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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO

JEAN CARLOS DE SOUZA ALVES

PORTFÓLIO
CICLO III – ANTROPOLOGIA, ÉTICA E CULTURA

Barretos/SP
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2019
JEAN CARLOS DE SOUZA ALVES

PORTFÓLIO
CICLO III – ANTROPOLOGIA, ÉTICA E CULTURA

Portfólio apresentado ao Centro Universitário


Claretiano, curso de Licenciatura em Biologia,
como atividade exigida durante os ciclos de
aprendizagem.

Orientador: Prof. Hélio Aparecido Alves de


Oliveira

Barretos/SP
2019
1
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ pág. 3


DESENVOLVIMENTO ................................................................................................... pág. 3
CONCLUSÃO .................................................................................................................. pág. 3
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. pág. 4

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1. INTRODUÇÃO:
Vida Maria se trata de um curta metragem produzido em 2007 pelo diretor brasileiro
Marcio Ramos. A obra narra a história de Maria José, uma menina de cinco anos de idade,
que mora no sertão cearense. A garota é forçada pela mãe a largar os estudos e trabalhar.
Durante o enredo, Maria José cresce, concebe muito filhos e envelhece. O filme foi feito
em animação 3D e teve repercussão mundial, ganhando mais de cinquenta prêmios em
festivais de cinema nacionais e internacionais.

2. DESENVOLVIMENTO:
O filme não retrata apenas um, mas no mínimo dois problemas sociais, a saber:
 O trabalho infantil, em que a menina teve que deixar os estudos, mais
especificamente a parte de alfabetização, pois para a mãe, estudar era perda de
tempo segundo a cultura na qual ela havia sido criada;
 O machismo arraigado no contexto familiar, pois o filme mostra que os homens
tinham mais liberdade em relação às mulheres. O sexo feminino estava destinado
apenas à duas funções: os serviços domésticos, inclusive os mais pesados como o
fornecimento de água, e a geração da prole.
O nome Maria, que se repete diversas vezes no caderno de escrita, foi utilizado como
elemento para figurar a tradição familiar que é passada de geração em geração. Ou seja,
qualquer criança do sexo feminino que nascesse estava predeterminada a viver o mesmo tipo
de vida que seus antepassados de mesmo gênero.

3. CONCLUSÃO:
Por ser o homem um ser espiritual, ele é dotado de volição, interesses e tem um
projeto de vida. Todo homem é livre, segundo a condição da dimensão espiritual, para
decidir qual vida viver, tomando em conta aquilo que o fará transcender diante suas
limitações. No entanto, o homem não vive só. Por ser individual, ele também é um ser
social, voltado à preocupação com o outro, visando o bem comum. Portanto, ao planejar
seu projeto de vida, o homem deve levar em consideração a alteridade, evitando ser um
indivíduo extremamente egoísta, sendo que seu projeto de vida exercerá influências de
algum modo às outras vidas.
Por ser uma criança, acredita-se que Maria José não poderia ter feito nada ao seu
próprio favor, pois dentro de casa a criança não tem voz ativa para opinar sobre qual vida
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será melhor para ela viver. Por mais que ela tenha desejado dar prosseguimento aos
estudos e quebrar os paradigmas daquela sociedade, era sua mãe quem outorgava aquilo
que ela deveria escolher como projeto de vida. A expressão facial da mãe de Maria José
denota um sentimento de vingança, talvez dando a ideia de que se ela assim sofreu, sua
filha deveria sofrer assim também para descontar todos os seus ressentimentos.
Mesmo que Maria José se recusasse a engravidar, ela não poderia escolher outra rota,
visto que aquela cultura já estava enraizada em seu coração desde a infância e somente o
processo de educação poderia libertá-la deste pensamento sem horizontes. Porém, a
mesma foi impedida de estudar e não teve a oportunidade de se libertar. Se seus pais
tivessem estudado, com certeza adotariam uma outra cosmovisão, deixando as tradições
antigas para viver um outro modo de vida. Mas estes também não tiveram tal privilégio.
Portanto, trata-se de uma triste realidade brasileira que perdura em alguns pontos da
região nordeste até os dias de hoje. Se o governo estivesse mais comprometido em mudar
a realidade socioeconômica desses nobres trabalhadores e buscar a inserção total das
crianças nas escolas, provavelmente a realidade hoje seria outra. Por isso não se culpa aos
pais por não terem outra opção, tampouco as crianças que são vítimas desse processo. Mas
que caiba à gestão nacional sobre o que fazer para que esse problema seja erradicado.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Disponível no site YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=yFpoG_htum4,
acessado em Maio de 2019.

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