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O Tribunal de Contas da União ensejou a edição da Súmula 252 (2010) e da Súmula 264 , a
saber:
SÚMULA/ TCU Nº264 (que somente deu nova redação para o enunciado da Súmula 39) – A
inexigibilidade de licitação para a contratação de serviços técnicos com pessoas físicas ou
jurídicas de notória especialização somente é cabível quando se tratar de serviço de natureza
singular, capaz de exigir, na seleção do executor de confiança, grau de subjetividade
insuscetível de ser medido pelos critérios objetivos de qualificação inerentes ao processo de
licitação, nos termos do art. 25, inciso II, da Lei n° 8.666/1993.3
A natureza do objeto a ser contratado é que determina a inviabilidade de competição, em
especial pelo grau de confiança envolvido. Esse é o teor do entendimento do TCU eternizado
pela Súmula 39,
O art. 13 não pode condicionar o instituto da inexigibilidade de licitação, porque ela não
decorre dele, mas da própria inviabilidade de competição, cujo fundamento de validade é o
inc. XXI do art. 37 da Constituição. Assim, outros serviços técnicos pro ssionais especializados,
de natureza singular, podem ser também contratados por inexigibilidade, ainda que não
indicados expressamente no art. 13 da Lei nº 8.666/93
“ Nem todo serviço técnico especializado enseja a pura e simples dispensa de licitação. Existem
serviços que, não obstante requeiram acentuada habilitação técnica, podem ser realizados por
uma pluralidade de profissionais ou empresas especializadas, indistintamente. A dispensa de
licitação só poderá ocorrer quando um serviço técnico se tornar singular, ou seja, quando o
fator determinante da contratação for o seu executante, isto é, quando não for indiferente ou
irrelevante a pessoa, o grupo de pessoas ou a empresa executante.”.
Bellotto (2004, p. 43) para ilustrar as diferentes características das instituições de acervo
cultural, nos aponta a comparação entre Arquivos, Bibliotecas e Museus, abaixo
representada:
Apesar das convergências, esses locais também apresentam diferenças no que tange a função
e organização de acervos e documentos.
Bellotto (2006), cuja ideia integra o tópico dedicado à Arquivologia, destaca-se que as
distinções dos documentos de arquivos e dos documentos de bibliotecas residem em seu
nascedouro. Os documentos de biblioteca são resultados de uma criação artística ou de uma
pesquisa, que objetivam a divulgação técnica, científica, humanística, filosófica, ao passo que o
documento de arquivo é produzido no transcurso das atividades e funções jurídicas ou
administrativas, apresentando essencialmente relações orgânicas entre si (característica
central dos documentos arquivistísticos).
Segundo o Estatuto Brasileiro de Museus, em seu artigo 1º, Consideram-se museus [...] as
instituições sem fins lucrativos que conservam, investigam, comunicam, interpretam e
expõem, para fins de preservação, estudo, pesquisa, educação, contemplação e turismo,
conjuntos e coleções de valor histórico, artístico, científico, técnico ou de qualquer outra
natureza cultural, abertas ao público, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento.
(BRASIL, 2009, p. 1)
Além de que, conforme estabelece o art. 2 da Lei LEI No 8.159, DE 8 DE JANEIRO DE 1991. Art.
2º - Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei, os conjuntos de documentos produzidos e
recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades privadas, em
decorrência do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa física, qualquer que
seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos. Em uma interpretação simples
do termo acima destacado: " em decorrência do exercício de atividades específicas" é fácil
vincular que a gestão de materiais é uma atividade especifica da administração pública, sendo
desta forma impossível afirmar que os arquivos não acumulam documentos relacionados ao
controle patrimonial. A preocupação com a organização e o acesso aos documentos públicos é
antiga, mas só recentemente foram dados passos decisivos neste sentido. A Constituição
Federal de 1988 dispõe, no parágrafo 2º do artigo 216, que “cabem à administração pública,
na forma da lei, a gestão da documentação governamental e as providências para franquear
sua consulta a quantos dela necessitem”. Mais tarde, a lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991,
que dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados, preconiza a revitalização
dos serviços arquivísticos do Poder Público por meio de programas de gestão de documentos,
que reúnam procedimentos e operações técnicas referentes à produção, tramitação, uso,
avaliação e arquivamento de documentos. O Código de classificação de documentos de
arquivo para a administração pública: atividades-meio e a Tabela básica de temporalidade e
destinação de documentos de arquivo relativos às atividades-meio da administração pública
foram elaborados por técnicos do Arquivo Nacional, da antiga Secretaria da Administração
Federal e do Ministério do Planejamento e Orçamento e constituem elementos essenciais à
organização dos arquivos correntes e intermediários, permitindo acesso aos documentos por
meio da racionalização e controle eficazes das informações neles contidas. Assim, podemos
observar que o PLANO DE CLASSIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS da atividade meio DO CONSELHO
NACIONAL DE ARQUIVOS (CONARQ)8, que se aplica à administração pública direta e indireta,
TRAZ A CLASSE 030, destacada abaixo, que trata especificamente de documentos que devem
fazer parte do arquivos relativos à Administração de Materiais, conforme destacado abaixo: 8
http://conarq.arquivonacional.gov.br/images/publicacoes_textos/
Codigo_de_classificacao.pdf Classe 030 – MATERIAL - São classificados os documentos
referentes à ADMINISTRAÇÃO DOS MATERIAIS do órgão, necessários ao desenvolvimento de
suas atividades, incluindo as formas de aquisição e alienação, o controle do estoque e da
distribuição e a conservação e reparo. Diante do exposto, fica evidente que a questão em tela
DEVE SER ANULADA por não apresenta afirmativa errada.
Para Marilena Leite Paes, “a principal finalidade dos arquivos é servir a administração,
constituindo-se, com o decorrer do tempo, em base do conhecimento da história”. Destaca
ainda que a “função básica do arquivo é tornar disponível as informações contidas no acervo
documental sob sua guarda ”. Observa-se, portanto, que o arquivamento não consiste apenas
em guardar documentos, mas servir de fonte de pesquisa para toda a administração, servindo
de base para eventuais tomadas de decisões e ainda para a preservação da história.
QUESTÃO 46
Podemos entender conforme discorre Maria Sylvia Zanella Di Pietro que a sanção
disciplinar é um ato administrativo propriamente dito, "quanto à função da vontade,
voltada para obtenção de determinados efeitos jurídicos definidos em lei" [58] E
segundo a citada professora poder-se-á dividi-lo em ato administrativo discricionário,
ou neste caso sanção disciplinar discricionária, "será discricionário quando houver
vários objetos possíveis para atingir o mesmo fim, sendo todos eles válidos perante o
direito; é o que ocorre quando a lei diz que, para a mesma infração, a Administração
pode punir o funcionário com as penas de suspensão ou de multa" [59]e ato
administrativo vinculado, ou sanção disciplinar vinculada onde, "o ato será vinculado
quando a lei estabelece apenas um objeto como possível para atingir determinado fim;
por exemplo, quando a lei prevê uma única penalidade possível para punir uma
infração" [60].
DI PIETRO (2001, p. 66) entende que há discricionariedade quando o regramento legal, por não atingir
todos os aspectos do ato administrativo, faz remanescer certa margem de decisão diante do caso
concreto, de modo que o administrador possa, com base em critérios de oportunidade e conveniência,
escolher entre uma pluralidade de soluções válidas.
A questão refere-se aos ATOS ADMINISTRATIVOS, sendo indagado ao aluno qual o ato
que mais se aproxima com a aplicação da SANÇÃO DE MULTA de 5 a 10% . Com a
seguinte indagação: A aplicação dessa nova sanção pode ser classificada com um ato
administrativo. A aplicação de sanção é ato VINCULADO (poder dever) sendo uma
determinação na lei em que o administrador não tem liberalidade em fazer ou não mas sim
com a obrigatoriedade de fazer. A questão NÃO pergunta sobre a proporcionalidade da
sanção de multa (5-10%) em que poder-se-ia pensar em poder DISCRICIONÁRIO, mas
sim, em aplicar a SANÇÃO, portanto, aplicar a SANÇÃO é poder vinculado. A má redação
da questão não pode ser pactuada pela banca prejudicando o candidato.
Questão 41