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Articulação política e federativa

28/03/2019 Articulação política e federativa

• rediscutir conceitos básicos de democracia e participação

• revisar principais normas sobre o tema

• traçar panorama da estrutura brasileira de promoção da democracia e participação • discutir a criação de sistemas de políticas

• listar alguns sistemas de políticas públicas em direitos humanos

Site: Ambiente Virtual de Aprendizagem MOOC

Curso: Gestão de Conselhos de Direitos Humanos

Livro: Articulação política e federativa

Impresso por: RALIMER DE SOUZA MOURA

Data: quinta, 28 mar 2019, 09:18

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Sumário
28/03/2019 Articulação política e federativa

1. Objetivos

2. Fluxos de Atuação

3. Fiscalização

4. Denúncias

5. Relações Federativas
5.1. Conselhos dos Municípios

6. Relações Legislativas
6.1. Correlação temática - exemplo
6.2. Gestão de Conselhos – Passo a Passo

7. Referências

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1. Objetivos
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2. Fluxos de Atuação
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• Durante a realização das suas atividades, inevitavelmente os conselhos vão interagir com vários outros órgãos que possuem
competências relacionadas.

• Chamamos de articulação à capacidade de estabelecer um bom relacionamento institucional com órgãos que possuem
competências relacionadas.

• A articulação pode produzir aprendizado, sinergia e intercâmbio de experiências, mas principalmente pode evitar os seguintes
problemas:

– duplicidade ou sobreposição de ações – quando dois ou mais órgãos atuam separadamente sobre o mesmo fenômeno ou o
mesmo problema;

– lacunas – quando nenhum dos órgãos competentes atua sobre determinado problema.

• Uma das formas mais simples de promover a articulação é a pactuação de fluxos de atuação entre os órgãos envolvidos.

• Com isso, a divisão de responsabilidades é feita por meio da criação de procedimentos e rotinas de fácil compreensão, com
papéis diferenciados para cada órgão.

• Em geral os fluxos de atuação são representados por meio de um fluxograma, como o exemplo a seguir.

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3. Fiscalização
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• As atividades de fiscalização, quando o conselho tem essa competência, são um bom exemplo de necessidade de articulação. Em
geral, vários outros órgãos públicos também exercem esse papel (além da própria sociedade).

• O primeiro passo é estimar a demanda e a capacidade do conselho em atender a essa demanda.

• Em seguida, é importante mapear os demais órgãos e atores que também exercem atividades correlatas.

• A partir daí o trabalho envolve pactuação e convencimento. O objetivo é construir fluxos de atuação, normativamente
fundamentados, que permitam a todos os envolvidos, em conjunto, atender de forma mais eficiente às demandas.

• Assim, a fiscalização de forma articulada permite obter resultados mais amplos do que a soma da atuação isolada de cada órgão.

• O exemplo a seguir mostra uma articulação entre o Tribunal de Contas da União e conselhos municipais. Eles usam uma
ferramenta chamada matriz de fiscalização para definir um fluxo de atuação e identificar as responsabilidades de cada órgão.

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4. Denúncias
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• O recebimento de denúncias é outro exemplo de necessidade de articulação.

• Conselhos podem receber denúncias diretamente ou encaminhadas por outros órgãos.

• Em ambos os casos, o primeiro passo é delimitar o objeto da denúncia – o que está sendo denunciado – e verificar se isso diz
respeito a algum ato praticado pelo conselho.

• Caso a denúncia tenha como objeto um ato ou decisão do conselho e, após a apuração, seja verificada alguma ilegalidade, o
órgão tem o dever de anular o próprio ato.

• Esse é o exercício do poder da autotutela, prerrogativa prevista no art. 53 da Lei de Processo Administrativo:

– Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.

• Se a denúncia tiver como objeto um ato de terceiro, em relação ao qual o conselho tenha competência de acompanhamento ou
fiscalização, também deve ser promovida a apuração pelo conselho.

• Caso o objeto da denúncia não esteja dentro das competências do conselho, o caso deve ser enviado ao órgão competente.

• ATENÇÃO: a legislação veda a recusa imotivada de recebimento de documentos e a ausência de decisão em matérias da sua
competência! (arts. 6º e 48, Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999).

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5. Relações Federativas
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• O Estado brasileiro está organizado na forma de uma federação. Isso significa que os entes da federação (União, estados, Distrito
Federal e municípios) são autônomos e possuem responsabilidades próprias.

• Como são parte do Estado, o mesmo acontece com os conselhos. Estão presentes em todos os níveis da federação e atuam de
diferentes formas.

• Quando as responsabilidades estão organizadas sob a forma de um sistema de políticas públicas, fica mais fácil perceber a
divisão de competências entre os entes federativos.

• Nestes casos, os conselhos atuam como espaços de controle social dos órgãos gestores, fiscalizando a implementação da política
pública.

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5.1. Conselhos dos Municípios
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• Quando um tema não está submetido a um sistema de políticas públicas, os entes da federação podem criar conselhos, com uma
grande margem de liberdade.

• Por isso é preciso atenção, porque em alguns temas, não haverá uma correspondência exata entre o nome e atribuições dos
conselhos nacionais, estaduais e municipais. Veja alguns exemplos do Município de São Paulo.

CONSELHO
MARCO LEGAL
CONSELHO MUNICIPAL MUNICIPAL NACIONAL
CORRESPONDENTE

Decreto nº
CMPU - Conselho Municipal de Política Urbana 56.268/2015 (Lei nº Conselho das Cidades
16.050/2014)

Decreto nº
CTLU - Câmara Técnica de Legislação Urbanística 56.268/2015 (Lei nº Conselho das Cidades
16.050/2014)

Decreto nº
CPPU - Comissão de Proteção à Paisagem Urbana 56.268/2015 (Lei nº Conselho das Cidades
10.237/1986)

CMH - Conselho Municipal de Habitação Lei nº 13.425/2002 Conselho das Cidades

Decreto nº
Conselho da Cidade Conselho das Cidades
53.796/2013

Decreto nº Conselho Nacional do


Conselho Municipal Esportes, Lazer e Recreação
50.212/2008 Esporte

Decreto nº Conselho Nacional do


Conselho de Usuários dos Equipamentos Esportivos
50.213/2008 Esporte

Decreto nº
Conselho Municipal de Participação da Comunidade Nordestina ?
53.535/2012

Decreto nº
COMAP - Conselho Municipal de Administração Pública ?
50.514/2009

CONDECON PAULISTANO - Conselho Municipal de Defesa do Decreto nº


?
Consumidor 56.871/2016

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CONSELHO
MARCO LEGAL
CONSELHO MUNICIPAL NACIONAL
MUNICIPAL
CORRESPONDENTE

CPOP - Conselho de Planejamento e Orçamento Participativos Decreto nº


?
(antigo CCPM - Conselho Consultivo do Programa de Metas) 54.837/2014

• Vários conselhos desenvolvem estratégias de articulação permanente com seus equivalentes em outros entes da federação.
• As conferências são um processo em que ocorre de forma intensa essa articulação.

• Alguns conselhos nacionais realizam encontros periódicos com conselhos estaduais ou municipais. Outros têm representação de
conselhos estaduais em sua composição.

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6. Relações Legislativas
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• Como o Estado também é dividido em poderes independentes e harmônicos entre si, é importante traçar estratégias de
articulação com outros poderes.

• Nesse âmbito, o Poder Legislativo se destaca porque está presente em todos os níveis federativos, opera por meio do diálogo e
debate horizontal e suas decisões alteram o marco legal das políticas públicas e a definição do seu orçamento.

• A atividade parlamentar federal é disciplinada pelo Regimento Interno da Câmara dos Deputados e pelo Regimento Interno do
Senado Federal.

• Os parlamentares atuam agrupados em partidos políticos e também em frentes parlamentares, que são grupos de
representantes que assumem compromissos de defesa de determinadas causas.

• Parte da atividade parlamentar ocorre nas comissões parlamentares, grupos de parlamentares com atribuição institucional de
discutir e avaliar determinados temas.

• Alguns conselhos incluem parlamentares em sua composição permanente.

• É importante identificar comissões e frentes com temas relacionados e buscar uma articulação constante com os parlamentares.

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6.1. Correlação temática - exemplo
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6.2. Gestão de Conselhos – Passo
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a Passo
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7. Referências
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• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Ouvidoria-Geral do SUS.
Manual das Ouvidorias do SUS. Brasília, 2014.

• BRASIL. Tribunal de Contas da União. Orientações para Conselhos da Área de Assistência Social. 3ª edição. Brasília: TCU,
2013.

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