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ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO


Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais

Unidade 8
DIAGRAMAS DE FASES

PMT 3100 - Fundamentos de Ciência e Engenharia dos Materiais


1º semestre de 2017
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Por que estudar Diagramas
de Fases?
• Os diagramas de fases
relacionam temperatura,
composição química e
quantidade das fases em
equilíbrio.
– Um diagrama de fases é uma
espécie de “mapa” que mostra
quais fases são as mais estáveis
nas diferentes composições,
tempera-turas e pressões.
• A MICROESTRUTURA dos
materiais pode ser relacionada
diretamente com o diagrama de
fases.
• Existe uma relação direta entre as
propriedades dos materiais e as
suas microestruturas. Exemplo : Diagrama de Fases do Sistema Pb-Sn
3

Definições (1)

• COMPONENTES

– São os elementos químicos e/ou


compostos que constituem uma fase.

• SISTEMA líquido

– Definição 1: quantidade de matéria com


massa e identidade fixas sobre a qual
dirigimos a nossa atenção. Todo o resto é
chamado vizinhança. Exemplo: uma barra da
liga ao lado, com 40% de Sn.

– Definição 2: série de fases possíveis


formadas pelos mesmos componentes,
independendo da composição específica.
80 unidades massa de Sn e 20 de
Exemplo: o sistema Pb-Sn. 100% Pb Pb

porcentagem massica

Exemplo : Diagrama de Fases do Sistema Pb-Sn


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Definições (2)
• FASE estrutura cristalina definida, parte homogênea (mesma composição, estrutura e arranjo cristalino)

– Uma parte estruturalmente homogênea do sistema, que possui propriedades


físicas e químicas características. Exemplo: fases a e b da liga abaixo, que
contém, ambas, Al e Cu → porém, com porcentagens diferentes de Al e Cu em
cada uma ! FASES:INDICADAS POR LETRAS GREGAS
5

Informações que podem ser obtidas a partir dos


Diagramas de Fases

Temperaturas de fusão/solidificação
Número de fases presentes em função da temperatura
Composição química das fases
Quantidade relativa de cada uma das fases
Limites de solubilidade
Previsão da microestrutura

O que um diagrama de fases não diz: quanto tempo demora para acontecer as transfo
rmações

não fornece nenhuma informação a respeito do tempo !


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Diagramas de Fases são diagramas de equilíbrio !

Equilíbrio mecânico Equilíbrio térmico Equilíbrio de fases


• Parede não rígida: • Parede diatérmica: • Parede permeável
móvel permite o fluxo de calor
• Propriedade
• Propriedade • Propriedade termodinâmica: potencial
termodinâmica: termodinâmica: químico
pressão temperatura
concentrações dentro de cada fase
iguais
Inicial P1 > P2 T1 > T2
Fora do
equilíbrio
P1 P2 T1 T2 i,1 i,2
Fluxo de calor C1i Fluxo de massa C2i

 G 
i    dG  dH  TdS
■EQUILÍBRIO DE PRESSÃO 
 i  p ,T , N
N
j

P1 > Pe > P2 T1 >Te > T2 1=e=2

Final Pe Pe Te Te e e
C i Cei , 2
e ,1
Equilíbrio
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Tipos de Diagramas de Fases

Unário: 1 componente;
variáveis (P, T)
Ex: H2O, Fe
Binário: 2 componentes;
DIAGRAMAS variáveis (T, x) → P = constante

DE FASES Ex: BaO/TiO2, Al-Si


Ternário: 3 componentes;
variáveis (x) → P = 1 atm e T=
constante
Ex: Fe-Cr-Ni, BaO + CaO + TiO2
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Tipos de Diagramas de Fases

Unário: 1 componente;
variáveis (P, T)
Ex: H2O, Fe
um componente só não muda a composição

DIAGRAMAS
DE FASES

coexistem os 3 estados fisicos


9

Tipos de Diagramas de Fases

Binário: 2 componentes;
variáveis (T, x) → P = constante
Ex: BaO/TiO2, Al-Si

DIAGRAMAS
DE FASES
10

Tipos de Diagramas de Fases

Ternário: 3 componentes;
variáveis (x) → P = 1 atm e T=
constante
NÃO SERÁ OLHADO NO CURSO
Ex: Fe-Cr-Ni, BaO + CaO + TiO2

DIAGRAMAS
DE FASES
11
Sistemas com um único componente
• O equilíbrio entre duas fases num sistema monocomponente chama-
se equilíbrio univariante. as linhas horizontais indicam região
de mudança de fase.

Diagrama de
Fases da água

CCC com parâmetro de rede diferente da


CCC alpha

Diagrama de
Fases do ferro
mudou a estrutura cristalina logo as propriedades

ALOTROPIA
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Limite de solubilidade
• Para uma determinada temperatura, existe uma concentração máxima
de átomos de soluto que pode ser dissolvida no solvente formando uma
solução sólida.
• Essa concentração máxima é chamada LIMITE DE SOLUBILIDADE.
se eu passar dessa linha o sistema
passa a ter duas fases

Não consegue mais dissolver

Água
Açúcar
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Sistemas Binários :
Diagramas de
Equilíbrio de Fase PF Ni

Isomorfos
para ter um desses os componentes devem ser muito parecidos (valência raio atômico eletronegatividade )

• Num sistema binário isomorfo,


os dois componentes são
completamente solúveis um
no outro.

SÃO SOLÚVEIS EM TODAS AS PROPORÇÕES /COMPOSIÇÕES


SEJA UM DISSOLVIDO NO OUTRO OU VICE VERSÃO TEREI ESTRUTURAS IGUAIS E PROPRIEDADES MUITO SEMELHANTES
E SOMENTE UMA FASE
Compon. Raio Mis- Estrut. Valên- Eletro-
atômico match crist. cia neg.
Ni 0,125 2,3% CFC 2+ 1,9 PF Cu
(solvente) nm

Cu 0,128 2,3% CFC 1+ 1,9


(soluto) nm

Diagrama de fases do Sistema Cu - Ni


linha LIQUIDUS 14

**análise considerando descendo de a


• A leitura de diagramas de fases é feita Sistema Cu-Ni
primeiramente definindo-se uma liga de
interesse, como por exemplo 35% Ni.
linha LIQUIDUS
• Na temperatura de 1300oC (ponto a) a
fase em equilíbrio termodinâmico é a fase
líquida com 35% de Ni.
• Na temperatura de 1261oC (ponto b) , que bateu aqui formou a primeira porç
é a temperatura líquidus desta liga, ão de sólido
começa a solidificação. Nesta na vertical tracejada a composiçã
temperatura estão em equilíbrio 1261 composição da
o de líquido
termodinâmico o líquido com 35% de Ni e 1247 primeira porçã
os primeiros núcleos de sólido com 46% o de sólido
de Ni.
composição de líquido
• Na temperatura de 1247oC (ponto c) 1214
estão em equilíbrio termodinâmico o
líquido com 32% de Ni e o sólido com
43% de Ni. composição de sólido
1186
• Na temperatura de 1214oC (ponto d), que
é a temperatura solidus desta liga estão
em equilíbrio termodinâmico o último
líquido com 24% de Ni e o sólido com só sólido
35% de Ni.
• Na temperatura de 1186oC (ponto a) a
fase em equilíbrio termodinâmico é a fase linha SOLIDUS
sólida com 35% de Ni, que apresenta a
microestrutura da liga de interesse.

COMPOSIÇÃO != ( diferente) quantidade de líquido mesmo vale para sólido


tem uma pequena quantidade de líquido
e nesse líquido há x% de Ni ou Cu
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• A leitura de diagramas de fases é feita


primeiramente definindo-se uma liga de Sistema Cu-Ni
interesse, como por exemplo 35% Ni.
• Na temperatura de 1300oC (ponto a) a
fase em equilíbrio termodinâmico é a fase
líquida com 35% de Ni.
• Na temperatura de 1261oC (ponto b) , que
é a temperatura líquidus desta liga,
começa a solidificação. Nesta
temperatura estão em equilíbrio 1261
termodinâmico o líquido com 35% de Ni e
1247
os primeiros núcleos de sólido com 46%
de Ni.
• Na temperatura de 1247oC (ponto c)
estão em equilíbrio termodinâmico o 1214
líquido com 32% de Ni e o sólido com
43% de Ni.
1186
• Na temperatura de 1214oC (ponto d), que
é a temperatura solidus desta liga estão
em equilíbrio termodinâmico o último
líquido com 24% de Ni e o sólido com
35% de Ni.
• Na temperatura de 1186oC (ponto a) a
fase em equilíbrio termodinâmico é a fase
sólida com 35% de Ni, que apresenta a
microestrutura da liga de interesse.
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• A leitura de diagramas de fases é feita


primeiramente definindo-se uma liga de Sistema Cu-Ni
interesse, como por exemplo 35% Ni.
• Na temperatura de 1300oC (ponto a) a
fase em equilíbrio termodinâmico é a fase
líquida com 35% de Ni.
• Na temperatura de 1261oC (ponto b) , que
é a temperatura líquidus desta liga,
começa a solidificação. Nesta
temperatura estão em equilíbrio 1261
termodinâmico o líquido com 35% de Ni e
1247
os primeiros núcleos de sólido com 46%
de Ni.
• Na temperatura de 1247oC (ponto c)
estão em equilíbrio termodinâmico o 1214
líquido com 32% de Ni e o sólido com
43% de Ni.
1186
• Na temperatura de 1214oC (ponto d), que
é a temperatura solidus desta liga estão
em equilíbrio termodinâmico o último
líquido com 24% de Ni e o sólido com
35% de Ni.
• Na temperatura de 1186oC (ponto a) a
fase em equilíbrio termodinâmico é a fase
sólida com 35% de Ni, que apresenta a
microestrutura da liga de interesse.
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• A leitura de diagramas de fases é feita


primeiramente definindo-se uma liga de Sistema Cu-Ni
interesse, como por exemplo 35% Ni.
• Na temperatura de 1300oC (ponto a) a
fase em equilíbrio termodinâmico é a fase
líquida com 35% de Ni.
• Na temperatura de 1261oC (ponto b) , que
é a temperatura líquidus desta liga,
começa a solidificação. Nesta
temperatura estão em equilíbrio 1261
termodinâmico o líquido com 35% de Ni e 1247
os primeiros núcleos de sólido com 46%
de Ni.
• Na temperatura de 1247oC (ponto c)
1214
estão em equilíbrio termodinâmico o
líquido com 32% de Ni e o sólido com
43% de Ni.
1186
• Na temperatura de 1214oC (ponto d), que
é a temperatura solidus desta liga estão
em equilíbrio termodinâmico o último
líquido com 24% de Ni e o sólido com
35% de Ni.
• Na temperatura de 1186oC (ponto a) a
fase em equilíbrio termodinâmico é a fase
sólida com 35% de Ni, que apresenta a
microestrutura da liga de interesse.
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• A leitura de diagramas de fases é feita Sistema Cu-Ni


primeiramente definindo-se uma liga de
interesse, como por exemplo 35% Ni.
• Na temperatura de 1300oC (ponto a) a
fase em equilíbrio termodinâmico é a fase
líquida com 35% de Ni.
• Na temperatura de 1261oC (ponto b) , que
é a temperatura líquidus desta liga,
começa a solidificação. Nesta
temperatura estão em equilíbrio 1261
termodinâmico o líquido com 35% de Ni e 1247
os primeiros núcleos de sólido com 46%
de Ni.
• Na temperatura de 1247oC (ponto c) 1214
estão em equilíbrio termodinâmico o
líquido com 32% de Ni e o sólido com
43% de Ni.
1186
• Na temperatura de 1214oC (ponto d), que
é a temperatura solidus desta liga estão
em equilíbrio termodinâmico o último
líquido com 24% de Ni e o sólido com
35% de Ni.
• Na temperatura de 1186oC (ponto a) a
fase em equilíbrio termodinâmico é a fase
sólida com 35% de Ni, que apresenta a
microestrutura da liga de interesse.
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• A leitura de diagramas de fases é feita Sistema Cu-Ni


primeiramente definindo-se uma liga de
interesse, como por exemplo 35% Ni.
• Na temperatura de 1300oC (ponto a) a
fase em equilíbrio termodinâmico é a fase
líquida com 35% de Ni.
• Na temperatura de 1261oC (ponto b) , que
é a temperatura líquidus desta liga,
começa a solidificação. Nesta
1261
temperatura estão em equilíbrio
termodinâmico o líquido com 35% de Ni e 1247
os primeiros núcleos de sólido com 46%
de Ni.
• Na temperatura de 1247oC (ponto c) 1214
estão em equilíbrio termodinâmico o
líquido com 32% de Ni e o sólido com
43% de Ni.
1186
• Na temperatura de 1214oC (ponto d), que
é a temperatura solidus desta liga estão
em equilíbrio termodinâmico o último
líquido com 24% de Ni e o sólido com
35% de Ni.
• Na temperatura de 1186oC (ponto a) a
fase em equilíbrio termodinâmico é a fase
sólida com 35% de Ni, que apresenta a
microestrutura da liga de interesse.
20

Regra da Alavanca
COMPOSIÇÃO = LIDA DO DIAGRAMA
QUANTIDADE = CALCULADO

É usada para se
determinar as
quantidades das fases
em equilíbrio em um
campo de duas fases.
Co != Calpha + Cl
Calpha + Cl != 100%

composição de líquido %líquido + % sólido = 100%<--- QUANTIDAD


composição de sólido
ES
C0  CL
Wa 
Ca  CL
alpha
Co 35g Ni

líquido
21
Regra da Alavanca
Dedução
 Chega-se à regra da alavanca simplesmente
através de um balanço de massa.
 Consideremos WL e Wa as frações mássicas,
respectivamente, da fase líquida, L, e da fase sólida, a.
O níquel está em cada uma das fases, em concentração
CL (no líquido) e Ca (no sólido)
 As duas equações abaixo podem ser escritas:

WL  Wa  1  WL  1  Wa (eq.I )
WL CL  Wa Ca  C0 (eq. II ) C0  CL
Wa 
(1  Wa ) CL  Wa Ca  C0 Ca  CL
CL  Wa CL  Wa Ca  C0
Wa ( Ca  CL )  C0  CL Se, ao invés de isolar WL na (eq.I) isolarmos Wa ,
chega-se à equação da fração de fase líquida.
22

Regra da Alavanca
QUANTIDADES
Calpha

WL  Wa  1
Cl

Co

se quero calcular o alp


ha , pego e seguimento
oposto (Co - Cl ) e
divido pelo total e vice
e versa

C0  CL
Wa 
Ca  CO Ca  CL
WL 
Ca  CL
23

...um outro exemplo de


sistema binário isomorfo...
24
Diagramas de Fases Eutéticos
O equilíbrio entre três fases ocorre a uma determinada temperatura (TE) e a uma
determinada composição (CE), formando dois sólidos a partir de um líquido, todos com
composições fixas.
NÃO TENHO SOLUBILIDADE EM TODAS AS COMPOSIÇÕES
A REGRA DA ALAVANCA
TAMBÉM VALE

limite de solubilidade

ponto eutético: coexistem dois


sólidos e um líquido

DUAS FASES SÓLIDAS


25
Diagramas de Fases Eutéticos
O equilíbrio entre três fases ocorre a uma determinada temperatura (TE) e a uma
determinada composição (CE), formando dois sólidos a partir de um líquido, todos com
composições fixas.

Patamar eutético:
onde ocorre
a reação eutética
26
Diagramas de Fases Eutéticos
27
Diagramas de Fases Eutéticos
28
Diagramas de Fases Eutéticos
29
Microestruturas – Sistemas Eutéticos
30

Microestrutura
Monofásica

É comum ser muito


pequena a faixa de
composições químicas em
que pode se formar uma
estrutura monofásica (por
exemplo, a).
31

Precipitação

leio composição do líquido


Se a temperatura desce
abaixo da temperatura da
leio composição do alpha
linha solvus, o limite de
solubilidade de Sn no Pb é
atingido. Ocorre a
precipitação da fase b, de
reticulado cristalino
distinto do reticulado da
fase a e com distintas
propriedades físico-
químicas, no interior da
fase a.
32
Transformação Eutética
A transformação eutética corresponde
à formação de uma mistura de
duas fases (a + b) a partir do líquido,
formando um arranjo interpenetrado

A fase escura é a fase a, rica em Pb;


a fase clara é a fase b rica em Sn
T=Teut

Crescimento cooperativo
um cresce e o outro cresce do
lado
33

Microestrutura Hipoeutética
Em ligas hipo-eutéticas ocorre inicialmente precipitação
de fase primária → fase a pró-eutética.

O líquido eutético residual


L (de composição 61,9% Sn) sofre a
transformação eutética.

Essa quantidade de líquido


se transforma em
microestrutura eutética
[ a(18,3% Sn)+b(97,8%Sn) ].
34

Regra da Alavanca – Sistemas Eutéticos

Liga Pb30%Sn
200oC
2 fases: a e L
Fase a: 17%Sn
Fase L: 57%Sn
35

Regra da Alavanca – Sistemas Eutéticos

Liga Pb30%Sn
200oC
2 fases: a e L
Fase a: 17%Sn
Fase L: 57%Sn

100oC
2 fases: a e b
Fase a: 5%Sn
Fase b: 97%Sn
36

TIPOS DE DIAGRAMAS DE FASES BINÁRIOS

o Aqueles que apresentam solubilidade total em todas as proporções nos


estados líquido e sólido:
• Sistemas isomorfos.
o Aqueles que apresentam solubilidade total em todas as proporções no
estado líquido, mas cuja solubilidade é nula ou restrita (ou até mesmo nula)
no estado sólido:
• Sistemas eutéticos;
• Sistemas eutetóides;
• Sistemas peritéticos;
• Sistemas peritetóides.
o Aqueles que apresentam solubilidade limitada nos estados líquido e sólido:
• Sistemas monotéticos;
• Sistemas sintéticos.
37

TIPOS DE DIAGRAMAS DE FASES BINÁRIOS


Diagramas de Fases Eutetóide 38

EUTÉTICO

EUTETÓIDE
Diagramas de Fases Eutetóide 39

Sistema Fe-C

A metalurgia do ferro é uma das


bases da civilização há pelo menos
2.500 anos e é um dos pilares da
sociedade industrial.

Aços A liga Fe-C que sofre reação


eutética é chamada de ferro-
Ferros fundidos fundido

Dependendo da velocidade de
resfriamento o carbono pode
precipitar de duas formas
• Grafite (estável)
• Fe3C (metaestável): cementita
Diagrama de Fases Fe-Fe3C 40

o O carbono forma uma solução


sólida intersticial com o Fe, mas
com solubilidade limitada.
o Atingido o limite de
solubilidade, precipita grafite
ou Fe3C.
o A solubilidade do C na ferrita
(a) é muito baixa (0,020 %)
comparada com a solubilidade
na austenita (g) (2,04 %).
o PERLITA (não é fase, é
microestrutura!)
o Microestrutura formada por
lamelas alternadas Fe3C e ferrita.
Diagrama de Fases Fe-Fe3C 41

Austenita TRANSFORMAÇÃO
EUTETÓIDE:

Fe-g  (Fe-a + Fe3C)

Microestrutura
PERLÍTICA

Ferrita

Crescimento cooperativo
Diagrama de Fases Fe-Fe3C 42

o O carbono forma uma solução


sólida intersticial com o Fe, mas
com solubilidade limitada.
o Atingido o limite de
solubilidade, precipita grafite
ou Fe3C.
o A solubilidade do C na ferrita
(a) é muito baixa (0,020 %)
comparada com a solubilidade
na austenita (g) (2,04 %).
o PERLITA (não é fase, é
microestrutura!)
o Microestrutura formada por
lamelas alternadas Fe3C e ferrita.
Perlita 43
Microestrutura Hipoeutetóide 44

Ponto c: Grãos de Austenita (g) – estrutura CFC


Ponto d: Nucleação e crescimento da ferrita
(a  CCC) nos contornos de grão da austenita
(g  CFC).

Os contornos de grão apresentam elevada


energia interfacial que é aproveitada facilitando a
nucleação da nova fase.

Ponto e: Aumento da
proporção de ferrita na
austenita.

Ponto f: Fase a proeutetóide + perlita


[=microestrutura (a + Fe3C)] .
45

Ponto f: como a temperatura está


abaixo da temperatura eutetóide, há
o crescimento de perlita [=microestrutura
(a + Fe3C)] a partir da austenita de
composição eutetóide .

Microestrutura Hipoeutetóide
46
Microestrutura Hipereutetóide

Hipoeutetóide
(Aço)

Hipereutetóide
(Ferro Fundido)
47
Microestrutura
Hipoeutetóide

Ferrita (a) Proeutetóide

Perlita (a + Fe3C)
48

Regra da Alavanca – Composição Hipoeutetóide

727oC
49

Regra da Alavanca – Composição Hipoeutetóide

...a 728oC

727oC

...a 725oC

ou
50

Regra da Alavanca – Composição Hipoeutetóide

...a 728oC

727oC

...a 725oC

Assumindo C’0 = 0,5 :


% aproeutético = 35,2% % cementita = 7,2%
% perlita = 64,8% % aperlita = 57,6%
% aTOTAL = 92,8% ou
51

Regra da Alavanca – Composição Hipereutetóide

727oC
52

Regra da Alavanca – Composição Hipereutetóide

...a 728oC

727oC

...a 725oC

ou
53

Regra da Alavanca – Composição Hipereutetóide

...a 728oC

727oC

...a 725oC

Assumindo C’1 = 1,0 :


% Cem.proeutética = 4,0% % a = 85,4%
% perlita = 96,0% % Cem.perlita = 10,6%
% Cem.TOTAL = 14,6% ou
54

...finalizando : Diagramas de Fases


• Ao final do estudo dos conteúdos desta Unidade você deve ser capaz de:
– definir o que se entende por componente, fase, sistema e equilíbrio de fases.
– definir quais são as informações que podem ser obtidas e quais as que não podem ser
obtidas a partir de um diagrama de fases.
– esquematizar diagramas de fase unários, binários e ternários.
– “ler” as informações contidas em diagramas de fases binários: quantas e quais são as fases
presentes; composições da(s) fase(s) presente(s); temperaturas de transição de fases.
– calcular as quantidades relativas das fases presentes em diagramas de fases binários, por
meio da regra da alavanca.
– esquematizar as microestruturas que podem ser obtidas por meio de aquecimento ou
resfriamento de composições definidas de sistemas binários (isomórficos, eutéticos e
eutetóides).
55

Referências

• Callister, W.D. Materials Science and Engineering: An Introduction. 7th Ed.


Wiley. 2007. Cap.9 .
– Obs.: outras edições do livro do Callister existentes nas bibliotecas da EP, em inglês ou português, também cobrem o
conteúdo apresentado nesta Unidade.

• Shackelford, J.F. Ciência dos Materiais. 6ª Ed. Pearson. 2008. Cap. 9 .


• Askeland, D.R.; Phulé, P.P. Ciência e Engenharia dos Materiais. Cengage Learning. 2008.
Caps. 10-11.

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