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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
TURMA C
ALUNO(A): ANA CLARA RODRIGUES DOS SANTOS
MATRÍCULA: 17/0136574

ARENDT, Hannah. Sobre a revolução. São Paulo : Cia das Letras, 2011.
(capítulos: o significado de revolução / A questão social).

Hannah Arendt (1906-1975) foi uma filósofa alemã, uma das raras vozes femininas de
destaque na filosofia do século XX.
Os capítulos propostos para leitura, basicamente fazem referência aos processos de
revolução, suas motivações e consequências. Com foco principalmente na Revolução Francesa e na
Revolução Americana. A autora tenta traçar pontos em comuns aos dois eventos. Nos dois casos
ocorreram mudanças e ambos tiveram a presença da violência. Os dois também se encaixam na
denominação de revolução moderna, pois trouxeram mudanças completas e um novo início.
A autora argumenta que revoluções não são meras mudanças, que por detrás dessas, existem
propósitos e ambições. Também defende que não se pode fazer comparações entre novas revoluções
(modernas) com as antigas revoluções ocorridas na antiga Roma e Grécia. Não se pode fazer essa
equiparação pois na antiguidade, buscavam-se mudanças politicas e s tinha uso da violência, como
ocorreu em revoluções modernas, porém nenhuma das antigas revoluções pareceu levar a algo
totalmente novo como ocorreram com as modernas. As mudanças da antiguidade não interrompiam
aquilo que a modernidade chamou de história, eles contribuíam para novos estágios e novos ciclos.
As revoluções da era moderna convergem as ideias de liberdade e início de algo novo. O
mundo moderno gira pela liberdade, liberdade pelas constituições de corpos políticos. A liberdade
como campo politico nasceu ainda na Grécia. Heródoto, acreditava que a liberdade era uma forma
de organização politica, em que os cidadãos viviam na condição de não domínio, sem divisão entre
dominantes e dominados. Isso significa isonomia que era diferente de democracia. Esse conceito de
Heródoto era conhecido como “Isonomia” e ela garantia igualdade não porque todos fossem
nascidos ou criados iguais, mais sim porque eram diferentes e através da polis os tornavam iguais.
O conceito da isonomia e diferente do atual, que acredita que os homens nascem iguais e se tornam
diferentes pelas condições sociais e politicas.
As revoluções modernas tinham três objetivos como podemos ver no exemplo da Revolução
Francesa: liberdade, igualdade e propriedade. Porém, esses valores têm proporções diferentes das
noções mais atuais, a igualdade não era a mesma de hoje, que seria a constitucional. Foi a revolução
francesa que até hoje e lembrada por todo o mundo e não a americana. Foi ela que deu conotações e
definições ao termo revolução. Foi também a revolução francesa, com seu forte valor de liberdade
que inspirou futuras revoluções.
Questões sociais e motivações econômicas têm papel importante nas revoluções. Questões
econômicas, deis dos períodos antigos já tinham papel de força nas revoluções: eles eram motivos
para derrubada do governo pelos ricos(oligarquia) ou derrubada do governo pelos
pobres(democracia). O interesse pode ser considerado uma das forças que gere as revoluções e lutas
politicas. Aristóteles foi o primeiro a dizer que o interesse é quem gere os assuntos políticos.
A Revolução americana pode ter influenciado nas revoluções modernas, pois ela propôs
mudança na visão de que o trabalho era uma de condição ruim, ele passa a ser visto como uma fonte
de riqueza e de proporcionação a melhores condições de vida. Um dos objetivos das revoluções
modernas é uma mudança nas condições sociais. Também são trazidos ao longo do texto definições
como a de que a palavra revolucionário só pode ser aplicada em situações que a revolução tem o
objetivo de liberdade, e que os calendários revolucionários funcionavam da seguinte forma: no ano
1 ano, era o ano de execução do rei e da proclamação da república.
Na antiguidade, as revoltas eram movidas por violência e uma distinção entre ricos e pobres.
A questão social só passou a desempenhar papel nas revoluções na época moderna, quando passou a
se questionar que a pobreza fosse algo nato da condição humana, e que essa condição tivesse de ser
eterna. A questão social é ligada a pobreza. Marx em suas teorias dizia que a pobreza é resultado da
exploração por uma classe dominante através da violência e que a questão social se transforma em
força politica, quando o trabalhador se da conta da “exploração” que sofre e se revolta. Marx junto
as suas teorias, ajudou na libertação dos pobres, lhes colocando ideias de que a pobreza é um
fenômeno politico e não natural, resultado da violência e não da escassez.
A pobreza é uma questão que sempre existiu, e nenhuma revolução resolveu essa questão
social e nem pôs fim a escassez de recursos que muitos homens sofrem.

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