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ENGAJAMENTO POLÍTICO
O impacto da desigualdade econômica no nível de engajamento político
São Paulo/SP
2018
AMANDA BARBOSA SCHIRMBECK
EDUARDA GABRIEL
ENGAJAMENTO POLÍTICO
O impacto da desigualdade econômica no nível de engajamento político
São Paulo/SP
2018
AGRADECIMENTOS
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 5
1.1 Engajamento político e desigualdade econômica ................................... 5
1.2 Revisão da literatura .................................................................................. 5
1.3 Motivação e pergunta a ser respondida ................................................... 7
2 ANÁLISE DESCRITIVA DAS VARIÁVEIS ..................................................... 8
2.1 A variável dependente ............................................................................... 8
2.2 A variável independente ............................................................................ 8
2.3 As variáveis de controle ............................................................................ 9
2.4 Teste de multicolinearidade entre as variáveis ..................................... 11
3 O MODELO E SUAS HIPÓTESES ............................................................... 12
3.1 Modelo de regressão linear múltipla ...................................................... 12
3.2 Modelo de regressão não linear.............................................................. 13
3.3 Análise dos Resultados ........................................................................... 16
4 CONCLUSÃO ............................................................................................... 19
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 20
APÊNDICE A – SCATTER PLOT DAS VARIÁVEIS EXPLICATIVAS E A
DEPENDENTE ................................................................................................. 23
APÊNDICE B – MODELO DE REGRESSÃO LINEAR MÚLTIPLA ................ 32
APÊNDICE C – CÓDIGOS DO STATA ........................................................... 34
ANEXO A – METODOLOGIA DA MEDIDA DE ENGAJAMENTO POLÍTICO E
PLURALISMO .................................................................................................. 42
5
1 INTRODUÇÃO
empenhar vigorosamente na política, uma vez que a classe que se opõe às suas
ideias já não luta mais por seus interesses. Portanto, ambos os grupos decrescem
seu engajamento político, embora essa diminuição seja muito mais acentuada entre
os menos favorecidos.
A segunda teoria afirma que o envolvimento da população com a política
diminuirá já que se engajar politicamente requer tempo e dinheiro. Aqueles que estão
mais dispostos a assumir esses custos serão mais envolvidos na política e, quanto
maior a renda, maior a propensão disso ocorrer. Logo, em países muito desiguais, a
população mais pobre acaba sendo menos engajada politicamente porque possui
menos recursos para tal ação do que a população mais rica. É importante destacar
que, nesta segunda teoria, os mais favorecidos não serão, necessariamente,
interessados em política; o engajamento é visto como um bem de consumo que só é
escolhido se a preferência do indivíduo assim quiser, mas quanto maior a renda, mais
recursos ele pode alocar para esse “bem”. Assim, os mais ricos terão mais estímulos
à atividade política (Ansolabehere, de Figueredo e Snyder, 2003).
Pelo modelo ser avaliado a nível de países, os dados das variáveis de cunho
individual foram obtidos através da média das agregações das informações
disponíveis. Ademais, algumas interações entre as variáveis explicativas foram
também adicionadas na regressão a fim de controlar possíveis efeitos que
atrapalhariam a análise caso fossem desconsiderados, uma vez que os efeitos
marginais das variáveis usadas na interação estariam mal estimados.
Inicialmente, assume-se, com base na análise dos scatter plots (Apêndice A),
que a relação entre a variável dependente e as variáveis explicativas pode ser linear
nos parâmetros, podendo estes serem estimados, portanto, pelo método de mínimos
quadrados ordinários. Complementando essa hipótese, considera-se que os
regressores são fixos ou, em outras palavras, que as variáveis explicativas não são
aleatórias e os parâmetros são constantes no modelo populacional (1) abaixo.
𝑃(𝑏𝑝𝑎𝑟𝑡𝑝𝑜𝑙𝑖 = 1) = 𝐹(𝑥𝑖′ 𝛽) + 𝜀𝑖
Variáveis Desvio
Coeficiente Estatística z P-valor
Explicativas Padrão
gini 44,52317 21,6364 2,06 0,040
lnrendapc 10,34146 4,458232 2,32 0,020
voto 1,479105 1,27334 1,16 0,245
federalismo 5,067641 1,747404 2,90 0,004
democ 8,35667 2,797743 2,99 0,003
educ 11,96612 7,679894 1,56 0,119
popfem 1,058567 0,577304 1,83 0,067
pcasados 0,0482795 0,0824394 0,59 0,558
fertilidade 1,140356 1,041815 1,09 0,274
popemp 0,2587596 0,2036544 1,27 0,204
poprural 0,0024254 0,0321064 0,08 0,940
religiosos - 0,0131752 0,0154214 - 0,85 0,393
corrup - 0,0766316 0,081527 - 0,94 0,347
pluralismo - 0,0848093 0,4222358 - 0,20 0,841
libescolha 1,548408 0,7358822 2,10 0,035
represent - 0,9186622 0,6531965 - 1,41 0,160
libsindical 3,249107 1,537478 2,11 0,035
continente 1,385838 0,7556355 1,83 0,067
democ*gini - 10,39694 4,125656 - 2,52 0,012
lnrendapc*continente - 0,9124821 0,432726 - 2,11 0,035
popfem*educ - 0,2757712 0,1547212 - 1,78 0,075
popemp*lnrendapc - 0,1266363 0,0821952 - 1,54 0,123
pcasados*fertilidade - 0,023136 0,0321143 - 0,72 0,471
pluralismo*libsindical - 0,7730039 0,2868849 - 2,69 0,007
corrup*democ 0,0134799 0,0319255 0,97 0,333
educ*continente(i)
2 1,440114 1,229624 1,17 0,242
3 2,029357 1,309098 1,55 0,121
4 1,755005 1,843554 1,49 0,135
5 1,291841 1,310715 0,99 0,324
6 2,715704 1,6044955 1,69 0,091
constante - 110,441 39,95561 - 2,76 0,006
Tabela 2 – Resultado da Regressão pelo Método de Máxima Verossimilhança.
Fonte: Stata.
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Como o modelo utilizado não é linear, os coeficientes estimados já não indicam mais
o efeito ceteris paribus do regressor em relação à probabilidade de sucesso da
variável latente trabalhada. Por isso, segue a Tabela 3 (abaixo) com os efeitos
marginais estimados.
1 A função de verossimilhança não é derivável na variável continente já que se trata de valores discretos.
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4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
DAHL, Robert A. On Political Equality. New Haven: Yale University Press, 2006.
0: Não.
5- Os cidadãos podem votar livremente sem ameaças significativas à sua segurança por parte
de organizações estatais ou não estatais?
1: Sim.
0: Não.
0: Não.
11- O potencial acesso para os cargos públicos está disponível à toda população?
1: Sim.
0,5: Formalmente sim, mas, na prática, é restrito para algum tipo de público.
0: Não.
12- É permitido aos cidadãos formarem organizações políticas e civis livres da interferência
e vigilância do Estado?
1: Sim.
0,5: Oficialmente sim, mas, na prática, há restrições.
0: Não.