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1. AQUISIÇÃO DA HABILIDADE MOTORA REBATER................................................. 4
2. FATORES QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO DA HABILIDADE
REBATER ...................................................................................................................... 5
3. A REBATIDA NAS MODALIDADES DE ESPORTE ................................................... 6
4. REVISÃO DA AULA .................................................................................................. 9
5. REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 10
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AULA 2
CARACTERÍSTICAS DO
DESENVOLVIMENTO DO
REBATER E AS MODALIDADES
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1. AQUISIÇÃO DA HABILIDADE MOTORA REBATER
Nessa aula, você entenderá mais a fundo como a habilidade de rebater se desenvolve
e aprimora, além de características mais especificas do tipo de rebatida dependendo da
modalidade esportiva.
FIQUE ATENTO
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que pode determinar quem vence e quem perde (BALBINOTTI et al, 2009; MARINOVIC et al,
2006). O esporte exige movimentos complexos seja no alto rendimento ou como lazer, e se
sabe que quanto mais complexa a tarefa mais o indivíduo regride no padrão do movimento
(LANGENDORFER, 1987). Além disso, cada jogo possui um tipo de rebatida diferente, com
objetos que possuem pesos e formatos diferentes, o que muda sua trajetória e tempo de
deslocamento. No Tênis, as rebatidas podem ser com a bolinha na linha dos ombros ou dos
joelhos, nos dois lados (direito e esquerdo), uma peteca terá uma curvatura e velocidade
diferente de uma bola, e isso muda completamente a interação do jogador com o objeto.
REBATER
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EXEMPLIFICANDO
Até mesmo a situação em que o objeto se encontra para ser rebatido, isso
implica em movimentos específicos na rebatida, imagine então quando está
em movimento, se vem de cima, na linha dos ombros, ou se está parado no
chão, tal fato fará com que o praticante tenha de desenvolver movimentos
específicos para executar de maneira adequada a rebatida.
Pesquisadores da área do esporte destacam que uma das principais ferramentas para
o aperfeiçoamento da rebatida no esporte sempre será a repetição (BALBINOTTI, 2009;
MARINOVIC, 2006). Para se ter uma ideia, jogos como o Tênis ou o Tênis de mesa
ultrapassam as 300 rebatidas por partida facilmente quando considerados jogos de atletas
profissionais (BALBINOTTI, 2009; MARINOVIC, 2006). Acredita-se também que dicas verbais
fornecidas após, ou antes, da execução no intuito de estimular a imaginação e guiar o
praticante através dos pontos chaves da habilidade a ser praticada. É de suma importância
que você saiba que a realização de dicas verbais já demonstrou ser eficaz na melhora do
desempenho (LADEWIG, 2000; SILVEIRA, 2013).
Você pode notar que cada modalidade dos esportes de rebater possui características
específicas de rebatida e algumas vezes dentro do mesmo esporte você possui golpes
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diferentes, tudo isso deve ser levado em consideração quando se propõe uma atividade que
envolva rebatida.
Isso faz do rebater uma habilidade que merece atenção especial no seu entendimento.
A maioria dos estudos que investigou a habilidade de rebater fez isso com o uso de
implementos, ou seja, praticamente não há estudos que consideraram a rebatida utilizando
as mãos, o que muda totalmente o padrão de movimento do praticante (FILHO et al, 2003).
Outro aspecto singular do rebater é ser muito dependente de algumas capacidades motoras,
como, tempo de reação, time coincidente, equilíbrio, e tempo de movimento (FILHO et al,
2003).
MARINOVIC et al. (2006) em seu livro sobre Tênis de mesa destaca que a maioria dos
atletas jovens acreditam que precisam desenvolver uma rebatida com grande potência a
velocidade seja a receita para chegar as vitórias e explica o porquê isso pode na verdade ser
uma grande desvantagem. Durante uma partida, o jogador deverá executar uma série de
movimentos diferentes e por isso ele precisa ter um grande repertório de movimentos para
que possa surpreender o adversário. Essa grande variação tem por objetivo diminuir a
previsibilidade das ações do jogador e com isso diminuir possíveis antecipações de jogada
por parte do adversário. Você deve aprender que, na maioria dos jogos de raquete, ao mesmo
tempo em que o jogador tenta ludibriar o adversário, esse adversário por sua vez tenta
antecipar o movimento que está por vir, quando o adversário não consegue antecipar esse
movimento isso aumento o tempo de reação dele, bem como a tomada de decisão, o que é
uma ótima vantagem (MARINOVIC et al, 2006). Seria ideal, que está variação fosse sutil na
maior parte dos movimentos, sem mudar bruscamente a característica da rebatida, a ponto
de o adversário não perceber tão facilmente até o momento em que a rebatida tem por
objetivo o ponto de fato.
É importante ainda que você saiba a respeito do tipo de variações técnicas implícitas
na rebatida e que podem ser utilizadas para confundir o adversário. Entre elas, a velocidade
da bola, o efeito colocado (bola em espiral), e mesmo onde ela vai pingar, podem ser cruciais
nessa variação técnica que tem por objetivo confundir o adversário e impedir que este
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antecipe o movimento (REID et al, 2013). Outro aspecto essencial para tomar nota é que
práticas mais fechadas, ou seja, o treinamento exclusivo daquele tipo de rebatida parece ser
mais eficiente do que o treinamento mais próximo à prática do jogo nos jogos de raquete,
principalmente para atletas iniciantes (DOUVIS, 2005).
Por isso, os rebatedores devem treinar repetidas vezes diferentes tipos de bolas
(rápida, com efeito, alta, baixa, etc.), e até mesmo diferentes tipos de rebatida, porque muitas
vezes uma rebatida mais curta na direção de um determinado atleta da equipe adversária (os
recebedores espalhados nas bases) que esteja num dia ruim, ou mesmo não é tão habilidoso
quanto os outros em pegar a bola pode ser a estratégia que definirá a equipe vencedora.
Entretanto, em um estudo realizado com jogadores de Beisebol, (os quais eram profissionais,
semiprofissionais de ligas de acesso japonesas, e atletas universitários), sempre que houve
mudança de alvo para a direção da rebatida a eficiência da mesma diminuiu (HIGUCHI et al,
2013). Esse estudo sugere que embora seja útil possuir um amplo espectro para rebatidas,
isso precisa, como tudo no esporte, ser amplamente treinado, pois mudanças repentinas de
alvo podem implicar em aumento de erro. Na rebatida do Beisebol, a preparação para o início
do movimento também é muito importante, e como mencionado anteriormente, tudo começa
com a transferência do peso do corpo do atleta para os pés posicionados à frente do corpo.
Porém, em qual momento começar este movimento pode ser decisivo para o sucesso na
rebatida, e mesmo para jogadores de alto nível, o atleta parece responder mais ao tempo de
início do lançamento (tempo em que a bola saiu da mão do lançador) do que propriamente a
velocidade da bola (FORTENBAUGH et al, 2011). De fato, nesse estudo FORTENBAUGH et al.
(2011) após mudanças na velocidade de lançamento da bola na ordem de 3 m/s, o que no
alto rendimento pode fazer uma grande diferença, os pesquisadores observaram distúrbios
na cinemática dos rebatedores que iniciaram o movimento cerca de 15-20 m/s antes do que
nas rebatidas com sucesso.
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4. REVISÃO DA AULA
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5. REFERÊNCIAS
ABERNERTHY, B. The effects of age and expertise upon perceptual skill development in a
racket Sport. Research Quarterly for Exercise and Sport. 59;(3). 1988.
DOUVIS, S. Variable pratice in learning the forehand drive in tennis. Perceptual and Motor
Skills. 101;(2). 2005.
GESELL, A. Maturation and infant behavior patterns. Psychological Review. 36. 1929.
MARINOVIC, Welber; IIZUKA, Cristina Akiko; NAGAOKA, Kelly Tiemi (Orgs). Tênis de mesa:
teoria e prática. São Paulo: Ph. 2006.
REID, M; ELLIOT, B; CRESPO, M. Mechanics and Learning Pratices Associated with th Tennis
Forehand: A Review. Journal of Sports Science and Medicine. 12. 2013.
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SILVEIRA, S; BASSO, L; FREUDENHEIN, A; CORRÊA, H; FERREIRA, M; TANI, G. Aquisição da
habilidade motora rebater na Educação Física escolar: um estudo das dicas de aprendizagem
como conteúdo de ensino. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. 27;(1). 2013.
TURVEY, M. The Bernstein perspective: I. The problems of degrees of freedom and context-
conditioned variability. In: KELSO, J. (Org). Human motor behavior: na introduction. Hillsdale.
Lawrence Erlbaum. 1982.
WILLIAMS, T; UNDERWOOD, J (Orgs). The Science of Hitting. Nova Iorque. Simon & Shuster.
1986.
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