AM030 Arte Pregacao Crista

AM030 - ARTE DE PREGAÇÃO CRISTÃ
Por; Availdes Santana Santos

Líder Máster em Desbravadores
Diretor - Clube de Líderes Raízes - Polo Colorado
Regional - 12ª Região AMC
JULHO 2014
(Revisado em Janeiro de 2017)
APOSTILA: ARTE DE PREGAÇÃO CRISTÃ
Especialidade AM030 - Registro de LÍDER, Seção III, Requisito 3
Por: Availdes Santos - Líder Máster em Dbvs - AMC/USEB/DSA
SUMÁRIO
PAG. 03 - APRESENTAÇÃO.
PAG. 03 - INTRODUÇÃO.
PAG. 04 - CAPITULO 1 - REQUISITOS DA ESPECIALIDADE.
PAG. 05 - CAPITULO 2 - COMUNICAÇÃO, UM ESTILO DE VIDA.
PAG. 06 - CAPITULO 3 - ORATÓRIA: HISTORIA, DEFINIÇÃO E EXEMPLOS.
PAG. 08 - CAPITULO 4 - O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO DIVINO/HUMANA.
PAG. 11 - CAPITULO 5 - RECURSOS DE UM ORADOR/PREGADOR.
PAG. 14 - CAPITULO 6 - SERMÕES: CONCEITOS E TIPOS.
PAG. 17 - CAPITULO 7 - PARTES DE UM SERMÃO.
PAG. 20 - CAPITULO 8 - COMO MONTAR UM SERMÃO
PAG. 21 - VAMOS REVISAR!
PAG. 22 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
“AM030 - ARTE DE PREGAÇÃO CRISTÃ” 2

APRESENTAÇÃO;
'Arte de Pregação Cristã' é uma especialidade presente no manual de especialidade de desbravadores da

Divisão Sul Americana. Foi criada no ano de 2012 Aqui na própria DSA e encaixada na seção de 'Atividades
Missionárias e comunitárias'.
Tem por objetivo introduzir conceitos e técnicas da arte de falar em publico, voltado especificamente para
'oratória' e 'sermões', alem disso, é requisito para todo líder de desbravadores, exigida no cartão de liderança,
Registro de Líder, seção III - Serviço ao clube, no requisito de nº 3 (Pagina 10).
INTRODUÇÃO
Sabendo que 'Pregar' ou 'Anunciar o evangelho' é um dever de todo cristão 1 e que fomos chamados por
Deus para anunciar aos outros como Deus nos tirou da escuridão2, Todo Crente deve estar preparado para falar de
Jesus para o próximo, justificando as razões de nossa crença3. Porem, existe uma parcela dos cristãos que querem ir
alem, assumir o púlpito de uma igreja, se deixar ser usado pelo Espírito Santo para falar a um publico diferente - os
cristãos, a estes nós costumeiramente chamamos de 'Pregadores'.
Pregar é o desejo de muitos que sentam nos bancos da igreja, pregar bem e atingir bem seu publico é o
desejo da maioria dos pregadores. Nesta apostila veremos algumas técnicas interessantes de se preparar bem para
ser um pregador cristão. Veremos conceitos e técnicas sobre oratória, sermões, uso da bíblia e as mensagens nela
apresentadas.
Esperamos que ao concluir esta especialidade você tenha conhecimentos e possa aplica-los de forma sua
pregação seja uma benção para os ouvintes.
Availdes S. Santos
Regional - 12ª Região AMC.
1. Apóstolo Paulo, - I Coríntios 9:16.

2. Apóstolo Pedro - 1 Pedro 2:9.
3. Apóstolo Pedro - 1 Pedro 3:15

CAPITULO 1 - REQUISITOS DA ESPECIALIDADE

- Seção: Atividades Missionárias e Comunitárias.
- Código: AM030.
- Nível de dificuldade: 2.
- Ano em que foi criada: 2012.
- Origem da especialidade: Divisão Sul Americana.

CAPITULO 2 - COMUNICAÇÃO: UM ESTILO INVOLUNTARIO DE VIVER.

A comunicação faz parte da vida do ser humano, e a fazemos em todo instante de forma involuntária,
acontecendo em todo lugar e a todo o momento. A comunicação, segundo FERNANDES (2013), é um processo de
troca de informações, onde se transmite ideias ou proporciona o saber ou o conhecer sobre diversos assuntos e/ou
situações.
Para que possamos trocar informações, fazemos uso dos seguintes meios:
- A Palavra escrita que é feita por meio de grafia e desenhos,
- A palavra verbal ou falada, que é feita através da expressão de nossas ideias com a voz.
- Os Gestos, que é feito através de movimentos e ações do corpo.
Assim, entendemos que a comunicação é muito mais do que palavras, pois segundo POLITO (1995), a
transmissão com sucesso de uma mensagem se dá 7% por meio da palavra, 38% por meio da voz e 55% por meio
da expressão corporal.
100
80 Palavra 7%
60
Voz 38%
40
20 Expressao
Corporal 55%
0
Transmissão da mensagem
Com tudo isto em mente, podemos afirmar que um pregador cristão, é aquele que comunica a mensagem de
Deus através: da palavra escrita (Bíblia, Sermões, Livros), da palavra verbal (Voz) e dos Gestos (Expressão
corporal), tendo a bíblia e a inspiração do Espírito Santo como fundamento de sua mensagem.
Com esta ultima afirmação, podemos ainda dizer que um pregador cristão deve se preocupar com o que
deseja falar/transmitir em sua mensagem, mas também em como irá falar/transmitir essa mensagem.
Os elementos da comunicação eficaz são:

a) Emissor; é aquele que transmite a mensagem, em nosso caso especifico o pregador, o cantor, o orador.
b) Receptor; é aquele que recebe/ouve a mensagem, em nosso caso especifico, a igreja, o (tel)espectador
(no caso de TV e Radio), o estudante da bíblia...
c) Mensagem; é o conteúdo a ser passado na mensagem, o que se deseja transmitir, o que se deseja que o
ouvinte entenda e compreenda do tudo que se foi dito.
d) Canal: é o meio pelo qual se transmite a mensagem, em nosso caso: Sermão, musica cantada ou
instrumental, encenação, Estudos bíblicos, palestra...

e) Ambiente: Local adequado para se transmitir a mensagem, em nosso caso: Templos, Auditórios,
Congressos, Natureza...
f) Ruído; é o bloqueio total ou parcial do processo de Emissão/recepção da mensagem. Isso pode ocorrer
pelo uso de palavras complexas e ambíguas (dupla sentido) pelo orador, falta de conhecimento e domínio
do tema, Estado de cansaço do ouvinte, valores e crenças pessoais, e outros.
CAPITULO 3 - ORATÓRIA: HISTÓRIA, DEFINIÇÃO E EXEMPLOS.

3.1 - Definição:
Oratória é a arte de falar em publico de forma estruturada e deliberada, com a intenção de informar,
influenciar, ou entreter os ouvintes1. Essa arte envolve falar com elegância, com eloquência, na dose certa, na hora
apropriada, diferentes recursos e/ou técnicas de linguagem para alcançar o publico alvo com a mensagem que se
queira passar.
3.2 - História da oratória:

Essa técnica foi desenvolvida por 'Corax' (ambos de Siracusa/Silícia/Itália), que definiu a oratória como
'Criadora de persuasão', e seu discípulo Tísias por volta do século V a.C. - Corax (se pronuncia 'corace') escreveu o
livro 'A arte da Oratória' que se perdeu ao longo dos tempos, mas é muito citado por dois grandes filósofos e
oradores romanos - 'Marcus Tullius Cícero' e 'Marcus Fabius Quintilianus'. Outros acreditam que o livro 'Rhetorica ad
Alexandrian' de Aristóteles seja o livro perdido de Corax, a história de Corax e Tísias são pouco conhecida e, pouco
ou tudo que se sabe sobre os dois, estão nos escritos Platão, Aristóteles e Cícero.
Corax ao ensinar sua técnica para Tísias fez um acordo de pagamento em dinheiro onde, Tísias aprenderia
toda sua técnica e a empregaria na primeira causa que defendesse, caso ele ganhasse a causa, pagaria pelo
aprendizado ou, estaria isento, caso perdesse a causa2.
Embora tenha sido criada na Silícia, foi em Atenas/Grécia que a Oratória tomou forma, sendo desenvolvida e
implantada nas escolas por Isócrates, com a disciplina de 'Retórica' (do grego retoriké - Retor:Orador / Riké:Discurso
público, Eloquência) que significa tanto a 'Arte da Oratória' como a 'Disciplina que estuda/ensina essa arte'. As
técnicas de oratória foram melhoradas por Isócrates, Aristóteles e Platão. Em Roma, na ascensão para Republica
Romana, que políticos tomaram uso das técnicas de retórica, copiando-a dos gregos e modificando-a, tornando seu
currículo completo, ao incluir sua grade curricular o estudo da Gramática, Exercícios preliminares, preparo de
discursos públicos.
3.3 - Exemplos de grandes oradores:

Temos nomes que marcaram a história da humanidade usando retórica em seus discursos, como: Marco
Túlio Cícero (Roma Antiga); Péricles (Grécia Antiga); Abraham Lincoln (EUA); Adolf Hitler (Alemanha); Joaquim Aurélio
Barreto Nabuco de Araújo ou simplesmente, Joaquim Nabuco (Brasil); Mahatma Gandhi (Índia); Nelson Mandela
(Africa); e tantos outros.
Queremos neste material citar uma bigrafia para cada categoria exigida na especialidade, você pode ainda
pesquisar na internet sobre outras biografias e até assistir discursos de alguns oradores antigos, modernos e atuais,
buscando aprimorar mais a sua técnica de retórica.

3.3.1 - Grandes oradores da antiguidade: Demóstenes (384 a.C. - 322 a.C.)

Demóstenes foi um proeminente orador e político grego, de Atenas. Sua oratória constitui uma importante
expressão da capacidade intelectual da Atenas antiga e providenciam um olhar sobre a política e a cultura da Grécia
antiga durante o quarto século AC. Demóstenes aprendeu retórica estudando os discursos dos grandes oradores
antigos.
Aos sete anos de idade, Demóstenes perdeu o pai e teve sua herança
roubada por seus tutores. Posteriormente, abriu processo para recuperar os bens
roubados. Ganhou o processo mas não recuperou todos os bens que lhe pertenciam.
Com vinte e sete anos iniciou sua carreira de orador e logo conseguiu destaque.
Garoto ainda, Demóstenes assistiu a um julgamento no qual um orador

chamado Calístrato teve um desempenho brilhante e, com sua verve, mudou um
veredicto que parecia selado. Demóstenes invejou a glória de Calístrato ao ver a
multidão escoltá-lo e felicitá-lo, mas ficou ainda mais impressionado com o poder da
palavra, que parecia capaz de levar tudo de vencida. Assim, alimentou a esperança de
se tornar um grande orador – sonho que parecia impossível devido à sua gagueira.
Conta-se que Demóstenes, à força de perseverança, ultrapassou o problema da
gaguez declamando poemas enquanto corria na praia contra o vento e também, sendo
esse o fato mais conhecido, forçando-se a falar com seixos na boca. Após treinamento que demandou enorme
esforço, Demóstenes venceu a gagueira e se tornou o maior orador da Grécia.
Sua vida como orador e político foi dedicada à defesa de Atenas que se via ameaçada por Filipe II da
Macedônia. Contra o líder macedônio, Demóstenes escreveu inúmeros discursos que ficaram conhecidos como
Filípicas. O objetivo era conclamar os cidadãos atenienses e arregimentar forças contra a Macedônia antes que fosse
tarde demais.
Fonte: http://www.comunicadorcorporativo.com.br/2012/08/serie-grandes-comunicadores-demostenes/ Acessado em 14/06/2014.
3.3.2 - Grandes oradores modernos: Martin Luther King Junior (1929 - 1968)
Nasceu em 15/01/1929, em Atlanta, Geórgia (EUA). Foi
um pastor protestante e ativista político estadunidense. Tornou-se um dos mais
importantes líderes do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, e
no mundo, com uma campanha de não violência e de amor ao próximo.
Um ministro Batista, King tornou-se um ativista dos direitos civis no início de

sua carreira. Ele liderou em 1955 o boicote aos ônibus de Montgomery e ajudou a
fundar a Conferência da Liderança Cristã do Sul (SCLC), em 1957, servindo como seu
primeiro presidente. Seus esforços levaram à Marcha sobre Washington de 1963,
onde ele fez seu discurso "I Have a Dream" ('Eu tenho um sonho' em português).
Em 14 de outubro de 1964 King recebeu o Prémio Nobel da Paz pelo o combate à desigualdade racial
através da não violência. Nos próximos anos que antecederam a sua morte, ele expandiu seu foco para incluir a
pobreza e a Guerra do Vietnã, alienando muitos de seus aliados liberais com um discurso de 1967 intitulado "Além
do Vietnã".
King foi assassinado em 4 de abril de 1968, em Memphis, Tennessee. Ele recebeu postumamente a Medalha
Presidencial da Liberdade em 1977 e Medalha de Ouro do Congresso em 2004; Dia de Martin Luther King, Jr. foi
estabelecido como um feriado federal dos Estados Unidos em 1986. Centenas de ruas nos EUA também foram
renomeadas em sua homenagem.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Martin_Luther_King_Jr. Acessado em 14/06/2014.

3.3.3 - Grandes oradores brasileiros: Ruy Barbosa de Oliveira

Nascido em Salvador, 5 de novembro de 1849, foi um polímata brasileiro, tendo se destacado principalmente
como jurista, político, diplomata, escritor, filólogo, tradutor e orador. Um dos intelectuais mais brilhantes do seu
tempo, foi um dos organizadores da República e coautor da constituição da Primeira República juntamente com
Prudente de Morais. Ruy Barbosa atuou na defesa do federalismo, do abolicionismo e na promoção dos direitos e
garantias individuais. Primeiro Ministro da Fazenda do regime instaurado em novembro de 1889, sua breve e
discutida gestão foi marcada pela crise do encilhamento sob a proposição de reformas modernizadoras da economia.
Destacou-se, também, como jornalista e advogado.
Foi deputado, senador, ministro. Em duas ocasiões, foi candidato à Presidência da República. Empreendeu
a Campanha Civilista contra o candidato militar Hermes da Fonseca. Notável orador e estudioso da língua portuguesa,
foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras, sendo presidente entre 1908 e 1919.
Como delegado do Brasil na II Conferência da Paz, em Haia (1907), notabilizou-se pela defesa do princípio
da igualdade dos estados. Sua atuação nessa conferência lhe rendeu o apelido de "O Águia de Haia". Teve papel
decisivo na entrada do Brasil na Primeira Guerra Mundial. Já no final de sua vida, foi indicado para ser juiz da Corte
Internacional de Haia, um cargo de enorme prestígio, que recusou.
Faleceu em Petrópolis, 1 de março de 1923, uma de suas celebre frases é a seguinte: "A liberdade não é
um luxo dos tempos de bonança; é, sobretudo, o maior elemento de estabilidade das instituições."
- "Obras completas de Rui Barbosa" - Página 208, de Ruy Barbosa - Publicado por Ministério de Educação e Saúde, 1942".
CAPITULO 4 - O PROCESSO COMUNICAÇÃO DIVINO/HUMANA.

Agora que entendemos um pouco sobre a comunicação e a oratória, podemos compreender mais sobre o
processo de comunicação/inspiração de Deus para com o homem. Vamos lá então:
Quando lemos os primeiros livros da bíblia, encontramos Deus falando com o homem face a face, ou pelo
menos, diretamente, de forma audível. Foi assim com Adão e Eva (Genesis 3:8 -10), Com Abraão (Gen. 12;1), Com
Moisés (Êxodo 3;2 a 6), com Samuel (1 Samuel 3) e alguns outros patriarcas e profetas, Entretanto, por causa do
pecado, que nos afasta de Deus e nos impede de ouvi-Lo, essa comunicação direta com Deus foi sendo redefinida,
de forma a Deus comunicar sua vontade e interesses aos seus fieis de outras maneiras (Sonhos, Visões,
Pensamento...), e estas outras maneiras se dá pelo por alguns processos de comunicação, que dentre eles, o mais
falado ou mencionado é a 'Inspiração'.
Assim vamos entender um pouco esse processo para de comunicação divino-humana para compreender não
somente como falar/ouvir a Deus, mas também como nos relacionarmos com Ele.
4.1 - Revelação, Inspiração, Iluminação.

4.1.1 - REVELAÇÃO: É a ação de Deus de nos comunicar a verdade. Onde Deus, revela-se a Si mesmo e sua vontade
ao homem (profeta), nesse processo, Deus dá o conhecimento de Sí e sua vontade de uma forma que o profeta não
obteria por seus próprios meios.
4.1.2 - INSPIRAÇÃO: É o processo pelo qual Deus capacita alguém a ser seu porta-voz. Assim, ao receber a revelação
divina, o profeta/mensageiro/Pregador é dotado do próprio Deus para comunicar tal mensagem de forma fiel e

verdadeira. Isto é claramente afirmado por Pedro em seu segunda carta (1:21) onde diz que: homens Santos
(profetas) falaram da parte de Deus (Revelação), movidos pelo Espírito Santo (Inspiração).
4.1.3 - ILUMINAÇÃO PROFÉTICA: É o poder do Espírito Santo que nos habilita a entender e compreender o conteúdo
da mensagem de Deus dada aos seus profetas. Dessa, forma a mesma inspiração que é dada ao profeta/pregador
para falar, é dada ao ouvinte para compreender e aplicar o conteúdo da mensagem proferida em sua vida. É
importante afirmar que: A revelação e a Inspiração envolve a ação de Deus com a ação dos profetas/pregadores,
porem a iluminação envolve o leitor/ouvinte da mensagem. Para Scholz (2006) A 'Iluminação' ocorre no ato da
leitura e/ou ouvir da palavra de Deus, não antes e nem em lugar dela.
4.2 - Teorias da Inspiração profética.

A teologia apresenta três teorias para explicar como os profetas obtiveram o conhecimento de Deus e sua vontade
para produzir assim a sua palavra, são elas:
4.2.1 - Inspiração Verbal: A ênfase da inspiração esta nas palavras e não no profeta/pregador. É-se
entendido que o conteúdo da mensagem e responsabilidade exclusiva de Deus sem a participação humana,
onde todos os detalhes e palavras da mensagem são pré-selecionadas por Deus, a única função do homem
é escrevê-las com sua caneta (Pena). Foi desse conceito que surgiu o termo 'Pena Inspirada'. Vale lembrar
que o profeta ou pregador é o porta-voz de Deus e não a sua forma de expressar, é por isso que trechos
iguais da bíblia escrita por vários autores/escritores com palavras e expressões diferentes.
4.2.2 - Inspiração do pensamento: A ênfase da inspiração está no profeta/pregador e não nas palavras. A
inspiração atinge a mente do pregador, e o Espírito Santo assegura que seja corretamente comunicada.
Nessa teoria, não é a caneta (pena) que é inspirada e sim o pensamento do pregador.
4.2.3 - Inspiração mecânica/Ditada: A ênfase aqui é o Espírito Santo, pois Ele coloca as palavras na boca do
profeta/pregador sem considerar sua formação sócio-cultural e educacional.
A Igreja Adventista do Sétimo Dia entende, com base na bíblia e no Espírito de profecia, que a 'Inspiração do
pensamento, como modelo padrão para explicar o processo de comunicação divino-humana, pois nesta há uma
harmonia entre a mente e a vontade divina (ao atingir e mente humana) e a mente e vontade humana (ao escolher
as palavras e expressões que representem os pensamentos recebidos por Deus).
Ellen White afirma o seguinte: “Se bem que eu dependa do Espírito do Senhor tanto para escrever minhas
visões como para recebê-las, todavia as palavras que emprego ao descrever o que vi são minhas, a menos que
sejam as que me foram ditas por um anjo, as quais eu sempre ponho entre aspas. " (Mens. Escolhidas, Vol. 1, Pag.
37)
4.3 - Modelos da inspiração profética:
4.3.1 - Modelo 'Visionário': Este modelo sugere visões de caráter sobrenatural em que o profeta exibe sinais de estar
sob o controle de um poder sobre-humano. Aqui se inclui também Sonhos e Teofanias (Quando a presença real de
um ser divino é visto e/ou ouvido, Ex: Moises e a sarça Ardente; Samuel no Templo; Josué e o Sumo-Sacerdote;
Abraão e o chamado e sacrifício de Isaque; A chama acesa no propiciatório do templo...). As visões e teofanias são
tão reais que quem as tem não consegue diferenciar a realidade da visão, e usa expressões como: 'eu vi o Senhor',
'O Senhor me Disse', 'Eu ouvi a voz do Senhor'.

4.3.2 - Modelo 'Testemunho': Este modelo sugere que Deus inspira o profeta/pregador a dar o seu testemunho
sobre tudo aquilo que ele viu e ouviu. Nesse caso a testemunha não necessita de uma revelação sobrenatural, vinda
de Deus, pois ele fez parte da historia que se propõe a contar. Exemplos: Os evangelhos de Mateus e João, eles
estiveram lado a lado com Jesus e por isso, não tiveram uma revelação sobrenatural para contar detalhes da vida de
Jesus, embora sejam inspirados na mesma proporção que os outros.
4.3.3 - Modelo 'Histórico': Este modelo sugere que Deus inspira e guia o profeta/pregador a procurar informações
em fontes confiáveis como Registros históricos (livros), relatos de testemunhas oculares, tradições orais e/ou
escritas, fazendo com que o conteúdo da mensagem final seja produto de uma pesquisa apurada sobre o tema
desta. Exemplos; Os livros de Marcos, Lucas. A inspiração histórica ainda pode incluir registro de Diário de viagens,
biografias, fatos históricos... Exemplos: Êxodo, Josué, Esdras, Rute, Ester, e Atos, Veja que Moises não precisou de
revelação especial para contar a historia do êxodo de Israel e nem Lucas para contar as historias das viagens
missionárias de Paulo, pois em ambos os casos, os historiadores vivenciaram a história contada.
4.3.4 - Modelo 'Conselheiro': Sugere que Deus inspira o profeta/pregador a agir como conselheiro de seu povo.
Paulo é um exemplo de profeta/pregador conselheiro, veja que em seus livros uma parte é repleta de conselhos,
como por exemplo: I Coríntios, que trata do assunto de família. Em alguns casos para dar o conselho Paulo tinha o
'comando do Senhor' (I Cor. 7:10), em outras ele deu conselhos inspirados mesmo sem ter uma revelação especial
ou sobrenatural, porem vindo de uma mente cheia do Espírito Santo (I Cor. 7:25).
4.3.5 - Modelo 'Epistolar': Sugere que Deus inspira o profeta/pregador com mensagens de inspiração, devoção,
instrução e correção aos cristãos do primeiro século e, através destas, aos cristãos de todas as eras. Por exemplo,
as cartas de Paulo, de Tiago, de João e de Pedro que são mensagens com destinatários específicos (cartas pessoais)
e que se tornaram de domínio (uso) público ao passarem a fazer parte do canon bíblico.
Agora que você já tem conhecimento de como Deus age para com homem no processo de inspiração, você
observa que os escritos de Ellen White se encaixam em todos os modelos de inspiração? Alguns deles foram escritos
com instrução para pessoas ou grupos específicos (Epistolar); Outros são conselhos/orientações sobre conduta
pessoal, estilo de vida, e etc. (Conselheiro); Outros foram escritos relatando visões que recebera de Deus, sejam
orientações ou profecias (Visionário); Outros foram escritos relatando acontecimentos históricos e em especial que
desvendam profecias (Histórico); já outros em outros escritos ela dá testemunho de experiências que ela vivenciou
seja com seu anjo, seja nas visões ou em seu próprio dia-a-dia de ministério (testemunho).
E com base no conhecimento adquirido neste capitulo, compreendes melhor a autoridade divina presente
nos livros da bíblia? E os escritos de Ellen White, entendes agora porque a Igreja Adventista do Sétimo Dia chama os
escritos de Ellen White como sendo parte 'Espírito de Profecia'?
E Ainda com base neste capitulo, você agora os reconhece ou confirma sua crença de que eles são parte do
Espírito de profecia, descrito no livro de Apocalipse, e que a igreja verdadeira nos últimos dias deveria possuir?
4.4 - a Inspiração do orador/pregador.

A pessoa do "Pregador/Orador" entende-se que é Aquele que se utiliza da inspiração do Espírito Santo e,
através da explanação dos escritos da bíblia e/ou do Espírito de profecia, comunica a mensagem de Deus aos seus
servos nos dias de hoje, em especial em sua amada Igreja.

Esse pregador recebe a inspiração para desenvolver o seu sermão não, no momento da pregação, mas
desde o momento em que é movido pelo Espírito Santo a:
1) Desejar falar sobre um tema (Inspiração do pensamento);
2) Aprofundar, compreender e fundamentar seu conhecimento sobre o tema através de Estudo e

consulta na bíblia, Espírito de Profecia, Dicionários bíblicos, Livros diversos, testemunhos e outras
fontes (Iluminação profética; Modelo 'Histórico' ou pesquisador de inspiração);
3) Elaborar o Sermão propriamente dito, escrevendo a mensagem de Deus em suas próprias palavras
e características culturais (Inspiração verbal ou mecânica; Modelo de Inspiração Epistolar,
Conselheiro, Testemunho);
4) Se coloca como porta-voz de Deus expressando de forma verbal (falada) diante da igreja e/ou
publico alvo, a sua mensagem anteriormente inspirada (Inspiração Verbal, do pensamento ou
Mecânica).
Vale lembrar ainda que, para que um sermão tenha o devido efeito, alem do pregador, os ouvintes também
precisam receber a iluminação do Espírito Santo para compreender a mensagem dada ao pregador e por ele
proferida diante da igreja.
CAPITULO 5 - RECURSOS DO ORADOR/PREGADOR.

O pregador para ter um sermão bem elaborado e fundamentado pode e precisa recorrer á alguns recursos
para aumentar, fundamentar, ilustrar e aperfeiçoar sua forma de expressar a 'mensagem inspirada', vamos citar
alguns destes recursos aqui:
5.1 - Bíblia, O 'Livro Padrão' ou 'A única regra de fé do cristão';

Visto que 'Religião' é um assunto de fé, e a fé é o resultado do conhecimento que se tem da palavra de
Deus (Rom. 10: 17), O principal recurso de um pregador é a Bíblia. Ela é composta de 66 escritos de profetas,
historiadores, discípulos e apóstolos que falaram/escreveram movidos pelo Espírito Santo (1 Pedro 1:21), cujo
principal objetivo é testemunhar de Cristo (João 5:39), e através deste testemunho passemos a crer em Jesus e tê-lo
como senhor de nossas vidas (João 20:30), norteando a conduta de vida e as ações de uma pessoa que, em busca
da salvação, se coloca sob a direção de Cristo (II Timóteo 3:15-17), e ainda orientar os princípios da testemunha
(igreja/profeta/pregador) fiel e verdadeira (Isaias 8:20).
A bíblia esta dividida em duas partes: (AT) Antigo Testamento, onde se conta a historia de criação do
mundo, a formação do povo de Deus, a promessa e o preparo do mundo para receber o Messias ou o Cristo; e o
(NT) Novo testamento, onde se conta a história física do Jesus, chamado Cristo, A formação da igreja Cristã com base
na fé, e a conduta de vida que essa igreja deve possuir.
Em ambos os testamentos há profecias que revelam aspectos da historia da humanidade e da igreja/povo

de Deus até a instauração da nova Jerusalém celestial na terra. Dessa forma, o 'AT' aponta para o 'NT', e 'NT'
interpreta, confirma e expande o 'AT', ou seja, um depende do outro Scholz (2006) afirma que o novo testamento

cita o 'AT' 295 vezes de forma direta e 4000 vezes de forma indireta, e que não é possível entender o 'NT' sem
depender do 'AT'.
Para Scholz (2006) A leitura da bíblia é um privilegio recente, pois durante a maior parte da historia da
igreja, a bíblia somente era conhecida através de leitura pública, não se tinha acesso ao impresso da bíblia. Afirma
ainda que 'Não se ler a bíblia para Deus e sim para si mesmo, isto é, para proveito pessoal'... E isto (A leitura da
bíblia) não vai fazer com que Deus o ame mais ou menos', Assim sendo, o resultado ou a transformação obtida da
leitura da bíblia é do leitor para com Deus e não ao contrário, pois a bíblia foi escrita para o cristão.
Scholz (2006) também acentua três princípios de estudos para se entender a bíblia, são eles: (1º) A bíblia
não se contradiz e interpreta a si mesma; (2º) A bíblia também se explica sozinha. Ela é sua própria interprete; (3º)
Devemos interpretar a bíblia pela própria bíblia, à luz da própria bíblia. Ainda segundo SCHOLZ, o leitor ideal da bíblia
seria alguém que seja cristão, e que também conheça as línguas nas quais a bíblia foi escrita (Hebraico, Aramaico e
Grego), mas como nem sempre isto é possível aos iniciantes, LAHAYE (1984) recomenda que, alem de uma boa
versão da bíblia, traduzida por alguém que fato entendia da língua original da bíblia, usemos outros recursos de
ajuda à compreensão as traduções da bíblia, são eles: Manual bíblico Halley; Chave (concordância) bíblica; Dicionário
bíblico; Comentário bíblico; Livro: Harmonia dos Evangelhos; Livro: Doutrina bíblica; E um livro sobre a divindade de
Cristo.
Existem algumas boas 'Bíblias de Estudo' que servem não apenas para simples leitura da palavra de Deus,
mas também para uma analise apurada e aprofundada sobre os temas bíblicos. Quero aqui citar algumas que possuo
e que tem sido de grande valia para mim, desde uma simples leitura e compreensão dos textos bíblicos ate a
elaboração de sermões diversos, são elas: Bíblia de Estudo Almeida (SBB), Bíblia de Estudo Genebra (Editora Cultura
Cristã/SBB) e Bíblia de estudo da Mulher (SBB). Existem outras 'Bíblias de estudo' das quais ainda não tive contato,
mas que são muito usadas e comentadas como; Thompson, Shedd, Pentecostal, NVI, (...). Conheça mais detalhes
destas e outras bíblias de estudos no link: http://www.bibliaevangelica.org/p/biblia-de-estudo.html.
É muito importante também que o pregador tenha, pelo menos, três versões diferentes da tradução da
bíblia, pois é na comparação das traduções que podemos compreender melhor algumas passagens de difíceis
compreensões, visto que as versões traduzem os textos originais com focos ou fidelidades diferentes em relação ao
texto hebraico, Aramaico e Grego bem como ao seu tradutor. Quero nesta pagina citar algumas versões de tradução
da bíblia para que você tenha um norte ao escolher as suas versões, vamos lá!
5.1.1) Almeida Revista e Corrigida (ARC/RC): Publicada pela Sociedade Bíblica do Brasil em 1819 com base na
tradução da bíblia de João Ferreira de Almeida, foi revisada, corrigida e republicada em 1898 (por isso o nome
Revista e corrigida), é primeira versão da bíblia genuinamente Brasileira. Sendo a mais fiel ao texto sagrado
desenvolvido e publicado pelo próprio João Ferreira de Almeida, por conservar a linguagem, estilo e tradução da
bíblia de João Ferreira de Almeida. Tem sido a base para o surgimento de outras versões no Brasil.
5.1.2) Almeida Revista e Atualizada (ARA/RA): tendo uma ampla aceitação no Brasil e outros países que fala o idioma
'português' tanto pelos protestantes quanto pelos católicos. É a segunda versão genuinamente Brasileira da bíblia.
Foi feita por 30 revisores da Sociedade bíblica do Brasil (SBB), com base na versão 'Almeida Revista e Corrigida' e
na analise critica dos textos originais da bíblia. Sua principal característica é a substituição de palavras e verbetes
arcaicos do nosso idioma (Português antigo) e que estão presentes na 'ARC', por palavras mais compreensíveis ao

leitor do nosso idioma, buscando uma linguagem mais popular, ou seja, mais compreensível. Porem, ainda assim, é a
versão da bíblia mais fiel ao texto da 'ARC'.
5.1.3) Almeida Corrigida Fiel (ACF/RF):Lançada pela Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil (SBTB) em 1994, Usa a
'ARC' como base para a tradução, se propõe a ser a versão brasileira mais fiel ao texto do 'Novo testamento grego',
ao 'Texto Massorético Hebraico' do Antigo testamento, e ao texto da 'ARC', dai se explica o nome 'Corrigida Fiel'. Os
texto da 'ACF' se iguala praticamente aos textos produzidos por João Ferreira de Almeida em sua tradução. E quando
uma palavra é usada na tradução e esta palavra não esta presente no original bíblico, essa palavra aparece em
Itálico, é vista como sendo a versão mais completa, fiel e original aos textos Hebraico, Aramaico e Grego da bíblia.
5.1.4) Tradução na Linguagem de Hoje (TLH ou NTLH): Lançada em 1988 pela SBB, e com nova publicação em
2000 (NTLH), é uma versão moderna do texto da bíblia, traduzida diretamente do original hebraico, aramaico e
Grego. A tradução foi realizada utilizando para o antigo testamento a 'Bíblia Hebraica Stuttgartência' (da Sociedade
Bíblica Alemã), e para o novo testamento, a terceira edição 'Novo testamento grego' (Sociedades Bíblicas Unidas). É
uma bíblia completamente brasileira e, as novas publicações (NTLH, 2010) já estão adaptadas ao novo sistema
ortográfico brasileiro.
5.1.5) Nova Versão Internacional (NVI): Lançada em 2001 pela editora Vida em parceria com a 'Sociedade bíblica
internacional', é uma versão moderna da bíblia, traduzida diretamente do original hebraico, aramaico e grego, porem
seguindo a mesma filosofia de tradução da NVI americana, em que se objetiva (1) Clareza: O texto traduzido pode
ser lido e entendido pela população em geral, porem é menos informal, sem termos arcaicos e/ou regionalismos; (2)
Fidelidade a mensagem pretendida pelo autor original; (3) Beleza e estilo: Permite uma leitura agradável, e boa
sonoridade ao ser lida em publico. Essa bíblia é uma mistura de 'Tradução' (Onde o texto traduzido é de fácil
entendimento) e 'Paráfrase' (Onde o texto traduzido não de fácil entendimento), assim sendo, tem partes dela que é
fiel ao texto original escrito enquanto outras partes são fieis à ideia ou mensagem que o autor queria transmitir no
original hebraico, Aramaico e Grego.
5.1.6) Bíblia Viva (BV): Lançada em 1981 e em 2002, e Na nova versão em 2007 (Nova Bíblia Viva - NBV) pela
editora Mundo Cristão em parceria com a 'Sociedade Bíblica Internacional', não é uma tradução e sim uma
'Paráfrase' da bíblia viva americana (The Living Bible - TLB, 1971), que foi criada por Kennety Nathaniel Taylor,
usando como base a bíblia americana 'Standard (ASV)'. A Bíblia Viva se propõe a ser de fácil compreensão,
priorizando a comunicação com seu publico leitor. Na versão brasileira, busca se enquadrar no português brasileiro
do século 21 (dias atuais), porém fiel à ideia ou mensagem que o autor queria transmitir no original hebraico,
Aramaico e Grego.
Você pode ver algumas comparações entre versões da bíblia em: http://www.sbb.org.br/interna.asp?areaID=66, já
no site da Igreja Adventista do Sétimo Dia www.biblia.com.br, você poder ler online as seguintes versões ARA, ARA,
NVI, NTLH, e outras.
5.2 - Concordâncias bíblicas.

É a ferramenta que relaciona varias passagens bíblicas que tratam do mesmo assunto ou semelhantes. Em geral, elas
são marcadas por meios de letras que são colocadas sobre-escritas no meio do texto da bíblia e em cima de uma

palavra especifica indicando que há outras passagens da bíblia que concordam com aquela passagem. Ao encontrar
esta letra, basta procurar a lista referencias que em geral ficam entre as colunas textual da bíblia ou abaixo delas.
As concordâncias podem ser:

a) De palavras: Ligam textos que possuem a mesma palavra ou sinônimos.
b) Temática: Ligam textos que tratam o mesmo assunto ou tema.
c) Doutrinária: Ligam textos que tratam da mesma doutrina.
5.3 - Dicionários e/ou enciclopédias bíblicas.

O dicionário bíblico traz a definição de vários nomes e termos bíblicos, já a enciclopédia traz resumos de vários
momentos históricos da bíblia, atlas bíblicos, tabelas explicativas, dados sobre a formação e cultura de determinados
locais, biografia de personagens, fotos e/ou desenhos ilustrando situações, personagens, cenários, e objetos da
bíblia, traz ainda informações arqueológicas sobre locais, eventos e personagens citados na bíblia. Assim, sendo
estas duas ferramentas são indispensáveis aquele que deseja transmitir a palavra de Deus com exatidão.
5.4 - Livros do Espírito de profecia.

"Espírito de Profecia", são escritos de autores cristãos que dão testemunhos de Jesus Cristo, sua obra e missão, bem
como a orientação fundamenta na bíblia sobre a conduta de vida que um verdadeiro cristão deve assumir. O Espírito
de profecia são considerados inspirados por Deus como sendo uma luz menor que conduz a luz maior (bíblia).
Dentre os escritos do Espírito de profecia mais populares estão os da escritora Americana Ellen Gold White. Essa
escritora viveu no período da grande revolução missionária culminada pelo estudo das profecias do livro de Daniel
(2300 tardes e manhãs) e a pregação da 2ª volta de Jesus a terra, de onde surgiu o movimento do Adventismo, que
resultou na formação da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Ellen Gold White escreveu ao longo de sua vida mais de 5000 artigos/cartas e 49 livros, entretanto, nos dias de hoje,
com as compilações de seus manuscritos, são disponíveis mais de 150 livros, que são traduzidos em mais de 90
idiomas.
saibais mais sobre a vida e obra de Ellen White em: www.centrowhite.org.br/ellen-g-white/biogrfia-de-ellen-g-white-

1827-1915
5.6 - outros recursos.

Ilustrações, Imagens, projeções audio-visuais, Musicas, Encenações...
CAPITULO 6 - SERMÕES; CONCEITOS E TIPOS

Sermão é um discurso religioso proferido geralmente no púlpito, e tem o objetivo de convencer, alertar,
explicar, e edificar o ouvinte. O primeiro alvo de um sermão é o próprio pregador, porém, sua mensagem deve ser
preparada de modo a atingir todo o publico ouvinte.
Um sermão deve ser munido de revelação, inspiração, e iluminação, portanto o pregador deve ou deveria ser alguém
que mantém plena comunhão com Deus. Basicamente há três tipos de sermão, o Temático, o Textual, e o Expositivo.

6.1 - Sermão Temático:

É aquele em que a ideia principal ou conteúdo da mensagem é retirada do tema proposto, de forma que ao ouvir a
mensagem, o publico mantém sua atenção voltada para a mensagem explanada. Em geral, neste tipo de sermão, a
bíblia é lida apenas uma única vez, e apenas como ponto de partida da mensagem.
É o tipo de sermão mais fácil de fazer, pois não se exige um conhecimento profundo da bíblia. É muito apropriado
para quem está iniciando na arte de pregar, e são os mais utilizados para evangelização, Datas comemorativas, culto
em lares, concertos musicais, e doutrinários.
Para se fazer um sermão temático, deve-se seguir os seguintes processos:

a) Escolher um tema;
b) Estabelecer qual a mensagem principal que se pretende passar daquele tema;
c) Escolher um ou mais textos bíblicos que fundamentem a mensagem principal;
d) Havendo mais de um texto bíblico, devem ser progressivos e elucidativos.
Exemplo de títulos de sermões temáticos:

- Para onde fugirei de Deus (Salmos 139: 7-12);
- O sonho de Deus é maior (Mateus 1: 18 a 26);
- O maior objetivo de sua vida (Mateus 6:33);
- A essência do amor (I João 3:18)
6.2 - Sermão Textual:

É o sermão em que o conteúdo da mensagem ou sua ideia principal é tirado exclusivamente do texto bíblico, de
forma que, ao ouvir a mensagem, o publico mantém o seu foco na parte das escrituras que esta sendo explanada.
Este tipo de sermão exige que o pregador faça um estudo mais apurado da bíblia, e é muito utilizado em pregações
sistemáticas e textos isolados.
É importante saber que, pregações sistemáticas, são sermões que trazem temas em forma de sistemas, e que a
bíblia, mesmo tendo muitas informações diversas, não tem um livro que por sí só elucide a questão sobre aquele
tema. como por exemplo: A origem e função dos anjos; A essência da trindade; Quantos céus existem; outros.
Para se fazer um sermão textual, deve-se seguir os seguintes processos:

a) Escolher um texto bíblico geralmente pequeno;
b) Estabelecer o tema baseado na mensagem principal que se pretende passar daquele texto;
c) Desenvolva a mensagem de forma sequencial conforme aparece no texto;
d) Caso seja necessário, pode-se buscar textos secundários que confirmam a ideia principal da mensagem.
Exemplo de sermões textuais:

a) Cristo é tudo para que o homem precisa (João 14:6):
- Jesus é o caminho para o céu...
- Jesus é a verdade que guia...
- Jesus é a vida que salva...

- Jesus é o único meio de acessar a Deus (o Pai).
b) A chave para o sucesso (Salmos 1:1 e 2):

- Não buscar orientação com quem não está perto de Deus...
- Não andar em companhia de pessoas que vivem na pratica do pecado...
- Não participar de amizades e grupos que gostam de zombar das pessoas e de Deus...
- Estudar, meditar, e praticar a Palavra de Deus diariamente.
6.3 - Sermão Expositivo:

Sendo considerada a forma mais autentica de sermão, é um sermão em que se faz uma exposição ou uma exegese
de uma palavra, uma frase, ou um texto completo da bíblia, tomando como base principal o pensamento bíblico e a
ideia do próprio escritor bíblico.
Este tipo de sermão exige um conhecimento mais técnico da bíblia por parte do pregador. o ouvinte é levado a
estudar a bíblia enquanto ouve o sermão, e revive a circunstancia e sentimentos que levaram ao escritor bíblico
escrever aquele texto. É considerado o tipo de sermão mais fiel a bíblia, alimenta a igreja e desenvolve o pregador.
Em um sermão expositivo deve-se observar alguns detalhes importantes:

- Histórico.
- Gramática.
- Literatura.
- Contexto.
Para se fazer este tipo de sermão, faça o seguinte:

a) Escolha o texto bíblico que se deseja fazer o sermão.
b) Descubra a mensagem principal que o autor quis passar ao escrever o texto.
c) Estude o contexto histórico que levou a escrição aquele texto.
d) Estude a gramática original e tradução do texto.
Exemplo de sermões expositivos:

a) O Cristão e o novo nascimento (João 3:1-15);
- A necessidade de novo nascimento (v. 3-5);
- O mistério do novo nascimento (v. 6-10);
- O resultado do novo nascimento (v. 11-15).
b) Atos em direção a Cristo (Marcos 10:46-52)

- Assentado junto ao caminho - Ato de Humildade (v. 46);
- Começou a clamar - Ato de Coragem (v. 47);
- Levantou-se - Ato de fé (v. 50);
- Seguiu a Jesus - ato de perseverança (v. 52).
c) Quando um Jovem vai a Igreja (Isaias 6: 1-8)

- Tem um ampla visão de Deus (v. 1-4);

- Reconhece seu pecado (v. 5);

- Sente a necessidade de purificação (v.7);
- Alista-se para o serviço de Deus (v. 8).
CAPITULO 7 - PARTES DE UM SERMÃO.

Um deve vir do coração do pregado, se externando por meio de ações e palavras que afetam a vida do
proprio pregador e do ouvinte. para que o sermão seja bem feito, deve ser organizado com partes especificas que
facilitam sua apresentação e compreensão, assim sendo, independente do tipo, todo sermão é constituído de: Tema,
Introdução, Corpo ou Mensagem, Conclusão, Ilustração, Apelo. vamos ver cada parte separadamente.
7.1 - O TEMA.
O tema é uma palavra ou uma frase curta que expressa a ideia que será transmitida com a mensagem, ele deve
despertar o interesse do publico alvo para o desenrolar do sermão. vamos ver alguns tipos de temas:
a) Interrogativo: Feito com uma pergunta que deverá ser respondida no desenrolar do sermão, exemplo: Que farei de
Jesus? Qual o destino da homem? Tens falado com Deus?
b) Lógico: Feito com uma afirmação explicativa que será ampliada no desenvolver do sermão, Exemplo: Quem tem
Jesus tem a vida; O que o homem semear, ele ceifar; Vale a pena ser fiel.
c) Imperativo: Feito com uma ordem, que no desenvolver do sermão será dito como obedecer a esta ordem,
exemplo: Enchei-vos do Espírito; Apresentai-vos ao Senhor; Não faças Deus um mentiroso.
d) Enfáticos: Feito com uma frase que enfatize uma ideia que será apresentada durante o sermão, Exemplo: A
colheita final; Salvação, só em Jesus; Dois tipos de cristãos.
e) Geral: Feito com uma palavra ou frase que proponha um assunto sem especificar uma área deste assunto,
exemplo: O Amor; A fé; A esperança...
Segundo o Pr Alejandro Bullon3,o tema não deve ser Extravagante, Sensacionalista, Impróprio para o púlpito,
7.2 - INTRODUÇÃO DO SERMÃO

O sermão deve ser iniciado de forma atrativa, e para isso, a introdução deve atingir o seu real propósito que é
aproximar o ouvinte do sermão dando a ele uma ideia do que será falado.
Uma boa introdução deve ter alguns aspectos:

a) Aproximadamente 5 minutos;
b) Interessante;
c) Simples e sem arrogância;
d) De acordo com o sermão;
d) Cuidadosamente preparada.

Existem alguns tipos de introduções que podem abrilhantar o sermão despertando a curiosidade dos ouvintes para o
tema que será desenvolvido, vejamos algumas delas:
a) Ilustrativa: Conta-se uma história ou experiência que ilustre o assunto a ser pregado.
b) Denotativa: Define e/ou Explica um determinado aspecto do assunto que será pregado.
c) Interrogativa: Esclarece e explora uma pergunta tema levando o ouvinte a refletir e receber o sermão.
d) Histórica: Esclarece o contexto histórico do texto que será usado no sermão.
Segundo Ronaldo Gomes da Silva, na introdução, o pregador deve evitar: Desculpas, Sensacionalismo, Excesso de
Humor, Excesso de humildade, e a utilização de expressões rotineiras ou gírias.
7.3 - CORPO DO SERMÃO

A mensagem é o sermão propriamente dito, é o desenvolvimento detalhado da mensagem que foi proposta pelo
tema e explorada na introdução, sendo a mensagem que o pregador realmente deseja passar para o ouvinte.
Nesta parte do sermão a mensagem deve ser dividida em partes para que a mensagem seja bem conduzida, e cada
parte deve ser bem elaborada para que não haja repetição, de forma que, cada divisão desenvolvida aponte para o
objetivo ou mensagem central do sermão.
Cada subdivisão deve seguir as seguintes regras:

- Unidade de pensamento;
- Distintas uma das outras;
- Deve haver o menor numero de divisões possíveis;
- Cada divisão deve conter apenas uma ideia ou ensinamento;
- Quando possível, estar em sequencia lógica e cronológica.
Exemplo de divisões no corpo de sermão:

a) Quem ama, guarda os mandamentos (João 14:15)
Divisão I - Relação Amor x Obediência;
Divisão II - O amor a Deus nos mandamentos;
Divisão III - O amor ao próximo nos mandamentos.
b) O estilo de vida do Cristão (1 João 2:6)

Divisão I - O cristão e a vida devocional;
Divisão II - O cristão e a vida em comunidade;
Divisão III - O cristão e a vida eclesiástica.
7.4 - CONCLUSÃO
É a parte do sermão que aponta diretamente o objetivo exposto na mensagem, deve ser pequena e esclarecer
completamente a mensagem principal que se queria passar. deve, em geral, ser feito um resumo do sermão
proporcionando aos ouvintes a satisfação e compreensão completa do sermão. A conclusão deve levar aos ouvintes
a se comprometerem com uma mudança de atitude, de comportamento, de vida.

Segundo o Pr. Elerson Wester, a conclusão deve ser (1) Breve, (2)simples, e (3) previamente escolhida, pois, ela
deve confirmar com vigor, palavras claras e incisivas, o objetivo que foi passado durante todo o sermão.
Uma boa conclusão pode ser feita com: Uma ilustração, Uma experiência, Uma recapitulação do sermão, um Apelo, ou
uma aplicação, porem devemos tomar cuidado com algumas coisas como: Não pedir desculpas - isso mostra que não
alcançamos o objetivo do sermão; Não ficar procurando objetos, olhando relógio, pois isso faz com que o publico se
atente para o tempo pregado; Evitar Distrações, pois com isto você pode colocar todo o esforço pregado em vão.
7.5 - ILUSTRAÇÃO
A ilustração é um recurso do pregador que permite reafirmar ou reforçar a mensagem do sermão por meio de uma
historia, de uma parábola, ou uma experiência real de sua própria vida ou de outrem. São importantes porque
despertam o interesse dos ouvintes, eliminam as distrações e, permitem fixar na memória a mensagem que esta
sendo passada no sermão.
Alguns cuidados que devemos ter com as Ilustrações:

a) Deve ser curta e de concordante com a mensagem do sermão:
A ilustração é apenas para reforçar e fixar a mensagem e não para ser um novo sermão, ela deve transmitir
exatamente aquilo que o sermão se propõe a passar, por isso deve ser a mais curta e objetiva possível.
b) Deve ter uma origem.

O pregador deve informar se a ilustração é uma história verídica, se é um caso de ficção, ou se é uma parábola.
Evitando mal-entendidos nos ouvintes.
Importante saber: Parabolas, em geral, são historias criadas a partir de fatos verídicos, porem, com personagens não
identificados, e com o objetivo de passar uma mensagem especifica.
c) Não deve ser uma piada ou uma mentira;

O púlpito não é um lugar para distrair crentes e, sim, o santuário onde devemos profetizar a mensagem do Senhor,
por isso nunca use piadas ou historias ridicularizastes como ilustrações, ou ainda, não conte casos alheios como se
tivesse acontecido com você mesmo, lembre-se! você é um mensageiro de Deus, e Deus não mente.
7.6 - APELO
É a parte do sermão que se procura atingir a consciência do ouvinte levando-o a uma decisão que confirme sua
aceitação à mensagem apresentada naquele sermão.
No apelo, o pregador deve informar qual atitude o ouvinte deve tomar para demonstrar sua decisão, podendo ser:
- Levantar as mãos;
- Ir a frente;
- ficar de pé, de joelhos, de olhos fechados;
- Conversar com o líder após o culto ou outro momento;

O pregador ainda pode se valer de recursos externos ao sermão facilitando ao ouvinte tomar a atitude proposta no
apelo, exemplo: "Enquanto você ouve esta musica, reflita sobre como esta a sua vida neste momento e, se sentes
seu coração ser tocado pelo Espírito Santo, se levante e venha ate aqui a frente entregando sua vida a Deus" .
Algumas dicas sobre o apelo:

- Deve ser feito logo após a mensagem.
- Deve ser um convite;
- Não deve ser apelativo;
- Não deve ser prolongado;
- Se usar musica ou outro recurso, deve ter a mesma mensagem do sermão.
CAPITULO 8 - COMO MONTAR UM SERMÃO.

Agora que ja possuis um bom conhecimento sobre sermão, vamos a algumas dicas para voce ter um
sermão:
a) Materiais Necessários:
Bíblias, Concordâncias bíblicas, Sermonários, Comentários Bíblicos.
b) Esboço:
É um esqueleto do sermão que lhe permite lembrar os tópicos principais do sermão, de forma que, você sempre
permanecerá dentro do tema que esta sendo tratado na mensagem.
O esboço traz uma direção sequenciada e progressiva do sermão.
I - Tema ou titulo do sermão: Exemplo de esboço:

II - Texto bíblico base: I - Titulo: O Cristão e o novo nascimento
II - Texto Base: João 3:1-15
III - Introdução:
III - Introdução: Ciclo de vida da borboleta
IV - Corpo ou desenvolvimento do sermão IV - Corpo:
- Tópico 1 Tópico 1: A necessidade de novo nascimento (v. 3-5);
Tópico 1: O mistério do novo nascimento (v. 6-10);
- Tópico ...
Tópico 1: O resultado do novo nascimento (v. 11-15).
- Tópico ... V - Conclusão: Contar a biografia do Apostolo Paulo, mostrando as fases do novo
V - Conclusão* nascimento na vida dele.
VI - Apelo: Convidar a ir frente aqueles que desejam nascer de novo em Cristo Jesus.
VI - Ilustração*
VII - Apelo
OBS: Existem pregadores que preferem colocar a ilustração antes da conclusão.
c) Preparo:
O preparo de um pregador envolve algumas ações que resultarão numa mensagem dinâmica, vivificadora, e
edificadora, então como pregador você deve:
- Ter comunhão com Deus: O púlpito não deve ser usado para passar a sua mensagem e, sim, a Deus.

- Conhecer seu publico: A sua mensagem é para você, mas, deve atender e edificar a igreja que receberá a
mensagem.
- Conhecer o programa que esta sendo realizado: Quando se faz um programa planejado (congresso, Semana de
Oração, Musical, e outros) busca-se atingir um objetivo especifico, o pregador então deve buscar a Deus, em oração,
para que lhe inspire mensagens que orientem o publico sobre aquele objetivo.
- Vivenciar o que prega: O pregador deve viver ardemente aquilo que prega, não adianta ele pregar sobre a volta de
Jesus se ele não deseja que Jesus volte imediatamente, pois se assim o fizer, poderá ter conteúdo no sermão, mas,
não haverá experiência, e portanto, será um sermão morto. Somente pregue sobre assuntos que você realmente
conhece.
- Pesquisar sobre a mensagem: nem toda mensagem dada por Deus chega pronta na sua mente, assim como foi com
os escritores bíblicos, você precisará estudar textos da bíblia sobre aquele tema, pesquisar autores que falam sobre
o mesmo, pesquisar materiais doutrinários da Igreja, Fontes históricas e culturais sobre o tema inspirado. As vezes
até haverá sermões que, para você concluir, será necessário assistir cursos e palestras sobre o tema. Nunca se
esqueça, o processo de inspiração te guia nas informações que você precisa para passar a mensagem que foi
colocada em sua mente pelo Espírito Santo.
d) Quando for pregar:

- Ore a Deus pedindo um assunto;
- Estude textos bíblicos sobre o tema, e escolha um que tenha a mensagem principal como texto base;
- Pesquise sobre o tema inspirado;
- Faça um esboço do sermão;
- Se possível, Escreva o sermão e o leia em voz alta;
- Se necessário, Procure uma ilustração para o sermão;
- Escolha e prepare o tipo de apelo que será usado no sermão;
- Ore a Deus pelo publico que receberá a mensagem;
- Pregue aquilo que Deus te inspirou;
- Saia de casa em tempo hábil de chegar na igreja antes do horário combinado, isso evita correria e, por
consequência, evita o nervosismo.
VAMOS REVISAR!
Nesta apostila você aprendeu que a comunicação faz parte do estilo de vida do ser humano, e que existem
técnicas especiais que tornam esta comunicação melhor, aprendeu ainda que a Oratoria permite a um comunicador
passar, de forma clara e entendível, as suas ideias e opiniões, fazendo com que seus ouvintes concordem com mais
frequência com aquilo que lhes foi falado.
Aprendeu que o pregador é a pessoa responsável por passar a mensagem de Deus para as outras pessoas,
e que para isso precisa passar pelo recebimento desta mensagem através dos processos de revelação, inspiração, e
a iluminação, e que após isto, deve colocar essa mensagem num esboço preparando assim o seu sermão.

Aprendeu que para o sermão ser bem feito, precisa ser preparado com espírito de oração, buscando
receber a mensagem de Deus e, aprofundar ou fundamentar essa mensagem por meio da Bíblia, explorando todos
os recursos possíveis para deixar a mensagem clara e objetiva.
Aprendeu que o sermão deve ser dividido em partes para que o ouvinte consiga acompanhar o raciocínio do
pregador e, de fato, receber a mensagem que esta sendo passada. A estrutura principal desse sermão é formada
pela Introdução, Corpo ou desenvolvimento, Conclusão e Apelo. e pode ser usado ilustração ou não conforme o tipo
de mensagem que esta sendo apresentada.
Aprendeu que existem três tipos de sermão, sendo eles: O textual, o Expositivo, e o Temático, sendo o
temático o mais utilizado e mais recomendado para pregadores iniciantes, por ser mais fácil de se elaborar e
conduzir.
Nesta apostila você aprendeu muito mais do que apenas fazer um simples sermão, porem, aqui ainda não
abordamos tudo que um pregador precisa conhecer e praticar, por isso recomendamos que continue sua busca por
aperfeiçoar este dom, o dom de pregação, entretanto, tenho a certeza de que, as informações aqui contidas, se bem
aplicadas, farão de você um mensageiro de Deus mais experiente e completo.
Que Deus te abençoe e te faça cada vez mais um profeta dEle mesmo, com mensagens que alcance o
coração das pessoas e abrindo portas para a transformação de vidas.
Availdes Santos
Líder máster em Desbravadores.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Ruy_Barbosa e http://pt.wikiquote.org/wiki/Ruy_Barbosa Acessado em 14/06/2014.
- 1. Wikipédia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Oratória - Acessado em 14/06/2014.
- 2. Wikipédia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Tísias - Acessado em 14/06/14.
- 3. Citado por Ronaldo Gomes Silva em sua apostila de Homiletica.
- STENCEL, Pr Renato. Subsídios par a lição da escola sabatina, I Trimestre de 2008, Lição 5 - A inspiração dos
profetas. Centro White - UNASP.
- SILVA, Ronaldo Gomes da. Apostila de Homilética
- PAULA, Pr Elerson Wester Oliveira de. A conclusão do Sermão. Disponível em
http://www.espacopregador.com/2015/01/a-conclusao-do-sermao.html acessado em 17/01/2017.
- Aprenda a fazer um esboço de pregação. Disponível em http://www.esbocosermao.com/p/como-elaborar-
sermao.html acessado em 17/01/2017.

AM030 Arte Pregacao Crista

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AM030 - ARTE DE PREGAÇÃO CRISTÃ

Por; Availdes Santana Santos

PAG. 04 - CAPITULO 1 - REQUISITOS DA ESPECIALIDADE.

PAG. 05 - CAPITULO 2 - COMUNICAÇÃO, UM ESTILO DE VIDA.

PAG. 06 - CAPITULO 3 - ORATÓRIA: HISTORIA, DEFINIÇÃO E EXEMPLOS.

PAG. 08 - CAPITULO 4 - O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO DIVINO/HUMANA.

PAG. 11 - CAPITULO 5 - RECURSOS DE UM ORADOR/PREGADOR.

PAG. 14 - CAPITULO 6 - SERMÕES: CONCEITOS E TIPOS.

PAG. 17 - CAPITULO 7 - PARTES DE UM SERMÃO.

PAG. 20 - CAPITULO 8 - COMO MONTAR UM SERMÃO

PAG. 21 - VAMOS REVISAR!

PAG. 22 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

“AM030 - ARTE DE PREGAÇÃO CRISTÃ” 2

'Arte de Pregação Cristã' é uma especialidade presente no manual de especialidade de desbravadores da

1. Apóstolo Paulo, - I Coríntios 9:16.

“AM030 - ARTE DE PREGAÇÃO CRISTÃ” 3

CAPITULO 1 - REQUISITOS DA ESPECIALIDADE

“AM030 - ARTE DE PREGAÇÃO CRISTÃ” 4

CAPITULO 2 - COMUNICAÇÃO: UM ESTILO INVOLUNTARIO DE VIVER.

Os elementos da comunicação eficaz são:

“AM030 - ARTE DE PREGAÇÃO CRISTÃ” 5

CAPITULO 3 - ORATÓRIA: HISTÓRIA, DEFINIÇÃO E EXEMPLOS.

3.2 - História da oratória:

3.3 - Exemplos de grandes oradores:

“AM030 - ARTE DE PREGAÇÃO CRISTÃ” 6

3.3.1 - Grandes oradores da antiguidade: Demóstenes (384 a.C. - 322 a.C.)

Garoto ainda, Demóstenes assistiu a um julgamento no qual um orador

Um ministro Batista, King tornou-se um ativista dos direitos civis no início de

“AM030 - ARTE DE PREGAÇÃO CRISTÃ” 7

3.3.3 - Grandes oradores brasileiros: Ruy Barbosa de Oliveira

CAPITULO 4 - O PROCESSO COMUNICAÇÃO DIVINO/HUMANA.

4.1 - Revelação, Inspiração, Iluminação.

“AM030 - ARTE DE PREGAÇÃO CRISTÃ” 8

4.2 - Teorias da Inspiração profética.

“AM030 - ARTE DE PREGAÇÃO CRISTÃ” 9

4.4 - a Inspiração do orador/pregador.

“AM030 - ARTE DE PREGAÇÃO CRISTÃ” 10

2) Aprofundar, compreender e fundamentar seu conhecimento sobre o tema através de Estudo e

CAPITULO 5 - RECURSOS DO ORADOR/PREGADOR.

5.1 - Bíblia, O 'Livro Padrão' ou 'A única regra de fé do cristão';

Em ambos os testamentos há profecias que revelam aspectos da historia da humanidade e da igreja/povo

“AM030 - ARTE DE PREGAÇÃO CRISTÃ” 11

“AM030 - ARTE DE PREGAÇÃO CRISTÃ” 12

5.2 - Concordâncias bíblicas.

“AM030 - ARTE DE PREGAÇÃO CRISTÃ” 13

As concordâncias podem ser:

5.3 - Dicionários e/ou enciclopédias bíblicas.

5.4 - Livros do Espírito de profecia.

saibais mais sobre a vida e obra de Ellen White em: www.centrowhite.org.br/ellen-g-white/biogrfia-de-ellen-g-white-

5.6 - outros recursos.

CAPITULO 6 - SERMÕES; CONCEITOS E TIPOS

“AM030 - ARTE DE PREGAÇÃO CRISTÃ” 14

6.1 - Sermão Temático:

Para se fazer um sermão temático, deve-se seguir os seguintes processos:

Exemplo de títulos de sermões temáticos:

6.2 - Sermão Textual:

Para se fazer um sermão textual, deve-se seguir os seguintes processos:

Exemplo de sermões textuais:

“AM030 - ARTE DE PREGAÇÃO CRISTÃ” 15

- Jesus é o único meio de acessar a Deus (o Pai).

b) A chave para o sucesso (Salmos 1:1 e 2):

6.3 - Sermão Expositivo:

Em um sermão expositivo deve-se observar alguns detalhes importantes:

Para se fazer este tipo de sermão, faça o seguinte: