Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
UFSCAR
APOSTILA I
São Carlos
2017
2
PPGEQ-UFSCar: ENQ 150 – Termodinâmica Química Aplicada – Apostila I. Profs. Giordano e Ribeiro
INTRODUÇÃO:
Termodinâmica:
− Ferramenta indispensável na Engenharia Química (fundamento da EQ, ao lado de
Fenômenos de Transporte e Cinética).
− Neste curso a Termodinâmica será encarada do ponto de vista da engenharia (obviamente
com o respaldo teórico necessário) → resolver problemas reais
Ciência que estuda o comportamento macroscópico das substâncias da natureza quando ocorrem
interações energéticas com as vizinhanças.
Exemplos:
a)
CH4 CO2
+ +
2 O2 2 H 2O
O engenheiro cada vez mais terá que dominar os fundamentos dos fenômenos envolvidos nos
processos que estuda: química quântica, por exemplo. Não temos tempo neste curso para entrar no
mundo molecular, nem para ver noções de quântica. Mas fica uma bibliografia introdutória para os
que precisarem/quiserem:
1. N.M. Laurendeau, Statistical Thermodynamics: Fundamental and Applications, Cambridge Univ.
Press, 2005
2. D.A. McQuarrie, J.D. Simon, Molecular Thermodynamics, Univ. Science, 1999
3. I. Kikoin, A. Kikoin, Fisica Molecular, MIR, 1971
4. I. Müller, A History of Thermodynamics: The Doctrine of Energy and Entropy, Springer, 2007
5. R. Serway, J. Jewett, Physics for Scientists and Engineers, Cengage Learning, 2009
6. M. Badwendi, K. Nelson, Thermodynamics & Kinetics (aulas gravadas), MITopencourseware
3
PPGEQ-UFSCar: ENQ 150 – Termodinâmica Química Aplicada – Apostila I. Profs. Giordano e Ribeiro
Obs: aparentemente a Termodinâmica seria muito restrita, pois todos os processos reais são de não-
equilíbrio; entretanto sua importância é enorme, pois para se quantificar velocidades (de transporte
ou de reação) pelos Fenômenos de Transporte e Cinética Química é necessário saber o quão longe
do equilíbrio nos encontramos → é necessário conhecer os estados de equilíbrio para calcular as
forças motrizes (as velocidades dos fluxos têm como força motriz justamente a distância do sistema
com relação ao equilíbrio termodinâmico – quando estudamos sistemas simples, ao menos).
Além disso, na prática, todo sistema tenderá ao equilíbrio desde que seja isolado das vizinhanças e
se dê tempo suficiente a ele (este tempo pode ser muito grande).
Superestrutura
1a 2a 3a
Lei Lei Lei
Historicamente, para se chegar a um conjunto coerente de postulados, foi necessário esforço muito
grande, tendo-se passado por várias teorias (superestruturas) antes de se chegar à atual (que teve sua
forma geral consolidada na virada dos séculos XIX-XX).
Na verdade o conjunto de postulados básicos varia com os autores (existem vários conjuntos
coerentes, todos correspondendo à realidade); aqui será apresentado o de Tester & Modell:
Problema Real
Hipóteses
Observações
(dados Experimentais)
Relações
Termodinâmicas Resolução
Muitos problemas importantes para o engenheiro de processos se encaixam em um dos tipos abaixo:
1. Dada uma situação de um sistema, qual o estado de equilíbrio para o qual ele evoluiria
naturalmente se pudesse?
2. Dado um processo termodinâmico, como variam as propriedades do sistema?
3. Para variar as propriedades (A → B), o que é necessário fazer? (o inverso de 2)
4. Dos vários processos possíveis em 3, qual o que mais se aproxima da eficiência máxima e
qual o valor dessa eficiência?
1, 4 → 1ª Lei + 2ª Lei
2, 3 → 1ª Lei
Resolução do problema
Sistema Fechado:
Quantidade de matéria com identidade fixa (não existe fluxo de massa pelas fronteiras –são
5
PPGEQ-UFSCar: ENQ 150 – Termodinâmica Química Aplicada – Apostila I. Profs. Giordano e Ribeiro
impermeáveis).
Fronteiras:++
• fixa+ou+móvel+
• Adiabá7ca+ou+diatérmica+
• (permeável+ou+impermeável+<+subsistemas)+
T /°C
T0
t0
TB= 100 °C
Diatérmica Al
Material da fronteira
Fe
TB vidro
T(t)
asfalto
T0= 0 °C
T0= 0 °C
TB= 100 °C Adiabática
t0
t/s
T ra ba l ho
Fronteira:
Rígida;
Ca l or
Impermeável;
Diatérm ica
Sistema Isolado
Garrafa Térmica
• Não$interage$com$o$ambiente$
~ Sistema • Não$há$fluxos$de$calor,$trabalho$ou$matéria$
isolado • Fronteiras:$rígidas,$impermeáveis,$adiabá>cas$
Região do espaço objeto de estudo; separado das vizinhanças: superfície de controle (ou fronteira,
apenas, que pode permitir fluxo de massa em alguns trechos).
Ex. 1: Compressor
6
PPGEQ-UFSCar: ENQ 150 – Termodinâmica Química Aplicada – Apostila I. Profs. Giordano e Ribeiro
Obs.: Um sistema fechado possui sempre uma mesma massa (desconsiderando efeitos
relativísticos, claro). E sistema aberto há fluxos de massa, contudo a quantidade no interior pode ser
constante, se o processo for em regime permanente.
Propriedades termodinâmicas:
Caracterizam macroscopicamente o estado de um sistema (das substâncias que o compõem) em
equilíbrio termodinâmico (contra-exemplos: aço, vidro... Suas propriedades dependem se sua
história: tratamentos térmicos, por exemplo, têmpera, recozimento: em nível atômico, implicam
diferentes arranjos cristalinos/amorfos...)
Grande vantagem: comparar 10²³ moléculas, cada uma com rx, ry, rz, vx, vy, vz, versus (P,V,T,...)
[pequeno número].
z
Descrição MECÂNICA CLÁSSICA ry
Gás monoatômico r rz TERMODINÂMICA CLÁSSICA
Descrição
0 y Gás monoatômico
rx Efeitos gerais ou médios de várias moléculas que
podem ser medidos ou inferidos experimentalmente.
25 mm
x
• Pressão (P)
1020 átomos • Temperatura (T)
z • Volume (V)
vy • massa (m) {quan5dade de matéria (N)}
vz Abordagem
v
0 y válida para Meio
Pelo menos vx ConBnuo “Essas observações macroscópicas são completamente
6 x 1020 equações
rx, ry, rz, vx, vy, vz independentes de nossas premissas a respeito da natureza
x da matéria”.
Meio Contínuo: corpo que pode ser subdividido continuamente em elementos infinitesimais
mantendo as mesmas propriedades do material macroscópico.
7
PPGEQ-UFSCar: ENQ 150 – Termodinâmica Química Aplicada – Apostila I. Profs. Giordano e Ribeiro
ρ(V) =m(V) /V
ρ =m /V = cte
Abordagem
discreta Abordagem Meio contínuo
ρd =md / Vd = mc / Vc =ρc Con1nua
V
Definições:
• Estado do sistema em equilíbrio → caracterizado pelas propriedades das substâncias que o
compõem.
• Propriedades termodinâmicas → grandezas que definem o estado de equilíbrio; dependem
apenas do estado do sistema e não do caminho percorrido.
Obs.: Conceito circular... mas FUNCIONA (a Termo se baseia nele, e suas previsões vêm
sendo comprovadas)
Classificação da propriedades:
1) Primitivas: diretamente mensuráveis (P, V, T, m)
Derivadas: calculadas a partir das primitivas (U, H, S, G, …)
2) Intensivas (não dependem da massa: P, T, ρ, v = 1/ρ)
Extensiva (dependem da massa: V, m, H, S, …)
• Processo quase-estático → processo tão lento que todos os estados intermediários são de
equilíbrio (processo ocorre em desvios infinitesimais do equilíbrio) => “é o mais eficiente”
Se TA = TB
A B# Então TA = TC
A C#
e TC = TB
C# B#
B = termômetro
2º Postulado
3º Postulado
Um sistema isolado tenderá sempre para o mesmo estado de equilíbrio se partir da mesma
condição inicial.
Equações de estado:
Exemplos:
Gás ideal: PV = nRT ou Pv = RT
Gás ideal monoatômico: U = 3⁄2 nRT
Substâncias reais: as equações de estado são mais (às vezes muito mais...) complexas:
Exs:
1) Pv = ZRT (vale em qualquer estado de agregação),
com: Z = fator de compressibilidade
Z = Z(T,P)
9
PPGEQ-UFSCar: ENQ 150 – Termodinâmica Química Aplicada – Apostila I. Profs. Giordano e Ribeiro
0,6
Fluido simples
0,8 0,7
1,2
1,0
Zc = 0,2901
0,9
1,1
1,3
Tr 5,0
1 1,1
2,0
Gás
0,9 sa t u 1,5
r ad
o
Fator de compressibilidade, Z
1,
0,8
1,2 3
0,7
1,1
0,6
0,5
1,05
0,4
0,3
0,6
0,7
0,8
0,85
0,9
0,95
1,0
0,2
0,1
o
Líqui do saturad
0
0,01 0,1 1 10
Pressão reduzida, Pr
Figura D.1
Fator de compressibilidade para o fluido de Lee–Kesler simples.
Fig.%3.19%)%Super/cie%pressão)volume)temperatura%para%uma%substância%que%se%
contrai%na%solidificação.%
Fig.%3.18%)%Super/cie%pressão)volume)temperatura%para%uma%substância%que%se%
expande%na%solidificação%%
Obs: A) O dióxido de carbono sublima à pressão ambiente; B) pode haver várias fases sólidas em equilíbrio.
1atm&
!78°C&
0°C&
[ Termodinâmica - Van Wylen, Borgnakke, Sonntag] [ Termodinâmica - Van Wylen, Borgnakke, Sonntag]
Expansão isobárica da água líquida: L-G, passando ou não por região de saturação.
P = Patm +Mg/A
P
A B B-C C
P C-D
P=0,1MPa P P
vapor vapor vapor
P P-Q P-Q Q
P
P
P
P
P=40MPa vapor?
TP!!!
TP TP! TP!!
12
PPGEQ-UFSCar: ENQ 150 – Termodinâmica Química Aplicada – Apostila I. Profs. Giordano e Ribeiro
Ponto crítico:
" ∂P % " ∂2 P %
$ ' = $ 2 ' = 0 (pto de inflexão)
# ∂v &T # ∂v &T
T Estado"A"
Onde
A"
T sat V = VL +VV
Vap" m = mL + mV
mv = mL vLsat + mV vVsat
mV
Liq" v = (1− x)vLsat + xvVsat x=
v v sat m
vLsat V
13
PPGEQ-UFSCar: ENQ 150 – Termodinâmica Química Aplicada – Apostila I. Profs. Giordano e Ribeiro
TRABALHO E CALOR
2
Trabalho: parte-se da definição mecânica de trabalho: W = ∫ Fx dx .
1
Entretanto, esta forma não é conveniente quando se trata de sistemas termodinâmicos ou volumes
de controle. Como relacionar Wmecânico e Wsist.?
Definição: um sistema tem uma interação adiabática de trabalho com o meio ambiente quando o
único efeito sobre o meio após a interação puder ser o levantamento ou abaixamento de um peso
→ Weixo × Wdesl. front.. Ex: p. 50 Van Wylen.
Vizinhanças
W>0 Q>0 Sistema realiza trabalho: W > 0; sistema recebe trabalho: W< 0
Sistema(
Sistema recebe calor: Q > 0; sistema perde calor: Q < 0 (para ambas as convenções)
Trabalho devido ao movimento de uma fronteira de um sistema simples num processo quase
estático:
A
vácuo
dm G
g G dL
Gás Gás
Sistema Sistema
Wsist = -Wpesos
Se o deslocamento é infinitesimal (dL) → processo quase-estático: P, T do gás uniformes sempre.
2 2
W2 = − ∫ P dV =
1
P 1 1
∫ 2
P dV > 0
Psist
Se V2 > V1 então 1W2 <0 (coerente com nossa convenção:
se o volume aumentou, o sistema fez trabalho e este é
negativo)
Para se calcular W matematicamente é necessário
1 conhecer a relação P(V) do processo.
W" W
Obs.: = w = − ∫ P dv => w é o trabalho por unidade
m
V de massa (kcal/kg).
2
P
C
1 1 2 t1
Experiência de Joule => Calor e trabalho têm a mesma natureza (energia em trânsito através da
fronteira do sistema), MAS SÃO DIFERENTES → não são totalmente intercambiáveis: A
NATUREZA É ASSIMÉTRICA!
MAS: nunca a água, por si só, faria o peso subir enquanto esfria! Calor e trabalho não são
intercambiáveis! (Upa, vamos precisar da 2a lei para explicar isso)
2
Notação ∫ δ Q = 1 Q2 ; Q/m = q (kcal/kg, J/kg, etc.)
1
16
PPGEQ-UFSCar: ENQ 150 – Termodinâmica Química Aplicada – Apostila I. Profs. Giordano e Ribeiro
4º Postulado:
Dados dois estados quaisquer (1) e (2) nos quais um sistema fechado está em equilíbrio, a mudança
de estado (1) → (2) e/ou a mudança inversa (2) → (1) pode ocorrer ao longo de pelo menos um
processo adiabático, e o trabalho adiabático envolvido sempre o mesmo, função apenas dos
estados (1) e (2); (Obs.: W não precisa seguir um processo quase estático).
1" 2"
Consequência do 4º Postulado:
Assim E2 – E1 é constante qualquer que seja o processo, se o processo for adiabático, E2-
E1=1W2adiab, entretanto, se o processo for não adiabático, E2-E1≠1W2adiab, pois o trabalho
adiabático é diferente do trabalho não adiabático.
Para nossos sistemas simples, a outra forma de energia cruzar a fronteira do sistema (fechado, aqui)
é o calor. Assim, para um processo qualquer E 2 −E1 = 1 Q2 + 1W2
Em forma diferencial: dE = δQ + δW
∴ δQ + δW = dU + dEC + dEP
ou: δQ + δW = dU + d ( 1
2 mυ 2 ) + d ( mgz ) ; se U é uniforme:
17
PPGEQ-UFSCar: ENQ 150 – Termodinâmica Química Aplicada – Apostila I. Profs. Giordano e Ribeiro
Integrando:
Entalpia:
Seja um processo quase estático (lento, sem atrito = reversível; se invertido, o universo volta ao
ponto inicial) isobárico com deslocamento de fronteira e variações desprezíveis da energia
mecânica, para um sistema fechado:
A soma das energias internas pelos produtos pressão × volume é uma propriedade termodinâmica
(pois definida por propriedades) por si só chamada entalpia, ou seja:
H = U + PV , e portanto: 1 Q2 = H 2 −H1
1 Q2isobárico = ΔH
Assim: H = U + PV; h = u + Pv
Por exemplo, em muitas tabelas, a energia interna de referência da água é o líquido saturado no
ponto triplo (PT).
líquido−sat
uref = u T =T ! =0
PT =0,01 C
E neste caso:
líquido−sat líquido−sat líquido−sat
href = uref PT
+ PPT v PT = [ Pv ] PT ≠0
Definição de “calor específico” (péssimo nome, calor não é uma propriedade – mas durante algum
tempo não se sabia disso...):
" ∂u %
cV = $ '
# ∂T &v são propriedades termodinâmica
" ∂h %
cP = $ '
# ∂T &P
Capacidade calorífica:
" ∂U %
CV = mcV = $ '
# ∂T &V
" ∂H %
CP = mcP = $ '
# ∂T &P
du
G. I.: cVo = ⇒ Δu = ∫cVo dT
dT
cVo, cPo → funções apenas de T. Isso para um gás ideal (o índice “o” vem de pressão zero.)
Obs: para fases densas, líquidos e sólidos)cPo e cVo ≈ f(T) ≈ cte. Mas muitas vezes admitem-se
constantes.
dE = dEc + dEp + dU = δQ + δW
dE dEc dEp dU ! ! δQ ! δW !
= + + = Q + W , onde =Q e =W
dt dt dt dt dt dt
A equação é dada em unidades de energia por tempo [E T-1], por exemplo: kcal/ h, W.
Cada termo da equação acima tem unidade de energia / (massa tempo) [E M-1 T-1], por exemplo:
kcal/kg h, W/kg.
Em um sistema aberto (volume de controle) pode haver fluxo de massa através da superfície de
controle. Assim é necessário que o sistema obedeça ao princípio de conservação da massa.
mVC = ∫ VC
ρ dV
m! i = V! ρ
A vazão volumétrica V! pode ser relacionada com a área transversal ao escoamento e a velocidade
20
PPGEQ-UFSCar: ENQ 150 – Termodinâmica Química Aplicada – Apostila I. Profs. Giordano e Ribeiro
V! = υ A
A equação acima é uma forma simples de descrever o balanço de massa para unidades de processo.
Seja um volume de controle (aqui, apenas para simplificar, com uma entrada e uma saída de massa
– mas a dedução é genérica, basta somas todas as entradas e todas as saídas do sistema para termos
um caso geral):
V.C.
Entre um instante t e Δt, a energia dentro do VC é a energia que entrou menos a que saiu durante o
intervalo Δt:
E! e dt
t+Δt
ou seja
Há três formas da energia atravessar a superfície de controle: trabalho, calor ou troca de massa com
as vizinhanças. A energia que entra e sai intrínseca à massa que atravessa a superfície de controle é.
entra
∑ m! (e i pi + eci + ui ) e
i
sai
∑ m! (e j pj + ecj + u j ) .
j
P1# SC Trabalho(de(fluxo(por(unidade(de(tempo(em(um(
P2#
certo(ponto(do(escoamento(
Ex.(Ponto((1(
Para#escoar#
P1#>#P2## δW f dFx
= W! f =
dt 1 1 dt 1
dPV dV
x W! f = = P1 = P1V!1
F 1 dt 1 dt 1
P
P2#
W! f = m! 2 P2 v2
P1# 2
F1 F2
Trabalho"de"fluxo"líquido"em"um"VC"é:"
entra sai
W! f = ∑ m! i Pi vi − ∑ m! j Pj v j
i j
22
PPGEQ-UFSCar: ENQ 150 – Termodinâmica Química Aplicada – Apostila I. Profs. Giordano e Ribeiro
Logo o trabalho de fluxo (ou, mais precisamente, a potência para promover o fluxo) líquido vale:
• entra sai
Wf = ∑ ! i Pi v i −
m ∑ m! P vj j j
i j
ou
dt i j
onde
Obs.: na dedução acima, considerou-se uniforme o estado da matéria em todo o VC e nas seções de
fluxo, ou seja: EVC, h, e v não são funções da posição. Num caso mais geral EVC = EVC(x,y,z,t), h =
h(x,y,z,t), etc... Nesse caso, é preciso integrar ao longo do volume (e/ou da superfície) de controle, e
o balanço de energia fica:
d ! !
∫ eρ dV = ∫ ( gz + 1 2 υ 2 + h ) ρυ ⋅ n dS + Q" VC + W"VC
dt VC SC
d ! !
onde EVC = ∫ eρ dV e dm! = ρυ ⋅ ndS onde n é o vetor unitário normal à superfície S
VC
dt
Casos particulares:
Hipóteses Complementares:
1. Volume de controle parado
2. O estado da matéria no interior do V.C. não varia com o tempo.
3. Os fluxos de massa não variam com o tempo, assim como o estado desta massa. As taxas de
troca de Q e W são constantes.
23
PPGEQ-UFSCar: ENQ 150 – Termodinâmica Química Aplicada – Apostila I. Profs. Giordano e Ribeiro
Conservação de massa:
dmVC
=0
dt
entra sai
∑ m! i = ∑ m! j
i j
dEVC
=0
dt
sai entra 1ª lei para regime permanente
∑ m! j ( gz j + 2 υ + h j ) − ∑ m! i ( gzi + 2 υ + hi ) = Q!VC + W!VC
1 2
j
1 2
i
j i
Hipóteses complementares:
1) Volume de controle parado
2) O estado da matéria no interior do V.C. pode variar com o tempo, mas é invariante com a
posição ao longo das várias regiões em que o V.C. possa ser dividido (ou seja, o estado é
uniforme ao longo do V. C.)
3) O estado da massa que cruza a superfície de controle é constante com o tempo, embora os
fluxos possam variar.
Simplificações da:
Conservação de massa:
t2 dmVC
∫ t1
dt
dt = m2 − m1
2 → fim do processo
1 → início do processo
onde mi é a massa total que entrou entre t1 e t2 pela corrente i e mj é a massa total que saiu no
mesmo intervalo pela corrente j.
entra sai
(m2 − m1 )VC = ∑ mi − ∑ m j
i j
24
PPGEQ-UFSCar: ENQ 150 – Termodinâmica Química Aplicada – Apostila I. Profs. Giordano e Ribeiro
entrada saída
"m ( gz + 1 υ 2 + h ) − m ( gz + 1 υ 2 + h )$ = ∑ mi ( gzi + 2 υ + hi ) − ∑ m j ( gz j + 1 2 υ 2j + h j ) + 1 Q2 + 1W2
1 2
# 2 2 2 2 2 1 1 2 1 1 %
VC
i
i j