Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
[1][2]
Entre os judeus é chamado de Torá, uma palavra da língua hebraica com significado associado ao
ensinamento, instrução, ou literalmente Lei, uma referência à primeira secção do Tanakh, os
primeiros cinco livros da Bíblia hebraica, cuja autoria é atribuída a Moisés. Os judeus também
usam a palavra Torá num sentido mais amplo, para referir o ensinamento judeu através da
história como um todo. Neste sentido, o termo abrange todo o Tanakh, o Mishná, o Talmude e a
literatura midrash. Em seu sentido mais amplo, os judeus usam a palavra Torá para referir-se a
todo e qualquer tipo de ensino ou filosofia.
Índice
1 Autoria
2.1 Génesis
2.2 Êxodo
2.3 Levítico
2.4 Números
2.5 Deuteronômio
3 Ver também
4 Referências
5 Bibliografia
Autoria
A Edição Pastoral da Bíblia sustenta que o Pentateuco tem origem na tradição oral e foi escrito
durante seis séculos, reformulando, adaptando e atualizando tradições antigas e criando novas.
[3]
Julius Wellhausen (1844-1918) sustenta que o Pentateuco é uma obra redacional, composta de
quatro diferentes tradições (documentos): a javista com textos compostos na época da
monarquia (950 a.C.), a Eloísta com textos posteriores ao ano 750 a.C., a deuteronomista com
textos escritos aproximadamente no ano 600 a.C. e a sacerdotal com textos escritos no Cativeiro
Babilônico (por volta do ano 500 a.C..[4][5]
Quem é o gênio literário desta artística obra prima - Pentateuco, é a pergunta que se tem feito
há séculos. Como pudemos verificar nos capítulos anteriores, começando com o triunfo do
deísmo na década de 1790, e continuando através da época do dialeticismo hegeliano e do
evolucionismo darwiniano no século XIX, o veredito tem sido contrário à autoria mosaica. No
século presente, algumas concessões têm sido feitas por alguns estudiosos, quanto à
possibilidade de alguns fios de tradição oral terem sido oriundos de Moisés, mas quanto à forma
escrita, a tendência tem sido fazer do Pentateuco uma obra pós-exílica.
A visão tradicional sobre a origem do Pentateuco é que foi composto por Moisés entre os anos
de 1446 a.C. e 1406 a.C aproximadamente. Como pudemos ver a autoria do Pentateuco vem
sendo colocada por parte de alguns críticos como não sendo de Moisés, alegando que quando as
Escrituras se referem a Moisés como autor apenas lhe atribui uma figura de protótipo de
legislador. A religião judaica sempre considerou o Pentateuco como obra de Moisés, da mesma
forma, tradições pagãs e também o cristianismo primitivo e posterior.
Alguns estudiosos atribuem somente o decálogo como sendo de autoria de Moisés, outros
inserem o código da Aliança. Ainda, a ausência do nome do autor harmoniza-se com a prática do
Antigo Testamento em particular, e com as obras literárias antigas em geral. No antigo Oriente
Médio, o “autor” era basicamente um preservador do passado, limitando-se ao uso de material
e metodologia tradicionais.[6]
Livros do pentateuco (Torá)
Génesis
Primeiro livro da Bíblia. Narra acontecimentos, desde a criação do mundo, na perspectiva judaica
(o chamado "[[relato do Gênesis"), passando pelos patriarcas hebreus, até à fixação deste povo
no Egito, depois da história de José.
Êxodo
O livro conta a história da saída do povo de Israel do Egito, onde foram escravos durante 430
anos. Narra o nascimento, a vida e o ministério de Moisés diante do povo de Israel, bem como o
estabelecimento da Lei e a construção do Tabernáculo. Mostra o início de um relacionamento
entre o povo recém-saído do Egito e Deus através de uma aliança proposta pelo próprio Deus. É
a organização do judaísmo.
Levítico
Basicamente é um livro teocrático, isto é, tem caráter legislativo; apresenta em seu texto o ritual
dos sacrifícios, as normas que diferenciam o puro do impuro, a lei da santidade e o calendário
religioso entre outras normas e legislações que regulariam a religião.
Números
Este livro é de interesse histórico, pois fornece detalhes acerca da rota dos israelitas no deserto e
de seus principais acampamentos. Pode ser dividido em três partes:
O recenseamento do povo no Sinai e os preparativos para retomar a marcha (1-10:10). O
capítulo 6 relata o voto de Nazireu.
A história da jornada do Sinai até Moabe, o envio dos espiões e o relato que fizeram, e as
murmurações (oito vezes) do povo contra as dificuldades do caminho (10:11-21:20).
Deuteronômio
Contém os discursos de Moisés ao povo, no deserto, durante seu êxodo do Egito à Terra
Prometida por Deus. Os discursos contidos nesse livro, em geral, reforçam a ideia de que servir a
Deus não é apenas seguir sua lei.
O título provém do grego e quer dizer: "Segunda Lei", ou melhor, "Repetição da Lei". Em Êxodo,
Levítico e Números, as leis foram dadas, conforme a necessidade da ocasião, a um povo
acampado no deserto. Em Deuteronômio, essas leis foram repetidas a uma geração que, dentro
em breve, moraria nas casas, vilas e cidades da terra prometida.