Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Finanças Empresariais
Livro-texto EaD
Natal/RN
2011
DIRIGENTES DA UNIVERSIDADE POTIGUAR – UnP
Reitoria
Sâmela Soraya Gomes de Oliveira
Finanças Empresariais
1a Edição
Natal/RN
2011
EQUIPE DE PRODUÇÃO DE RECURSOS DIDÁTICOS DA UnP
Ilustração do Mascote
Lucio Masaaki Matsuno
Coordenação Pedagógica
Margarete Lazzaris Kleis
Coordenação de Editoração
Charlie Anderson Olsen
Larissa Kleis Pereira
Coordenação de Diagramação
Cristina Assumpção
Diagramação
Valdir Siqueira
Ilustrações
Alexandre Beck
CONHECENDO O AUTOR
CRISANTO SOARES RIBEIRO
SUMÁRIO
1.1 Contextualizando .......................................................................................................... 13
1.2 Conhecendo a teoria .................................................................................................... 13
1.2.1 Função financeira – conceito ........................................................................... 13
1.2.2 Objetivos das finanças empresariais ............................................................. 25
1.2.3 As tomadas de decisão financeiras................................................................ 28
1.2.4 O papel do gestor financeiro e a importância da postura
ética em suas ações e decisões ................................................................................ 36
1.3 Aplicando a teoria na prática .................................................................................... 40
1.4 Para saber mais .............................................................................................................. 40
1.5 Relembrando .................................................................................................................. 41
1.6 Testando os seus conhecimentos ............................................................................ 42
Onde encontrar ..................................................................................................................... 43
Referências ....................................................................................................................285
Capítulo 1
CAPÍTULO 1
FUNÇÃO FINANCEIRA
1.1 Contextualizando
Conhecer a origem do que estudamos permite uma melhor visualização
para o aprendizado, situando-nos no conteúdo. Este capítulo ajudará você a
compreender a função financeira da empresa e o campo geral de atuação do
administrador financeiro.
Finanças Empresariais 13
Capítulo 1
CONCEITO
Função, segundo Michaelis (2008, p. 404), “é a
ação de um órgão, aparelho ou máquina”. Se
portanto entendermos uma sociedade empresarial
desta forma, perceberemos que a empresa, por
analogia, é um conjunto de órgãos, constituído
por diferentes departamentos ou setores, cada
um com responsabilidades definidas: Recursos
Humanos, Marketing, Produção, Pesquisa e
Desenvolvimento, Comercial, Administrativo e
Financeiro. A integração das ações destes setores
ou funções é que proporciona o equilíbrio
necessário à perpetuação da vida de uma empresa.
14 Finanças Empresariais
Capítulo 1
foram aperfeiçoados, exigindo cada vez mais dos que adentram esta área de
conhecimento.
Finanças Empresariais 15
Capítulo 1
FUNÇÕES FINANCEIRAS
TESOURARIA CONTROLADORIA
16 Finanças Empresariais
Capítulo 1
Como você pode constatar, existe uma diferença clara entre as funções
financeiras desenvolvidas pelo profissional que ocupa a tesouraria e o que
ocupa a controladoria. Se observar atentamente o quadro 1 apresentado, as
funções desempenhadas pelo primeiro se ocupam de decisões que afetam as
organizações no curto prazo. Por exemplo, quando há um descasamento entre
os prazos de recebimentos e pagamentos, a empresa terá de captar recursos
no mercado financeiro para fazer face as suas necessidades operacionais.
Já as funções de controladoria envolvem decisões estratégicas e, portanto,
assumem um caráter de longo prazo.
DESAFIO
Finanças Empresariais 17
Capítulo 1
Mas até aqui, a função financeira já percorreu um longo caminho. Que tal
viajarmos juntos no tempo?
Passado este momento de turbulência, o que você acha, será que a situação
dos gestores financeiros melhorou?
Neste período, segundo Assaf Neto (2003 p. 27), duas correntes de estudiosos
lançaram as bases das chamadas “Finanças modernas”: a primeira, iniciada por
Hewry Markowitz (1952), introduziu os estudos de carteira e o trade-off (risco
X retorno). Já sobre a segunda, denominada “Finanças corporativas”, Miller e
Modigliani (1958) buscam demonstrar que o valor de uma empresa não está
atrelado à estrutura de capital. Aliás, anos mais tarde, seriam eles os ganhadores do
Prêmio Nobel de Economia.
18 Finanças Empresariais
Capítulo 1
BIOGRAFIA
Merton H. Miller (1923-2000), economista
norte-americano, professor da Universidade
de Chicago, obteve o Prêmio Nobel de
Economia em 1990, compartilhado com Harry
M. Markowitz e William F. Sharpe, por seu
trabalho pioneiro sobre a teoria da economia
financeira. Nascido em Boston, estudou em
Harvard, onde foi estudante junto com Robert
M. Solow. Obteve seu doutorado em 1952
na Johns Hopkins University, em Baltimore,
sendo discípulo de Fritz Machlup. Trabalhou na London School of
Economics 1952-53 e na Carnegie-Mellon University, iniciando sua
colaboração sobre finanças corporativas com Franco Modigliani.
Em 1961 mudou-se para a Universidade de Chicago, tendo sido
também professor visitante na Universidade de Lovaina, na Bélgica,
em 1966-67.
Finanças Empresariais 19
Capítulo 1
20 Finanças Empresariais
Capítulo 1
BIOGRAFIA
Franco Modigliani (1918-2003), economista
italiano, nacionalizado norte-americano em
1946, Modigliani foi professor de Economia nas
Universidades de Columbia, Illinois, Carnegie
I.T., Northwestern e do Massachussets I.T. Aluno
de Jacob Marschak, em sua tese doutorado de
1944 elaborou o que veio a ser o núcleo da
síntese neokeynesiana da macroeconomia do
pós-guerra. Contribuiu na teoria do dinheiro
com o teorema Modigliani-Miller, de 1958, que
afirma que um investidor racional considera
somente a rentabilidade futura da empresa, não
o montante da sua dívida, nem sua estrutura.
SAIBA QUE
Agora, se você imagina que a década seguinte foi mais fácil, está
redondamente enganado. O maior fluxo de capitais internacionais
decorrente da exacerbação do processo de globalização da economia trouxe
consequências desastrosas. Várias instituições financeiras encerraram suas
Finanças Empresariais 21
Capítulo 1
22 Finanças Empresariais
Capítulo 1
Finanças Empresariais 23
Capítulo 1
CURIOSIDADE
Em 1998, foi lançada uma produção inglesa
intitulada Rogue Trader (A fraude), que narra a
história da quebra do Banco Barings, decorrente
de operações com mercados derivativos na
filial de Singapura, por meio de um de seus
empregados, Nick Leeson. O filme tem como
protagonista Ewan McGregor, em ótima
atuação. Assista!
24 Finanças Empresariais
Capítulo 1
DESAFIO
Finanças Empresariais 25
Capítulo 1
• maximizar o lucro;
• maximizar o valor de mercado;
• maximizar a riqueza do acionista e sustentabilidade.
BIOGRAFIA
Adam Smith nasceu em Kirkcaldy, Escócia. Seu
pai, inspetor de alfândegas, morreu pouco antes
de seu nascimento. Aos 14 anos ingressou na
Universidade de Glasgow, onde se converteu
em discípulo do professor de filosofia moral F.
Hutchison. Depois ingressou na Universidade
de Oxford, onde permaneceu por seis anos. Em
1748 ocupou um posto de professor de literatura
na Universidade de Edimburgo, e em 1751 foi à
Universidade de Glasgow para substituir Hutchison
na cátedra de filosofia moral. A publicação do livro Investigação sobre
a natureza e causas da riqueza das nações, em 1776, é considerada a
origem da economia como ciência.
26 Finanças Empresariais
Capítulo 1
Finanças Empresariais 27
Capítulo 1
DESAFIO
28 Finanças Empresariais
Capítulo 1
R R
i i
s s
c c
Recursos de Custo de
o o
Terceiros Captação
E Lucro Investi-
F
c Operacional mentos
i
o Riscos X
n
n Retornos Custo do
Recursos de a
ô Capital n
Próprios
m Próprio c
i e
c i
o Decisões de Decisões de r
Investimentos Financiamentos o
Decisões de investimentos
Finanças Empresariais 29
Capítulo 1
Assaf Neto (2009, p. 12) afirma que as decisões financeiras são tomadas
de forma contínua e inadiável. O autor considera as decisões de investimentos
como as mais importantes, pois envolvem todo um processo que inicia na
identificação, se estende pela avaliação, e finaliza na seleção das alternativas
de aplicação dos recursos. Como estamos falando de resultados futuros, os
níveis de risco e incerteza são maiores.
30 Finanças Empresariais
Capítulo 1
CURIOSIDADE
99,52% das empresas brasileiras são classificadas
como micro e/ou pequenas empresas, com
faturamento não superior a R$ 2.400.000,00,
e por adotarem o regime simplificado de
tributação, descuidam do registro de suas
informações contábeis e financeiras, sem
qualquer planejamento de suas atividades e/ou
investimentos (SEBRAE, 2010).
Decisões de financiamento
Finanças Empresariais 31
Capítulo 1
• empréstimos;
• financiamentos.
REFLEXÃO
O mercado financeiro oportuniza uma série de
instrumentos financeiros que possibilitam às
empresas o financiamento de suas necessidades
operacionais e permanentes. Você consegue
identificar duas opções existentes no mercado,
sendo uma de empréstimo e outra de
financiamento?
32 Finanças Empresariais
Capítulo 1
Por exemplo:
Finanças Empresariais 33
Capítulo 1
Decisões de dividendos
Hoji (2008) e Assaf Neto (2009), dentre muitos outros, ressaltam que as
decisões anteriores se integram a uma terceira, as decisões de dividendos. Mas
antes de prosseguir, você sabe o que são dividendos?
Na percepção de Van Horne (1995, p. 6), o valor dos dividendos deve ser
comparado ao custo de oportunidade de reter os lucros, ou seja, a política de
dividendos interfere nas decisões de financiamentos. Em outra perspectiva,
Kayo (1997, p. 2) ressalta que a decisão de reter o lucro “afeta o nível do
fluxo de caixa da empresa e, portanto, determina a quantidade de recursos
disponíveis para novos investimentos”, relacionando-a, dessa forma, às
decisões de investimentos.
DESAFIO
34 Finanças Empresariais
Capítulo 1
Em linha com Assaf Neto, Lemes Junior, Miesa e Cherobim (2005, p. 306)
afirmam ser complexa a escolha da melhor política de dividendos, e consideram
ainda que esta deva atender às seguintes recomendações:
Finanças Empresariais 35
Capítulo 1
36 Finanças Empresariais
Capítulo 1
Sob esse prisma, ressalta o autor que a ética em finanças tende a ser
vista apenas dentro do rígido conceito da teoria financeira, e que, por
isso, assume o papel ambíguo e subserviente de legitimar alguns objetivos
Finanças Empresariais 37
Capítulo 1
38 Finanças Empresariais
Capítulo 1
EXPLORANDO
Finanças Empresariais 39
Capítulo 1
E aí? Conseguiu?
40 Finanças Empresariais
Capítulo 1
Sugiro algumas leituras para que você se atualize sobre o tema estudado
neste capítulo.
1.5 Relembrando
O capítulo 1 apresentou:
Finanças Empresariais 41
Capítulo 1
b) Controle do estoque.
c) Captação de recursos.
e) Administração do imobilizado.
42 Finanças Empresariais
Capítulo 1
Onde encontrar
Finanças Empresariais 43
Capítulo 1
SANTOS, José Odálio dos. Avaliação de empresas. São Paulo: Saraiva, 2006.
SILVA, J. P. Análise financeira das empresas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
VAN HORNE, J.C. Financial Management and Policy. New Jersey: Prentice
Hall, 1995.
44 Finanças Empresariais
Capítulo 2
CAPÍTULO 2
PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO
2.1 Contextualizando
Este capítulo ajudará você a compreender o processo de planejamento
e controle financeiro na empresa e o uso de ferramenta para a confecção do
orçamento empresarial.
Finanças Empresariais 45
Capítulo 2
Para visualizar esse processo, vejamos antes alguns conceitos, tais como
o processo de gestão e os níveis de planejamento.
CONCEITO
Os termos gestão e administração estão
presentes no dia a dia das pessoas. Você já
avaliou que muitos de nós usamos estas palavras
como se apresentassem o mesmo significado?
Dias (2002, p. 10), por sua vez, afirma que administrar é “planejar,
organizar, dirigir e controlar pessoas para atingir de forma eficiente
e eficaz os objetivos de uma organização”. Já em relação à gestão,
Dias considera como lançar mão de todas as funções e conhecimentos
necessários por meio de pessoas, a fim de atingir os objetivos de
uma organização, de forma eficiente e eficaz.
46 Finanças Empresariais
Capítulo 2
Planejamento
Controle Execução
Finanças Empresariais 47
Capítulo 2
48 Finanças Empresariais
Capítulo 2
Hoji (2010) vai mais além e afirma que o planejamento financeiro é parte
essencial da atividade empresarial. Subestimá-lo pode ser a diferença entre a
falência e o êxito.
Finanças Empresariais 49
Capítulo 2
Silva (2006, p. 48), por sua vez, atenta que “o planejamento envolve
decisões em relação ao futuro, visando identificar e avaliar as melhores
alternativas e suas consequências”.
50 Finanças Empresariais
Capítulo 2
DESAFIO
Finanças Empresariais 51
Capítulo 2
Informação necessária
Previsão de Saídas para análise
Vendas
Plano de
financiamento
Planos de a longo prazo
Produção
Plano de
Orçamento de
dispêndio de
Demonstração de Caixa
Capital
Resultados
Balanço
projetada
patrimonial do
período atual
Balanço
patrimonial
projetado
52 Finanças Empresariais
Capítulo 2
Você já deve estar pensando “lá vem complicação...”, mas não se preocupe.
Com o avançar do conteúdo, você irá gradativamente obtendo as informações
necessárias para elaborar projeções desses diferentes demonstrativos.
Finanças Empresariais 53
Capítulo 2
54 Finanças Empresariais
Capítulo 2
PRATICANDO
• geração de propostas;
• a determinação das alternativas viáveis;
• tomada de decisão;
• implantação;
• avaliação de desempenho.
Finanças Empresariais 55
Capítulo 2
USOS
INVESTIMENTOS FINANCIÁVEIS
1. Itens gerais
1.5 Treinamento
1.8 Outros
Investimentos não-financiáveis
3. Terrenos
5. Máquinas e equipamentos
importados
6. Outros
FONTES
Recursos próprios
Recursos de terceiros
Outros
Quadro 1 - Exemplo de orçamento
Fonte: <http://www.bndes.gov.br>.
Você já deve ter ouvido ou mesmo utilizado o termo orçar várias vezes
ao longo de sua vida – a reforma da casa, a cozinha por fazer, o conserto
do carro –, todavia numa empresa este termo se amplia, como você poderá
constatar daqui para frente.
56 Finanças Empresariais
Capítulo 2
Finanças Empresariais 57
Capítulo 2
Veja só o que Oliveira, Perez Junior e Silva (2009, p.105 apud HOJI, 2010)
nos informam:
Padoveze (2005, p. 237) afirma que “não existe uma única maneira de
estruturar o orçamento”. Hoji (2010, p. 23), de forma complementar, apresenta
estrutura de um sistema orçamentário, composto pelo orçamento geral e
específicos, podendo ser segregado em três níveis:
• operacional;
• investimentos;
• financiamentos.
58 Finanças Empresariais
Capítulo 2
Orçamento de vendas
PRATICANDO
Considerando o orçamento de vendas para uma
fábrica de sorvetes, elabore uma planilha que
contemple as variáveis apresentadas. Que fatores
externos e internos devem ser apreciados, a seu
ver, para a construção do orçamento?
Finanças Empresariais 59
Capítulo 2
1. Quantidade
3. Valor de venda 0 0 0
PRODUTO: MODERNO
4. Quantidade
6. Valor de venda 0 0 0
VENDA DA FILIAL 2
PRODUTO: TRADICIONAL
1. Quantidade
3. Valor de venda 0 0 0
PRODUTO: MODERNO
4. Quantidade
6. Valor de venda 0 0 0
Vamos em frente que você ainda precisa conhecer os outros tipos de orçamento.
Orçamento de produção
60 Finanças Empresariais
Capítulo 2
Produtos acabados
1. Vendas orçadas 0 0 0
4. Quantidade a acabar 0 0 0
Produtos em elaboração
7. Quantidade a iniciar 0 0 0
Finanças Empresariais 61
Capítulo 2
Quantidade a produzir 0 0 0
1. Matérias-primas a consumir
2. Papel 0,00 0 0 0
3. Plástico 0 0 0 0
PRODUTO: MODERNO
4. Quantidade a produzir 0 0 0
Matérias-primas a consumir
5. Papel 0,00 0 0 0
6. Resina 0,00 0 0 0
7. Papel (t) 0 0 0
8. Plástico (Kg) 0 0 0
9. Resina (peça) 0 0 0
Fonte: adaptado de Hoji (2008).
PRATICANDO
Na primeira planilha, você pode constatar a
necessidade de identificar algumas variáveis. O que
você destaca como relevante neste momento?
Lembre-se que o orçamento pretende atender aos
objetivos de cada empresa, então não se prenda
nunca a fórmulas preestabelecidas.
62 Finanças Empresariais
Capítulo 2
Matéria-prima: papel
4. Matéria-prima: plástico
Matéria-prima: resina
Finanças Empresariais 63
Capítulo 2
CURIOSIDADE
Hoje as empresas devem cumprir 3.422 normas,
ou 38.429 artigos, 89.540 parágrafos, 286.296
incisos e 37.660 alíneas, ou o equivalente a
5,9 quilômetros de normas tributárias, caso
impressas em papel A4. Em decorrência desta
quantidade de normas, as empresas gastam cerca
de R$ 42 bilhões por ano para manter pessoal,
sistemas e equipamentos no acompanhamento
das modificações da legislação. Quer saber
mais? Acesse <http://www.ibpt.com.br>.
Total 20.850,00
Fonte: Lemes Junior, Rigo e Cherobim (2005).
64 Finanças Empresariais
Capítulo 2
REFLEXÃO
• administrativas;
• vendas, também chamadas de comerciais;
• tributárias;
• financeiras.
Finanças Empresariais 65
Capítulo 2
Mas se você acredita já ter visto tudo sobre orçamento, está enganado.
Há ainda outras classificações na literatura financeira.
66 Finanças Empresariais
Capítulo 2
Finanças Empresariais 67
Capítulo 2
68 Finanças Empresariais
Capítulo 2
Finanças Empresariais 69
Capítulo 2
Sostema de
Custo-padrão
Sistema
Fichas-padrão contábil
(real)
DESAFIO
70 Finanças Empresariais
Capítulo 2
Finanças Empresariais 71
Capítulo 2
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
ANO I ANO II ANO III ANO IV ANO V
Receita bruta de vendas
Dedução de impostos
Custo da produção - - - - -
Lucro bruto - - - - -
Despesas administrativas
Resultado operacional - - - - -
Despesas financeiras
Resultado operacional
- - - - -
líquido
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
ANO I ANO II ANO III ANO IV ANO V
Receita bruta de vendas 350.000 400.000 440.000 490.000 530.000
72 Finanças Empresariais
Capítulo 2
Sugiro algumas leituras para que você se atualize sobre o tema estudado
neste capítulo:
Finanças Empresariais 73
Capítulo 2
2.5 Relembrando
O capítulo 2 apresentou:
74 Finanças Empresariais
Capítulo 2
a) estático.
b) flexível.
c) dinâmico.
d) tendências.
e) base zero.
DEMONSTRAÇÃO DE
RESULTADOS
ANO I
Receita bruta de vendas 500.000
a) 90.000,00
b) 120.000,00
c) 210.000,00
d) 25.000,00
e) 50.000,00
Finanças Empresariais 75
Capítulo 2
a) 25.000,00
b) 35.000,00
c) 20.000,00
d) 12.000,00
e) 50.000,00
d) Orçamento de vendas.
e) Orçamento de custos de produção.
f) Orçamento de capital.
g) Orçamento estático.
h) Orçamento corrigido.
Onde encontrar
76 Finanças Empresariais
Capítulo 2
Finanças Empresariais 77
Capítulo 2
78 Finanças Empresariais
Capítulo 2
SILVA, J.P. Análise financeira das empresas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
Finanças Empresariais 79
Capítulo 2
80 Finanças Empresariais
Capítulo 3
CAPÍTULO 3
MERCADO FINANCEIRO
3.1 Contextualizando
Este capítulo apresentará a estrutura do mercado financeiro, seus
principais agentes, as principais operações ativas e passivas e a aplicação dos
conceitos de taxas de juros inerentes a essas operações.
Finanças Empresariais 81
Capítulo 3
Era da troca
de mercadorias
Era da
mercadoria moeda
Era da moeda
metálica
Era da moeda
papel
Era da moeda
escritural
82 Finanças Empresariais
Capítulo 3
CURIOSIDADE
De 1º de novembro de 1942 até os dias atuais,
o Brasil teve oito padrões monetários: cruzeiro,
cruzeiro novo, cruzeiro, cruzado, cruzado novo,
cruzeiro, cruzeiro real e, por fim, o real. Se você
quiser saber mais sobre a história da moeda
em nosso país, acesse o site do Banco Central:
<http://www.bcb.gov.br/?MUSEU>.
Finanças Empresariais 83
Capítulo 3
• mercado monetário;
• mercado de crédito;
• mercado de câmbio;
• mercado de capitais;
• outros mercados (seguros).
84 Finanças Empresariais
Capítulo 3
Histórico
Finanças Empresariais 85
Capítulo 3
Estrutura atual
86 Finanças Empresariais
Capítulo 3
COMPOSIÇÃO
ORGÃOS ENTIDADES
OPERADORES
NORMATIVOS SUPERVISORAS
Demais
Instituições instituições
Banco Central do financeiras financeiras
Conselho Brasil – Bacen captadoras de Outros intermediários
Bancos de
monetario depósitos à vista financeiros e administradores
câmbio
nacional – CMN de recursos de terceiros
Bolsas de
Comissão de Valores Bolsas de
mercadorias e
Monetários – CVM valores
futuros
Conselho Entidades
Superintendência
Nacional de Sociedades Sociedades de abertas de
de Seguros Privados Resseguradoras
Seguros Privados seguradoras capitalização previdência
– Susep
– CNSP complementar
Conselho Superintendência
Nacional de Nacional de
Entidades fechadas de previdência complementar
Previdência Previdência
(fundos de pensão)
Complementar – Complementar –
CNPC PREVIC
Quadro 1 - Estruturas do SFN
Fonte: Bacen (2010).
Finanças Empresariais 87
Capítulo 3
EXPLORANDO
Conheça um pouco mais sobre cada uma dessas
organizações. As informações aqui contidas
estão acessíveis no site do BACEN. Acesse:
<www.bcb.gov.br>.
Como você pode perceber, estes órgãos são auxiliados em suas atividades
por outras entidades públicas. Conhecer um pouco mais do papel destas é
88 Finanças Empresariais
Capítulo 3
EXPLORANDO
Acesse o site <www.portaldoinvestidor.gov.br>.
Lá, entre no menu ”Desafios“. São cinco. De
uma forma divertida, você poderá testar seus
conhecimentos sobre o mercado. Peço a você que
faça o nível iniciante neste momento e ao final
deste módulo, busque resolver o nível avançado.
Finanças Empresariais 89
Capítulo 3
Alexandre Beck
90 Finanças Empresariais
Capítulo 3
Veja:
Banco Central do Brasil
Banco Comercial1/ 21 20 19 18
Banco de Desenvolvimento 4 4 4 4
Caixa Econômica 1 1 1 1
Banco do Investimento 18 17 17 16
Sociedade de CFI 51 52 55 59
Companhia Hipotecária 6 6 6 6
Agência de Fomento3/ 12 12 12 14
Finanças Empresariais 91
Capítulo 3
Sociedade de Crédito ao 56 52 47 45
Microempreendedor4/
92 Finanças Empresariais
Capítulo 3
Alexandre Beck
As associações de poupança e
empréstimo são constituídas sob a forma
de sociedade civil, sendo de propriedade
comum de seus associados. Suas operações
ativas são, basicamente, direcionadas
ao mercado imobiliário e ao Sistema
Financeiro da Habitação (SFH).
Finanças Empresariais 93
Capítulo 3
EXPLORANDO
No site do BNDES, acesse o link trein@bndes.
Nele você terá acesso a um curso on-line sobre as
principais operações do banco. Ao concluir, você
com certeza perceberá que o seu conhecimento
financeiro foi enriquecido.
Mas se você acha que são apenas esses os agentes do mercado, está
enganado. Temos muito caminho pela frente.
94 Finanças Empresariais
Capítulo 3
Finanças Empresariais 95
Capítulo 3
SAIBA QUE
No Brasil, em 2008, a Bolsa de Mercadorias e
Futuros (BMF) e a Bolsa de Valores de São Paulo
(BOVESPA) fundiram-se em única bolsa, que
está estruturada na forma de companhia de
capital aberto? Hoje é a única bolsa de valores,
mercadorias e futuros em operação no país.
Ela oferece uma série de cursos gratuitos pela
internet. Visite o site: <www.bovespa.com.br>.
96 Finanças Empresariais
Capítulo 3
Alexandre Beck
As sociedades seguradoras são
também entidades constituídas sob a forma
de sociedades anônimas, especializadas em
pactuar contrato, por meio do qual assumem
a obrigação de pagar ao contratante
(segurado), ou a quem este designar, uma
indenização, no caso em que advenha o risco
indicado e temido, recebendo, para isso, o
prêmio estabelecido.
Finanças Empresariais 97
Capítulo 3
98 Finanças Empresariais
Capítulo 3
• política monetária;
• política fiscal;
• política cambial;
• política de rendas.
A partir deste momento, espero que você perceba como estes diferentes
instrumentos impactam a economia de um país em diferentes horizontes de tempo.
Política monetária
Finanças Empresariais 99
Capítulo 3
Política fiscal
QUESTÕES A
DECISÕES CONSEQUÊNCIA
ENFRENTAR
Seletividade
Distribuição Expansão econômica de regiões menos
Impostos progressivos
de renda favorecidas e aumento do consumo
Programas assistenciais
Quadro 2 - Medidas fiscais
DESAFIO
Você saberia dizer quantos impostos, taxas e
contribuições temos no Brasil hoje? Procure
listar pelo menos três impostos, taxas e/ou
contribuições. Caso você não saiba identificar,
acesse o site <www.receita.fazenda.gov.br>,
nele você identificará os tributos da esfera
federal. Se desejar conhecer os de seu estado,
acesse o site da Secretaria Estadual da Fazenda.
Política cambial
CURIOSIDADE
No site do BACEN, você pode fazer a conversão
de reais para 163 moedas de diferentes
países. Basta acessar o link e se divertir com os
resultados:
<www4.bcb.gov.br/pec/conversao/conversao.
asp?idioma=P>.
Política de rendas
Operações ativas
DESAFIO
Sem o vendor
à vista R$ 100,00
Empresa ou Empresa
vendedora a prazo R$ 110,00 compradora
Com o vendor
Empresa Empresa
vendedora compradora
Bancos
à vista R$ 100,00 a prazo R$ 108,00
INTERAGINDO
Acesse o site do BNDES <www.bndes.gov.br>
e realize uma pesquisa sobre quais itens são
passíveis de financiamento. Houve alguma
surpresa? Caso tenha ocorrido, procure discutir
com os demais alunos e perceber se a sua
percepção foi a mesma que eles tiveram.
CURIOSIDADE
Com a implantação do SPB – Sistema de
Pagamentos Brasileiro, as movimentações com
valor superior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais)
passaram a ser efetivadas por meio da TED,
que garante a transferência em tempo real dos
recursos de uma conta para outra, independente
do banco ser ou não o mesmo.
DESAFIO
São as leis da oferta e procura que definem sua taxa. No Brasil, o spread
bancário é medido pela diferença entre o custo de um empréstimo e a
remuneração paga ao poupador. Pode ser representado pela fórmula a seguir:
1 + iAPLICAÇÃO
1 + iSPREAD =
1 + iCAPTAÇÃO
Essa taxa foi criada pela Resolução n. 2.171, de 30 de junho de 1995, pelo
Conselho Monetário Nacional (CMN), com a finalidade de estimular os investidores
a alongar o perfil das aplicações em títulos de renda fixa. É calculada diariamente
pelo BACEN por meio do DEPEC – Departamento de Política Econômica, sempre
com quatro casas decimais e com base nos rendimentos médios mensais oferecidos
pelos CDB/RDB pré-fixados de 30 a 35 dias corridos, dos 30 maiores conglomerados
financeiros do país. A amostra é revista por ocasião da realização dos balanços
semestrais, um ou dois participantes são substituídos. É utilizada para:
• servir como projeção ou estimativa das taxas de juros futuros para 30 dias;
• atuar, como indexador, para operações ativas e passivas dos bancos,
desde que obedecido o prazo mínimo de dois meses;
• servir de balizador, no curto prazo, para a tomada de decisões
domésticas e comerciais;
• servir de base de cálculo da TR.
Taxa Referencial – TR
Criada pelo Plano Collor 11 (1991) para ser utilizada como uma taxa
básica referencial dos juros. Atualmente, é calculada a cada dia, tendo como
base o dia anterior. Para cálculo da TR do mês deduzido, da taxa média de
captação dos bancos, um redutor que deve refletir a tributação incidente
sobre os CDB/RDB e a taxa real de juros da economia. O redutor reflete a
taxa de real de juros admitida pelo governo nos próximos 30 dias, e pode ser
• da caderneta de poupança;
• das contas do FGTS;
• dos financiamentos habitacionais;
• das operações ativas e passivas com prazo mínimo de um mês;
• das NTN-H (Notas do Tesouro Nacional).
A Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP foi instituída pela Medida Provisória
n. 684, de 31.10.94, publicada no Diário Oficial da União em 03 de novembro
de 1994, sendo definida como o custo básico dos financiamentos concedidos
pelo BNDES. Posteriores alterações ocorreram por meio da Medida Provisória
n. 1.790, de 29 de dezembro de 1998 e da Medida Provisória n. 1.921, de 30
de setembro de 1999, convertida na Lei n. 10.183 de 12 de fevereiro de 2001.
Taxa SELIC
T efetiva = 1 + 0.0275 -1
30
S = P (1+i)n
S = 125.000 (1+0,99/100)²
S = 127.487,25
J = 127.487,25-125.000,00 = 2.487,25
Site: Andima
URL: http://www.andima.com.br
Site: BCB
URL: http://www.bcb.gov.br
3.5 Relembrando
O capítulo 3 apresentou:
a) TBF.
b) SELIC.
c) TR.
d) TJLP.
e) TBAN.
a) linhas de redescontos.
b) aumento dos impostos.
c) redução da taxa de câmbio.
d) aumento de salários.
e) redução de impostos.
a) Bacen.
b) CMN.
c) Bovespa.
d) CVM.
e) BNDES.
a) Compror.
b) Leasing.
c) Finame
d) Desconto de títulos.
e) Vendor.
Onde encontrar
CAVALCANTE, F.; MISUMI, J.Y. Mercado de capitais. São Paulo: Campus, 2001.
CAPÍTULO 4
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
4.1 Contextualizando
Este capítulo apresentará a você as chamadas “demonstrações
financeiras”, ou contábeis, em seu contexto legal. No mercado
financeiro, tudo está respaldado em leis, normas, instruções, resoluções e
pronunciamentos.
SAIBA QUE
Stakeholder (em português, parte interessada
ou interveniente) é um termo usado em
administração referente às partes interessadas
que devem estar de acordo com as práticas
de governança corporativa executadas pela
empresa. O termo foi usado pela primeira vez pelo
filósofo Robert Edward Freeman. Segundo este
autor, os stakeholders são elementos essenciais
ao planejamento estratégico de negócios.
De maneira mais ampla, compreende todos os envolvidos em um processo,
que pode ser de caráter temporário (como um projeto) ou duradouro
(como o negócio de uma empresa ou a missão de uma organização).
Uma organização que pretende ter uma existência estável e
duradoura deve atender simultaneamente as necessidades de todas
as suas partes interessadas. Para fazer isso, ela precisa “gerar valor”,
isto é, a aplicação dos recursos usados deve gerar um benefício
maior do que seu custo total.
<http://www.businessdictionary.com>
Após esta breve introdução, você precisa conhecer as principais leis que
regem a apresentação das demonstrações financeiras. Elas são relativamente
recentes em se tratando do nosso país.
EXPLORANDO
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)
foi idealizado a partir da união de esforços e
comunhão de objetivos das seguintes entidades:
ABRASCA, APIMEC NACIONAL, BOVESPA,
Conselho Federal de Contabilidade, FIPECAFI e
IBRACON. Visite o site <www.cpc.org.br> para
saber mais sobre a dinâmica do CPC.
Agora que você conhece o contexto legal, precisa saber quais as principais
demonstrações financeiras utilizadas, ou as que as empresas brasileiras
deverão, em algum momento, apresentar. Uma primeira demonstração é o
balanço patrimonial.
DESAFIO
Os Princípios fundamentais da contabilidade,
também denominados Princípios contábeis
geralmente aceitos, em nosso país são
estabelecidos pelo IBRACON – Instituto Brasileiro
de Contabilidade e pela CVM – Comissão de
Valores Mobiliários. Faça uma pesquisa e busque
identificar quantos e quais são esses princípios.
Figura 1 - O balanço
Fonte: <www.freedigitalphotos.net>.
Hoji (2008), por sua vez, ressalta que o passivo não circulante
é composto principalmente pelo exigível a longo e tem por contas os
empréstimos de financiamentos, as debêntures e as provisões para
imposto de renda e riscos fiscais.
• prejuízos acumulados.
SAIBA QUE
A Lei n. 11.638/2007, em seu artigo 178, exclui
o subgrupo lucros acumulados. A partir dos
demonstrativos contábeis do exercício de 2008, os
lucros existentes deverão ser obrigatoriamente
destinados às demais contas do patrimônio
líquido e/ou distribuídos aos sócios ou acionistas.
Constate em <www.planalto.gov.br>.
ATIVO PASSIVO
• Prejuízos Acumulados
Quadro 1 - Balanço patrimonial
Fonte: Brasil (2007).
= Lucro bruto
- Despesas operacionais
+ Receitas financeiras
- Despesas financeiras
= Lucro operacional
- IRPJ e CSLL
- Participações
= Lucro líquido
Quadro 2 - Demonstração de resultado
Fonte: Assaf Neto e Lima (2009).
Saldo inicial
Ajustes
exercícios
anteriores
Saldo
ajustado
Lucro/Prejuízo
do período
Destinações
Dividendos
Juros sobre
capital
próprio
Outras
destinações
Realização de
reservas de
lucros
Ajustes de
avaliação
patrimonial
Ajustes
acumulados
de conversão
Ajustes de
combinação
de negócios
Constituição/
realização de
reservas de
capital
Ações em
tesouraria
Outras
transações
de capital
Outros
Saldo final
Quadro 3 - Demonstração de mutações do patrimônio líquido
Fonte: adaptado de CVM (2010).
PRATICANDO
Como você pode perceber, a DVA apresenta
apenas o enfoque econômico do balanço social.
Solicito que você busque em jornais, revistas ou
sites, um balanço social publicado e descreva os
demais enfoques, o texto deverá ser elaborado
em pelo menos uma página. Não esqueça de
observar os aspectos metodológicos requeridos
na apresentação dos trabalhos acadêmicos.
O método direto
O método indireto
Caixa líquido usado nas atividades de Caixa líquido usado nas atividades de
investimento investimento
Caixa líquido usado nas atividades de Caixa líquido usado nas atividades de
financiamento financiamento
Aumento líquido de caixa e equivalentes de caixa Aumento líquido de caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa no início do período Caixa e equivalentes de caixa no início do período
Caixa e equivalentes de caixa no fim do período Caixa e equivalentes de caixa no fim do período
Quadro 5 - Demonstração do fluxo de caixa
Relatório de administração
EXPLORANDO
Acesse o site e veja a configuração de um
relatório de administração. Você perceberá a
riqueza de detalhes apresentados. Confira!
<www.ambev.com.br/media/29728/ambev_
ra_2009_pt.pdf>.
Notas explicativas
CONTAS VALORES
Fornecedores 5.000,00
Imobilizado 12.000,00
Intangível 3.000,00
• AC – Ativo Circulante
• ANC – Ativo Não Circulante
• PC – Passivo Circulante
• PNC – Passivo Não Circulante
• PL – Patrimônio Líquido
CONTAS VALORES EM R$
Fornecedores 5.000,00 PC
4.5 Relembrando
O capítulo 4 apresentou:
a) Balanço patrimonial.
b) Demonstração do fluxo de caixa.
c) Demonstração do valor agregado.
d) Demonstração de resultado.
e) Demonstração de origens e aplicações de recursos.
a) Balanço patrimonial.
b) Demonstração do fluxo de caixa.
c) Demonstração do valor agregado.
d) Demonstração de resultado.
e) Demonstração de origens e aplicações de recursos.
a) Balanço patrimonial.
b) Demonstração do fluxo de caixa.
c) Demonstração do valor agregado.
d) Demonstração de resultado.
e) Demonstração de origens e aplicações de recursos.
Onde encontrar
FRANCO, H.; MARRA, E. Auditoria contábil. 4. ed. São Paulo: Editora Atlas,
2001.
SILVA, J. P Análise financeira das empresas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
CAPÍTULO 5
ANÁLISE ESTRATÉGICA DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
5.1 Contextualizando
Este capítulo apresentará as principais técnicas de análise estratégica das
demonstrações financeiras que você conheceu no capítulo anterior.
Iudícibus (2008, p. 89) enfatiza que “a análise de balanços encontra seu ponto
de maior expressividade no cálculo e avaliação do significado de quocientes com
o objetivo de extrair tendências e compará-los com padrões já preestabelecidos”.
PRATICANDO
Busque identificar numa demonstração
financeira publicada em jornais, revistas ou
mesmo na internet, as contas operacionais e
não operacionais. Lembre-se que a necessidade
desta segregação somente é exigida nos ativos
e passivos circulantes.
• análise horizontal;
• análise vertical;
• análise de indicadores.
PRATICANDO
Considerando os dados apresentados na tabela
a seguir, peço a você que calcule a retração dos
resultados obtidos pela empresa.
ANÁLISE
CONTA 2008 2009
HORIZONTAL
Lucro/prejuízo 2500 -1500
operacional
• liquidez;
• estrutura;
• rentabilidade;
• atividade;
• necessidade financeira.
Você verá com detalhes cada um destes grupos de indicadores a partir de agora.
Hoji (2008, p. 286) afirma que “os indicadores de liquidez mostram a situação
financeira da empresa”. Borinelli e Pimentel (2010, p. 404) complementam, ressaltando
que estes indicadores têm como preocupação fundamental revelar como está a
situação da empresa em determinado período, para fazer frente às suas obrigações.
Liquidez geral
AC + ARLP
LG =
PC + PNC
Liquidez corrente
AC
LC =
PC
Já em caso contrário, ou seja, se esse resultado for menor que 1, podemos dizer
que a empresa está comprometida a curto prazo. Devemos, então, analisar o motivo
dessa discrepância, que pode ser momentânea ou já indicar um sinal de deterioração.
Liquidez seca
AC − E − DA
LS =
PC
Liquidez imediata
D
LI =
PC
Borinelli e Pimentel (2010, p. 407) afirmam que quanto maior for o valor
apurado deste indicador, melhor será o nível de solvência imediata, e, ainda,
na prática, este índice tende a ser baixo, em virtude de que o potencial de
AP
ICP =
PL
PC + PNC
PCT =
PL
Composição do endividamento
PC
CE =
PC + PNC
EMP + FIN
EF =
PL
AP
IRNC =
PNC + PL
Alavancagem financeira
RPL
GAF =
RSA
LOARF
ICJ =
DF
Margem bruta
LB
MB =
ROL
Margem operacional
LOP
MO =
ROL
LOP − RF
MOARF =
ROL
Margem líquida
Ll
Ml =
ROL
LL
RPL =
PLM
PL x2 + PL x1
PLM =
2
REFLEXÃO
LL
RAT =
ATM
ATx2 + ATx1
ATM =
2
LOP
RSA =
AOM
AOx2 + AOx1
AOM =
2
Giro do ativo
ROP
GA =
ATM
ROL
GAO =
AOM
Segundo Gitman (1997, p. 112), “os índices de atividade são usados para
medir a rapidez com que as várias contas são convertidas em vendas ou caixa”.
Buscam auferir os ciclos operacionais e financeiros, a partir da identificação dos
prazos médios de contas a receber e/ou clientes, prazos médios de renovação
de estoques e prazos médios de pagamento de fornecedores.
Busca identificar o tempo entre a venda dos produtos e/ou serviços até
o efetivo recebimento. É dado pela relação entre os valores classificados em
contas a receber e a receita operacional bruta.
Quanto menor o prazo, melhor para a empresa, pois ela recebe mais
rapidamente de seus clientes”.
SMDR
PMDR = × 360
ROB
DR x2 + DR x1
SMDR =
2
SME
PMRE = × 360
CMV
E + Ex1
SME = x2
2
SMF
PMPF = × 360
CMV
F +F
SMF = x2 x1
2
CDG = PL - AP
Tesouraria
EXPLORANDO
Hoje existem diversos sites e revistas que
trabalham a divulgação de indicadores
econômico-financeiros de diversas empresas,
dentre eles, podemos destacar as edições anuais
das Melhores e Maiores, da revista Exame, e
Valor 1000, do jornal Valor Econômico. Se você
se cadastrar no site <www.infomoney.com.br>,
poderá acessar os principais indicadores das
empresas com ações listadas na BOVESPA.
A empresa Alpha buscou o banco Betha para atualizar o seu cadastro, tendo
por objetivo a definição de limites de crédito para possíveis operações tanto de
investimento fixo quanto de capital de giro, caso necessário. Foi informada que
deveria apresentar os demonstrativos contábeis dos dois últimos anos, o que foi
prontamente atendido pela empresa. O analista de risco de crédito do banco
Betha, deverá proceder de forma preliminar à reclassificação dos dados para,
em seguida, alimentar a planilha para posterior digitação no sistema interno do
banco. A partir dos demonstrativos apresentados a seguir, você deve:
Ativo não circulante 23648 23113 Passivo não circulante 2500 6000
AC 23.256
LC = LC = = 0, 95
PC 24.362
LL 2.037
ML = ML = = 0, 03 ⇔ 3%
ROL 54.875
LL 2.037
RPL = RPL = = 0,10 ⇔ 10%
PL 20.042
Site: Infomoney
URL: http://www.infomoney.com.br
5.5 Relembrando
a) Rentabilidade.
b) Necessidade financeira.
c) Atividade ou ciclo.
d) Liquidez.
e) Estrutura.
a) Margem líquida.
b) Lucro operacional.
c) Retorno do patrimônio líquido.
d) Retorno sobre o ativo total.
e) Alavancagem financeira.
Ativo não circulante 23648 23113 Passivo não circulante 2500 6000
Realizável a longo prazo 627 63 Financiamentos 3500 6000
Investimentos 518 300 Patrimônio líquido 21333 19558
Imobilizado 22503 22750 Capital 18000 18000
Reservas 3333 1558
Total ativo 48195 43028 Total passivo 48195 43028
SUB-TÍTULO 1 2009
a) 35 e 70.
b) 82 e 51.
c) 55 e 82.
d) 75 e 45.
e) 22 e 104.
Onde encontrar
SILVA, J. P. Análise financeira das empresas. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
CAPÍTULO 6
FLUXO DE CAIXA
6.1 Contextualizando
Neste capítulo, mostrarei a você como funciona a ferramenta fluxo de
caixa, indispensável à gestão financeira de qualquer empresa, seja qual for o
seu porte ou forma de organização societária.
Zdanowicz (2000, p. 19) afirma, por sua vez, que fluxo de caixa é “um
instrumento que permite ao administrador financeiro planejar, organizar,
coordenar, dirigir e controlar os recursos financeiros de sua empresa para
determinado período”.
PRATICANDO
Se o fluxo de caixa é tão importante, por que sua
aplicação é pequena na maioria das empresas?
Pesquise junto a três empresas e questione se
elas adotam o fluxo de caixa como instrumento
de decisão financeira. Em caso positivo,
pergunte há quanto tempo; se negativo, tente
identificar o motivo.
Marion (1993, p. 401) agrupou estes fatores em dois grupos, como pode
ser verificado no quadro a seguir.
CURIOSIDADE
O fluxo de caixa tem sido objeto de discussão
ao longo dos últimos anos. Com o advento da
estabilidade econômica, não há mais espaço para
amadorismo. Erros cometidos na gestão financeira
das empresas ou mesmo das pessoas físicas podem
ser fatais. Você sabia que se pesquisar no site
acadêmico do Google encontrará mais de 2000
registros só no ano de 2010?
Agora que você conhece um pouco mais sobre o fluxo de caixa, seu
processo de implantação e os possíveis fatores que influenciam seu resultado,
irá estudar a partir de agora os objetivos desta ferramenta de gestão.
Para Braga e Marques (2001), o fluxo de caixa possui como uma de suas
finalidades, servir de instrumento para avaliação da liquidez da organização,
ou seja, sua capacidade e garantia de pagamento das dívidas nas datas
de vencimento, por meio das medidas de desempenho. Estas podem ser
classificadas como avaliadoras do grau de suficiência ou eficiência do negócio,
ou ainda medidoras da capacidade de pagamento e do nível de retorno
associado a um determinado elemento patrimonial.
INGRESSOS DE RECURSOS
• Recebimentos de clientes
• Pagamentos de fornecedores
• Despesas administrativas e comerciais
• Despesas financeiras
• Impostos
• Mão de obra direta
• Ingressos de recursos provenientes das operações
• Recebimento por vendas do imobilizado
• Total dos ingressos dos recursos financeiros
DESTINAÇÃO DE RECURSOS
PRATICANDO
A partir dos modelos apresentados, estruture uma
planilha para a coleta de dados para a elaboração
do fluxo de caixa de uma pequena empresa.
Lembre-se que o fluxo de caixa contempla os
ingressos e desembolsos efetivamente realizados.
A contabilidade é orientada pelo regime de
competência que você estudou no capítulo das
demonstrações contábeis.
ORIGENS
APLICAÇÕES
Campos Filho (1999, p. 47) afirma que, antes de tudo, deve-se “enfatizar
o mérito dos dois métodos, que é o de gerar informações de caixa”.
FAO + CV + GF
ICPC =
PC
FAO + JP
ICJCP =
JP
Sua análise é de que quanto maior for o indicador, melhor para a empresa.
FAO
ICPFCP =
PFCP
ICPFCP *ICJCP
ICSDCP =
ICPDCP + ICJCP
FAO + D-DAE
MOLA =
RB
FAO + JP + D-DAE
MOLC =
RB
FAO + JP + D-DAE
ROLC =
CI
FAO + JP + D-DAE
ROBPL =
PL
FAO
IEFL =
LL
FAO
IEFCG =
CGM
Por fim, o último grupo de indicadores descritos por Sá (2009, p. 227) são
os de consolidação. Na percepção do autor, uma empresa estará consolidada
quanto maior for a sua capacidade de superar crises. Ele apresenta três
indicadores. Veja:
PFCP
GEFCP = 1 -
CECP
SRFP
PMR = *365
RC
ΔE
GCE = - ( )
ΔF
CURIOSIDADE
No site da Comissão de Valores Mobiliários,
seu velho conhecido de outros capítulos, você
poderá acessar o demonstrativo de fluxo de caixa
das empresas listadas na BOVESPA. Navegue
pelo acesso rápido, opção DFP, digite o nome
de uma empresa qualquer; ao aparecer o nome,
clique nele, selecione novamente DFP e a opção
consulta. Abrirá uma plataforma no Windows.
Nela você encontrará todos os demonstrativos
financeiros já estudados anteriormente e o
demonstrativo do fluxo de caixa.
CONTAS VALORES
Fornecedores 9.319
CONTAS VALORES
Estoques 64
Fez? Compare.
CONTAS VALORES
Fornecedores 9.319 OP
Estoques 64 OP
CONTAS VALORES
CONTAS VALORES
Lucro líquido do exercício 5.047
Fornecedores 9.319
Estoques 64
Site: Infomoney
URL: http://www.infomoney.com.br
Neste site, você pode acessar análises das empresas listadas na bolsa
e ainda assistir vídeos sobre finanças, participar de chats, dentre
outras funcionalidades.
6.5 Relembrando
O capítulo 6 apresentou:
1) Das operações listadas a seguir, indique a que não tem como consequência
alteração positiva ou negativa do fluxo de caixa.
Onde encontrar
SILVA, J. P. Análise financeira das empresas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996.
CAPÍTULO 7
ANÁLISE DE VIABILIDADE,
RENTABILIDADE E RISCO
7.1 Contextualizando
Este capítulo apresentará a você as principais técnicas de análise
de viabilidade de investimentos, ferramenta fundamental para qualquer
empresário que deseja manter uma relação saudável com o mercado.
CONCEITO
A análise de projetos de investimentos é o conjunto
de procedimentos utilizados para avaliação
e comparação de projetos de investimentos
alternativos fundamentados em princípios
econômicos básicos. (ASSAF NETO; LIMA, 2009)
• o valor do investimento;
• o valor dos fluxos futuros de benefícios;
• a quantidade de períodos futuros;
• a taxa de juros referencial.
SAIBA QUE
Ao acessar o site do Banco Central <www.
bcb.gov.br>, você encontrará o histórico da
taxa SELIC desde a sua criação, em 1996, e
ainda ler todas as atas do COPOM – Comitê de
Política Monetária, nas quais são apresentadas
as justificativas para possíveis expansões ou
reduções da taxa.
n
NPV = ∑ (FCL ) / (1 + i)
i
i=0
Exemplo 1
2 g CFj 2
800 g Nj 800
10 i f IRR 508
n=0
∑ (FCL ) / (1 + i)
i
TIR =
i=1
Exemplo 2
Tabela 3 - TIR
TECLAS VISOR
F CLX 0
2500 CHS g CFo -2500
350 g CFj 350
2 g Nj 2
0 i f IRR 15
PBE = ki
• o TMT (tempo máximo tolerado) deve ser definido pela empresa para
recuperar o capital investido (este é um valor arbitrado, pois surge de
considerações práticas).
1 850 -1.150
2 850 -300
3 850 550
4 850 1.400
5 850 2.250
300
PB = 2 + = 2, 35 anos
300 + 550
145 145
P RM = = = 2,11 anos
71 + 74 + 80 + 50 68, 75
4
5 150 85 -6
6 180 91 85
7 80 36 121
6
BE = 5 + = 5 0659 anos
6 + 85
Padoveze (2005, p. 353) afirma ainda que o ponto de equilíbrio pode ser
apurado em três dimensões: operacional, econômica e financeira.
CF
PEO =
R + CV
CF + L
PEE =
R − CV
CF + L − DA
PEF =
R − CV
n
E (R ) = R = ∑ Pk × RK
k =1
Em que:
Investimento A
Investimento B
Resultados
Esperados ($)
300 500 700 800 1.100
n
−2
σ= ∑ Pk × (Rk−R )
k =1
E (R) Retorno D B
Esperado)
C A
σ (Risco)
R3
E (R) Retorno
Esperado) R2
R1
σ (Risco)
R3
R2
R1
E (R) Retorno
Esperado)
σ (Risco)
INTERAGINDO
Os sites de diversas instituições financeiras
disponibilizam ferramentas de API – Análise
de Perfil de Investidores. Acesse o site de seu
banco, realize o teste e, depois do resultado,
discuta com seus colegas no ambiente virtual de
aprendizagem.
Risco de mercado
Risco de crédito
Alexandre Beck
Consequentemente, um risco
importante que as empresas enfrentam é
o de crédito ou falha de uma contraparte
no desempenho de compromissos
contratuais. Este risco se aplica não apenas
a empréstimos, mas também a outras
operações intra e extrabalanço, tais como
garantias, aceites e investimentos em títulos.
Risco operacional
Risco legal
Medindo o risco
Volatilidade
1
⎛ 252 n ⎛ − ⎞2 ⎞ 2
⎜ N − 1n∑
σ=⎜ ⎜ R t − R ⎟ ÷⎟
− ⎝ ⎠ ⎟
⎝ 1 ⎠
em que
N = tamanho da amostra
Rt = Log (St / St - 1)
R = média de Rt”s
St = preços do ativo-objeto
Value at risk
• simulação histórica;
• model-building, também denominado modelo de variância e covariância;
• simulação de Monte Carlo.
Simulação histórica
B 1.000 8 8.000
18.000
- 99 - 0,5 0,2
- 98 0,8 0,4
-1 1,3 0,9
Com isso, os valores dos ganhos e perdas nos últimos 100 dias úteis,
considerando a carteira atual e os percentuais de variações, foram:
-42 2 -409
-76 3 -375
-100 4 -320
-22 5 -296
-35 10 396
Com base nos dados apurados, os valores do VAR por simulação histórica são:
VAR% = Z × σp × R$
Tabela 11 - VAR
POSIÇÃO VOLATILIDADE (EM %
ATIVO
(R$ MILHÕES) POR DIA ÚTIL)
A 6 1,9
B 4 2,5
1
σp = ⎡⎢( 0, 6 ) × (1, 9 ) + ( 0, 4 ) × ( 2,5 ) + 2 × ( 0, 6 × ( 0, 4 ) × ( 0, 3) × (1, 9 ) × ( 2,5 ) ) ⎤⎥
2 2 2 2 2
= 1, 727%
⎣ ⎦
a) Payback
Payback médio
800
PBEI = 2 + = 2, 80anos
200 + 800
300
PBEII = 3 + = 3, 27anos
300 + 800
1200
PBEIII = 3 + = 3, 60anos
1200 + 800
Portanto, o projeto que gera maior retorno, menor tempo médio e maior
valor presente líquido é o Projeto III.
7.5 Relembrando
O capítulo 7 apresentou:
a) -470,13
b) 481,93
c) 500,12
d) 425,30
e) 352,30
a) 15,25%
b) 14,13%
c) 17,98%
d) -20,12%
e) 10,35%
Onde encontrar
ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. São Paulo: Atlas, 2001.
SECURATO, J. E. Decisões financeiras sob condições de risco. São Paulo: Atlas, 1996.
CAPÍTULO 8
ESTRATÉGIAS COMERCIAIS
DE COMPRA E VENDA
8.1 Contextualizando
Este capítulo apresentará a você as principais estratégias financeiras que
envolvem as operações de compra e venda em uma organização empresarial,
estratégias estas aplicáveis à gestão de qualquer empresa, independente de
seu porte ou forma de organização societária.
CURIOSIDADE
O vocábulo estratégia teve sua origem na
Grécia Antiga, significando inicialmente “arte
do general” e adquirindo, posteriormente,
uma conotação voltada para a guerra,
significando a arte e a ciência de conduzir um
exército por um caminho. O termo assumiu
o sentido de habilidade administrativa na
época de Péricles (450 a.C.), quando passou a significar habilidades
de gestão (administrativas, liderança, oratória, poder). Mais
tarde, no tempo de Alexandre (330 a.C.), adquiriu o significado
de habilidades empregadas para vencer um oponente e criar um
sistema unificado de governo global.
Fonte: Steiner e Miner (1977)
Agora que você conhece um pouco mais sobre estratégia, irá estudar
sua aplicabilidade em relação às compras realizadas pelas organizações.
PRATICANDO
A partir da afirmação do parágrafo anterior,
busque enumerar as outras variáveis que podem
afetar a gestão de compras de uma empresa.
Após realizar este mapeamento, procure trocar
impressões com os demais alunos no ambiente
virtual de aprendizagem. Busque identificar as
convergências e as divergências.
DEFINIÇÃO
Princípios do crédito
SAIBA QUE
Análise de crédito
C’s do crédito
Dados do cliente
Bessis (1998, p. 81) define risco de crédito como as perdas geradas por
um evento de default do tomador ou pela deterioração da sua qualidade
de crédito. Há diversas situações que podem caracterizar um evento de
default de um tomador, dentre elas destacam-se: atrasos nos pagamentos,
descumprimento de acordos e contratos e processo de recuperação judicial .
Em linha com Santos, Blatt (1999) decreve o credit scoring como uma
técnica de tratamento estatístico de dados aplicável a todos os processos que
impliquem decisões que envolvam classificações: bom/mau, sucesso/fracasso,
excesso/falta, etc. Em síntese, o modelo é construído a partir da coleta de dados
históricos e do devido tratamento destes, de forma a encontrar a aderência
necessária ao processo de tomada de decisões.
Credit scoring pode ser definido, conforme Vicente (2001, p. 49), como o
processo de atribuição de pontuação às variáveis decisórias do crédito mediante
técnicas estatísticas. Trata-se de processo que busca definir a probabilidade de
que um cliente com determinadas características pertença ou não a um grupo
possuidor de outras determinadas características.
LEMBRETE
EXPLORANDO
No site do SERASA <www.serasa.com.br>,
você encontra diversas informações sobre
crédito, inclusive uma revista eletrônica. Outro
detalhe é que hoje um profissional que atue
na área de crédito pode obter uma certificação
nacional realizando uma prova promovida pela
instituição. Navegue pelo site e conheça um
pouco mais sobre crédito.
EXPLORANDO
No site do BACEN <www.bcb.gov.br>, você
encontra diversas informações sobre o mercado
financeiro. Para acessar alguns sistemas do
banco, é necessário se cadastrar, pois algumas
informações envolvem sigilo bancário, e
portanto, você só poderá acessá-las se estiver
devidamente autorizado. Navegue pelo site e
conheça um pouco mais sobre crédito.
Volume de
+ - + - + - + -
vendas
Despesas
gerais de + - + - - + + -
crédito
Investimentos
em contas a + - + - - + + -
receber
Quadro 1 - Política de crédito e variáveis financeiras
Fonte: adaptado Assaf Neto e Lima (2009).
Receitas de vendas
Custos de produção
Despesas administrativas
variáveis
Provisão para devedores
duvidosos
Despesas de cobrança
= Margem de contribuição
Resultado operacional
8.5 Relembrando
O capítulo 8 apresentou:
• conceitos de estratégia, que partiram de uma conotação militar para
a empresarial, envolvendo a definição de metas, objetivos e ações a
serem desenvolvidas por quaisquer organizações;
a) capacidade.
b) caráter.
c) condições.
d) garantias.
e) nenhuma das respostas anteriores.
a) behaviour scoring.
b) cadastro renda.
c) risk rating.
d) credit scoring.
e) modelo especialista.
a) cadastro.
b) análise de crédito.
c) acompanhamento e controle.
d) formalização.
e) cobrança.
a) behaviour scoring.
b) cadastro renda.
c) risk rating.
d) credit scoring.
e) modelo especialista.
Onde encontrar
BESSIS, J. Risk management in banking. Chichester: John Wiley & Sons, 1998.
LEARNED, E. P. et al. Business policy, text and cases. New York: Richard D.
Irwin, 1965.
______. Análise de crédito: empresas e pessoas físicas. 2. ed. São Paulo: Atlas,
2003.
285
Referências
BESSIS, J. Risk management in banking. Chichester: John Wiley & Sons, 1998.
CAVALCANTE, F.; MISUMI, J.Y. Mercado de capitais. São Paulo: Campus, 2001.
FRANCO, H.; MARRA, E. Auditoria contábil. 4. ed. São Paulo: Editora Atlas,
2001.
LEARNED, E. P. et al. Business policy, text and cases. New York: Richard D.
Irwin, 1965.
______. The strategic process: concepts, contexts and cases. Englewood Cliffs,
NJ: Prentice-Hall, 1988.
______. Análise de crédito: empresas e pessoas físicas. 2. ed. São Paulo: Atlas,
2003.
VAN HORNE, J.C. Financial Management and Policy. New Jersey: Prentice Hall,
1995.