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12 Qualidade Energia
12 Qualidade Energia
de Equipamentos de Informática
Belém - Pará
PRODEPA - Recomendações para a Instalação de Equipamentos de Informática
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PRODEPA
Empresa de Processamento de Dados do Estado do Pará
Assessoria da Presidência
Objetivo do Documento:
Obs.: Este documento foi elaborado e redigido pela Assessoria da Presidência (Eng. Marcelo
Barretto) com a participação da Divisão de Redes Locais (Enga. Alessandra Barreiros) e da
Divisão de Infra-estrutura (Eng. Antonio Malaquias).
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Sumário
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LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS
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I - INTRODUÇÃO
Elaboração
Projeto Especificação Aquisição
do Edital
Vale ressaltar neste ponto a participação da PRODEPA no processo. Existem equipamentos com
número de patrimônio da empresa, pelos quais existe a obrigação de manutenção por parte de
seu pessoal. Outros, entretanto, são de propriedade do usuário. Sobre estes, a PRODEPA não
pode se responsabilizar, mesmo tendo participado do processo de especificação ou aquisição.
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II – COMPONENTES DA INSTALAÇÃO
A fim de facilitar a comunicação do pessoal envolvido, faz-se necessário definir alguns termos
técnicos, que normalmente fazem parte do jargão. Seguem-se os termos:
No-Break - Equipamento dotado de estabilizador, com proteção contra surtos de tensão, (sub e
sobretensões), filtro de linha e baterias com autonomia de cerca de 15 minutos, permitindo a
operação do equipamento, mesmo na ausência de energia elétrica, para posterior desligamento
da máquina, após salvamento dos trabalhos do usuário, no caso de queda da energia elétrica.
Normalmente, a unidade de estabilização faz parte deste tipo de equipamento e é de qualidade
superior àquela encontrada nos equipamentos somente estabilizadores.
Tomada Elétrica – Tomada na qual são ligados o estabilizador ou o No-Break, cuja instalação é
padronizada pela ABNT. Na tomada chegam 3 fios: uma fase, o neutro e o terra, provenientes do
quadro de distribuição.
1. Área - O equipamento deve ser instalado em uma área livre de no mínimo 30 cm em suas
laterais, de forma a facilitar manutenções preventivas e corretivas, tanto do próprio
equipamento como de uma eventual rede;
3. Pisos - Pisos com carpetes ou forrações não são recomendáveis, pois acumulam poeira e
eletricidade estática, que podem ocasionar falhas intermitentes nos equipamentos. Tais
falhas são as mais difíceis de serem diagnosticadas e corrigidas;
4. Iluminação - O mínimo recomendável para a iluminação é que a mesma não deve incidir
diretamente sobre o vídeo e seja suficiente para não causar fadiga e danos aos olhos dos
usuários;
Observação: Em função dos fatores climáticos da região (itens 5 e 6), considera-se quase
que obrigatório, em Belém, o uso de ar condicionado, pois ao mesmo tempo que retira a
umidade excessiva do ar, também baixa a temperatura de operação do equipamento,
prolongando o seu ciclo de vida.
8. Telefone - Para um eventual suporte técnico dos equipamentos e mesmo para o uso de
Modems para acessos externos, é recomendável a disponibilização de uma tomada
telefônica instalada próxima de alguns dos equipamentos.
10. Posição do Estabilizador – Uma prática muito comum é colocar o estabilizador muito
próximo ao monitor de vídeo. Alguns usuários o colocam até mesmo em cima da mesa e ao
lado do monitor de vídeo. Tal procedimento não é recomendável, pois além de perigoso,
provoca interferência na imagem exibida pelo monitor. O efeito visível é o tremer dos
caracteres na tela. Uma posição recomendável é embaixo da mesa, deslocado para um dos
lados, ao alcance das mãos e a uma distância conveniente do movimento das pernas do
usuário.
Um dos aspectos mais importantes na instalação de redes locais é, sem dúvida, a verificação das
instalações elétricas do prédio que a receberá. Fases invertidas, subdimensionamento de
condutores e diferenças na referência de voltagem podem não somente provocar mal
funcionamento, mas danificar definitivamente as placas de rede e também os equipamentos. Está
estatisticamente comprovado que 60% dos problemas verificados em redes locais são oriundos de
instalação elétrica inadequada e de cabeação mal feita. Tal informação pode ser observada em
apresentações públicas de qualquer grande empresa, especialista em cabeação estruturada.
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• QUEDA DE TENSÃO:
• iluminação: 3%
• outras utilizações: 5%
b) instalações alimentadas diretamente por uma subestação a partir de uma instalação de alta
tensão ou que possuam fonte própria:
• iluminação: 6%
• outras utilizações: 8%
Em qualquer dos casos, a queda de tensão parcial nos circuitos terminais para iluminação deve
ser igual ou inferior a 2%.
Conhecendo-se esses três itens, pode-se calcular a corrente (I) através da fórmula:
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Obs.: Caso o valor da corrente I não coincida, adota-se o valor posteriormente maior.
Encontrado o fator de correção, pode-se calcular uma corrente fictícia (IB’) considerada para efeito
de dimensionamento de condutores, através da seguinte fórmula:
Sabe-se que a rede possui quatro condutores carregados por eletroduto com tensão de 115 Volts.
A questão é determinar se a instalação do cliente está bem dimensionada quanto a seção dos
condutores.
Calcula-se a corrente:
K= 0,80
2
Consultando-se a tabela 1 para IB’ = 25 A, a seção mínima encontrada é de 4 mm .
Alguns condutores adotam a convenção AWG (padrão americano para tamanho de condutores de
2
fio não-ferrosos) para a seção nominal. A Tabela 3 exibe a equivalência com mm .
Seção AWG
2
(mm )
1,5 14
2,5 12
4,0 10
6,0 8
10,0 6
16,0 4
25,0 2
35,0 1
2
Tabela 3 – Seção de Condutores em mm & AWG
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1. A linha da rede elétrica deve ser exclusiva para os microcomputadores e seus periféricos.
Equipamentos que possuem motores de grande potência tais como, condicionadores de ar
e máquinas xerox, produzem ruídos na linha inadmissíveis para equipamentos delicados e
de baixa potência, como os equipamentos de informática;
2. Os disjuntores do quadro limitam a duração e o nível dos picos de corrente que porventura
possam ocorrer, no caso de desbalanceamentos de carga da rede elétrica pública,
permitindo uma razoável proteção dos equipamentos. Para exercer essa proteção é
necessário que se faça um levantamento da potência dos equipamentos que serão
instalados na rede e se dimensione o disjuntor de acordo com este levantamento, como
mostrado no item IV.1 para condutores de força;
5. Os condutores FASE, NEUTRO e TERRA devem, a não ser em casos particulares, ser de
mesma bitola e, se possível, em cores diferentes, de modo a facilitar as suas identificações
para uma eventual manutenção;
1. A tomada de força de cada equipamento deve ser do tipo 3 pinos (dois pinos em cima e um
pino central embaixo) embutida ou de fixação em parede;
2. A norma da ABNT para regiões alimentadas por 110 Volts é a seguinte: FASE (pino em cima
à direita), NEUTRO (pino em cima à esquerda) e TERRA (pino central em baixo). A medida
de voltagem entre Neutro e Terra deve obrigatoriamente estar entre 0,3 e 3,0 Volts. A figura
2 exibe a tomada com as observações mencionadas.
3. Os modelos mais comuns e recomendados de tomadas são: Prime elétrica, modelo 8005 e
Pial;
4. O local da Tomada pode estar próximo do ponto de lógica, mas distar deste, no mínimo, 20
centímetros.
Neutro Fase
Terra
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V - ATERRAMENTO
Quando outros aterramentos existirem (pára-raios, das empresas de eletricidade e telefonia, etc),
que não apenas o de informática, e se constatar que estão operacionais e com resistência ôhmica
adequada, e ainda, que os vários prédios estejam próximos, é atualmente recomendável que
todos os aterramentos estejam interligados, a fim de estabelecer uma única referência de
potencial e baixa resistência ôhmica geral. Entretanto, como esta não é uma situação frequente e
para não exigir critérios excessivamente rigorosos, recomenda-se o descrito a seguir:
5. Em nenhuma hipótese os fios TERRA deverão fazer contato com as estruturas do prédio,
portanto deverão ser utilizados fios encapados, no interior de conduites ou eletrodutos,
preferencialmente de cor BRANCA e diferente das cores utilizadas nos condutores de FASE
e NEUTRO;
6. A bitola (seção) utilizada para o fio TERRA deve ser, na maioria dos casos, a mesma
utilizada nos fios FASE e NEUTRO. É recomendável consultar a Tabela 78 da NB-5410
reproduzida na Tabela 4;
7. A impedância máxima recomendável para o TERRA da rede local é de 5,0 Ohms, medida com
aparelho destinado a esse fim, sendo aceitável o limite máximo de 10,0 Ohms, no caso de
constatação de que o terreno oferece pouca condutividade;
8. A tensão entre o NEUTRO e o TERRA, medida na tomada de cada equipamento da rede deve
estar obrigatoriamente entre 0.3 e 3,0 Volts. Como o terra é da instalação local e o neutro é
oferecido pela concessionária de energia, sempre haverá uma diferença de voltagem. 0 Volts
entre Neutro e Terra indica um curto-circuito ou como se diz, um “terra falso”.
9. Uma caixa de visita ou medição deve ser confeccionada em alvenaria para permitir um
constante acompanhamento das variações da impedância do aterramento ao longo do ano e a
conseqüente manutenção em caso de necessidade. Esta caixa deve possuir uma tampa de
concreto de 40,0 x 40,0 cm.
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1. Cavar 3 poços com diâmetro entre 20 e 30 centímetros, com forma triangular e distância entre
furos de 3,0 metros, com profundidade de 2,40 a 3,0 metros, conforme o tamanho da haste de
cobre, normalmente disponível nos tamanhos de 2,40 m e 3,0 m; Quando não houver espaço
disponível, pode-se usar a forma linear, ou seja, 3 poços em linha reta, distantes entre si de 3,0
metros;
2. Colocar a haste de cobre (haste Coperweld 5/8” x 2,40 ou 5/8” x 3,0 m) no centro de cada poço,
fixando-a por impacto;
2
3. Interligar as hastes através de cabos de cobre nu de 16 mm e conectados às mesmas por meio
de braçadeiras de bronze de diâmetro de 5/8”, usando-se solda isotérmica;
4. Preencher o espaço em volta das hastes com sal grosso, carvão vegetal, água de bateria e
enxofre, deixando uma altura de 30 centímetros para preenchimento com terra;
5. Interligar uma das hastes do conjunto ao quadro de distribuição através de uma cordoalha de
2
aço cobreada de no mínimo 4,0 mm . A cordoalha deve ser conduzida dentro de um tubo de
polietileno de 20 mm de diâmetro;
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3,0 metros
A A'
0,30 metros
0,30 metros
5/8"
Sal Grosso
Enxofre
Água de
Bateria
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As recomendações que se seguem para cabeação lógica UTP (par trançado não blindado) são
para o ambiente de uma pequena rede de microcomputadores ou COAXIAL para a instalação de
terminais não autônomos, chamados de “terminais burros”. Como mencionado anteriormente,
redes de maior porte fazem parte de um outro documento e necessitam ser projetadas com mais
cuidado.
2. Os cabos de par trançado podem ser instalados em conduites de cabos telefônicos. O mesmo
não acontece com os cabos coaxiais que sofrem interferência dos picos de até 48,0 Volts das
linhas telefônicas.
3. Devido ao campo eletromagnético gerado, não é permitido passar cabos lógicos de rede
próximos de motores, geradores, subestações de energia ou similares que constituam fontes de
elevada potência;
7. A “crimpagem” e/ou soldagem dos conectores BNC nas pontas de cabos coaxiais deve ser
cuidadosa e resistente. O fenômeno “solda fria” (provocado por uma troca brusca de
temperatura) deve ser evitado. Não se deve, por exemplo, soprar a solda no momento da
secagem. O pino central do conector não deve estar em curto com a parte externa do mesmo.
O conjunto completo conector/cabo deve estar isolado por uma fita isolante de alta fusão com
um número de voltas suficiente para torná-lo resistente a puxões eventuais, pois no momento
da limpeza da sala, há sempre uma vassoura engatando nos cabos;
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10. A exemplo dos circuitos de força, os cabos de par trançado devem ser devidamente
identificados nas duas pontas, usando-se uma convenção de letras e números, conforme o
porte da instalação.
Há dois pontos importantes para uma boa instalação dos conectores BNC, o pino central e o terra
do sinal.
Para um contato perfeito, o condutor central do cabo coaxial deve ser soldado ao pino central do
conector BNC. Os melhores conectores BNC, normalmente, são fornecidos com o pino central
dotado de um furo. Este furo deve ser usado para a penetração da solda no momento do
aquecimento. A soldagem pode ser realizada, posicionando-se simultaneamente o ferro de solda
(no lado oposto do furo), o condutor central do cabo (no interior do pino e até onde possa ser visto
através do furo) e o fio de solda (no interior do furo).
A malha externa do cabo coaxial deve fazer contato com parte externa do conector BNC. O melhor
contato possível é obtido com os conectores BNC dotados de um anel para crimpagem (do inglês
“ crimp“). Assim, a malha externa do cabo deve envolver a parte traseira do conector BNC e o
conjunto deve receber o anel. Em seguida, com o auxílio de um alicate de crimp, deve-se crimpar
o anel, pressionando-o de forma que um “puxão” involuntário do cabo não provoque a soltura do
conector.
Este tipo de instalação e conector está hoje obsoleta, entretanto optou-se pela manutenção das
recomendações sobre este tipo de conexão neste documento.
A única recomendação aqui é de que este conector não deve em nenhuma hipótese fazer contato
com o chassis do equipamento em que está instalada a placa de rede, pois isto significaria
transferir para o circuito de terra do sinal digital transmitido pelo cabo, todas as condições elétricas
do aterramento dos equipamentos. O não cumprimento desta recomendação pode provocar a
queima de todas as placas de rede dos equipamentos e até mesmo a queima das placas-mães
dos equipamentos.
O importante nesta conectorização é a convenção a ser utilizada nos conectores dos pares de fios
trançados utilizados na ligação placa de rede-HUB. Uma vez escolhida, deve ser a mesma para
todos os conectores, incluindo eventuais adições no momento da expansão da rede.
Os condutores do cabo são trançados entre si, dois a dois, a fim de evitar a criação de
capacitâncias parasitas e ruídos de “ cross-over, fenômeno que ocorre devido ao posicionamento
em paralelo de dois condutores quaisquer. Assim, sinais de mesma polaridade devem ser
enviados por um par de fios trançados entre si, convencionados como mostrado na tabela 5.
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1 TX + Preto
2 RX + Laranja
3 TX - Vermelho
6 RX - Verde
O cruzamento dos cabos, já que o TX de um lado deve ser ligado ao RX do outro lado, é feito no
interior do HUB. Sendo assim, tudo o que é necessário é ligar pino a pino, ou seja, o pino 1 do
conector fêmea do HUB deve ser ligado ao pino 1 do conector fêmea da placa de rede e assim
sucessivamente.
87654321
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Como observação final deve-se ressaltar que 60% dos problemas que ocasionam a parada total
de uma rede local de computadores, estatisticamente comprovado, são provocados por cabeação
mau feita, incluindo a conectorização.
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