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Tércio Simon
Para obter bom resultado na associação dessas duas linguagens, deve-se respeitar a
sintaxe de ambas.
Ex. 1
Ed. Musicord
USA
Ex. 2
Ed. Vitale
Brasil
Ex. 3
Ed. Francesa
para órgão
Somente o Ex. 3 permite uma aplicação de texto correta, por apontar com precisão a nota
acentuada (repouso) de cada compasso.
No Ex. 1, a colocação de texto com a sílaba tônica na 1ª nota, em lugar da 3ª (+), produziria
desajuste entre as duas linguagens. Em análise sonora mais atenta, ficaria evidente que
para a letra estar certa, a grafia musical estaria errada e vice-versa (Hino 590).
No Ex. 2, (adotando o compasso binário — alternativa sugerida) teríamos as barras
precedendo notas acentuadas (+) e notas não acentuadas, alternadamente. Apresenta
alguma melhora, mas apenas metade das sílabas tônicas estariam coincidindo com as notas
mais acentuadas (repousos). Também duplicaria o número de compassos e
consequentemente o número de motivos, todos eles mais curtos, aumentando o risco de
cortar palavras. O revisor desta edição detecta o problema e aponta uma tímida correção.
No Ex. 3, nota-se a coragem do revisor de optar pela ortografia correia, que permite a
correspondência ideal entre sílabas tônicas e repousos. No caso de as palavras respeitarem
os limites dos motivos (ver os arcos sobre a melodia do Ex.2), e das meias-frases (arcos no
Ex.3), completando o pensamento do verso ao final da frase, teríamos a concretização dos
ideais da Prosódia Musical.
Examinando os três exemplos, seria um contra-censo rejeitar o Ex.3 por não corresponder à
escrita original, sendo que é o único que revela objetivamente o ritmo. Certamente o próprio
Schumann teria preferido essa forma de registrar sua música, se tivesse tido a oportunidade
de comparar e escolher a ortografia correta.
Fonte: Este material foi elaborado por Tércio Simon, a pedido do Pastor Tércio Sarli.
Hortolândia, 20/04/2001; e foi concedido ao sítio Música Sacra e Adoração por Loide Simon.