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Lista de Exercícios 2

Eduarda Gabriel

Exercício 1
Actual Ret –
Asset Category Actual Return (%) Benchmark Return (%)
Benchmark Ret (%)
Domestic equities 4.54 4.04 0.50
Equity Mgr. A 4.76 4.61 0.15
Equity Mgr. B 4.13 4.31 (0.18)
International Equities 6.39 5.96 0.43
Int. Equity Mgr. A 6.54 5.82 0.72
Int. Equity Mgr. B 6.20 6.02 0.18
Domestic fixed income 1.94 2.56 (0.62)
Fixed income Mgr. A 1.60 1.99 (0.39)
Fixed income Mgr. B 2.41 2.55 (0.14)
Total Fund 4.33 4.22 0.11

a) Para efeitos de classificação, consideremos que um bom desempenho é caracterizado por


um retorno realizado superior ao retorno do benchmark e, por conseguinte, um mau
desempenho seria um retorno realizado inferior ao do benchmark.
Dessa forma, ao analisar a terceira coluna – construída a partir da diferença entre a segunda
(Actual Return) e a terceira (Benchmark Return) – podemos observar que, entre os ativos,
as classes de melhor desempenho foram equities domésticos e internacionais,
respectivamente. Em contraposição, os ativos de renda fixa domésticos apresentaram um
mau desempenho, uma vez que seu retorno foi inferior ao benchmark.
Em relação aos managers, observa-se que o manager A se saiu muito melhor nas classes
com bom desempenho: em relação ao manager B, ele apresentou retornos positivos
maiores com equities domésticos e internacionais. Entretanto, com os ativos de renda fixa,
o desempenho do manager B foi relativamente melhor (em termos absolutos, a diferença
entre os retornos realizados e o do benchmark é menor para este manager do que a
constatada para o manager A).
b) Quando restringimos nossa análise exclusivamente para os retornos, podemos afirmar que
a performance do fundo, no geral, foi satisfatória, uma vez que obteve um retorno 11
pontos-base maior do que aquele apresentado pelo benchmark.
Entretanto, ao caracterizar a performance de um fundo, devemos considerar também o
risco incorrido em suas atividades para, de fato, constatar se o retorno compensou a
exposição. Nesse aspecto, seria mais adequado utilizar medidas como o Índice de Sharpe
(dado pelo retorno em excesso da carteira dividido pelo seu desvio-padrão), Índice de
Taylor (dado pelo retorno em excesso da carteira dividido pelo seu risco de mercado) e/ou
o Índice de Informação (dado pelo retorno anormal dividido pelo desvio-padrão).

Exercício 2
a) Fundo IBOVESPA
Média Aritmética 0,625% 1,214%
Média Geométrica 0,493% 1,026%
Volatilidade (SD) 5,181% 6,224%
Índice de Sharpe -4,620% 5,614%
0,6201 1,0000
Coeficiente Beta
(0,000) (0,000)
Medida de Treynor -0,386% 0,349%
-0,456%
Alfa de Jensen -
(0,3184)
Índice de Informação -0,1301 -
MRAR -1,253% 6,615%
M² -0,637% -
T² -0,735% -
Timing -2,8313 -
0,620%
Alfa de Jensen -
(0,2539)
0,6562 1,0000
Coeficiente Beta
(0,000) (0,000)
*Em parênteses, encontram-se o p-valor das estatísticas reportadas.
b) Ao considerar que o objetivo do fundo é superar o mercado, devemos caracterizar a
performance do fundo como ruim, uma vez que os retornos realizados pela carteira são
consideravelmente inferiores ao do mercado (0,625% contra 1,214%).
Além disso, seu Índice de informação, seu Índice de Sharpe e M², por serem negativos,
demonstram que uma unidade de risco incorrida nessa carteira gera retornos em excesso,
em média, negativos. Ao considerar o risco de mercado, com a Medida de Treynor, chega-
se a mesma conclusão.
Não obstante, o market timing do portfólio é da ordem de -2,8313, demonstrando que o
administrador do fundo não está ponderando a sua carteira da melhor maneira de acordo
com os movimentos esperados do mercado.

Exercício 3
σ€ = 5.5%
σUS$/€ = 11.7%
a) Sabendo que a correlação (ρ) entre os retornos de títulos de mercado da Alemanha e a
taxa de câmbio US$/€ é zero, temos que:

σUS$ 2 2
German Market = √σ€ + σUS$/€ + 2 ∙ ρ ∙ σ€ ∙ σUS$/€

σUS$ 2 2
German Market = √0,055 + 0,117 = 12,93%

b) Partindo da mesma relação apresentada no item anterior, temos que:


2
(σUS$ 2 2
German Market ) − σ€ − σUS$/€
ρ=
2 ∙ σ€ ∙ σUS$/€
0,1362 − 0,0552 − 0,1172
ρ= = 0,1385
2 ∙ 0,055 ∙ 0,117
A correlação positiva observada pode ser explicada pelo fato de uma moeda forte (no caso,
o euro) estar associada ao aumento de preço das ações, indicando que uma depreciação
do euro frente ao dólar é ruim para as corporações alemãs, uma vez que diminui os retornos
desse mercado e, portanto, aumenta seu sob o ponto de vista dos investidores americanos.

Exercício 4
A primeira barreira para investimentos internacionais que podemos citar são os custos de
transação. Embora seja observado um movimento de globalização dos mercados – que, inclusive,
não se estende a todos os países – os custos envolvidos em negociações envolvendo investimentos
estrangeiros ainda são altos quando comparados às negociações domésticas, pois incluem taxas
adicionais como “stamp duties” e taxas de câmbio.
Em segundo lugar, devemos considerar o risco de liquidez envolvido nessas transações. Afinal, a
política econômica envolvida depende das decisões do governo estrangeiro que, por vezes, pode
não coincidir com o interesse dos investidores – dificuldades para repatriar o capital, impostos,
restrições de quantidade e sobre direitos de propriedade são alguns exemplos.
Além disso, há ainda a barreira psicológica: o viés doméstico, o qual refere-se à tendência entre os
investidores de preferir investimentos domésticos, atribuindo-lhes, por isso, maior peso em suas
carteiras. Deve-se reconhecer que tal efeito diminuiu ao longo do tempo, porém ainda persiste nas
decisões dos agentes financeiros.

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