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Resumo da Disciplina Antigo Testamento

Wanderson Souza, turma pós-teologia, 2018

O texto busca apresentar a Bíblia Hebraica fazendo uma relação com a bíblia cristã dentro do
âmbito literário e o processo de produção, e no tocante as pesquisas relacionadas aos Profetas
Anteriores/Livros históricos.
Na primeira unidade verificamos uma diferença no conteúdo do cânon judaico para a bíblia
grega, cânon católico e cânon protestante. Tal diferença se dá porque o cânon judaico,Tanak, chama de
Nebi´im (Profetas anteriores e posteriores) a seção dos livros históricos.
Não poderia deixar de observar que que o cânon judaico difere e muito de outros canônes,
entretanto há similaridade em outras seções porquanto “os livros Yehoshua, Shophetim, Shemuel e
Malaki se identificam com os livros Josué, Juízes, 1-4 Reis do cânon grego; e com o livros Josué,
Juízes, 1-2 Samuel e 1-2 Reis do cânones católico e protestantes”.
Na secção dos Nebi’im não encontramos alguns livros que estão dispotos nos demais cânones
cristãos. Alguns livros tais como: Esther e Daniel, por exemplo, estão dispostos na secção que a Tanak
chama de Kebutim.
Vale ressaltar que o texto nos mostra que as divergências encontradas nos Cânones das Bíblias
cristãs está na cessão dos livros históricos. Tanto os livros de Samuel quanto os de Reis aparecem no
cânon grego, porém, nomeados como 1, 2, 3 e 4 Reis, porquanto, para os organizadores abrangem
obras no tocante a monarquia em Israel. Já Crônicas e Esdras e Neemias no cânon católico e protestante
são apresentados na Vulgata por: paralipômenos e 1 e 2 Esdras.

De forma bem didática, através de figuras e tabelas comparativas, o texto apresenta uma visão
muito abrangente da literatura dos dos livros históricos de Israel, apresentando desde “o assentamento
de Israel na Palestina por volta do século XII AC até a deportação das elites de Judá mo ano de 586
aC”.
Um ponto de grande observação visado pelo texto são as hipóteses do Tretateuco, Hexateuco e
Eneateuco, que trata-se da relação entre a Torah e os livros históricos.
O texto nos apresenta o Tetrateuco e o Eneateuco. O Tetrateuco é a hipóteses surgida a partir da
relação entre os livros de Deuteronômio e Josué e que afastava o Deuteronômio do Pentateuco. O
Eneateuco, a hipótese surgida a partir da relação entre os livros de Deuteronômio e Josué que aproxima
o Deuteronômio à história de Israel.
O texto também foca no que é chamado de Obra Historiográfica Deuteronomista (OHD) que nos
leva para para além de uma análise canônica e nos lança a uma pesquisa bíblica referente a teoria
literária, “Assim a OHD seria uma teoria correspondente aos livros históricos no âmbito da teoria
literária”. Desta forma, quando no cânon cristão falamos de Livros Históricos, ou no cânon judaico:
Profetas anteriores falamos de uma OHD.
Os pesquiadores Finkelstein e Silberman afirmam:
Nós focalizaremos o Judá do final do século VIII e do século VII AEC, quando este processo literário começou para
valer, e argumentaremos que a maior parte do Pentateuco é uma criação da monarquia recente, elaborado em defesa
da ideologia e necessidades do reino de Judá, e, como tal, está intimamente associado à História Deuteronomista. E
nos alinharemos com aqueles estudiosos que argumentam que a História Deuteronomista foi compilada,
principalmente, no tempo do rei Josias [640-609 AEC], para oferecer uma legitimação ideológica para ambições
políticas e reformas religiosas específicas" (FINKELSTEIN, SILBERMAN, 2001, p. 14).
O autor apresenta de forma introdutória os livros citados na Obra historiográfica Deuteronomista
(Js-Rs). No cânon judaico foram chamados de profetas anteriores e nos cânones grego, católico e
protestante foram chamados de livros históricos.
A partir deste momento o texto nos apresenta cada livro dentro de alguns pontos e alguns deles
são: Nomenclatura, autor, conteúdo e assim por diante.
Quanto a nomenclaturas, o texto visa mostrar que uma antiga tradição em hebraico era de os
livros serem intitulados pelas primeiras palavras do texto, porém, alguns livros sairam desta forma, tal
como josué e Juízes, por exemplo, pois as nomenclaturas dos livros orientais se baseiam nas primeiras
palavras dos livros (CHOURAQUI, 1995, p.13-14)
No tocante ao livro de Josué, o texto discorre sobre alguns outros pontos como: Teoria da
Conquista, Conteúdo e Teoria da Imigração, que apresenta algumas particularidades e pontos de
atenção que nos leva a refletir sobre alguns aspectos historicamente e politicamente peculiares ao livro.
Da mesma forma, o livro de Juízes é apresentado, contudo sobre alguns aspectos diferentes, um
deles seria a autoria e alguns estudos que visam lançar luz sobre o mesmo, desta a tradição talmúdica
quanto também ao nome do livro que difere da tradição hebraica e sua composição literária.
Quanto ao livro de Reis, nos faz entender que é necessário compreender que se trata da esfera
histórico-religiosa e que não podemos nos lançar a uma outra perspectiva e outras noções para não
perder o entendimento do contexto do livro.
O texto faz uma análise da seguinte forma sobre o livro de Reis: Forma e estrutura literária;
Redação e intenção; origem e contexto.
O texto termina com suas considerações sobre o livro de Reis e suas colocações sobre alguns
pontos particulares do mesmo.

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