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a) A teor do que estabelece o Código Penal, o estupro (definido no art. 213, CP) é
crime de ação penal pública condicionada à representação. Essa regra é
excepcionada apenas em se trantando de vítima menor de 18 anos, hipótese em que
a ação passa a ser incondicionada. Consequentemente, a persecução penal depende
do oferecimento da representação nos casos de estupro simples (art. 213, caput,
CP), estupro qualificado pela lesão corporal de natureza grave (art. 213, § 1º, 1ª
parte, CP) e estupro qualificado pela morte (art. 213, § 2º, CP).
b) Havendo ofensa à honra do funcionário público que diga respeito ao exercício das
funções, segundo a parte final do parágrafo único do art. 145 do Código Penal,
tem-se crime de ação penal pública condicionada à representação. O STF (súmula
nº 714), contudo, objetivando respaldar ao máximo a tutela da honra
do intraneus, consolidou entendimento de que, além da ação penal pública
condicionada à representação, pode o ofendido, in casu, optar pela ação penal
privada. A essa situação de legitimação secundária, em sede doutrinária, dá-se o
nome de ação penal secundária.
(OAB) Ministério Público ofereceu denúncia em face de José pela prática do crime de
apropriação indébita. Encerrada a instrução, entende o promotor que José empregou
fraude em momento pretérito ao crime, de modo que a posse do bem em momento
algum foi lícita. Em razão disso, realiza aditamento à denúncia para modificar os fatos
narrados e imputar o crime de estelionato. O aditamento é recebido e novas provas são
produzidas. Após o promotor pedir a condenação de acordo com o aditamento, e a
defesa, a absolvição, o magistrado condena José nos termos da imputação originária,
que é menos grave. Diante do exposto, é correto afirmar, de acordo com o Código de
Processo Penal, que, com o aditamento do Ministério Público, foi aplicado o instituto
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