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- Formado por um sistema de membranas interconectadas na forma de tubos ramificados, às vezes na forma
de cisternas, que delimitam uma cavidade mais conhecida como luz.
Retículo endoplasmático rugoso (RER) ou granular: ribossomos associados e uma estrutura na forma
de cisternas. Envolvido na produção, dobragem, controle de qualidade e despacho de proteínas. Evidente em
células acinosas do pâncreas.
Características
continuidade com o envoltório nuclear
Microssomos: fragmentos de estruturas tubulares e cisternas do RE, que podem ser identificados como
pequenas vesículas. Seu conteúdo corresponde bioquimicamente à luz do RE.
Composição química
Membranas
Bicamada lipídica com proteínas associadas (lipídios: 30% e proteínas: 70%)
Luz
Aquosa e de composição variada, dependendo do tipo celular. As substâncias mais abundantes na luz
correspondem principalmente aos principais produtos de secreção de cada tipo celular.
Aspectos funcionais
Síntese, modificação e transporte de proteínas e lipídios. Estes componentes podem permanecer no
RE, seguir para outras organelas ou ser encaminhado para fora da célula por meio da secreção
(início da via biossintética-secretora da célula de RE).
Sistema de canais se encontra em uma região isolado do citosol
Na luz acontecem reações bioquímicas especificas, como formação de pontes disulfeto,
glicosilações e outras modificações estruturais.
Síntese proteica
RER apresenta-se bastante desenvolvido nas células com intensa síntese proteica destinadas à secreção.
A transferência de proteínas para a luz do RE ocorre durante a tradução pelos ribossomos, enquanto a
importação de proteínas em outras organelas ocorre pós-traducionalmente.
Fases da síntese
Reconhecimento: ligação da PRS (partícula de reconhecimento do sinal) ao ribossomo e reconhecimento do
peptídeo sinal.
Direcionamento: a conformação adotada pela PRS facilita seu reconhecimento pelo seu receptor ancorado na
superfície do RE.
Associação: o ribossomo se ancora ao seu receptor e o peptídeo nascente se associa ao poro de
translocação.
Clivagem: a peptidase do sinal cliva o peptídeo sinal da estrutura da proteína.
Transferência: o peptídeo em formação é transferido vetorialmente através do poro para a luz do RE.
Integração de proteína transmembrana na membrana do RE
Sequência sinal interna: não clivada
2ª sequência interna hidrofóbica: sinal de parada de transferência
Células com intensa síntese de proteínas para secreção (RER): células caliciformes (mucosa
intestinal) – produtores de muco (glicoproteína) para lubrificar e proteger o epitélio intestinal.
Células acinares do pâncreas exócrino – produtoreas de enzimas digestivas.
Proteínas residentes
A via biossintética secretora é denominada default, pois não há nenhuma sinalização específica. Qualquer
proteína sem sinalização tende a sair do RE em direção ao Golgi e a seguir para o meio extracelular.
As proteínas que devem permanecer no RE são devidamente sinalizadas pela sequência KDEL (sequência
C-terminal constituída de lisina, asparagina, ácido glutâmico e leucina). Podem ser encontradas variações
como HDEL, RDEL ou KEEL. As proteínas que apresentaram algo além dessa sequência são residentes no
RE mas não significa que são fisicamente retidas.
A sinalização KDEL é reconhecida por receptores de membrana em um compartimento intermediário entre o
RE e o Complexo de Golgi, na rede Golgi CIS.
As proteínas são direcionadas para o RE pelo transporte vesicular retrógado, este também permite que o RE
recupere parte dos seus lipídios que são utilizados nas vesículas de transporte de substâncias em direção ao
Golgi.
Modificação de proteínas
1. Glicosilação – ligada à asparagina (N)
Transferência de oligossacarídeo ancorado ao lipídeo dolicol para (NH2) da asparagina durante a
tradução - formação das glicoproteínas.
Importância: enovelamento correto da proteína. Proteínas são mantidas no RE até atingirem o
enovelamento correto.
Glicogenólise
Degradação do glicogênio acumulado em grânulos no citoplasma é realizada por regiões do RE pela ação da
enzima glicose-6-fosfatase -> desfosforilação final da glicose no processo de degradação para disponibilizar
glicose.
Controle de qualidade
Proteínas mal enoveladas -> ativação da resposta
Sensores de proteínas mal enoveladas: IRE1, PERK e ATF6 (ficam na membrana do RE)
Tradução/liberação da proteína reguladora da transcrição -> ativação de genes para aumentar a capacidade
de enovelamento de proteínas no RE.
Esses rejeitos são armazenados no lúmen ou enviados para reciclagem para eventual quebra de
aminoácidos. Um tipo de enfisema (um problema pulmonar) é causado pelo controle de qualidade
do RE, rejeitando continuamente uma proteína incorretamente dobrada. A proteína é dobrada
erroneamente como resultado de uma mutação pontual.
Fibrose cística: ausência da fenilanalina, que participa da construção da proteína.
Estresse do retículo
Exportação e degradação das proteínas mal enoveladas no citosol
Inativação dos proteossomos -> autofagia -> degeneração
Síntese de fosfolipídeos
Dois ácidos graxos são ligados a um glicerolfosfato, produzindo o ácido fosfatídico. Reação catalisada
pela aciltransferase (membrana).
Crescimento da face citoplasmática da membrana no RE, onde se encontram as enzimas responsáveis
pela síntese.
Diferenciação da cabeça polar dos fosfolipídios pela iserção de inositol, serina, etalonima ou colina,
formando diferentes fosfolipídios.
Doenças relacionadas
Artrite reumatoide, esclerose sistêmica, TRAPS, miosite.