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07injecaohistorico PDF
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Fonte: http://www.carrosinfoco.com.br/
O Brasil demorou para receber seu primeiro motor “injetado”, pois em 1957 era
apresentado o primeiro carro com injeção eletrônica, o AMC Rambler Rebel com
motor de 5.4 litros controlado pelo sistema Electrojector produção seriada.
Capítulo 1:
Capítulo 2:
Capítulo 3: Sensores
03 – Sensor MAP;
04 – Sensor de Fluxo de Ar – Parte 1;
05 – Sensor de Fluxo de Ar -0 Final;
06 – Sensor de Posição da Borboleta de Aceleração;
07 – Sensor de Temperatura;
08 – Sensor de Detonação;
09 – Sensor de Fase;
10 – Sensor de Rotação;
11 – Sensor de Oxigênio.
Capítulo 4: Atuadores
12 – Relés;
13 – Corpo de Borboleta;
14 – Atuador de Marcha Lenta;
15 – Válvula Purga do Cânister;
16 – Bico Injetor;
17 – Válvula ERG;
18 – Ventilador do Radiador;
19 – Bombas de Combustível.
01 – O sistema de injeção eletrônica
A injeção eletrônica é um sistema que monitora e controla o funcionamento do
motor através da entrada e saída de dados. Sua principal função é fornecer a
proporção ideal de ar e combustível(relação estequiométrica.) para o motor seja qual
for o seu regime de funcionamento.
E o que são esses dados? São informações sobre as condições e o estado a que
o motor está funcionando.
Como foi citado acima, Sensores, Central e Atuadores; são os principais membros
da injeção eletrônica:
Foto: Onlysurplus
3- Atuadores: Componentes controlados pela ECU que mantêm o motor em
funcionamento nas melhores condições possíveis.
Da mesma forma que os sensores informam situações “normais” para o motor, eles
também informam anomalias, então a central passa a ignorar o sinal do sensor que
informa a avaria e passa a buscar outra forma de manter o motor em
funcionamento, neste instante ela gera um código de avaria e acende a luz de
injeção no painel.
•Classificação
Claro que os sistemas de hoje são bem mais modernos e precisos, mas para
entender a injeção vamos conhecer a fundo como ela é classificada. Seis categorias
classificam os sistemas de injeção eletrônica, são elas:
3-Tipo de injeção:
Intermitente, Banco a Banco e Sequencial.
6-Tipo Ignição:
Dinâmica/Estática.
1. Tipo da Central de Processamento:
Os primeiros sistemas dotavam de duas centrais, uma para injeção analógica e
outra para injeção digital. Atualmente este sistema está em desuso, as centrais
concentram todas as funções em um módulo(digital) apenas, e mesmo assim ainda
reduziram de tamanho, chegando a comparar-se com um carteira.
3. Tipo de Injeção:
Intermitente –> Neste método de injeção todos as válvulas injetoras eram ativadas
ao mesmo tempo, do combustível injetado por elas apenas um dos jatos era
admitido pelo motor, os demais ficavam em “stand by” até que seu respectivo
cilindro entrasse no tempo de admissão.
O mais interessante desse método é o fato do combustível ficar em espera, quando
o cilindro entrava no tempo de admissão mais combustível era injetado, o que
representava um gasto maior de combustível.
Vale ressaltar que o sistema de injeção trabalha de forma diferente com o motor
frio e em temperatura de funcionamento. Na fase fria o sistema injeta combustível
sempre a cada 180º do virabrequim, ou seja, cada válvula injetora vai pulverizar
combustível quatro vezes a cada um ciclo de funcionamento do motor. A medida
que o motor alcança sua temperatura normal de trabalho a ECU reduz a
quantidade de injetadas, estabilizando em uma injetada a cada 360º do virabrequim.
O método intermitente já foi muito utilizado, carros nacionais como Gol GTI 1989(o
primeiro deles), Kadett GSi e Uno 1.6 MPI são exemplos.
Banco a banco –> Foi uma pequena evolução do sistema intermitente, só que
agora duas válvulas injetoras eram operadas simultaneamente, seguindo o mesmo
raciocínio, uma das injetada sera aproveitada e a outra ficava em espera. Cada
injetor pulverizava o combustível a cada 180º do virabrequim, e aos poucos a ECU
reduzia a quantidade injetada a medida que a temperatura do motor chegava a
ideal.
Amplamente utilizado no passado por ser “menos ineficiente”, caiu em desuso total
com a chegada do sistema sequencial.
Sequencial –> É o método mais moderno, embora seja mais caro que os outros,
domina o mercado devido a sua precisão e por reduzir ao máximo as perdas por
condensação no coletor de admissão. Contudo a ECU precisa de mais informações
sobre o motor, deve saber em que tempo cada cilindro está trabalhando, e
comanda cada válvula injetora separadamente para que no tempo certo o
combustível pulverizado seja admitido pelo motor.
Fluxo de ar: Este é um método direto, preciso e caro. Possui um medidor de fluxo
combinado com o sensor de temperatura do ar, e um sensor de pressão
barométrica. Os valores dos sensores são diretamente utilizados pela central para
calcular o tempo de injeção. As variações na pressão atmosféricas e densidade do
ar são detectadas pelo sensor de pressão barométrica e o de temperatura do ar.
Malha Fechada: Neste caso o sistema possui o controle total do motor, desde a
entrada de ar ar até a saída dos gases pelo escape. Atualmente os motores estão
sendo equipados com duas sondas Lambda, uma antes e depois do
catalisador(Padrão OBD BRII.)
6. Tipo de Ignição:
- Os sinais de entrada são os captados pelos sensores, são sinais analógicos que
variam entre 0 e 5 volts, tensão essa que é estável devido ao regulador de tensão
da ECU.
Posição da Borboleta de Aceleração, Rotação do motor, Pressão no Coletor de
Admissão(Speed Density), Quantidade da Massa de Ar.
1- Os sinais não podem ser analisados da forma que saem dos sensores, a ECU
só “entende” sinais digitais(010110 – números binários), desta forma um sinal de 0
volt ou 5 volts é convertido em um sinal digital de 8bits(256 combinações). Para
isso, as informações passam pelo Conversor A/D(Analógico/Digital) e logo após são
comparadas ao mapa de injeção presente na memória EPROM da central, a partir
daí a central compreende a necessidade do motorista e determina os sinais de
comando para os atuadores, por exemplo, a quantidade de tempo que os bicos
injetores ficaram abertos; o tempo de ignição, enchimento dos cilindros e o torque
desejado pelo motorista.
A central também está preparada para falhas, na verdade a central faz de tudo
para manter o motor em funcionamento, por isso, quando algo está errado a ECU
entra no chamado modo de Emergência.
O modo de emergência entra em ação quando a ECU por algum motivo recebe
sinais improváveis ou deixa de receber os sinais de algum sensor. Os valores
desses sinais são geralmente extremos, 0 e 5 volts(tensão muito baixa/alta).
Quando esta situação acontece a ECU grava um código de avaria na
memória(RAM) e imediatamente acende a luz-espia da injeção no painel indicando
falha no sistema.
2. Auto diagnóstico:
Para realizar tudo isso ele precisa ser conectado no conector de diagnóstico, que
tornou-se padrão(OBDII) para todos os veículos.
Foto : Autoentusiastas
Nos sistemas de injeção mais antigos existia outra possibilidade de ler o código de
avaria, era através do código lampejante.
Sistemas com essa função: Rochester Multec 700; Delphi Multec EMC, FIC-EEC IV,
Bosch Motronic M1.5.2 Turbo e Bosch Motronic M1.5.4.
03 – Sensor MAP
O MAP – Manifold Absolute Pressure é um dos sensores mais importantes dos
sistemas de injeção, principalmente os que trabalham com o método Speed/Density.
Funcionamento:
Nota: Se você leu as matérias anteriores, sabe que sinais extremos 0 ou 5 volts
geram códigos de falha, mas neste caso como o motor está parado, não há sinal
do Sensor de Rotação então a ECU não interpreta como uma falha.
O valor do fluxo da massa ar é um dos parâmetros que a ECU utiliza para calcular
a quantidade exata de combustível a ser injetada.
Sempre que vamos medir a pressão no coletor com um manômetro temos que
entender que o vácuo é a pressão medida pelo vacuômetro, claro. Mas isso se
deve ao fato do vacuômetro medir com base na pressão atmosférica local.
O MAP mede apressão absoluta com base no zero de pressão, logo chega-se a
conclusão: Pressão Absoluta = Pressão Atmosférica – Vácuo.
Sensor Combinado:
Agora você irá precisar de uma bomba de vácuo, coloque a mangueira da bomba
de vácuo no MAP. A finalidade da bomba é simular as situações de trabalho do
MAP, a medida que você aciona a bomba de vácuo você verá pelo multímetro a
variação da tensão que é enviada para ECU.
- psi(Libra por polegada quadrada): Força em libras que um fluído exerce sobre
uma área de 1 polegada quadrada.
- BAR(a palavra BAR vem do Baros, que significa peso): Força em newton(N) que
o fluído exercer sobre uma área de 1cm².
Devem ser manuseados com cuidado, pois são sensores muito precisos e sensíveis
a qualquer variação.
1.Potenciômetro;
2.Karman Vortex.
1. Sensor de Fluxo Volumétrico – Potenciômetro:
1. Palhetas(medição e amortecedora.);
2. Potenciômetro;
3. Mola de Retorno;
5. By-Pass;
Funcionamento:
O retorno da palheta de medição a sua posição inicial é garantido por uma mola
de retorno ligada ao eixo da palheta.
Calculo da ECU:
Para que a ECU chegue determine a quantidade de combustível a ser injetada, ela
precisa saber a massa de ar que entra no motor. Como o sensor informa o
volume, a ECU necessita de mais uma variável, a densidade do ar.
Há poucos exemplos de sistema com esse sensor no Brasil, porém sua diferença
para o sensor de fluxo tipo potenciômetro está apenas no princípio de
funcionamento.
Composto por:
•Gerador de Vórtice;
•Espelho;
Funcionamento:
Este efeito é chamado de Karman Vortex, pois Karman foi um estudioso que deu
continuidade as conclusões de Leonardo Da Vince sobre Vórtice.
Vale ressaltar uma coisa, como o sinal é proporcional a frequência, que por sua
vez é proporcional a velocidade do fluxo no coletor, a variação de 0 e 5volts é
muito rápida, apenas um multímetro convencional não será capaz de ler essa
tensão, o ideal é utilizar um Osciloscópio.
Em geral, a frequência em marcha-lenta é menos de 30hertz, mais a plena carga
pode chegar a 160hertz.
Aplicações:
Fio Aquecido:
Trata-se de um fio de platina com 70mm de diâmetro que fica exposto ao fluxo de
ar, uma corrente elétrica encarrega-se de manter o fio aquecido, mas a medida que
o ar flui passando pelo fio, este esfria.
A corrente elétrica no fio aumenta para compensar a perda de temperatura até que
o fio atinja o equilíbrio. O Valor da corrente elétrica que mantêm o fio em sua
temperatura de equilíbrio com o fluxo de ar é diretamente proporcional a massa de
ar que passa pelo fio, a corrente é convertida em tensão de saída para ECU que
irá analisar o valor encontrado.
Filme Aquecido:
Funcionamento do Sensor:
O sinal que é enviado para ECU é utilizado para determinar a carga do motor, o
quantidade de combustível a ser injetada(principal), quando vai ocorrer a centelha
da vela de ignição e em veículos automáticos ajuda a determinar o momento de
um mudança.
Aplicações:
Sistemas:
• Di – Motronic;
• Me – Motronic.
06 – Funcionamento do Sensor de Posição da
Borboleta
Nas matérias anteriores estudamos os sensores que monitoram o ar que entra no
motor MAP, MAFe o Medidor de Fluxo Volumétricoposiçãoda Borboleta de
Aceleração.
O circuito do sensor possui três linhas, ou seja, o sensor possui três pinos, um
negativo(terra), positivo de referência e o positivo de saída.A unidade envia um sinal
de referência de 5volts, que passa pelo resistor fixo dentro da mesma e que está
ligado em série com o potenciômetro(divisor de tensão). As alterações do
potenciômetro são diretamente enviadas a ECU.
Além disso, esse sistema também contava com Interruptor de Borboleta, sua função
era informar a ECU à que carga o motor está operando, para isso o sistema
contava com platinados. Quando o primeiro dos platinados fechava indicava que o
motor estava em marcha-lenta, em carga parcial os dois platinados fechavam e à
plena carga apenas o segundo platinado fechava.
Sistemas:
Bosch Monomotronic;
Bosch Le Jetronic.
07 – Sensor de Temperatura do Motor
Informar a temperatura do motor. Esse é o pensamento que passa pela cabeça de
muitos profissionais da reparação automotiva. Muito além do que informar a
temperatura do Fluído de Arrefecimento no painel do veículo, o Sensor de
Temperatura(CTS – Coolant Temperature Sensor) fornece para a ECU uma
informação fundamental para a mesma executar diversas estratégias de
funcionamento do motor.
Em geral, localiza-se no cabeçote, a parte mais quente motor. Com sua ponta
resistiva em contato com o fluído de arrefecimento, o sensor reage às alterações de
temperatura do fluído variando sua resistência, logo a tensão de saída para ECU
também varia.
Complexo e sensível, todo o circuito deste sensor possui uma blindagem especial
contra interferências externas e do próprio sistema elétrico e eletrônico do motor.
Na maioria dos caso o sensor está aparafusado no bloco do motor, por ser
sensível, possui um torque específico para tal, geralmente 2mkgf.
1. Controle de detonação:
ideal é trabalhar em cima deste fator para evitá-lo ao máximo, apenas atrasando o
ponto de ignição consegue-se evitar a detonação, mas por outro lado temos perca
desempenho, aumento no consumo de combustível e emissão de poluentes. Então
a ECU passa a realizar um controle em malha-fechadada detonação chamado,
Regulagem de Detonação.
O teste do sensor de detonação pode ser feito pelo Multímetro, mas para isso você
deve ter o manual do fabricante para verificar se os sinais estão corretos. Outro
teste muito comum é o feito com o Osciloscópio, neste o sinal do sensor e
sincronizado com os sensores de fase, pms e rotação, com essa ferramenta
podemos saber em qual cilindro ocorreu e detonação.
09 – Sensor de Fase, complementando o sinal de
Rotação
No post anterior você viu como a informação do Sensor de Rotação importante
para o motor, tão vital que sem ela – na maioria dos casos – , o motor pode não
entrar em funcionamento. No entanto, apenas a informação da posição da Árvore
de Manivelas pode não ser suficiente para um controle mais preciso(nos detalhes
mesmo.) do trabalho do motor, e para suplementar este controle, existe o Sensor
de Fase.
A principal função do Sensor de Fase motor, para que a ECU possa efetuar mais
precisamente a injeção sequencial de combustível. Isso é feito obtendo a posição
do eixo do Comando de Válvulas.
Nesta aplicação o comando de válvulas possui uma pequena extensão, nela esta
localizado o ressalto de referência que gira solidário ao comando. Dependendo do
sistema a quantidade de ressaltos(ou dentes.) pode variar.
O sinal enviado a ECU é uma tensão alternada, considerando que nesse sistema
há apenas um ressalto, teremos então apenas um pico de tensão a cada volta do
virabrequim, 12Vac. Em um osciloscópio o gráfico do sensor de fase é semelhante
ao de rotação(indutivo.).
O conector do sensor possui três pinos, positivo referência(5 ou 12volts), massa e o
positivo de sinal para ECU.
O rotor possui quatro janelas, sendo três iguais e uma maior. Está ligado ao eixo
do distribuidor e gira solidário a este, que por sua vez também gira na mesma
velocidade do comando de válvulas. Quando a janela está entre o sensor e o imã,
o fluxo de campo é máximo por um período de tempo, logo quando a janela maior
está entre o sensor e o imã, o fluxo é máximo também, mais por um período de
tempo maior, esse período é a referência que a ECU utiliza para saber em que
fase encontra-se o primeiro cilindro do motor.
Analisando o sinal do sensor em um Osciloscópio percebemos que trata-se de um
sinal de onda quadrada(12Vdc), podemos também com o osciloscópio comparar os
gráficos dos sinais de rotação e fase para verificar se estão regulados
eletronicamente, por isso nem sempre devemos sair desmontando a correia quando
percebemos alguma falta de sincronia.
O sensor de fase tipo efeito Hall não foi utilizado apenas nos sistemas com Ignição
Dinâmica, também são aplicados em sistemas com Ignição Estática, por exemplo,
em motores da série EA da Volkswagen. São semelhantes ao indutivo, mas
funcionam seguindo o princípio do efeito Hall.
Toda essa importância se deve ao fato de sua informação ser base para todo o
sincronismo entre o sistema de injeção(tempo de injeção) e ignição(avanço ou
atraso da centelha.).
Outro fator que pode influencia na leitura do sensor, é a distância para a roda
dentada, atualmente os novos sistemas utilizam sensores com posição fixa, mas em
sistemas mais antigos a posição do sensor era regulável. A distância é determinada
pelo fabricante.
O terminal do sensor pode ter 2 ou 3 pinos, caso possua dois pinos, um será o
positivo(5 ou 12 volts) e o outro será o sinal negativo para ECU, porém, como o
sensor indutivo é mais sensível ele precisa estar protegido das interferências
externas, neste os dois fios são trançados para criar um tipo de “blindagem
magnética”.
Sendo um terminal de três pinos, o terceiro é um fio de blindagem feito de cobre,
alumínio e poliéster ligado em algum ponto de aterramento.
Composto por Imã, Circuito integrado Hall e Rotor metálico. Dentro distribuidor o CI
está disposto de frente para o imã, os dois componentes são fixos, mas separados
pelo rotor metálico que possui quatro janelas(aberturas.). O rotor está fixado ao eixo
do distribuidor, que por sua vez está engrenado com o Eixo do Comando de
Válvulas, assim o rotor gira na mesmo velocidade do eixo de cames. Quando em
movimento, o rotor ora obstrui ora abre passagem para o fluxo magnético entre o
imã e o sensor.
Neste tipo de sensor de rotação existem três fios, o sinal positivo(12volts ou 5volts),
sinal negativo para ECU e o fio de aterramento, este é blindado para evitar
interferências com o meio externo.
O sensor indutivo trabalha com tensão alternada, possui um sinal muito parecido
com uma curva senoidal, é analógico, e necessita do conversor AD para que a
ECU interprete sua informação.
No sensor hall localizado no distribuidor a variação de tensão ou é máxima, ou é
nula, sendo então um sinal de onda quadrada (Nos sensores hall utilizados
atualmente esse sinal precisa ser convertido em digital.). No caso do sensor no
distribuidor a informação digital para ECU dispensa a passagem pelo conversor AD.
Contudo tornou-se obsoleto frente a Ignição Estática.
Para que um motor funcione basta que se tenha uma boa quantidade de massa de
ar, um pouco de combustível e claro, a centelha da vela de ignição(lembrando que
estamos lendo sobre injeção de motores otto!). O motor certamente irá funcionar,
mas para que esse motor funcione eficientemente a proporção de ar e combustível
deve ser ideal.
Parece estranho, mas embora o sistema esteja sempre buscando a mistura ideal de
ar e combustível, a variação do λ nos mostra que o termo “mistura ideal” nem
sempre é o propício para determinadas situações. O sistema precisa variar a
quantidade de ar admitido para mais ou para menos buscando atender as
necessidades impostas ao motor.
Analisando o gráfico fica mais fácil de compreender que, não existe valor ideal, e
sim o lambda adequando a situação exigida. Para se extrair boa potência sem
sacrificar o consumo de combustível, o sistema empobrece levemente a
mistura(λ>1), note que a relação ar/combustível já é um pouco maior.
Mas quando a situação exige força total, tudo muda, o sistema passa a trabalhar
com a mistura levemente rica para extrair o máximo de potência possível do motor.
- Carbonização: Seja ela seca ou úmida, uma parte do detrito originado das
queimas imperfeitas do combustível, ao serem expulsos no tempo de escape,
contaminam a sonda interferindo no seu sinal.
A sonda lambda foi definitiva para completar o controle do sistema de injeção sobre
os gases de escape, indiretamente ela ajuda a proteger o Catalisador de compostos
agressivos e combustível queimado parcialmente. Comprovada sua eficiência, foi
introduzida mais uma sonda ao sistema, esta localiza-se após o catalisador
atendendo ao novo padrão OBD-BRII.
O tempo de vida útil deste sensor é indeterminado, mas você pode contribuir para
o seu bom funcionamento abastecendo em postos de confiança, realizando a
manutenção preventiva no tempo certo e utilizando o óleo especificado pelo
fabricante.
12 – Relés, atuadores importantes
Com certeza já nos perguntamos sobre o pequeno som que vem de dentro do
painel do veículo quando acionamos o pisca, alerta ou damos um lampejo de luz
alta. Trata-se do Relé, um componente eletromecânico do sistema elétrico do motor
e que também faz parte do sistema de injeção eletrônica, neste, o relé é
considerado um atuador.
Não se engane pelo seu tamanho, esta caixinha tem a importante função de
acionar grandes componentes elétricos dispondo apenas, da pequena corrente do
sistema elétrico de um automóvel – 1 miliampere.
1. Componentes do Relé :
- Bobina – Coil;
- Armadura – Armature;
- Contatos – Contacts;
- Mola de retorno – Spring;
- Pinos – Yoke.
Caso um dia você tenha a oportunidade de abrir um relé, verá algo semelhante a
foto acima.
De cara nota-se a presença da bobina, fios de cobre enrolados sobre um núcleo
ferro magnético maciço que estão ligados a dois terminais. Próximos a bobina estão
a armadura e o par de contatos, estes por suas vez se ramificam em dois
terminais(entenda terminais como pinos.). Quando a bobina é energizada o campo
magnético criado faz deslocar armadura, fechando o contato, e acionando o
componente a que o relé é destinado. O contato de um relé pode ser normalmente
aberto(NA) ou fechado(NF).
- Diodo : Nos relés automotivos é comum o emprego de diodos, eles são ligados
em paralelo a bobina e evitam o retorno de corrente quando ocorre a desativação
da bobina.
2. Funcionamento do Relé :
Quando o motorista gira a chave no contato, ele libera alimentação positiva para
um dos contatos da bobina do relé(na linha automotiva é geralmente o pino 86 do
relé.), ao mesmo tempo a ECU libera pulsos negativo ao outro contato da bobina
do relé(pino 85), desta forma a bobina é energizada.
3. No sistema de injeção :
4. Tipos de Relé :
Como você pode observar os relé são componentes que combinam princípios
elétricos à um acionamento mecânico, é um switch – interruptor, porém sua maior
vantagem é preservar o sistema na necessidade de acionar um componente de alta
intensidade de corrente, com o pequeno sinal de sistema elétrico 12v de um
automóvel, cerca de 0,5 miliamperes; fazendo dois circuitos onde um encontra-se a
bobina e o outro a ligação ao respectivo componente.
Com a incessante busca pela máxima eficiência dos motores, o controle mecânico
do corpo aos poucos foi sendo substituído. Passando a ser um atuador
eletromecânico, pois um motor elétrico de corrente continua atua sobre
engrenagens, onde uma destas está ligada ao eixo da borboleta.Também integrado
ao corpo está o sensor TPS(Sensor de Posição da Borboleta de Aceleração.) que
monitora a abertura da válvula, este sensor faz parte de um controle integrado do
acelerador eletrônico – que já foi falado aqui.
Embora não pareça, a limpeza do corpo é uma atividade que exige alguns
cuidados, o uso de solventes e do conhecido Car80 requer atenção no momento da
aplicação do produto. O objetivo do produto é dissolver a goma e a carbonização
provenientes dos vapores de óleo(Suspiro do motor.) e combustível(válvula de purga
do Canister.) que por ali fluem.
Por muito tempo aplicava-se o Car80 diretamente no corpo de borboletas com o
motor em funcionamento, acontece que todo aquele produto que por ventura era
queimado pelo motor, oxidava atuadores e desgastava as mangueiras, não raro o
motor apresentava problemas pouco tempo depois de aplicado o produto.
O procedimento correto para limpeza é retirar o corpo do coletor e efetuar a
limpeza manualmente, pode sim usar produtos como Car80 e semelhantes, mas
deve-se atentar para que o produto não entre em contato com o sensor do posição
da borboleta. A posição na qual o spray é aplicado é muito importante, para evitar
que o mesmo escorra pelo eixo da válvula borboleta e oxide o selo de vedação do
eixo, a consequência disso é que o sistema terá uma entrada falsa de ar, sem falar
na possibilidade de que o fluído adentre no corpo, o ideal é que o corpo seja limpo
em posição vertical, com o sensor virado para cima aplique o produto para que o
mesmo escorra para baixo.
Crédito Fotos :
1.Função:
2. Funcionamento/Tipos:
Este atuador funciona de acordo com a necessidade do motor, seja em
marcha-lenta, seja em momentos de resposta imediata. Basicamente constitui-se de
um desvio(By-pass) do fluxo de ar do corpo de borboleta. O fluxo de ar pelo desvio
é controlado pela ECU que ativa o Atuador de
Hidropneumático:
Funciona através do vácuo criado pelo motor juntamente com a ação de um
solenoide.
Temos que considerar também, que o tubo oco é fechado pelo pistão de controle
do solenoide, que por sua vez é controlado pela ECU. Quanto maior a ação da
ECU no solenoide, maior a passagem de ar, pois o pistão de controle ficará mais
retido permitindo que o obturado avança mais, e o contrário quando se tem menos
ação da ECU.
Problemas:
É muito comum que os orifícios que desviam o ar para o atuador, e até o próprio
atuador fiquem obstruídos por sujeiras provenientes da carbonização do motor, este
problema pode ser uma das causas de uma marcha-lenta irregular ou estacamentos
em determinados momentos de funcionamento.
Manutenção:
Teste do Atuador:
O teste acima é manual, e não pode ser generalizado a todos os carros, alguns o
ideal é efetuar o teste via scanner e verificar seus resultados.
Outro teste comum, é medir com o Multímetro na opção Ohmímetro a resistência do
motor, lembre-se que deve ser feito com o mesmo estando desligado, e para
melhor diagnóstico, estando de posse de um manual técnico para comparar os
resultados.
15 – Válvula de Purga do Canister
Nos anos 90 foi adicionado aos veículos alguns componentes com o objetivo de
diminuir os índices de emissões de poluentes. Sabendo que além do motor, uma
das fontes de emissão de gases em um veículo é o próprio tanque de
combustível(pois o vapor do combustível contido neste era liberado para atmosfera),
foi desenvolvido o sistema EEC(Evaporative Emission Control) fazendo parte do
sistema de injeção eletrônica. Atualmente os gases do tanque são filtrados e
reaproveitados.
Função:
Não seria interessante a injeção desse plus de combustível, tendo em vista que o
consumo aumentaria e o índice de emissões também. É a válvula de purga quem
mantêm os vapores no filtro canister quando o motor está desligado e enquanto a
ECU não determina quando os vapores devem ser reaproveitados.
Como funciona ?
Principais falhas:
Foto Engineering Uk
Este é um sistema que futuramente equipará todos os carros nacionais, pois sua
superior eficiência de queima consegue extrair mais energia da queima do
combustível, e ainda ser mais econômico e menos poluente.
A válvula injetora de alta pressão possui três partes básicas : Carcaça com
conector elétrico e bobina, induzido acoplado a agulha móvel e assento de válvula.
Novamente a corrente que flui na bobina cria um campo magnético que movimenta
o induzido-agulha para dentro, então o combustível é liberado com pressão superior
a da câmara de combustão para que seja possível este entrar de forma pulverizada
dentro da câmara.
Nota: A designação bico injetor está sendo muito utilizada para o componente que
injeta o diesel nos motores diesel, devido a isso fica mais conveniente chamarmos,
no caso de motores OTTO, de válvula injetora ou eletroválvula.
17 – Válvula EGR
No sistema EGR(Exhaust Gases Recirculation em Inglês) uma válvula está
encarregada de liberar ou bloquear o fluxo dos gases de escapamento para o
coletor de admissão. É o principal componente do sistema, pois determina o fluxo
de recirculação de gases de escapamento para o motor, e por consequência, a
carga do motor.
Existem dois tipos de válvula EGR utilizados atualmente, a principal diferença entre
ambas é sua forma de controle, pois algumas não são diretamente controladas pela
ECU. Nesses caso existe um atuador “fornecedor de vácuo” para a válvula EGR
funcionar, e este sim, é controlado pela ECU. Os dois tipos de válvula EGR são:
1.Diafragma Único;
2.Diafragma duplo e contrapressão positiva(Positive Backpressure);
3.Diafragma duplo e contrapressão negativa(Negative Backpressure);
1.Linear;
2.Digital.
Válvula EGR Dual Solenoide
URL do vídeo:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=xmxls1x0qC0
Este é o tipo de válvula EGR mais antigo, e mais simples. Basicamente ela
consiste de um diafragma ligado a um eixo com uma válvula cônica em sua ponta.
O diafragma da válvula a divide em duas câmaras, superior e inferior. Na câmara
superior existe uma uma mola em cima do diafragma e um tubo de “fonte de
vácuo”, que liga a válvula ao Coletor de Admissão do motor.
O eixo metálico e a válvula cônica se movimentam de forma a liberar ou cessar o
fluxo de gases para o coletor de admissão.
O controle de vácuo desta válvula pode ser feito por um interruptor térmico, ou por
um atuador solenoide controlado pela ECU.
Foto: Thirdgen
O diafragma inferior é pressionado para cima por uma mola em baixo dele e fixa a
uma placa, fechando a passagem de ar pelo furo central do diafragma superior.
Como a câmara superior esta totalmente selada, o diafragma superior desloca-se
para cima, e levanta o eixo oco juntamente com a válvula cônica, ou seja, a
válvula EGR está aberta e liberando gases de escape para o coletor de admissão.
A válvula EGR neste momento não sofre mais ação da depressão no coletor de
admissão, então a mola inferior volta a agir sobre o diafragma inferior,
empurrando-o para cima e fechando o furo central do diafragma superior.
Resumindo, a válvula EGR fica em repouso, com a sua porção superior
completamente fechada(vácuo) e aguardando a ECU comandar o atuador fornecedor
de vácuo para reiniciar o processo.
•Base;
•Solenoide;
•Armadura.
Trata-se de uma válvula mais precisa e rápida, pois permite a ECU uma amplitude
maior de controle do fluxo de recirculação dos gases de escape. Existem dois tipos
básicos de válvula EGR Digital:
•Duplo Solenoide(Dual-Solenoid);
•Triplo Solenoide(Tripe-Solenoid.
A Válvula de Duplo Solenoide, como o próprio nome diz possui dois solenoides,
além de duas armaduras, dois eixos e uma base. Para vedação utiliza-se uma
placa e uma junta de vedação para garantir que os gases de escape não vazem.
Na base existem dois orifícios de tamanhos diferentes, um maior e outro menor.
Com esse conjunto, a válvula de duplo solenoide. tem a capacidade de três níveis
de fluxo de recirculação. Sendo dois fluxos com um orifício aberto(maior ou menor)
e outro com os dois orifícios abertos, onde as capacidades de fluxo se somam.
2. Tipos de ventiladores:
•Ventiladores Elétricos;
•Ventiladores Guiados.
Ventiladores Elétricos:
Foto: Radiador com motor elétrico montado atrás, o ventilador puxa o ar externo
forçando este a passar pelo radiador, e então o quente vai para dentro do cofre do
motor.
Ventiladores Guiados:
Então foi desenvolvido o chamado Ventilador com Acionamento Viscoso, que nada
mais é do que um sistema que utiliza embreagem viscosa. Os principais
componentes desse sistema são:
•Disco primário;
•Disco intermediário;
•Válvula de liberação;
•Elemento bimetálico.
Na embreagem do ventilador, o disco intermediário a divide em duas câmaras, de
alimentação e de serviço, dentro da câmara de serviço está o disco primário, que
gira conforme a velocidade do motor.
Quando a temperatura do fluído de arrefecimento contido no radiador está baixa, o
ar que passa por este chega ao elemento bimetálico, mas devido a baixa
temperatura não é suficiente para exercer alguma influência nele. No entanto,
quando motor atinge altas temperaturas, a temperatura do fluído de arrefecimento
troca de calor com o ar que passa pelo radiador, o ar quente chega ao ventilador
do radiador, e entra em contato com o elemento bimetálico; este bimetálico
geralmente está disposto em forma de espiral; o contato com o ar quente faz o
bimetálico sofrer uma deflexão, e isto causa a ativação de uma válvula.
Esta válvula localiza-se entre as câmaras de alimentação e serviço, ao abrir, a
válvula libera o fluxo de fluído de serviço para a câmara de serviço, este fluído
altamente viscoso transmite o torque do motor para o disco intermediário, fazendo o
ventilador girar. A velocidade de rotação será definida pela quantidade de fluído
viscoso liberado, provendo arrefecimento adequado ao regime de trabalho do motor
no momento determinado.
O elemento bimetálico interpreta a temperatura que sai do radiator como sendo a
temperatura da água contida no radiador, e então a partir disso o ventilador é
ativado ou não.
Foto: Turboservis
• In tank;
• In line.
•Bomba de roletes;
•Bomba centrífuga;
•Bomba de engrenagem.
Foto: infomotor.com.br
Quando a regulador de retorno localiza-se no tubo distribuidor, o excesso de
combustível que chega ao tubo retorna ao tanque por um duto de retorno após a
abertura do regulador de pressão. Esta configuração possui a desvantagem do
combustível esquentar durante o retorno do motor para o tanque, aumentando a
temperatura do combustível no tanque, gerando mais vapores de combustível e
menor autonomia do motor.
•Reservatório;
•Bomba elétrica;
•Pré-filtro;
•Filtro;
•Conexões elétricas.