍLIO ACIDENTE EM APOSENTADORIA POR


INVALIDEZ. CONDIÇÕES PESSOAIS DO SEGURADO. IMPOSSIBILIDADE DE REINSERÇÃO NO
MERCADO DE TRABALHO.
1. FAZ JUS À CONVERSÃO DE AUXÍLIO-ACIDENTE EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
ROBERTO SANTOS ARAÚJO – ADVOGADO
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ACIDENTÁRIA O APOSENTADO BENEFICIÁRIO QUE, POR SUA CONDIÇÃO SOCIAL


(ANALFABETO E COM IDADE AVANÇADA), ESTÁ IMPOSSIBILITADO DE SER REINSERIDO NO
MERCADO DE TRABALHO.
2. RECURSOS NÃO PROVIDOS.

DO PEDIDO
Isto Posto, requer:
a) A concessão do benefício da assistência judiciária
gratuita por ser o Requerente pobre na acepção legal do termo, forte no artigo 5º
da Lei 1.050/60, e consoante declaração acostada;

b) b) seja concedida a TUTELA ANTECIPADA, com


arrimo no artigo 273, I e II, do Código de Processo Civil, com a concessão do
benefício requerido e o imediato pagamento ao suplicante;
c) A citação do Instituto Nacional do Seguro social - INSS,
para, querendo, no prazo legal, apresentar sua defesa, sob pena de confissão e
revelia;
c) Por final sentença, determine-se a concessão do
benefício de AUXÍLIO-DOENÇA POR ACIDENTE DO TRABALHO OU
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ POR ACIDENTE DE TRABALHO desde o
requerimento administrativo, mantendo a liminar se por ventura concedida;
d) Em qualquer dos casos, a condenação da Autarquia
requerida nas custas processuais e honorários advocatícios;
e) Determine V. Exª. que o INSS traga aos autos todos os
documentos que integram os processos administrativos dos quais o Autor for
parte;
f) Reserva-se a parte autora o direito de produzir todas as
provas admitidas em lei, em especial a documental, testemunhal e pericial.

Dá-se à causa o valor de R$ 7.464,00(sete mil,


quatrocentos e sessenta e quatro reais).

Termos em que
p. deferimento

Belém(PA), 11 de junho de 2012

p.p. Roberto Santos Araújo


OAB/PA 2708

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