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HISTÓRIA DEUTERONOMISTA?
• Calvino começa por observar que Josué traz estilos diferentes, fala de Josué
na terceira pessoa etc. Logo, ele atribui a redação do livro a outra figura
contemporânea a Josué: Eleazar.
• Vemos que começa uma “visão crítica”, mas ainda tenta-se manter a redação
dos livros dentro do período no qual aquela história ali contada se
desenvolve;
posteriores.”
1902 - 1968
• Noth abandona a ideia de um Hexateuco (Gn – Js);
1921 - 2012
• Analisou textos que parecem ter sido desconsiderados por Martin
Noth;
• Ele acredita que o Dtr (Deuteronomista) não tinha, na sua primeira fase,
uma visão assim tão pessimista;
• Além disso, alguns textos seguidos da expressão “até o dia de hoje” (1Rs
8,8 – os varais da arca da Aliança; 1Rs 9,21 – remanescentes dos povos
da terra utilizados como mão de obra “até o dia de hoje” – como
explicar essa expressão no período exílico?
• Defende uma dupla edição da História Deuteronomista
(1968);
• Seu final seria 2Rs 23,25 que pode ser lido em conjunto
com Dt 6,4-5:
Não houve antes dele rei Ouve, ó Israel: o
algum que se tivesse Senhor nosso Deus é o
voltado, como ele, para o único Senhor!
Senhor, de todo o seu Portanto, amarás a
coração, de toda a sua alma Senhor teu Deus com
e com toda a sua força, em todo o teu coração, com
toda a fidelidade à Lei de toda a tua alma e com
Moisés; nem depois dele toda a tua força.
houve algum que se lhe
pudesse comparar. (Dt 6,4-5)
(2Rs 23,25)
• Após o exílio, a História Deuteronomista teria sofrido
uma segunda redação, com a inserção de 2Rs 23,26 –
25,30 e de textos que aludem ao exílio, como Dt 28,36-
37.64-68; Js 23,11-16; 1Sm 12,25.
RUDOLF SMEND (1932 - )
Escola de Göttingen
• Smend analisa textos menores, como Js 1,1-9;
• Nesse texto, por exemplo, ele vê duas camadas redacionais: 1,1-6 e
1,7-9;
• Seguindo essa forma de trabalho, Smend acredita que haja múltiplas
redações deuteronomistas;
• Ele identifica pelo menos duas: DtrN (Deuteronomista Nomista) –
nos textos em que a observância da Lei é enfatizada; DtrH
(Deuteronomista Historiador) – fase mais antiga [exílica] do texto;
SMEND, Rudolf, Das Gesetz und die Völker: Ein Beitrag zur
deuteronomistischen Redaktionsgeschichte. In: Hans Walter Wolff
(Hrsg.): Probleme biblischer Theologie. Gerhard von Rad zum 70.
Geburtstag. München 1971, pp. 494–509.
• Tal obra histórica não deve ser confundida com uma “historiografia”, no
sentido moderno do termo;
• Tal obra deve ter sido composta ou no exílio, com acréscimos pós-
exílicos, ou mais cedo, no tempo de Josias, sofrendo revisões e
alterações posteriores.