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Macaé - RJ
Fevereiro de 2009
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ANÁLISE DE TESTES DE PRESSÃO EM POÇOS HORIZONTAIS EM
RESERVATÓRIOS DE BAIXA PERMEABILIDADE PORTADORES DE GÁS
vatório e de Exploração.
Macaé - RJ
Fevereiro de 2009
ANÁLISE DE TESTES DE PRESSÃO EM POÇOS HORIZONTAIS EM
RESERVATÓRIOS DE BAIXA PERMEABILIDADE PORTADORES DE GÁS
vatório e de Exploração.
Comissão Examinadora:
(Orientador)
ii
I Corintios 1:18-19
Agradecimentos
A DEUS por ter me ajudado até aqui e ter posto meu orientador, professores e amigos para
Aos meus pais, José e Nubia, meus irmãos Antônio, Pedro e Sarah pelo apoio que sempre
me deram, nunca medindo esforços para que eu pudesse realizar meus objetivos.
Ao orientador e amigo Prof. Adolfo, pela amizade, paciência e dedicação para me passar os
conhecimentos necessários para realização desse trabalho, sem o qual isso não seria possível.
Aos amigos, Abelardo, Antônio, Grazione, Lorena e Stella pelo estímulo, paciência e contri-
Aos Prof. e amigos, Alvaro e Santos, pela paciência, amizade e inúmeras contribuições
Aos primos, Jadir e Zelia pelo carinho e amizade com que me receberam em sua casa.
iii
Sumário
1 Introdução 1
2 Revisão Bibliográca 3
2.1 Poços Verticais em Reservatórios Portadores de Gás . . . . . . . . . . . . . . 3
3 Soluções Clássicas 9
3.1 Gás Ideal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
iv
SUMÁRIO v
5.1.3 Derivada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
5.2.1 Derivada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
6.1.3 Pseudo-Radial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
6.2 Modelo 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
6.2.3 Pseudo-Radial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
6.3 Modelo 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
6.3.3 Pseudo-Radial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
6.4.3 Pseudo-Radial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
8.3 Permeabilidade k = 10 mD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
8.4 Permeabilidade k = 1 mD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
8.5 Permeabilidade k = 0, 1 mD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
8.6 Permeabilidade k = 0, 01 mD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
9 Conclusões 75
viii
LISTA DE FIGURAS ix
D.5 Cálculo da AOF através do teste isócrono modicado com período de uxo de
D.6 Cálculo da AOF através do teste isócrono modicado com período de uxo de
7.4 Duração do período de uxo dos testes FAF e do uxo estendido do teste
isócrono modicado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
x
Nomenclatura
2
A área m
−1
c compressibilidade Pa
C coeciente de estocagem
do reservatório
D constante de turbulência
do reservatório
e exponencial
h tamanho do reservatório m
2
k permeabilidade m
l índice
m índice
M massa molecular
índice
número de elementos
xi
LISTA DE TABELAS xii
p pressão Pa
3
q vazão m /s
r raio m
s skin
S solução da fonte pontual
t tempo s
T temperatura K
3
V volume m
X transformada de Boltzman
Subscritos
0 condições padrão
base
superfície
posição do poço
a Agarwall
D valor adimensional
efeito de estocagem
f formação
g gás
i condição inicial
índice
L laminar
m base
p pressão
produção
r direção radial r
s estendido
total
x direção x
xd posição inicial do poço horizontal na direção
x
xl posição nal do poço horizontal na direção
x
y direção y
w poço
z direção z
za posição inicial da fratura na direção z
zb posição nal da fratura na direção z
θ direção θ
∞ gás no poço
Sobrescrito
¯ valor médio
adimensional
0
variável de integração
xD da função
zD da função
ˆˆ
ˆ transformada de Lapace da função
LISTA DE TABELAS xiv
Letras Gregas
α constante de conversão de unidades
µ viscosidade
ρ densidade do uido
φ porosidade
γ constante de Euler
4 variação
∂ derivada parcial
L operador de Laplace
τ constante de integração
Especiais
AOF absolute-open-ow
C1 constante auxiliar
F AF ow-after-ow
Ff x D transformada de Fourier nita cosseno em
xD
Ff z D transformada de Fourier nita cosseno em
zD
H (t) função de Heaviside (função degrau)
m (p) pseudo-pressão
PR regime pseudo-radial
mação
corretas informações sobre os reservatórios que o contém. Uma das principais ferramentas
que lança mão da teoria do uxo em meios porosos para o cálculo de parâmetros como a per-
que surge no desenvolvimento de modelos analíticos para gás está ligada à sua alta compres-
sibilidade, o que torna a equação da difusividade que rege o comportamento da pressão não
linear.
Este trabalho apresenta a solução geral para o comportamento da pressão em poços ho-
apresentar 4 regimes distintos, denominados: radial inicial, linear inicial, pseudo-radial e linear
tardio. A solução geral pode ser aproximada de acordo com cada um desses regimes de uxo.
verticais fraturados. Além disso, foram analisados os efeitos do regime de uxo no cálculo do
dos usando o teste ow-after-ow (FAF). Vericaram-se grandes discrepâncias, sugerindo que
equação da difusividade. Resultados mostram que essa aproximação pode ser aplicada sem
problemas na escala de tempo de um teste de poço, porém, há restrições de vazão por condi-
ções operacionais nos casos de baixíssima permeabilidade que impedem de forma prática a
xv
Abstract
Due to the growing demand for natural gas, it is fundamental to obtain accurate information
about reservoir properties. The most important tool to achieve this goal is pressure transient
analysis, a technique that uses the theory of ow in porous media for the calculation of
parameters such as permeability, skin factor and initial pressure of the reservoir. A major
dicult that arises in the development of gas analytic models is the highly dependence of gas
compressibility and viscosity on the pressure, what makes the partial dierential equations that
In this work a general solution for pressure behavior on horizontal wells in gas reservoirs is
presented. It is possible to occur up to four dierent ow periods: early radial, early linear, late
pseudoradial and late linear. Approximate solutions for each ow period was also developed.
Correlations to determine the beginning and end of each ow period based on the radius
of investigation concept (for radial ow regimes) and on fractured vertical wells (for linear
ow periods) were derived. Results obtained were in close agreement with previous published
data. The Absolute-Open-Flow (AOF) determination in horizontal wells in tight gas reservoirs
was also studied. We compared the dierences between the AOF values calculated from
isochronal tests with classical Flow-After-Flow (FAF) and the inuence of ow periods on
these results. Results presented large errors, suggesting that AOF should be replaced as a
productivity parameter for horizontal wells. The linearization technique was also evaluated
by the comparison of analytical and numerical results for dierent permeability values. Good
results were obtained in the range of 1000 mD to microdarcy, even though very low ow rates
were necessary to obtain convergence, what may be of practical importance for oil industry.
Wells.
xvi
Capítulo 1
Introdução
O gerenciamento e acompanhamento das jazidas de hidrocarbonetos dependem da obtenção
periódica de dados conáveis que permitam validar e corrigir os modelos adotados para deter-
minado reservatório. Uma das principais ferramentas para a coleta dessas informações são os
dade e dano) e o nível de pressão estática (ou média) do campo (ou área de drenagem). De
posse destas informações, é possível também analisar a potencialidade de uma formação, ava-
liar as reservas disponíveis de hidrocarbonetos e prever a produção dos uidos existentes nos
Há mais de meio século são desenvolvidos modelos analíticos que buscam interpretar dados
de pressão e vazão contra o tempo com o objetivo de calcular propriedades das rochas e
porosos é imprescindível para o desenvolvimento desses modelos. Nas últimas décadas, com o
especialmente por ser uma fonte de energia menos poluente que o petróleo. É possível en-
contrar gás natural de duas formas: associado à produção de petróleo (denominado gás as-
sociado) e não associado, ou seja, uma jazida portadora exclusivamente de gás em condições
meabilidade o uso de poços horizontais tornou-se primordial, uma vez que o poço horizontal
Durante a produção através de um poço horizontal podem ocorrer 4 regimes de uxo: radial
inicial, linear inicial, pseudo-radial e linear tardio. Os testes realizados em poços horizontais
1
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO 2
e dano de formação é feita com a utilização de soluções aproximadas de acordo com o regime
de uxo. No cálculo do absolute-open-ow (AOF), os regimes de uxo que ocorrem não são
da escolha dos dados usados no cálculo da AOF, de que maneira o regime de uxo interfere
no resultado.
de gás, considerando os casos de gás ideal e real. No capítulo seguinte são apresentados os
servatório de gás adaptadas da solução para óleo [ODEH e BABU 1990, GOODE e THAMBYNAYAGAM 1
suas derivadas e a superposição no tempo. Em seguida analisamos a duração dos regimes que
ocorrem durante o período de uxo: radial inicial, linear inicial, pseudo-radial e linear tar-
bilidade variou de 1 × 103 a 1 × 10−3 mD. Os testes realizados seguiram os métodos FAF
e isócrono modicado. Notamos certa incoerência na adoção desse parâmetro para denir a
rentes permeabilidades pode ser vista no Capítulo 8, utilizou-se um software comercial para
períodos de estática após a produção. O objetivo dos testes de formação é obter informações do
futuros investimentos dependem grandemente das avaliações feitas por intermédio da análise
Este capítulo foi dividido em 2 partes: a primeira sobre a teoria de testes de pressão em
poços verticais em reservatórios de gás e a segunda sobre testes de reservatórios de óleo através
de poços horizontais.
as seguintes simplicações:
Fluxo laminar,
3
CAPÍTULO 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 4
chegou a uma relação mais geral de µz , que pode ser escrita da seguinte forma
Visando encontrar uma linearização mais adequada para a equação diferencial parcial
(EDP) que rege o comportamento da pressão em reservatório de gás, [AL-HUSSAINY, RAMEYJR e CRAW
Zp
p0
m(p) = 2 dp0 (2.2)
µ(p0 )z(p0 )
pm
Não é necessário o uso de valores médios para a viscosidade (µ) e o fator de compressi-
bilidade (z).
elas a solução de um sistema radial com vazão constante e reservatório innito, reservatório
contra-pressão.
Uma diculdade adicional se deve ao fato de o gás alcançar altas velocidades próximo ao
poço, entrando assim em regime turbulento, produzindo uma queda de pressão adicional. Essa
uido. Este efeito causado pela compressibilidade do uido é denido como estocagem.
[RAMEYJR 1965] vericou que há um instante a partir do qual o efeito da estocagem pode
ser negligenciado, uma vez que o m do efeito não depende da vazão e sim do tempo de
produção :
V∞
C=
2πφhrw2
e V∞ é o volume de gás no poço.
Estudos posteriores mostraram que quando testes para gás são feitos da mesma forma
que para líquido, o uso da pseudo-pressão resulta em uma boa estimativa da capacidade de
CAPÍTULO 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 5
Para os testes de crescimento de pressão, o uso do valor do produto µct calculado na pressão
inicial não reproduz resultados coerentes para algumas faixas de pressão [AGARWALL 1979].
pseudo-tempo
Zt
dt0
ta (t) = (2.3)
µ(t0 )ct (t0 )
t0
usada na análise semilog de testes de uxo e de crescimento de pressão pode afetar muito a
estimativa da capacidade de formação e do skin, e o uso do tempo normal obtém melhores esti-
mativas que o uso do pseudo-tempo ou tempo normalizado. [LEE e WATTENBARGER 1996]
mostram limites de pressão onde se pode considerar o gás como ideal e que a pressões maiores
ponderantemente poços verticais, nas últimas décadas tem sido crescente o uso de poços hori-
zontais devido às vantagens, do ponto de vista técnico quanto do econômico [ROSA, CARVALHO e XAVIER
obter uma solução analítica para testes de uxo e de crescimento de pressão em poços hori-
com resultados numéricos [GOODE e THAMBYNAYAGAM 1987, ODEH e BABU 1990]. Du-
rante o regime transiente há a possível ocorrência de 4 períodos de uxo: radial inicial, linear
inicial, pseudo-radial e linear tardio. Foram obtidas soluções aproximadas para cada um dos
períodos de uxo identicados e a duração de cada um deles. Cada período é descrito como:
poço vertical em um reservatório innito (gura 2.3). Este regime começa assim que o
L2 φµct 0.0002637
tf inal = 125
kx αt
onde dz é a menor distância entre o poço e a borda em z e L é o comprimento do poço.
Linear Inicial: este regime só ocorre quando o poço é suciente longo em relação à
espessura da formação e os limites superior e inferior são atingidos (gura 2.4). Inicia
em
L2 φµct 0.0002637
tf inal = 160
kx αt
Pseudo-Radial: ocorre uxo radial em volta do poço no plano da formação (gura 2.5).
Inicia em
L2 φµct 0.0002637
tinicial = 1480
kx αt
e termina em
Linear Tardio: ocorre quando os limites (as bordas) na direção x são alcançadas (gura
2.6). Inicia em
CAPÍTULO 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 8
reservatório com fronteiras impermeáveis e reservatório com fronteiras com pressão constante
com a presença de skin e estocagem para 2 regimes de uxo: radial inicial e pseudo-radial.
São apresentadas soluções para poços horizontais em reservatório com a presença de aqüífero
e/ou capa de gás, que foram modelados através de fronteiras impermeáveis e/ou com pressão
constante. As soluções que incluem os efeitos de estocagem e skin foram obtidas no campo
Alguns estudos têm diagnosticado mais um regime de uxo denominado semi-radial, que
ocorre quando o poço não é centrado com respeito aos limites superior e inferior do reservatório
ções para os casos clássicos da engenharia de reservatório para poços verticais, considerando
o escoamento de um gás ideal e de um gás real através do meio poroso. As premissas feitas
Permeabilidade constante,
Fluxo monofásico.
a seguinte expressão
1 ∂ k ∂p ∂ (φρ)
rρ = (3.1)
r ∂r µ(p) ∂r ∂t
que é conhecida como a equação da difusividade hidráulica.
9
CAPÍTULO 3. SOLUÇÕES CLÁSSICAS 10
permanente.
solução da fonte linear, onde o poço se comporta como uma linha (rw → 0) para onde o
uido se desloca e através da qual ocorre a produção. Durante esse regime o reservatório
se comporta como se fosse innito, e a pressão no innito sempre igual à pressão inicial do
reservatório. Para a resolução desse problema foi considerado vazão constante e usadas as
seguintes condições:
Condição Inicial
∂p2
∂p qw µ qw µ
lim r = ⇒ lim r = pw (3.5)
r→0 ∂r 2πkh r→0 ∂r πkh
A partir da equação 3.2 com as condições 3.3 a 3.5, chega-se à solução
φµcg r2
2 µ p0 q0 Tw
p (r, t) = p2i + Ei − (3.6)
2πkh T0 4kt
onde p0 , q0 e T0 são os valores de pressão, vazão e temperatura na superfície, respectivamente.
sucientemente longo tal que o comportamento da pressão passar a ser afetado pela fronteira
CAPÍTULO 3. SOLUÇÕES CLÁSSICAS 11
externa. A pressão em cada ponto não varia com o tempo. Assim, o lado direito da equação
A solução da equação 3.2 com as condições indicadas anteriormente (equações 3.7, 3.8 e
p2e − p2w r
p2 (r) = p2w + re ln r (3.10)
ln w
rw
pressão no poço é afetado pela presença da fronteira externa. Como não existe alimentação
∂p ∂p2
=0⇒ =0 (3.11)
∂r ∂r
r=re r=re
∂p2
∂p µqw pw q w µ
r = ⇒ r = (3.12)
∂r 2πkh ∂r πkh
r=rw r=rw
" #
2
2 q0 p0 Tw µ 1 r r
p (r, t) − p2w =− − ln (3.13)
T0 πkh 2 re rw
CAPÍTULO 3. SOLUÇÕES CLÁSSICAS 12
de alguns parâmetros com a pressão, o que torna a equação da difusividade não-linear. Para
1 ∂ ∂m(p) φµ(p)ct (p) ∂m(p)
r = (3.14)
r ∂r ∂r k ∂t
O uso da pseudo-pressão, m(p), não requer o uso de valores médios das propriedades do
gás. Os termos da integral que aparecem na denição de m(p), equação 2.2, são funções
da pressão e podem ser obtidos da análise PVT do gás. Um método qualquer de integração
Condição Inicial
φ (µct )i r2
q0 p0 Tw
m(p) = m(pi ) + Ei − (3.18)
2T0 πkh 4kt
deração:
∂m(p) 2p ∂p
= =0
∂t µ(p)z(p) ∂t
m(pe ) − m(pw ) r
m(p) − m(pw ) = re ln (3.21)
ln rw
rw
∂p ∂m(p) 2p ∂p
r = re ⇒ =0⇒ = =0 (3.22)
∂r ∂r µz ∂r
r=re r=re r=re
∂p qw µ ∂m(p) qw pw
r = ⇒ r = (3.23)
∂r 2πkh ∂r zw πkh
r=rw r=rw
∂m(p)
= C1 (= cte)
∂t
A solução é dada por
" #
2
q0 p0 Tw 1 r r
m(p) − m(pw ) = − − ln (3.24)
T0 πkhφ 2 re rw
Capítulo 4
Teste de Pressão em Poços de Gás
Os testes de pressão são realizados para estimar a capacidade de produção do poço e as
modicado), e os testes usados para estimar as propriedades da formação são conhecidos como
testes de uxo e testes de crescimento de pressão. Neste capítulo serão descritos os principais
potencial AOF. A AOF é a maior vazão que o poço pode produzir submetido à pressão
Teste FAF,
Teste Isócrono,
Esse teste também é chamado de backpressure test e four point test . Convencionalmente
o teste FAF é feito da seguinte forma: o poço é submetido a uma seqüência de períodos de
de duração de cada vazão constante dura até que o regime dominado por fronteiras (regime
permanente ou pseudo-permanente) seja atingido, não sendo necessário que cada período
tenha o mesmo tempo de duração. Um exemplo do teste é mostrado na gura 4.1, onde é
mostrado o histórico da pressão e da vazão, sendo pf a pressão nal de cada período de uxo.
14
CAPÍTULO 4. TESTE DE PRESSÃO EM POÇOS DE GÁS 15
Esse teste pode ser analisado por 2 métodos: Método de Rawlins-Schellhardt e Método de
Houpeurt.
Método de Rawlins-Schellhardt
Usa-se a equação empírica
Plotando os dados de pseudo-pressão x vazão num gráco log x log, esses devem ter o
comportamento de uma reta cuja inclinação é 1/n. A AOF pode ser determinada extrapolando
a reta até o ponto onde pf = pb , sendo pb a pressão na superfície, como pode ser visto na
gura 4.2. A constante C pode ser determinada a partir de um ponto qualquer da reta
qi
C=
[4m(pi )]n
Método de Houpeurt
O método de Houpeurt para a interpretação desse teste (ou determinação da AOF) usa a
p0 qT 10, 06A 3
m(p) − m(pf ) = αp 1, 151 log − + s + Dq (4.3)
T0 kh CA rw2 4
onde s é o skin (dano de formação), D a constante de turbulência, A é a área de drenagem
onde
p0 qT 10, 06A 3
a = αp 1, 151 log − +s (4.5)
T0 kh CA rw2 4
p0 qT D
b = αp (4.6)
T0 kh
dividindo ambos os lados da equação 4.4 por q
CAPÍTULO 4. TESTE DE PRESSÃO EM POÇOS DE GÁS 17
podemos determinar o AOF, a qual é dada pela seguinte expressão (gura 4.3):
p
−a + a2 + 4b [m(p) − m(pb )]
qAOF = (4.7)
2b
teste isócrono. No teste isócrono os períodos de uxo devem ter tempos iguais e entre estes
períodos deve existir um período de estática até ocorrer estabilização da pressão. Depois do
último período de uxo de tempo determinado, deve-se impor um período de uxo até que seja
atingido o regime dominado por fronteiras (uxo estendido), como pode ser visto na gura
4.4.
O teste isócrono é mais usado para reservatórios de baixa permeabilidade [LEE e WATTENBARGER 199
Para esse testes também são usados os métodos de Rawlins-Schellhardt e de Houpeurt com
Método de Rawlins-Schellhardt
Usa-se a mesma equação do teste ow-after-ow , C depende do
sendo que para esse teste
tempo [C(t)]. Então, a partir dos dados de pressão e vazão, plota-se a curva log [m(p) − m(pf )]
x log q , para cada vazão e log [m(p) − m(pf,s )] x log qs , onde qs e pf,s são a vazão e a pressão
CAPÍTULO 4. TESTE DE PRESSÃO EM POÇOS DE GÁS 18
no uxo estendido. A partir da inclinação 1/n, calcula-se o valor de C(t) para o uxo estendido
[Cs ]:
qs
Cs = (4.8)
[m(p) − m(pf,s )]n
então a AOF é calculada usando a pressão atmosférica, de acordo com
ou extrapolando a curva até a pressão atmosférica, como pode ser visto na gura 4.5.
Método de Houpeurt
Para esse teste o método de Houpeurt usa a solução para regime transiente reescrita de uma
p0 qT rd 3
at = α p ln − +s (4.10)
T0 kh rw 4
CAPÍTULO 4. TESTE DE PRESSÃO EM POÇOS DE GÁS 19
p0 qT D
b = αp
T0 kh
e
s
17, 9098αt kt
rd = (4.11)
φ (µct )i
4m(p)
Plotando os dados
q
x q, obtém-se uma reta cujos coecientes são a e b, sendo b a
m(p) − m(pf,s )
at,s = − bqs
qs
e a AOF
q
−at,s + a2t,s + 4b (m(p) − m(pb ))
qAOF =
2b
teste isócrono modicado, que é semelhante ao teste isócrono, porém não sendo necessário
esperar que na estática a pressão retorne para pressão média do reservatório. Cada período
de estática e de uxo possui a mesma duração, sendo que o período de estática deve ser igual
ou maior que o de uxo, como pode ser visto na gura 4.7 [LEE e WATTENBARGER 1996].
CAPÍTULO 4. TESTE DE PRESSÃO EM POÇOS DE GÁS 20
A AOF pode ser calculada de forma semelhante ao teste isócrono, só que agora utiliza-se
a última pressão estática em vez da pressão média do reservatório. A equação usada pode ser
reescrita como
onde
p0 T 4αt kt
at = α p ln γ +s (4.12)
T0 kh e φ (µct )i rw2
p0 T D
b = αp
T0 kh
e ps é a última pressão medida no período de estática, γ é a constante de Euler (0.57722),
4m(p)
b é a inclinação da reta do gráco
q
x q, a pode ser calculado usando os dados do uxo
m(ps ) − m(pf,s )
at,s = − bqs
qs
e a AOF através da equação
q
−at,s + a2t,s + 4b (m(ps ) − m(pb ))
qAOF =
2b
CAPÍTULO 4. TESTE DE PRESSÃO EM POÇOS DE GÁS 21
testes são realizados para estimar os valores da capacidade de uxo da formação (kh) e do
uxo do reservatório, incluindo permeabilidade e fator skin [LEE, ROLLINS e SPIVEY 2003].
Os cálculos usados no teste de uxo são baseados na solução da linha-fonte para regime
como:
p0 qT 4αt k
m(pi ) − m(pf ) = 2, 302 αp log(t) + log + 0.869s (4.13)
T0 kh e φ (µct )i rw2
γ
onde
0 p0 T
m = 2, 302 αp (4.15)
T0 kh
e
4αt k
s = log + 0.869s
e φ (µct )i rw2
γ
n
m(pi ) − m(pf ) X qj − qj−1
= m0 log (t − tj−1 ) + m0 s (4.16)
qn j=1
qn
para qn 6= 0. Plotando
n
m(pi ) − m(pf ) X qj − qj−1
x log (t − tj−1 ) (4.17)
qn j=1
qn
p0 T
k = 2, 302 αp (4.18)
T0 m0 h
CAPÍTULO 4. TESTE DE PRESSÃO EM POÇOS DE GÁS 23
4p
O skin pode ser determinado a partir do valor inicial de :
q
4p
q
i 4αt k
s = 1.151 − log (4.19)
m0 eγ φ (µct )i rw2
o período de estática após o mesmo ter sido submetido a um período de uxo. Os dados
dados de pressão medidos durante o período de estática contém menos ruído devido à vazão
igual a zero imposta ao poço. Por causa disso, na prática utiliza-se mais os dados do período
p0 qT tp + 4t
m(ps ) = m(pi ) − 2, 302 αp log (4.20)
T0 kh 4t
onde tp é o tempo de produção e 4t é o tempo no período de estática.
0 m(p1hr ) − m(pf ) 4αt k
s = 1.151 − log
m e φ (µct )i rw2
γ
período de estática.
Capítulo 5
Fluxo de Gás em Poço Horizontal
A utilização de poços horizontais em reservatórios portadores de gás tem sido uma alternativa
para reservatórios de baixa permeabilidade, uma vez que o poço horizontal aumenta a área
efetiva de drenagem no reservatório, caso contrário seria necessário o uso de vários poços
verticais com espaçamento reduzido entre eles [ROSA, CARVALHO e XAVIER 2006]. Devido
algumas diculdades a mais na modelagem desse comportamento, uma vez que as propriedades
do gás variam muito com a pressão e os reservatórios possuem baixa permeabilidade, o que
Este capítulo apresenta 2 soluções para o comportamento da pressão para poço horizontal
selado.
Permeabilidades constantes;
24
CAPÍTULO 5. FLUXO DE GÁS EM POÇO HORIZONTAL 25
Poço horizontal;
dice B.
1. p (x, y, z, t = 0) = pi ;
2. lim p (x, y, z, t) = pi ;
y→∞
CAPÍTULO 5. FLUXO DE GÁS EM POÇO HORIZONTAL 26
Resolvendo a EDP dada pela equação 5.1 usando as condições de contorno e inicial, chega-se
" √
16rw0 q0 p0 Tw √ 1 hz P ∞ erf mπν
z tD
4m (p) = αp πtD + Zm cos (mπzD ) +
T0 ky hz hx νz 4rw0 m=1 m
2 √
∞ erf nπν
1 hx x tD
Zn2 +
P
+
νx Lxl − Lxd n=1 n
q (5.2)
(nπνx )2 + (mπνz )2 tD
2 erf
hx hz ∞ P
P ∞
+2π ×
4rw0
q
Lxl − Lxd n=1m=1
(nπνx )2 + (mπνz )2
(
16rw0 q0 p0 Tw √ √ √
4m (p) = αp π tD − tD − tD0 +
T0 ky hz hx
1 hz P ∞ 1 √ √
+ erf mπνz tD − erf mπνz tD − tD0 Zm cos (mπzD ) +
νz 4rw0 m=1 m
2
√ √
∞ 1
1 hx
tD − erf nπνx tD − tD0 Zn2 +
P
+ erf nπνx
νx Lxl − Lxd n=1 n
2 ∞ P
∞
hx hz P 1
+2π ×
4rw0
q
Lxl − Lxd n=1m=1 2 2
(nπνx ) + (mπνz )
q q )
2 2 2 2
× erf (nπνx ) + (mπνz ) tD − erf (nπνx ) + (mπνz ) (tD − tD0 ) Zm Zn2 cos (mπzD )
(5.3)
αt ky t
tD =
φ (µcg )i (4rw0 )2
s
4r0 kz
νz = w
hz ky
s
4r0 kx
νx = w
hx ky
e
1
zD = (hs + 1, 47rw0 )
hz
CAPÍTULO 5. FLUXO DE GÁS EM POÇO HORIZONTAL 28
Usando algumas aproximações é possível simplicar as equações 5.2 e 5.3, de forma que
" √
16rw0 q0 p0 Tw √ hx hz P ∞ erf mπν
z tD
4m (p) = αp πtD + 0 Zm cos (mπzD ) +
T0 ky hz hx 4rw Lw νz m=1 m
2 √ #
∞ erf nπν
1 hx x tD
Zn2
P
+
νx Lw n=1 n
(5.4)
16rw0 q0 p0 Tw √ √ √
4m (p) = αp π tD − tD − tD0 +
T0 ky hz hx
√ √
z tD − erf mπνz tD − tD0
hx hz P ∞ erf mπν
+ 0 Zm cos (mπzD ) + (5.5)
4rw Lw νz m=1 m
2 √ √ #
x tD − erf nπνx tD − tD0
∞ erf nπν
1 hx
Zn2
P
+
νx Lw n=1 n
cados como: radial inicial, linear inicial, pseudo-radial e linear tardio. Alguns desses regimes
Para cada um desses regimes de uxo pode-se simplicar a solução geral de forma a obter
se no Apêndice B.
Radial Inicial
Durante esse período, o comportamento da pressão é similar ao de um poço vertical em um
reservatório innito. Este regime começa assim que o poço é posto para produzir e termina
quando o limite superior ou inferior é alcançado. A solução para este regime é dada por
r
2 × 1, 8089 ky 64kz
mD = log tD (5.6)
π2 kz γ
e ky
na forma adimensional e
CAPÍTULO 5. FLUXO DE GÁS EM POÇO HORIZONTAL 29
!
2, 303αp q0 p0 Tw 4αt kz t
4m (p) = log (5.7)
0 2
p
T0 Lw ky kz γ
e φ (µcg ) (rw )
i
na forma dimensional.
Linear Inicial
Este regime só ocorre quando o poço é suciente longo em relação à espessura da formação e
os limites superior e inferior são atingidos. A solução aproximada para esse regime é dada por
4rw0 Lw hx √
2 hx hz
mD = πtD + Sz (5.8)
π hz hx Lw 2Lw νz
na forma adimensional e
s
16αp q0 p0 Tw rw0 αt ky t 2αp q0 p0 Tw
4m (p) = π 2 +
p Sz (5.9)
T0 ky hz Lw 0
φ (µcg )i (4rw ) T0 Lw ky kz
na forma dimensional, sendo
2
Sz = hz Ωz
π
onde
1
Ωz = [ψ (η1 ) + ψ (η2 ) − ψ (η3 ) − ψ (η4 )] (5.10)
8rw0
e
∞
X sin (nη)
ψ (η) =
n=1
n2
0, 52πrw0
η1 =
hz
π
η2 = (2hs + 3, 48rw0 )
hz
3, 48πrw0
η3 = −
hz
π
η4 = (2hs − 0, 52rw0 )
hz
Pseudo-Radial
Neste regime ocorre uxo radial em volta do poço no plano da formação. A solução aproximada
" !#
4rw0 Lw (4rw0 )2 64kx
2 hx hz 1, 8089
mD = Ωz + log tD (5.11)
π hz hx Lw νz π νx π L2w eγ ky
na forma adimensional e
2, 303αp q0 p0 Tw 64αt kx t 2αp q0 p0 Tw
4m (p) = p log γ 2
+ p Sz (5.12)
T0 ky kx hz e φ (µcg ) Lw T0 Lw ky kz
i
na forma dimensional.
Linear Tardio
Este regime ocorre quando os limites (as bordas) na direção x são alcançadas. A solução é
escrita como
" r #
4rw0 Lw √
2 hx hz ky
mD = πtD + 0 (Sz + Sx ) (5.13)
π hz hx 8rw Lw kz
na forma adimensional e
s
16αp q0 p0 Tw rw0 αt ky t 2αp q0 p0 Tw
4m (p) = π 2 + p (Sz + Sx ) (5.14)
T0 ky hz hx φ (µcg )i (4rw0 ) T0 Lw ky kz
∞
2h2x X Zn2
Sx = r
kx n=1 n
hz Lw
kz
poço é fechado.
Radial Inicial
Ocorre logo após o fechamento do poço. A solução pode ser escrita como
CAPÍTULO 5. FLUXO DE GÁS EM POÇO HORIZONTAL 31
" !
2, 303q0 p0 Tw t αt ky t
4m (p) = αp log − log +
φ (µcg )i (4rw0 )2
p
T0 Lw ky kz t − t0
(5.15)
√ s #
16rw0 Lw kz γ
αt ky t e ky 2
+ π + log + (Sx + Sz )
φ (µcg )i (4rw0 )2
p
2, 303 ky hz hx 64kz 2, 303
Linear Inicial
A solução é dada por
s
16rw0 q0 p0 Tw √ hx √
αt ky 2q0 p0 Tw
4m (p) = αp π 2 t− t − t0 + αp p Sx
T0 ky hz hx 0
φ (µcg )i (4rw ) Lw T0 Lw ky kz
(5.16)
Pseudo-Radial
A solução para esse período pode ser escrita da seguinte forma
" !
L2w eγ ky
2, 303αp q0 p0 Tw αt ky t
4m (p) = log t−tt 0 − log + log +
φ (µcg )i (4rw0 )2 (4rw0 )2 64kx
p
T0 ky kx hz
√ s √ #
4rw0 π kx αt ky t hz π kx
+ π + √ Sx
φ (µcg )i (4rw0 )2 2 × 1, 8089Lw kz
p
1, 8089hx ky
(5.17)
Linear Tardio
A solução para esse regime pode ser escrita como
s
16rw0 q0 p0 Tw αt ky √ √
4m (p) = αp π t − t − t0 (5.18)
T0 ky hz hx φ (µcg )i (4rw0 )2
Radial Inicial
A solução para esse regime é dada por
CAPÍTULO 5. FLUXO DE GÁS EM POÇO HORIZONTAL 32
" !
2, 303q0 p0 Tw t αt ky t
4m (p) = αp log − log +
φ (µcg )i (4rw0 )2
p
T0 Lw ky kz t − t0
(5.19)
√ γ
Lw kz 64αt kx t e ky 2
+ √ log γ 2
+ log + Sz
π kx hz e φ (µcg ) Lw 64kz 2, 303
i
Linear Inicial
A solução para esse regime pode ser escrita como
( s p )
16αp q0 p0 Tw rw0
αt ky 2, 303Lw ky 64αt kx t
4m (p) = − π (t − t0 ) + √ log γ
T0 ky hz Lw φ (µcg )i (4rw0 )2 16rw0 kx 2
e φ (µcg ) Lw
i
(5.20)
Pseudo-Radial
A solução para esse regime é dada por
2, 303αp q0 p0 Tw t
4m (p) = p log (5.21)
T0 ky kx hz t − t0
Radial Inicial
A solução para esse regime pode ser escrita como
" !
2, 303αp q0 p0 Tw t αt ky t
4m (p) = log − log +
φ (µcg )i (4rw0 )2
p
T0 Lw ky kz t − t0
(5.22)
√ s #
16rw0
γ
kz αt ky t e ky 2
+ π + log + Sz
φ (µcg )i (4rw0 )2
p
2, 303hz ky 64kz 2, 303
Linear Inicial
A solução é dada por
s
16αp q0 p0 Tw rw0 αt ky √ √
4m (p) = π t − t − t0 (5.23)
T0 ky hz Lw φ (µcg )i (4rw0 )2
CAPÍTULO 5. FLUXO DE GÁS EM POÇO HORIZONTAL 33
2, 303αp q0 p0 Tw t
4m (p) = p log (5.24)
T0 Lw ky kz t − t0
5.1.3 Derivada
Através do comportamento da derivada da pressão em relação ao logaritmo do tempo é possível
identicar os regimes de uxo, uma vez que cada um apresenta um comportamento típico.
Para o regime radial, a derivada apresenta um patamar com inclinação nula, o regime linear
√ 2 i
∞
hx hz P h
× 1+ exp − mπνz tD Zm cos (mπzD ) + (5.25)
2rw0 Lw m=1
2 )
√ 2 i 2
∞
1 hx P h
+ exp − nπνx tD Zn
2 Lw n=1
16rw0 p0 Tw Pj
4m (p) = αp (q0,i+1 − q0,i ) ×
T0 ky hz hx i=0
p
p hx hz P ∞ erf mπνz (tD − tDi )
× π (tD − tDi ) + 0 Zm cos (mπzD ) +
4rw Lw νz m=1 m (5.26)
p
1
hx
2 ∞ erf nπνx (tD − tDi )
Zn2
P
+
νx Lw n=1 n
modelo o reservatório é selado em todas as fronteiras. A solução pode ser escrita como:
Zt
4παp q0 p0 Tw
4m (p) = Sx (τ ) Sy (τ ) Sz (τ ) dτ (5.27)
T0 hx hy hz Lw α
0
onde
φ (µcg )i
α= (5.28)
αt
∞
m2 π 2 kx τ
2hx X mπx mπLxl mπLxd
Sx (τ ) = Lw + exp − cos sin − sin
π m=1 αh2x hx hx hx
(5.29)
∞ 2 2
X l π ky τ mπy mπy0
Sy (τ ) = 1 + 2 exp − 2
cos cos (5.30)
l=1
αh y hy hy
∞ 2 2
X n π kz τ mπz mπz0
Sz (τ ) = 1 + 2 exp − 2
cos cos (5.31)
n=1
αh z hz hz
Como os somatórios necessitam de muitos termos para convergir em curtos tempos, usa-se
Zt
q0 p0 Tw αp dτ
4m (p) = p sum (x, x0 , τ ) sum (y, y0 , τ ) sum (z, z0 , τ ) (5.32)
2T0 Lw ky kz τ
0
onde
" ! !
∞
P Lxl − x − 2mhx Lxl + x + 2mhx
sum (x, x0 , τ ) = erf p + erf p +
m=−∞ 4kx τ /α 4kx τ /α
(5.33)
! !#
Lxd − x − 2mhx Lxd + x + 2mhx
−erf p − erf p
4kx τ /α 4kx τ /α
∞
" # " #
X −α (y − y0 + 2lhy )2 −α (y + y0 + 2lhy )2
sum (y, y0 , τ ) = exp + exp (5.34)
l=−∞
4kyτ 4ky τ
CAPÍTULO 5. FLUXO DE GÁS EM POÇO HORIZONTAL 35
∞
" # " #
X −α (z − z0 + 2nhy )2 −α (z + z0 + 2nhy )2
sum (z, z0 , τ ) = exp + exp (5.35)
n=−∞
4k z τ 4kz τ
5.2.1 Derivada
Derivando a solução dada pela equação 5.27 em função do logaritmo do tempo:
j t−t
Zi
4παp p0 Tw X
4m (p) = (q0,i+1 − q0,i ) Sx (τ ) Sy (τ ) Sz (τ ) dτ (5.37)
T0 hx hy hz Lw α i=0
0
Radial Inicial
Para o regime radial inicial
p !
2, 303αp q0 p0 Tw 4αt ky kz t
4m (p) = p log γ 2
(5.38)
T0 ky kz Lw e φ (µcg ) rw
i
Linear Inicial
Nesse caso
r
2, 303αp q0 p0 Tw αt t
4m (p) = +
2T0 Lw hz 0.0002637φ (µcg )i ky
(5.39)
#
17, 37hz hz ky πz0
+p ln + 0, 25 ln − ln sin − 1, 838
ky kz rw kz hz
CAPÍTULO 5. FLUXO DE GÁS EM POÇO HORIZONTAL 36
Pseudo-Radial
Para o regime pseudo-radial
2, 303αp q0 p0 Tw αt ky t
4m (p) = p log − 1.76+
T0 ky kz hz 0.0002637φ (µcg )i L2w
(5.40)
r
kx hz hz ky πz0
+0.87 ln + 0, 25 ln − ln sin − 1, 838
kz Lw rw kz hz
Linear Tardio
Para o regime linear tardio
r
2, 303αp q0 p0 Tw αt t
4m (p) = +
2T0 hx hz 0.0002637φ (µcg )i ky
(5.41)
#
17, 37hz hz ky πz0
+p ln + 0, 25 ln − ln sin − 1, 838 + SR
ky kz rw kz hz
SR = Pxyz + Px + Pxy
h 1, 33h 0, 75h
se √x > p y √ z e
kx ky kz
hx hz ky πz0
Pxyz = − 1 ln + 0, 25 ln − ln sin − 1, 84 (5.42)
Lw rw kz hz
r
2h2x
0 kz Lw 4x0 + Lw 4x0 − Lw
Pxy = F + 0, 5 F −F (5.43)
Lw hz kx 2hx 2hx 2hx
p
6, 28h2x 1 x0 x20
ky kz Lw Lw
Px = − + + −3 (5.44)
hz hy kx 3 hx h2x 24hx hx
s !
y2
hx 6, 28hy kz 1 y0
Pxy = −1 − + 02 (5.45)
Lw hz ky 3 hy hy
sendo
se x≤1 e
se x > 1.
Capítulo 6
Duração dos Regimes de Fluxo
Durante a avaliação de um reservatório de gás através de um poço horizontal, há a possibilidade
de ocorrência de vários regimes de uxo: radial inicial, linear inicial, pseudo-radial e linear
da pressão com seus homônimos. O regime radial inicial é similar à produção de um poço
ções aproximadas para cada um dos regimes de uxo e estimar a sua duração. Neste capí-
ODEH e BABU 1990] para a determinação desses tempos. Também é apresentada uma pro-
posta para a determinação dos tempos dos regimes desenvolvida a partir de conceitos conhe-
com o modelo desenvolvido nesse trabalho mostraram-se tão ou mais ecientes que aqueles
6.1 Modelo 1
Nesta seção será apresentada a duração de cada regime de uxo conforme [GOODE e THAMBYNAYAGAM
38
CAPÍTULO 6. DURAÇÃO DOS REGIMES DE FLUXO 39
da formação. O período de uxo linear pode se desenvolver uma vez que os limites superior
e inferior sejam alcançados e o uxo nos limites do poço possam ser neglicenciados. O nal
6.1.3 Pseudo-Radial
Durante este período desenvolveu-se uxo radial no plano xy . O início e o nal desse período
6.2 Modelo 2
Esta seção mostrará os tempos propostos por [ODEH e BABU 1990] para os 4 regimes de
comprimento na direção x.
CAPÍTULO 6. DURAÇÃO DOS REGIMES DE FLUXO 40
uxo a partir das bordas do poço pode ser neglicenciada, pode ocorrer o uxo linear inicial e
6.2.3 Pseudo-Radial
Lw
Para que ocorra um novo uxo radial, < 0, 45, onde Lw é o comprimento do poço e hx
hx
é o tamanho do reservatório na direção do poço. O início e nal desse período podem ser
aproximados por
x.
CAPÍTULO 6. DURAÇÃO DOS REGIMES DE FLUXO 41
6.3 Modelo 3
Nesta seção serão apresentadas propostas para o cálculo da duração de cada regime desenvol-
vidas neste trabalho. As expressões foram baseadas no conceito de raio de investigação (para
forma é possível determinar o tempo nal do regime pelo conceito de raio de investigação. O
raio de investigação pode ser obtido a partir da solução da linha fonte para poço vertical. A
partir do raio de investigação, o nal do período é determinado pelo tempo onde a fronteira
mais próxima é atingida. Portanto, o tempo nal pode ser obtido pela expressão
eγ φ (µcg )i (dz − rw )2
tf inal = (6.15)
4αt kz
limites superior e inferior. A partir desse ponto é semelhante a um poço vertical fraturado e
do reservatório.
A proposta de tempo inicial foi baseada no conceito de raio de investigação, uma vez que
o regime inicia após as fronteiras do topo e base serem atingidas. Desta forma, é possível
eγ φ (µcg )i (Dz − rw )2
tinicial = (6.16)
4αt kz
O tempo nal pode ser calculado a partir da similaridade do comportamento do regime
de uxo linear inicial com o de um poço vertical fraturado. Usando essa relação e o tempo
denido para poço vertical fraturado [EARLOUGHERJR 1977] é possível chegar à expressão
φ (µcg )i L2w
tf inal = 0, 1 (6.17)
4αt kx
6.3.3 Pseudo-Radial
Neste regime ocorre uxo radial em volta do poço no plano da formação. Começa quando o
poço pode ser considerado vertical de raio igual à metade do comprimento do poço original
da formação.
CAPÍTULO 6. DURAÇÃO DOS REGIMES DE FLUXO 42
Para o tempo inicial foi usada a similaridade com poço fraturado [EARLOUGHERJR 1977].
φ (µcg )i Lw
tinicial1 = 10 (6.18)
4αt kx
A expressão 6.18, variando a permeabilidade de 1 × 103 a 1 × 10−3 mD e as dimensões
φ (µcg )i Lw
tinicial1 = (6.19)
4αt kx
O tempo para o nal do regime é dado pelo conceito do raio de investigação, ou seja,
" 1/4 #2
Lw ky
eγ φ (µcg )i dx −
4 kx
tf inal1 = (6.20)
4αt kx
ou
eγ φ (µcg )i [dy − rw ]2
tf inal2 = (6.21)
4αt ky
A equação 6.20 é usada quando a dimensão do reservatório em x é menor que em y e a
uma direção. Para estimar o tempo em que esse regime inicia foi usado o conceito de raio de
investigação:
" 1/4 #2
Lw ky
eγ φ (µcg )i Dx −
4 kx
tinicial = (6.22)
4αt kx
ou
eγ φ (µcg )i [Dy − rw ]2
tinicial = (6.23)
4αt ky
sendo usado o menor valor, que corresponde à menor dimensão do reservatório.
O tempo nal do regime linear tardio pode ser calculado usando o tempo inicial para a
hx 2500 a 7500 m
hy 10000 m
hz 50 m
profundidade 6000 m
rw 0, 1 m
φ 0, 2
Tw 150 ºC
Pi 650 kg/cm2
µ [LEE, GONZALEZ e EAKIN 1966]
cg [DRANCHUK e ABOU-KASSEM 1975]
Lw 600 m
kx 10 mD
ky 10 mD
kz 10 mD
q0 2 × 106 m3 /d
P0 1, 03323 kg/cm2
T0 15, 5556 ºC
trabalho.
tabela 6.1.
1. hz = 25 m (gura 6.1).
2. hz = 50 m (gura 6.2).
3. hz = 75 m (gura 6.3).
Figura 6.1: Comparação entre os tempos nais do regime radial inicial para hz = 25 m
Figura 6.2: Comparação entre os tempos nais do regime radial inicial para hz = 50 m
CAPÍTULO 6. DURAÇÃO DOS REGIMES DE FLUXO 45
Figura 6.3: Comparação entre os tempos nais do regime radial inicial para hz = 75 m
1. hz = 25 m (gura 6.4).
2. hz = 50 m (gura 6.5).
3. hz = 75 m (gura 6.6).
Para esse regime de uxo, os tempos iniciais dos modelos 2 e 3 apresentaram ótimos
resultados, muito similares. Para o tempo nal o modelo 1 foi muito conservador, o modelo
6.4.3 Pseudo-Radial
Para comparar os tempos para o regime pseudo-radial foram usados hz = 50 m e os seguintes
Figura 6.10: Comparação entre os tempos do regime linear tardio para hx = 2500 m
modelo 3 mais preciso. Para o tempo nal os modelos 1 e 3 apresentaram resultados similares
e superiores ao modelo 2.
modelo 2 não. Para o tempo nal os modelos 2 e 3 apresentaram bons resultados, bastante
similares.
Figura 6.11: Comparação entre os tempos do regime linear tardio para hx = 5000 m
Figura 6.12: Comparação entre os tempos do regime linear tardio para hx = 7500 m
CAPÍTULO 6. DURAÇÃO DOS REGIMES DE FLUXO 51
nesse trabalho. O modelo 1 apresentou resultados mais conservadores para o nal do radial
inicial e, assim como todos os outros, para o início do pseudo-radial. É importante ressaltar
que esse modelo não prevê nem o tempo de início do linear inicial nem o nal do linear
precisos. O modelo 3, desenvolvido nesse trabalho, foi capaz de prever com boa precisão todos
O modelo 2, além de conservador para o início do pseudo-radial, também não foi capaz de
É importante frisar que esses resultados não foram testados extensivamente e não podem
obter um parâmetro para comparação da produtividade entre os poços produtores de gás. Esse
parâmetro tem sido usado para poços horizontais da mesma forma que para poços verticais.
Neste capítulo será analisado o cálculo de AOF para poços horizontais, uma vez que durante
teste ow-after-ow (FAF), considerado padrão, e o teste isócrono modicado. Para o cál-
culo das pressões será utilizada a equação 5.37, que consiste na solução geral adaptada de
horas. Foram simulados testes usando o uxo estendido e sem o uxo estendido (prática da
impraticável. No caso de ocorrer mais de um regime de uxo, a AOF foi calculado em cada
suas propriedades encontram-se nas tabelas 7.1 e 7.2. A tabela 7.3 mostra as vazões utilizadas
e a tabela 7.4 mostra a duração de cada período de uxo do teste FAF e do uxo estendido
do teste isócrono modicado, usadas nos modelos de acordo com a permeabilidade. Conforme
pode ser observado nesta tabela, a utilização do uxo estendido como manda a teoria do teste
isócrono é inviável mesmo para permeabilidades superiores a 1 mD. A análise da tabela 7.3
indica que as vazões que permitiram a execução dos testes para permeabilidades inferiores a
1 mD são estremamente baixas, nem sempre possíveis de serem medidas pelos equipamentos
As tabelas 7.5 a 7.12 mostram os resultados para as AOF's calculadas nos testes FAF e
isócrono modicado com uxo estendido. Os dados estão distribuídos da seguinte forma:
52
CAPÍTULO 7. ESTUDO DA CAPACIDADE DE ENTREGA PARA POÇOS HORIZONTAIS53
Propriedade Modelo 1, 2, 3 e 4
profundidade 6000 m
rw 0, 1 m
φ 0, 2
Tw 150 ºC
Pi 650 kg/cm2
z [DRANCHUK e ABOU-KASSEM 1975]
µ [LEE, GONZALEZ e EAKIN 1966]
cg [DRANCHUK e ABOU-KASSEM 1975]
Lw 600 m
kx 1 × 10 a 1 × 10−3 mD
3
ky 1 × 103 a 1 × 10−3 mD
kz 1 × 103 a 1 × 10−3 mD
q0 2 × 106 a 2 × 107 m3 /d
P0 1.03323 kg/cm2
T0 15.5556 ºC
Permeabilidade tempo
1000 144
100 1440
10 14400
1 144192
0,1 1442040
0,01 14420592
0,001 144205968
Tabela 7.4: Duração do período de uxo dos testes FAF e do uxo estendido do teste isócrono
modicado
CAPÍTULO 7. ESTUDO DA CAPACIDADE DE ENTREGA PARA POÇOS HORIZONTAIS54
3º coluna: valor da AOF a partir do teste isócrono modicado com período de uxo de
3
12 horas (IM 12) ou 24 horas (IM 24) em m /d;
4º coluna: valor percentual do erro absoluto entre a AOF calculada através da FAF e a
10º coluna: tempo usado no cálculo da inclinação no teste isócrono modicado em horas
11º coluna: regime de uxo no instante de tempo do terceiro ponto utilizado no teste
Analisando os resultados das tabelas anteriores nota-se uma grande variação dos erros
encontrados entre os valores de AOF calculados a partir do teste FAF e do isócrono modicado
com uxo estendido. O menor erro ocorreu no Modelo 3 com permeabilidade 10 mD (erro =
3, 32%) e uxo com duração de 24 horas e o maior quando a permeabilidade utilizada foi
1000 mD no Modelo 4 e duração de 12 horas de uxo. Não foi possível observar uma tendência
do erro em relação à duração do uxo quando comparamos os testes isócronos, mas em
horas. Além disso, os erros são menores quando os dados de pressão são tomados no mesmo
As tabelas 7.13 a 7.20 mostram os resultados dos testes FAF em comparação com os
resultados obtidos através do teste isócrono modicado sem uxo estendido. Os dados das
3º coluna: valor da AOF a partir do teste isócrono modicado com período de 12 horas
3
(IM 12) ou 24 horas (IM 24) de uxo em m /d;
4º coluna: valor percentual do erro absoluto entre a AOF calculada através da FAF e a
isócrono modicado;
Nesse caso, o erro aumenta com a diminuição da permeabilidade, resultado esse que deve
ser encontrado nos casos reais. Ocorreram exceções apenas nas permeabilidades de 100 mD e
CAPÍTULO 7. ESTUDO DA CAPACIDADE DE ENTREGA PARA POÇOS HORIZONTAIS58
1000 mD. O interessante é que a inversão (menor erro na menor permeabilidade) aconteceu
importante ressaltar que todos os valores encontrados foram extremamente otimistas e muito
Cabe aqui uma reexão a respeito da validade da utilização desse parâmetro para compa-
ração da produtividade per se. É fundamental que seja iniciada a discussão e proposta uma
produto (µ (p) cg (p)) constante. Neste capítulo serão comparadas a solução analítica dada
pela equação 5.27, usando o valor do produto (µ (p) cg (p))i na pressão inicial do reservatório,
s
e a solução numérica através de um simulador comercial (IMEX ). O principal objetivo é
8.1. Adotamos como critério de convergência da solução numérica, além da óbvia comparação
com a solução analítica, um erro menor que 3% entre os resultados das simulações com três
apenas nas proximidades do poço. Também nesse caso foi utilizado o mesmo critério de
61
CAPÍTULO 8. ANÁLISE DA LINEARIZAÇÃO DA EQUAÇÃO DO GÁS 62
ky 1 × 103 a 1 × 10−3 mD
kz 1 × 103 a 1 × 10−3 mD
P0 1.03323 kg/cm2
T0 15.5556 ºC
numérica convergisse. O tamanho básico dos blocos do modelo sem renamento foi 810 m ×
CAPÍTULO 8. ANÁLISE DA LINEARIZAÇÃO DA EQUAÇÃO DO GÁS 63
solução analítica e numérica para cada renamento, enquanto que na gura 8.3 encontramos
o erro entre a solução analítica e cada uma das soluções numéricas. A linearização apresenta
(tabela 8.2) e a vazão de superfície também. A gura 8.4 mostra a comparação dos resultados
para k = 100 mD. Para essa permeabilidade a queda de pressão é baixa e a linearização
8.3 Permeabilidade k = 10 mD
Para essa permeabilidade, k = 10 mD, a vazão de superfície foi mantida, porém foi necessário
Neste caso surgem os primeiros problemas com a linearização, como pode ser observado
na gura 8.5, pois a diferença entre as duas soluções começa a aumentar. Porém, isso ocorre
CAPÍTULO 8. ANÁLISE DA LINEARIZAÇÃO DA EQUAÇÃO DO GÁS 67
para tempos superiores a 10.000 horas, o que não traz nenhuma inuência para um teste de
8.4 Permeabilidade k = 1 mD
A partir dessa permeabilidade não foi mais possível obter convergência da solução numérica
renando toda a malha. Adotou-se como modelo base o terceiro renamento do caso anterior
e a região ao redor do poço foi discretizada da seguinte forma: cada bloco contendo o poço foi
dividido por 3 em cada direção, ou seja, dividindo cada bloco por 27 por três vezes, gerando
Também foi necessário diminuir a vazão, uma vez que para o valor de q0 = 2 × 107 3
m /d
a solução numérica não convergia devido à alta queda de pressão. Adotou-se então a vazão
de superfície q0 = 2 × 106 m/d (guras 8.13 e 8.14). A solução analítica apresentou o mesmo
desvio descrito no item anterior no longo tempo, o que não impede a sua utilização para testes
de pressão em poços, cuja duração é muito inferior ao período onde esse efeito é pronunciado
8.5 Permeabilidade k = 0, 1 mD
Para permeabilidade k = 0, 1 mD foi usada a discretização descrita na seção anterior (guras
8.7 a 8.12). Novamente, foi necessário diminuir a vazão usada no teste, uma vez que a solução
numérica não convergiu. Neste caso foi usada a vazão de superfície de q0 = 2 × 105 3
m /d
(gura 8.15). A solução analítica apresenta bons resultados apenas para curtos tempos, pois
8.6 Permeabilidade k = 0, 01 mD
Neste nível de permeabilidade, tentou-se fazer um novo renamento no poço sem sucesso,
pois foi atingido o tamanho mínimo de um bloco. Portanto, a discretização usada foi a
mesma descrita nas duas seções anteiores (guras 8.7 a 8.12). A vazão de superfície foi
q0 = 2 × 104 3
m /d (gura 8.16). Novamente as soluções divergem no longo tempo, sem
afetar sua utilização para testes em poços. Porém surge aqui um problema de ordem prática,
que é a medição de vazões extremamente baixas. A utilização de vazões maiores leva a quedas
de pressão que impedem a utilização da solução analítica e numérica, seja pela limitação da
validade da linearização como pelo limite do tamanho dos blocos no modelo numérico.
CAPÍTULO 8. ANÁLISE DA LINEARIZAÇÃO DA EQUAÇÃO DO GÁS 73
Figura 8.16: Comparação das pressões entre as soluções analítica e numérica (k = 0, 01 mD)
poço. Os resultados podem ser vistos na gura 8.17. Novamente a solução analítica apresentou
bons resultados, ofuscados pelo problema da medição de uma vazão extremamente baixa de
discretizar a região ao redor do poço. Quando a queda de pressão atinge valores elevados,
resolver a equação da difusividade hidráulica. Porém, em nenhum dos casos aqui analisados
esses problemas seriam detectados durante a execução de um teste de pressão, desde que as
vazões não fossem muito altas para baixos valores de permeabilidade. Surge então um novo
problema: como medir vazões tão baixas de forma a garantir a validade da solução analítica?
Capítulo 9
Conclusões
Neste trabalho foram deduzidas as soluções para a equação da difusividade hidráulica para po-
ços horizontais num reservatório de gás a partir de resultados para líquido ([GOODE e THAMBYNAYAGAM
[ODEH e BABU 1990]). Foi mostrado que podem ocorrer até quatro regimes de uxo dife-
rentes, radial inicial, linear inicial, pseudo-radial e linear tardio, o que permitiu o desenvolvi-
mento de expressões para a determinação do início e nal de cada período através do conceito
de raio de investigação e similaridade com o poço vertical fraturado. Essas expressões mos-
através do teste ow-after-ow e isócrono modicado sem uxo estendido utilizando as solu-
ções analíticas desenvolvidas nesse trabalho. Em todos os casos os erros foram elevados, as
(µ (p) c (p)) constante e calculado na pressão inicial para linearizar a equação da difusividade do
gás, apresentou bons resultados para curtos período de tempo para a faixa de permeabilidade
aqui adotada. Para grandes valores de queda de pressão os efeitos da não-linearidade passam
a se fazer notar. Neste caso, a aplicação da solução analítica só é satisfatória para baixas
vazões. Interessante notar que a solução numérica só convergiu para baixas vazões (a baixas
permeabilidades) devido às limitações de renamento dos blocos. Essas vazões podem ser
lores muito baixos de vazões e investigar permeabilidades da ordem de nanodarcy. Além disso,
produtores de gás, que leve em consideração a existência dos diferentes regimes de uxo.
75
Referências Bibliográcas
[ABRAMOWITZ e STEGUN 1965]ABRAMOWITZ, M.; STEGUN, I. A. Handbook of Ma-
thematical Functions: with Formulas, Graphs and Mathematical Tables. 10. ed. New York:
[AGARWALL 1979]AGARWALL, R. G. Real gas pseudo-time - new function for pressure buil-
dup analysis of mhf wells. Annual Technical Conference and Exhibition, Las Vegas, Nevada,
gas ow theory to well testing and deliverability forecasting. Jornal of Petroleum Technology,
v. 18, n. 5, p. 637642, 1966.
CRAWFORD, P. B. The ow of real gases through porous media. Jornal of Petroleum Tech-
nology, v. 18, n. 5, p. 624636, 1966.
[DAVIAU et al. 1988]DAVIAU, F. et al. Pressure analysis for horizontal wells. SPE Formation
Evaluation, v. 3, n. 4, p. 716724, 1988.
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1975.
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Evaluation, v. 2, n. 4, p. 683697, 1987.
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76
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 77
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test analysis of low-permeability gas wells with long-duration wellbore storage distortion.
[LEE, ROLLINS e SPIVEY 2003]LEE, W. J.; ROLLINS, J. B.; SPIVEY, J. P. Pressure Tran-
sient Testing. Richardson: SPE, 2003. 356 p. (SPE Textbook Series, v. 9).
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servoir Engineering, v. 4, n. 4, p. 417421, 1989.
[ODEH e BABU 1990]ODEH, A. S.; BABU, D. K. Transient ow behavior of horizontal wells:
1990.
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n. 4, p. 657670, 1985.
testing with turbulence, damage and wellbore storage. Jornal of Petroleum Technology, v. 20,
n. 8, p. 877887, 1968.
Apêndice A
Soluções para Gás Ideal e Real
Neste apêndice apresenta-se a dedução da equação de difusividade em coordenadas cilíndricas
para uxo de gás em meios porosos, assim como suas respectivas soluções para três diferentes
siano e cilíndrico. A equação da continuidade será usada como ponto de partida para dedução
da equação da difusividade do gás. Além dela, será necessário usar a Lei de Darcy, as equações
Lei de Darcy
A Lei de Darcy relaciona a velocidade de um uido através de um meio poroso com o diferencial
k ∂p
vl = − (A.1)
µ ∂l
Equações da Compressibilidade
As seguintes equações são conhecidas como equações da compressibilidade. Para o uido
1 ∂ρ
cg (p) = (A.2)
ρ ∂p
78
APÊNDICE A. SOLUÇÕES PARA GÁS IDEAL E REAL 79
1 ∂φ
cf = (A.4)
φ ∂p
que pode ser reescrito como
∂p ∂φ
φcf = (A.5)
∂t ∂t
M p
ρ= (A.6)
RT z (p)
Pseudo-pressão
A denição de pseudo-pressão [AL-HUSSAINY, RAMEYJR e CRAWFORD 1966]
Zp
p0
m (p) = 2 dp0 (A.7)
µ (p0 ) z (p0 )
pm
é usada para linearizar a equação da difusividade para o gás real. Da denição da pseudo-
pressão, equação A.7, obtém-se a seguinte relação entre as derivadas parciais de m (p) e
∂m (p) ∂m (p) ∂p 2p ∂p
= = (A.8)
∂l ∂p ∂l µ (p) z (p) ∂l
onde l =x, y, z, r e t.
cilíndrico através do qual está ocorrendo o uxo de um uido (gura A.1). O balanço de
(qρ)r − (qρ)r+Mr M t + (qρ)z − (qρ)z+Mz M t + (qρ)θ − (qρ)θ+Mθ M t =
Mθ 2 (A.9)
2
2
(r+ M r) − r M z (φρ) t+Mt − (φρ)t
Substituindo
qr = vr Ar = vr r M z M θ
Mθ
qz = vz Az = vz 2r M r + (M r)2
2
qθ = vθ Aθ = vθ M r M z
(v r r M z M θρ)r − (vr r M z M θρ)r+Mr M t+
2 M θ 2 M θ
+ vz 2r M r + (M r) ρ − vz 2r M r + (M r) ρ M t+
2 z 2 z+Mz
2
+ (vθ M r M zρ)θ − (vθ M r M zρ)θ+Mθ M t = Mθ 2
2r M r + (M r) M z (φρ) t+Mt − (φρ) t
Mθ
2r M r + (M r)2
MtMz
2
e simplicando
APÊNDICE A. SOLUÇÕES PARA GÁS IDEAL E REAL 81
(vr rρ)r − (vr rρ)r+Mr (vz ρ)z − (vz ρ)z+Mz (vθ ρ)θ − (vθ ρ)θ+Mθ (φρ)t+Mt − (φρ)t
+ + =
1 2 Mz Mθ Mt
2r M r + (M r) [2r+ M r]
2 2
(A.10)
Tomando o limite
(vr rρ)r − (vr rρ)r+Mr 1 ∂ (vr rρ)
lim = − (A.11)
Mr→0 1 r ∂r
2r M r + (M r)2
2
(vz ρ)z − (vz ρ)z+Mz ∂ (vz ρ)
lim = − (A.12)
Mz→0
Mz ∂z
(vθ ρ)θ − (vθ ρ)θ+Mθ 1 ∂ (vθ ρ)
lim = − (A.13)
Mr→0,Mθ→0 Mθ r ∂θ
[2r+ M r]
2
(φρ)t+Mt − (φρ)t ∂ (φρ)
lim = (A.14)
Mt→0 Mt ∂t
Aplicando a lei de Darcy, que relaciona a velocidade aparente do uido com o gradiente
de pressão,
k ∂p
vr = −
µ(p) ∂r
na equação A.16 chegamos a
1 ∂ k ∂p ∂ (φρ)
rρ = (A.17)
r ∂r µ(p) ∂r ∂t
O lado direito da equação A.17 pode ser expressado em função da pressão, usando as
∂ (ρφ) ∂φ ∂ρ ∂p ∂p ∂p
=ρ +φ = ρφcf + ρφcg (p) = ρφ (cg (p) + cf ) (A.18)
∂t ∂t ∂t ∂t ∂t ∂t
APÊNDICE A. SOLUÇÕES PARA GÁS IDEAL E REAL 82
No caso do gás tem-se cg cf , logo pode-se desprezar cf . Então, a equação A.17 ca
∂ (ρφ) ∂p ∂p
= ρφ (cg (p) + cf ) = ρφcg (p) (A.19)
∂t ∂t ∂t
1 ∂ k ∂p ∂p
rρ = ρφcg (p) (A.20)
r ∂r µ(p) ∂r ∂t
(ρφ4x4y4z) − (ρφ4x4y4z) = (ρvx 4y4z) − (ρvx 4y4z) 4t+
t+4t t x x+4x
+ (ρvy 4x4z) − (ρvy 4x4z) 4t + (ρvz 4x4y) − (ρvz 4x4y) 4t
y y+4y z z+4z
(A.21)
(ρφ) − (ρφ) (ρvx ) − (ρvx )
t+4t t x x+4x
= +
4t 4x
(A.22)
(ρvy ) − (ρvy ) (ρvz ) − (ρvz )
y y+4y z z+4z
+ +
4y 4z
e calculando o limite na equação A.22 para 4x → 0, 4y → 0, 4z → 0 e 4t → 0:
∂ kx ∂p ∂ ky ∂p ∂ kz ∂p ∂ (ρφ)
ρ + ρ + ρ = (A.24)
∂x µ (p) ∂x ∂y µ (p) ∂y ∂z µ (p) ∂z ∂t
Aplicando a equação A.19 no lado direito da equação A.24 e a equação A.6 no lado
∂ p kx ∂p ∂ p ky ∂p ∂ p kz ∂p p ∂p
+ + = φcg (p) (A.25)
∂x z (p) µ (p) ∂x ∂y z (p) µ (p) ∂y ∂z z (p) µ (p) ∂z z (p) ∂t
1 ∂ ∂p µ ∂p
ρr = ρφcg (p) (A.26)
r ∂r ∂r k ∂t
A compressibilidade do gás dada pela equação A.2 pode ser reescrita como:
1 1 dz(p)
cg = −
p z(p) dp
Como o gás se comporta como ideal
1
cg =
p
APÊNDICE A. SOLUÇÕES PARA GÁS IDEAL E REAL 84
Mp
ρ= (A.27)
RT
Aplicando a equação A.19 e a lei dos gases dada pela equação A.27 na equação A.26
1 ∂ M ∂p µ M ∂p
pr = φ
r ∂r RT ∂r k RT ∂t
ou
∂p2 µφ ∂p2
1 ∂
r = (A.28)
r ∂r ∂r kp ∂t
1
e usando cg = na equação A.28
p
Condição Inicial
∂p2
∂p qw µ qw µ
lim r = ⇒ lim r = pw (A.32)
r→0 ∂r 2πkh r→0 ∂r πkh
Aplicando a transformada de Boltzman denida por
φµcg r2
X= (A.33)
4kt
na equação A.29
∂p2 ∂X φµcg ∂p2 ∂X
1 ∂ ∂X
r =
r ∂X ∂X ∂r ∂r k ∂X ∂t
como
∂X φµcg r
=
∂r 2kt
APÊNDICE A. SOLUÇÕES PARA GÁS IDEAL E REAL 85
e
∂X φµcg r2
=−
∂t 4kt2
temos
φµcg r ∂p2 φµcg r φµcg r2 φµcg ∂p2
1 ∂
r =−
r ∂X 2kt ∂X 2kt 4kt2 k ∂X
que é igual a
∂p2 ∂p2
∂
X = −X
∂X ∂X ∂X
que pode ser reescrita como
Condição Inicial
∂p2 ∂p2
qw µ
lim r = lim 2X = pw (A.37)
r→0 ∂r X→0 ∂X πkh
Fazendo
∂p2
=Y (A.38)
∂X
e substituindo na equação A.34, temos
∂Y
X + Y = −XY
∂X
separando as variáveis
dY dX
=− − dX
Y X
e integrando a equação
Z Z Z
dY dX
=− − dX
Y X
chega-se a
exp(−X)
Y = C1 (A.39)
X
APÊNDICE A. SOLUÇÕES PARA GÁS IDEAL E REAL 86
exp(−X)
dp2 = C1 dX (A.40)
X
Zpi Z∞
exp(−X)
dp2 = C1 dX
X
p X
portanto
onde
Z∞
exp(−X)
dX = −Ei (−X) = Ei (X)
X
X
Usando a condição de contorno interna dada pela equação A.37 na equação A.40 para
∂p2
qw µ
lim 2X = lim (2C1 exp(−X)) = pw
X→0 ∂X X→0 πkh
onde
qw µ
C1 = pw
2πkh
Aplicando o valor de C1 em A.41
qw µ
p2 (r, t) = p2i + pw Ei (−X) (A.42)
2πkh
Para gás ideal, z = 1. Então
p 0 q0 p w qw
= (A.43)
z0 T0 zw Tw
pode ser reescrita como
p0 q0 pw qw
= (A.44)
T0 Tw
e a equação A.42
φµcg r2
2 µ p0 q0 Tw
p (r, t) = p2i + Ei − (A.45)
2πkh T0 4kt
onde p 0 , q0 e T0 são os valores de pressão, vazão e temperatura na condição de superfície,
respectivamente.
APÊNDICE A. SOLUÇÕES PARA GÁS IDEAL E REAL 87
∂p ∂p2
=0⇒ =0
∂t ∂t
Para o regime permanente, vamos resolver a EDP (equação A.28) sujeita a valores de
Então
dp2
1 d
r =0
r dr dr
portanto
dp2
r = C1 (= cte)
dr
Integrando
Zp(r) Zr
2 dr
dp = C1
r
p(rw ) rw
chega-se a
r
p2 (r) − p2 (rw ) = C1 ln (A.48)
rw
Usando a condição de contorno externa dada pela equação A.46,
re
p2 (re ) − p2 (rw ) = C1 ln
rw
portanto
p2e − p2w
C1 = re
ln
rw
Substituindo C1 na equação A.48, chega-se a
p2e − p2w r
p2 (r) = p2w + re ln r (A.49)
ln w
rw
APÊNDICE A. SOLUÇÕES PARA GÁS IDEAL E REAL 88
∂p2
∂p µqw pw q w µ
r = ⇒ r = (A.51)
∂r 2πkh ∂r πkh
r=rw r=rw
∂p
= C1 (= cte) (A.52)
∂t
Substituindo a equação A.52 na equação A.28, obtemos
∂p2
∂ 2φµ
r = C1 r (A.53)
∂r ∂r k
Integrando desde o raio do poço (r = rw ) até a borda do reservatório (r = re )
Zre Zre
∂p2
∂ 2φµ
r dr = C1 rdr
∂r ∂r k
rw rw
chega-se a
∂p2 ∂p2 2φµ (re2 − rw2 )
r −r = C1 (A.54)
∂r ∂r k 2
re rw
pw q w µ φµ
= − C1 re2 − rw2
(A.55)
πkh k
Aplicando a equação A.43, com z0 = zw = 1, na equação A.55
q0 p0 Tw
= −φC1 re2 − rw2
T0 πh
pode-se determinar a constante C1
q0 p0 Tw 1
C1 = −
T0 φπh (re − rw2 )
2
∂p2
r =Y (A.56)
∂r
APÊNDICE A. SOLUÇÕES PARA GÁS IDEAL E REAL 89
tem-se
∂Y 2φµ
= C1 r
∂r k
Substituindo C1
∂Y 2q0 p0 Tw µ 1
=− r
∂r T0 πkh (re − rw2 )
2
separando as variáveis
2q0 p0 Tw µ 1
∂Y = − r∂r
T0 πkh (re − rw2 )
2
e integrando
Z Z
2q0 p0 Tw µ 1
∂Y = − r∂r
T0 πkh (re − rw2 )
2
resulta em
q0 p0 Tw µ r2
Y =− + C2 (A.57)
T0 πkh (re2 − rw2 )
Substituindo a equação A.56 na equação A.57
∂p2 q0 p0 Tw µ r2
r =− + C2 (A.58)
∂r T0 πkh (re2 − rw2 )
e aplicando a condição de contorno externa dada pela equação A.50 na equação A.58
2
∂p q0 p0 Tw µ r C2
=0=− +
∂r T0 πkh (re2 − rw2 ) r
re re re
q0 p0 Tw µ re2
C2 =
T0 πkh (re2 − rw2 )
Então, da equação A.58, pode-se escrever que
∂p2 q0 p0 Tw µ r2 q0 p0 Tw µ re2
r =− +
∂r T0 πkh (re2 − rw2 ) T0 πkh (re2 − rw2 )
e
re2
2 q0 p0 Tw µ r ∂r
∂p = − ∂r − 2 (A.59)
T0 πkh (re2 − rw2 ) (re − rw2 ) r
Integrando-se a equação A.59 entre o poço e um ponto qualquer do meio poroso obtém-se
a expressão
Zp
r
Z Zr 2
q0 p0 Tw µ r re ∂r
∂p2 = − 2 2
∂r − 2 2
T0 πkh (re − rw ) (re − rw ) r
pw rw rw
APÊNDICE A. SOLUÇÕES PARA GÁS IDEAL E REAL 90
cujo resultado é
" #
2
q p T
0 0 w µ 1 r r
p2 − p2w = − − ln (A.61)
T0 πkh 2 re rw
1 ∂ k p ∂p p ∂p
r = φct
r ∂r µ(p) z(p) ∂r z(p) ∂t
Aplicando a pseudo-pressão denida pela equação A.7 e a relação das derivadas dada pela
1 ∂ ∂m(p) φµ(p)ct (p) ∂m(p)
r = (A.62)
r ∂r ∂r k ∂t
Condição Inicial
∂p qw µ ∂m(p) qw pw
lim r = ⇒ lim r = (A.65)
r→0 ∂r 2πkh r→0 ∂r zw πkh
Aplicando a transformada de Boltzman
φ (µct )i r2
X= (A.66)
4kt
APÊNDICE A. SOLUÇÕES PARA GÁS IDEAL E REAL 91
na equação A.62 e usando o valor de µct calculado na pressão inicial (µct )i para linearizar a
EDP, temos
1 ∂ ∂m(p) ∂X ∂X φ (µct )i ∂m(p) ∂X
r = (A.67)
r ∂X ∂X ∂r ∂r k ∂X ∂t
sendo
∂X φ (µct )i r
= (A.68)
∂r 2kt
e
∂X φ (µct )i r2
=− (A.69)
∂t 4kt2
Aplicando as equações A.68 e A.69 na equação A.67
φ (µct )i r2 ∂m(p)
1 ∂ ∂m(p) φ (µct )i r φ (µct )i r φ (µct )i
r = −
r ∂X ∂X 2kt 2kt k 4kt2 ∂X
que pode ser reescrito como
∂ ∂m(p) ∂m(p)
X = −X
∂X ∂X ∂X
ou
d dm(p) dm(p) dm(p)
X + = −X (A.70)
dX dX dX dX
As condições usando a transformada de Boltzman são:
Condição Inicial
∂m(p) ∂m(p) qw pw
lim r = lim 2X = (A.73)
r→0 ∂r X→0 ∂X zw πkh
Fazendo
dm(p)
=Y (A.74)
dX
e substituindo na equação A.70
dY
X + Y = −XY
dX
separando as variáveis
dY dX
=− (1 + X)
Y X
APÊNDICE A. SOLUÇÕES PARA GÁS IDEAL E REAL 92
e integrando
Z Z Z
dY dX
=− dX −
Y X
obtém-se
exp(−X)
Y = C1
X
Então, substituindo o valor de Y dado pela equação A.74
dm(p) exp(−X)
= C1
dX X
e integrando
m(p
Z i) Z∞
exp(−X)
dm(p) = C1 dX
X
m(p) X
resulta em
Usando a condição de contorno interna dada pela equação A.73 para determinar C1
∂X exp(−X) q w pw
lim 2X = lim 2XC1 =
X→0 ∂r X→0 X zw πkh
qw p w
C1 =
2zw πkh
Logo
q w pw
m(pi ) − m(p) = − Ei (−X)
2zw πkh
Voltando às variáveis originais
φ (µct )i r2
q0 p0 Tw
m(p) = m(pi ) + Ei − (A.75)
2T0 πkh 4kt
1 ∂ ∂m(p)
r =0 (A.76)
r ∂r ∂r
Integrando A.76:
∂m(p)
r = C1 (= cte) (A.79)
∂r
Integrando A.79 do raio do poço (r = rw ), até um raio qualquer
Zp Zr
C1
∂m(p) = ∂r
r
pw rw
resulta em
r
m(p) − m(pw ) = C1 ln
rw
Usando a condição de contorno externa dada pela equação A.77
re
m(pe ) − m(pw ) = C1 ln
rw
m(pe ) − m(pw )
C1 = re
ln
rw
Portanto, a solução do problema é
m(pe ) − m(pw ) r
m(p) − m(pw ) = re ln (A.80)
ln rw
rw
∂p ∂m(p) 2p ∂p
r = re ⇒ =0⇒ = =0 (A.81)
∂r ∂r µz ∂r
r=re r=re r=re
∂p qw µ ∂m(p) qw pw
r = ⇒ r = (A.82)
∂r 2πkh ∂r zw πkh
r=rw r=rw
∂m(p)
= C1 (= cte) (A.83)
∂t
Aplicando a equação A.83 na equação da difusividade e usando o valor de µct calculado
Zre Zre
∂ ∂m(p) φ (µct )i
r dr = C1 rdr
∂r ∂r k
rw rw
resulta em
∂m(p) ∂m(p) φ (µct )i (re2 − rw2 )
r −r = C1
∂r ∂r k 2
re rw
q0 p0 Tw 2
C1 = −
T0 πhφ (µct )i (re2 − rw2 )
Voltando à equação A.84, e fazendo
∂m(p)
r =Y (A.85)
∂r
∂Y φ (µct )i
= C1 r (A.86)
∂r k
Integrando a equação A.86
Z Z
φ (µct )i
∂Y = C1 r∂r
k
APÊNDICE A. SOLUÇÕES PARA GÁS IDEAL E REAL 95
φ (µct )i
Y = C1 r 2 + C2
2k
Substituindo o valor de Y dado pela equação A.85 na equação anterior
∂m(p) φ (µct )i
r = C1 r 2 + C2 (A.87)
∂r 2k
e usando a condição de contorno externa temos
∂m(p)
φ (µct )i C2
=0= C1 r +
∂r 2k r
re re re
Isolando a constante C2
φ (µct )i q0 p0 Tw re2
C2 = − C1 re2 =
2k T0 πkh (re2 − rw2 )
A equação A.87 pode ser reescrita como
∂m(p) φ (µct )i C2
= C1 r + (A.88)
∂r 2k r
Integrando-se a equação A.88 entre o raio do poço (r = rw ) e a um ponto qualquer do
Zp Zr Zr
φ (µct )i C2
∂m(p) = C1 r∂r + ∂r
2k r
pw rw rw
" #
2
q0 p0 Tw 1 r r
m(p) − m(pw ) = − − ln (A.90)
T0 πkh 2 re rw
Apêndice B
Transformada de Laplace e de
Fourier Finita Cosseno
Neste apêndice é apresentada uma breve introdução a dois métodos de transformação: Trans-
formada de Laplace e Transformada Integral de Fourier Finita Cosseno, assim como algumas
Z∞
L (f (t)) = F (s) = f (t) e−st dt, (B.1)
c+∞i
Z
1
f (t) = F (z) etz dz (B.2)
2πi
c−∞i
1.L é linear;
dn f (t)
0
2.L
n
= sn F (s) − sn−1 f (0) − sn−2 f ( ) (0) − · · · − f (n−1) (0);
dt
bt
3.L e f (t) = F (s − b);
4.L (f (t − a) H (t − a)) = e−as F (s) , onde H (t) = 0 para t < 0 e H (t) = 1 para t ≥ 0
Da propriedade 3 vem
e da propriedade 4
96
APÊNDICE B. TRANSFORMADA DE LAPLACE E DE FOURIER FINITA COSSENO 97
f (t − a ) t > a
−1
−a1 s 1 1
L e F (s) = f (t − a1 ) H (t − a1 ) = (B.4)
0 t < a1
Por outro lado, as seguintes relações são conhecidas [ABRAMOWITZ e STEGUN 1965]:
a21
√ −
e−a1 s
e 4t
L−1 √ = √ (B.5)
s πt
e
Zt
−1 F (s)
L = f (u) du (B.6)
s
0
√
e−yD s+a
Usando-se as equações B.3 e B.5, a inversa de Laplace da função F (s) = √ =
√
s+a
e−yD s
G (s + a), onde G (s) = √ é
s
2
yD
−
e 4t
L−1 (F (s)) = L−1 (G (s + a)) = e−at √ (B.7)
πt
Disto, usando-se a fórmula B.4, tem-se:
yd2
" √ # ZtD −
e−yD s+a e−au e 4u
L−1 √ = √ du (B.8)
s s+a πu
0
yd2
−
" √ #
e−stD0 e−yD s+a
R D0 e−au e 4u
tD −t
L −1
√ = √ du tD > tD0 (B.9)
s s+a
0 πu
0 tD < tD0
Denindo a integral do lado direito da equação B.8 como função Gmn (tD , yD )
yd2
ZtD −
e−au e 4u
Gmn (yD , tD ) = √ du (B.10)
πu
0
√
Para resolução da equação B.10 aplica-se a mudança de variável v = u, então dv =
1
1 −
u 2 du ou du = 2vdv e
2
APÊNDICE B. TRANSFORMADA DE LAPLACE E DE FOURIER FINITA COSSENO 98
√ yd2 √
Z tD −av 2
−
2 Z tD yd2
1 e e 4v 2 2 −
Gmn (yD , tD ) = √ 2vdv = √ e−av e 4v 2 dv (B.11)
π v π
0 0
yd2
Denindo b= , a equação B.11 pode ser escrita como
4
√ b
ZtD −au2 +
2
u2
Gmn (yD , tD ) = √ e du (B.12)
π
0
√ b "
Z tD −au2 +
√ ! √ !#
1 √ b √ b
u 2
Gmn (yD , tD ) = √ √ e a− 2 + a+ 2
du (B.13)
a π u u
0
ou
√ b √
Z tD −au2 + b
tD
Z −au2 + √ ! √ !
1 u2 √ b u2 √ b
Gmn (yD , tD ) = √ √ e a − 2 du + e a + 2 du
a π u u
0 0
(B.14)
Denominando-se cada integral que aparece na expressão B.14 por I e II, isto é
√ b
Z tD −au2 +
√ !
√ b
I = e u2 a− du (B.15)
u2
0
e
√ b
Z tD −au2 +
√ !
√ b
u2
II = e a + 2 du (B.16)
u
0
√ 2 √ 2
√
√ b √ √ √
√ √ b √ !
Z tD − au+ +2 a b
! Z tD − au+
u √ b √ √ u √ b
I = e a − 2 du = e2 a b e a− 2
du
u u
0 0
(B.17)
√
√ b
η= au + (B.18)
u
o lado direito da expressão dada em B.17, pode ser expresso como
√
√ 2 √ √ b
a tD + √
√ √ b √ ! tD
Z tD − au+
√ √ √ √ √
Z
u b 2
e2 a b
e a− du = e 2 a b
e−η dη
u2
0 ∞
logo,
√ √
Z∞
2
I = e
2 a b
− e−η dη
√
√ √ b
a tD + √
tD
ou
√
√ √ b
a tD + √
Z∞ tD
√ √ Z
2 a b −η 2 −η 2
I = e − e dη − − e dη
0 0
"√ √ ! √ #
√ √
2 a b π √ √ b π
I =e erf a tD + √ − (B.19)
2 tD 2
A segunda integral, II, dada pela equação B.16 pode ser reescrita como
√ 2
√
√ b √ √ √ !
Z tD − au− −2 a b
u √ b
II = e a+ 2
du
u
0
ou
√ 2
√ b
Z tD −√au− √ !
√ √ u √ b
−2 a b
II =e e a+ 2
du
u
0
√
√ b
η= au − (B.20)
u
APÊNDICE B. TRANSFORMADA DE LAPLACE E DE FOURIER FINITA COSSENO 100
vem
√
√ √ √ b
a tD − √
2
√ b tD
Z tD −√au− √ !
√ √ √ √ √
Z
u b
−2 a b −2 a b 2
e e a+ du = e e−η dη
u2
0 −∞
Então
√
√ √ b
a tD − √
tD −∞
√ √ Z Z
−2 a b −η 2 −η 2
II = e e dη − e dη
0 0
logo,
"√ √ ! √ #
√ √
−2 a b π √ √ b π
II =e erf a tD − √ + (B.21)
2 tD 2
( "√ √ ! √ #
1 √ √
2 a b π √ √ b π
Gmn (yD , tD ) = √ √ e erf a tD + √ − +
a π 2 tD 2
"√ √ ! √ #)
√ √
−2 a b π √ √ b π
+e erf a tD − √ +
2 tD 2
√ √
1 √ yD √ yD
−yD a yD a
Gmn (yD , tD ) = √ e 1 + erf atD − √ −e erfc atD + √
2 a 2 tD 2 tD
(B.23)
APÊNDICE B. TRANSFORMADA DE LAPLACE E DE FOURIER FINITA COSSENO 101
Z1
m̂D (n, yD , zD , tD ) = mD cos (nπxD ) dxD (B.24)
∞
X
mD = Ff−1 [m̂ ] = m̂ +2 m̂D cos (nπxD ) (B.25)
xD D D
n=0 n=1
Z1
∂ 2 mD ∂ 2 m̂D
2
cos (nπxD ) dxD = 2
(B.26)
∂yD ∂yD
0
Z1
∂ 2 mD ∂ 2 m̂D
2
cos (nπxD ) dx D = 2
(B.27)
∂zD ∂zD
0
Z1
∂mD ∂ m̂D
cos (nπxD ) dxD = (B.28)
∂tD ∂tD
0
mD na direção xD é
Z1
∂ 2 mD
2
cos (nπxD ) dxD = − (nπ)2 m̂D (B.29)
∂xD
0
∂ 2 mD
Consideremos u = cos (nπxD ) e dv = dxD , então du = − sin (nπxD ) nπdxD e
∂x2D
APÊNDICE B. TRANSFORMADA DE LAPLACE E DE FOURIER FINITA COSSENO 102
∂mD
v= . Logo,
∂xD
Z1 2
1 Z1
∂ mD ∂mD
∂mD
cos (nπxD ) dxD = cos (nπxD ) + sin (nπxD ) nπdxD
∂x2D ∂xD ∂xD
0 0 0
Z1
∂mD
= sin (nπxD ) nπdxD
∂xD
0
Da mesma forma, pode-se denir a Transformada Integral de Fourier Finita Cosseno da função
mD = mD (xD , yD , zD , tD ) em zD como
Z1
ˆ D (xD , yD , m, tD ) =
m̂ mD cos (mπzD ) dzD (B.30)
∞
X
mD = Ff−1 [m̂D ] = ˆ D
m̂ +2 ˆ D cos (mπzD )
m̂ (B.31)
zD
m=1
m=0
Z1 ˆD
∂ 2 mD ∂ 2 m̂
2
cos (mπzD ) dzD = 2
(B.32)
∂yD ∂yD
0
Z1 ˆD
∂ 2 mD ∂ 2 m̂
2
cos (mπzD ) dzD = (B.33)
∂xD ∂x2D
0
Z1 ˆD
∂mD ∂ m̂
cos (mπzD ) dzD = (B.34)
∂tD ∂tD
0
APÊNDICE B. TRANSFORMADA DE LAPLACE E DE FOURIER FINITA COSSENO 103
mD na direção zD é
Z1
∂ 2 mD ˆD
2
cos (mπzD ) dzD = − (mπ)2 m̂ (B.35)
∂zD
0
Apêndice C
Poço Horizontal em Reservatório de
Gás
Neste apêndice, apresenta-se: (1) o modelo físico considerado para o sistema reservatório-
poço; (2) a solução analítica associada ao modelo físico considerado em (1), caso linear;
(3) as soluções aproximadas para curtos e longos tempos, assim como as expressões para os
Permeabilidades constantes;
Poço horizontal;
104
APÊNDICE C. POÇO HORIZONTAL EM RESERVATÓRIO DE GÁS 105
Aplicando a pseudo-pressão denida pela equação A.7 e a relação dada pela equação A.8 na
inicial, valor denotado por (µcg )i . Neste caso a equação C.1 torna-se linear:
p(x, y, z, t = 0) = pi (C.5)
2παp qw µ (p)
∂p Lxd ≤ x ≤ Lxl Lza ≤ z ≤ Lzb t < t0
lim (Lzb − Lza ) (Lxl − Lxd ) = 2ky
y→0 ∂y
0 Lxd ≤ x ≤ Lxl Lza ≤ z ≤ Lzb t > t0
(C.7)
APÊNDICE C. POÇO HORIZONTAL EM RESERVATÓRIO DE GÁS 106
∂p ∂p
= =0 (C.8)
∂z ∂z
z=0 z=hz
e na direção x
∂p ∂p
= =0 (C.9)
∂x ∂x
x=0 x=hx
Das condições auxiliares para a variável p, equações C.5 a C.9, a condição inicial e as
2παp q0 p0 Tw
∂m (p) Lxd ≤ x ≤ Lxl Lza ≤ z ≤ Lzb t < t0
lim (Lzb − Lza ) (Lxl − Lxd ) = z0 ky
y→0 ∂y
0 Lxd ≤ x ≤ Lxl Lza ≤ z ≤ Lzb t > t0
(C.12)
∂m (p) ∂m (p)
= =0 (C.13)
∂z ∂z
z=0 z=hz
∂m (p) ∂m (p)
= =0 (C.14)
∂x ∂x
x=0 x=hx
x
xD = (C.15)
hx
y
yD = (C.16)
(Lzb − Lza )
z
zD = (C.17)
hz
αt ky t
tD = (C.18)
φ (µcg )i (Lzb − Lza )2
APÊNDICE C. POÇO HORIZONTAL EM RESERVATÓRIO DE GÁS 107
s
(Lzb − Lza ) kx
νx = (C.19)
hx ky
s
(Lzb − Lza ) kz
νz = (C.20)
hz ky
∂ 2 mD ∂ 2 mD 2
2 ∂ mD ∂mD
νx2 2
+ 2
+ ν z 2
= (C.28)
∂xD ∂yD ∂zD ∂tD
para m(p):
mD (xD , yD , zD , tD = 0) = 0 (C.29)
Da relação C.25
∂mD ∂mD
= =0 (C.31)
∂zD ∂zD
zD =0 zD =1
e
∂mD ∂mD
= =0 (C.32)
∂xD ∂xD
xD =0 xD =1
R1 ∂ 2 mD R1 ∂ 2 mD R1 2 ∂ 2 mD
νx2 cos (nπxD ) dx D + cos (nπxD ) dxD + νz cos (nπxD ) dxD =
0 ∂x2D 0 ∂yD
2
0 ∂zD 2
R1 ∂mD
= cos (nπxD ) dxD
0 ∂tD
(C.33)
∂ 2 m̂D 2
2 ∂ m̂D ∂ m̂D
2
+ ν z 2
− (nπνx )2 m̂D = (C.34)
∂yD ∂zD ∂tD
A condição inicial e de contorno para a variável m̂D é obtida aplicando-se a Transformada
Lxl
Z1 Zhx
∂ m̂D
lim = − cos (nπxD ) dxD = − cos (nπxD ) dxD
yD →0 ∂yD
0 Lxd
hx
1 nπLxl nπLxd
= − sin − sin (C.37)
nπ hx hx
Lza Lzb
em ≤ zD ≤ , tD < tD0 , e
hz hz
∂ m̂D ∂ m̂D
= =0 (C.38)
∂zD ∂zD
zD =0 zD =1
R1 ∂ 2 m̂D R1 2 ∂ 2 m̂D R1
2
cos (mπzD ) dzD + νz 2
cos (mπzD ) dzD − (nπνx )2 m̂D cos (mπzD ) dzD =
0 ∂y D 0 ∂z D 0
R1 ∂ m̂D
= cos (mπzD ) dzD
0 ∂tD
(C.39)
ˆD
∂ m̂ ˆD
∂ 2 m̂ 2 2 ˆ
= 2
− (nπνx ) + (mπνz ) m̂D (C.40)
∂tD ∂yD
APÊNDICE C. POÇO HORIZONTAL EM RESERVATÓRIO DE GÁS 110
ˆD = 0
m̂ para tD = 0 (C.41)
ˆD = 0
lim m̂ (C.42)
yD →∞
ˆD Z1
∂ m̂ 1 nπLxl nπLxd
lim = − sin − sin cos (mπzD ) dzD
yD →0 ∂yD nπ hx hx
0
1 nπLxl nπLxd
= − sin − sin ×
mnπ 2 hx hx
mπLzb mπLza
× sin − sin (C.43)
hz hz
ˆˆ
∂ 2 m̂ D ˆ
ˆD = 0
− s + (nπνx )2 + (mπνz )2 m̂
(C.44)
2
∂yD
ˆˆ
Determinando-se as condições de contorno para a função m̂ D,
ˆˆ D = 0
lim m̂ (C.45)
yD →∞
ˆˆ Z∞
∂ m̂ D 1 nπLxl nπLxd mπLzb mπLza
lim = sin − sin sin − sin e−stD dtD
yD →0 ∂yD mnπ 2 hx hx hz hz
0
1 nπLxl nπLxd
= − 2
sin − sin ×
mnπ hx hx
−stD tD0
mπLzb mπLza e
× sin − sin −
hz hz s
0
1 nπLxl nπLxd
= − 2
sin − sin ×
mnπ hx hx
1 − e−stD0
mπLzb mπLza
× sin − sin (C.46)
hz hz s
ˆˆ 00 ˆˆ
a1 m̂ D + a0 m̂D = 0 (C.47)
APÊNDICE C. POÇO HORIZONTAL EM RESERVATÓRIO DE GÁS 111
a0 = − s + (nπνx )2 + (mπνz )2
onde e a1 = 1
Um meio de resolver a EDO dada pela equação C.47 é mediante a solução da equação
polinomial, cujo método é baseado na equação característica. Para esse caso a equação
a1 λ2 + a0 = 0, (C.48)
q
λ1 = s + (nπνx )2 + (mπνz )2
q
λ2 = − s + (nπνx )2 + (mπνz )2
Como a equação característica, equação C.48 é polinomial, a solução é dada por uma
ˆˆ λ1 yD
m̂ D = Bmn e + Amn eλ2 yD ⇒ (C.49)
ou
√ √
ˆˆ s+(nπνx )2 +(mπνz )2 yD − s+(nπνx )2 +(mπνz )2 yD
m̂ D = Bmn e + Amn e (C.50)
√ √
ˆˆ s+(nπνx )2 +(mπνz )2 yD − s+(nπνx )2 +(mπνz )2 yD
lim m̂ D = lim Bmn e + Amn e =0
yD →∞ yD →∞
√
s+(nπνx )2 +(mπνz )2 yD
lim Bmn e = 0 ⇒ Bmn = 0 (C.51)
yD →∞
ˆˆ √
∂ m̂
q
D 2 2 − s+(nπνx )2 +(mπνz )2 yD
lim = lim − s + (nπνx ) + (mπνz ) Amn e
yD →0 ∂yD yD →0
1 nπLxl nπLxd
= − sin − sin ×
mnπ 2 hx hx
1 − e−stD0
mπLzb mπLza
sin − sin
hz hz s
Então
APÊNDICE C. POÇO HORIZONTAL EM RESERVATÓRIO DE GÁS 112
1 − e−stD0
nπLxl nπLxd mπLzb mπLza
sin − sin sin − sin
hx hx hz hz s
Amn = q
mnπ 2 s + (nπνx )2 + (mπνz )2
(C.52)
1 − e−stD0
nπLxl nπLxd mπLzb mπLza
sin − sin sin − sin
ˆˆ hx hx hz hz s
m̂D = q ×
2 2 2
mnπ s + (nπνx ) + (mπνz )
√
− s+(nπνx )2 +(mπνz )2 yD
×e
√
ˆˆ (1 − e−stD0 ) e−yD s+a
m̂ D = C mn √ (C.53)
s s+a
onde
nπLxl nπLxd mπLzb mπLza
sin − sin sin − sin
hx hx hz hz
Cmn =
mnπ 2
e
" √ √ # " √ ! √ !#
ˆ D = Cmn L−1 e−yD s+a e−stD0 e−yD s+a e−yD s+a e−stD0 e−yD s+a
m̂ √ − √ = Cmn L−1 √ − L−1 √
s s+a s s+a s s+a s s+a
(C.55)
Z Z G (y , t ) tD < tD0
m n mn D D
ˆD =
m̂ (C.56)
Z Z [G (y , t ) − G
m n mn D D mn (yD , tD − tD0 )] tD > tD0
onde
√ yd2
Z tD −au2 +
2
4u 2
Gmn (yD , tD ) = √ e du (C.57)
π
0
e
APÊNDICE C. POÇO HORIZONTAL EM RESERVATÓRIO DE GÁS 113
√ yd2
D −tD0
tZ
−au2 +
2
Gmn (yD , tD − tD0 ) = √ e 4u2 du (C.58)
π
0
mπLzb mπLza
sin − sin
hz hz
Zm = (C.59)
mπ
e
nπLxl nπLxd
sin − sin
hx hx
Zn = (C.60)
nπ
A integral da equação C.57 foi resolvida no Apêndice B (equações B.12 a B.23) e a sua
solução é
√ √
1 √ yD √ yD
−yD a yD a
Gmn (yD , tD ) = √ e 1 + erf atD − √ −e erfc atD + √
2 a 2 tD 2 tD
(C.61)
equação C.56
∞
X
m̂D = G0n (yD , tD ) Zm=0 Zn + 2 Gmn (yD , tD ) Zm Zn cos (mπzD ) (C.62)
m=1
equação C.62
∞
P
mD = G00 (yD , tD ) Zm=0 Zn=0 + 2 Gm0 (yD , tD ) Zm Zn=0 cos (mπzD ) +
m=1
(C.63)
∞
∞
P P
+2 G0n (yD , tD ) Zm=0 Zn + 2 Gmn (yD , tD ) Zm Zn cos (mπzD ) cos (nπxD )
n=1 m=1
∞
P
mD = G00 (yD , tD ) Zm=0 Zn=0 + 2 Gm0 (yD , tD ) Zm Zn=0 cos (mπzD ) +
m=1
∞
P ∞ P
P ∞
+2 G0n (yD , tD ) Zm=0 Zn cos (nπxD ) + 4 Gmn (yD , tD ) Zm Zn cos (mπzD ) cos (nπxD )
n=1 n=1m=1
(C.64)
√
Z tD yd2
2 −
G00 (yD , tD ) = √ e 4u2 du (C.65)
π
0
r
2
yD yD yD 2 2 yD
Denindo v= 2
= , tem-se dv = (−u−2 ) du e du = − u dv = − 2 dv , logo
4u 2u 2 yD 2v
yD yD
v v
u u
u u
t t
Z4tD Z4tD 2
2 yD −v2 yD e−v
G00 (yD , tD ) = − √ 2
e dv = − √ dt (C.66)
π 2v π v2
∞ ∞
u y
v qy
u D D
t 4tD
2
e−v 4tD
Z
yD 1 2
G00 (yD , tD ) = − √ − − − −2ve−v dv
π v v
∞ ∞
qy
D
q yD 4tD
4t
e−v D
Z
yD −v 2
G00 (yD , tD ) = − √ − −2 e dv
π v
∞ ∞
2
yD
−
s
e 4tD
yD √ yD2
G00 (yD , tD ) = − √ − q 2 − π erf − erf (∞)
π yD 4tD
4tD
2
yD
−
s
e 4tD
yD √ yD2
G00 (yD , tD ) = − √ − yD + π erfc
π 4tD
√
2 tD
2
√ yD
−
2 tD 4t yD
G00 (yD , tD ) = √ e D − yD erfc √ (C.67)
π 2 tD
APÊNDICE C. POÇO HORIZONTAL EM RESERVATÓRIO DE GÁS 115
mπLzb mπLza
sin − sin
hz hz Lzb − Lza
lim Zm = lim = (C.70)
m→0 m→0 mπ hz
E quando n = 0, a equação C.60 pode ser escrita como
nπLxl nπLxd
sin − sin
hx hx Lxl − Lxd
lim Zn = lim = (C.71)
n→0 n→0 nπ hx
Substituindo as equações (C.67 a C.71) na equação C.64
∞
P Lzb − Lza P∞ P∞
+2 G0n (yD , tD ) Zn cos (nπxD ) + 4 Gmn (yD , tD ) Zm Zn cos (mπzD ) cos (nπxD )
n=1 hz n=1m=1
(C.72)
1 √ √
Gmn (yD = 0, tD ) = √ 1 + erf atD − erfc atD
2 a
e substituindo-se o valor de a (equação C.54)
q
2 2
√
erf (nπνx ) + (mπνz ) tD
erf atD
Gmn (yD = 0, tD ) = √ = q (C.73)
a
(nπνx )2 + (mπνz )2
Portanto
√ r
2 tD tD
G00 (yD = 0, tD ) = √ = 2 (C.74)
π π
APÊNDICE C. POÇO HORIZONTAL EM RESERVATÓRIO DE GÁS 116
√
1 √ √ erf mπνz tD
Gm0 (yD = 0, tD ) = 1 + erf mπνz tD − erfc mπνz tD =
2mπνz mπνz
(C.75)
√
1 √ √ erf nπνx tD
G0n (yD = 0, tD ) = 1 + erf nπνx tD − erfc nπνx tD =
2nπνx nπνx
(C.76)
r √
∞ erf mπν
tD Lzb − Lza Lxl − Lxd P z tD Lxl − Lxd
mD (yD = 0) = 2 +2 Zm cos (mπzD ) +
π hz hx m=1 mπνz hx
√
∞ erf nπν
P x tD Lzb − Lza
+2 Zn cos (nπxD ) +
n=1 nπνx hz
q
2 2
∞ P∞
erf (nπνx ) + (mπνz ) tD
P
4 q Zm Zn cos (mπzD ) cos (nπxD )
n=1m=1 2 2
(nπνx ) + (mπνz )
(C.77)
r √
∞ erf mπν
tD Lzb − Lza Lxl − Lxd Lxl − Lxd P z tD
mD (yD = 0) = 2 +2 Zm cos (mπzD ) +
π hz hx hx πνz m=1 m
√
∞ erf nπν
Lzb − Lza P x tD
+2 Zn cos (nπxD ) +
hz πνx n=1 n
q
2 2
∞ P∞
erf (nπνx ) + (mπνz ) tD
P
4 q Zm Zn cos (mπzD ) cos (nπxD )
n=1m=1 2 2
(nπνx ) + (mπνz )
(C.78)
Para ajustar a solução de acordo com a condição de pressão uniforme do poço [GOODE e THAMBYNAY
Lxl
hx
R
mD dxD
Lxd
hx
mD = (C.79)
Lxl − Lxd
hx
APÊNDICE C. POÇO HORIZONTAL EM RESERVATÓRIO DE GÁS 117
A integral do numerador da equação C.79 será a soma de quatro integrais, cada uma
Assim, temos
Lxl
Zhx r r 2
tD Lzb − Lza Lxl − Lxd tD Lzb − Lza Lxl − Lxd
2 dxD = 2
π hz hx π hz hx
Lxd
hx
Lxl
Zhx ∞ √
Lxl − Lxd X erf mπνz tD
2 Zm cos (mπzD ) dxD =
hx πνz m=1 m
Lxd
hx
∞
2 X √
2 Lxl − Lxd erf mπνz tD
= Zm cos (mπzD )
πνz hx m=1
m
Lxl
Zhx ∞ √
Lzb − Lza X erf nπνx tD
2 Zn cos (nπxD ) =
hz πνx n=1 n
Lxd
hx
∞ √
Lzb − Lza X erf nπνx tD nπLxl nπLxd
=2 Zn sin − sin
hz π 2 νx n=1 n2 hx hx
q
Lxl 2 2
hx
Z X ∞ X ∞ erf (nπνx ) + (mπνz ) tD
4 q Zm Zn cos (mπzD ) cos (nπxD ) =
2 2
Lxd n=1 m=1 (nπνx ) + (mπνz )
hx
q
2 2
X∞ X ∞ erf (nπνx ) + (mπνz ) tD
=4 q Zm Zn cos (mπzD ) ×
n=1 m=1 (nπνx )2 + (mπνz )2
1 nπLxl nπLxd
× sin − sin
nπ hx hx
Substituindo-se as integrais calculadas acima na equação C.79
APÊNDICE C. POÇO HORIZONTAL EM RESERVATÓRIO DE GÁS 118
r √
∞ erf mπν
tD Lzb − Lza Lxl − Lxd 2 Lxl − Lxd P z tD
mD = 2 + Zm cos (mπzD ) +
π hz hx πνz hx m=1 m
√
∞ erf nπν
hx (Lzb − Lza ) P x tD nπLxl nπLxd
+2 Zn sin − sin +
hz π 2 νx (Lxl − Lxd ) n=1 n2 hx hx
q
2 2
∞ P∞
erf (nπνx ) + (mπνz ) tD
4hx P
+ q Zm Zn cos (mπzD ) ×
(Lxl − Lxd ) n=1m=1
(nπνx )2 + (mπνz )2
1 nπLxl nπLxd
× sin − sin
nπ hx hx
ou
" √
√
∞ erf mπν
2 Lzb − Lza Lxl − Lxd 1 hz P z tD
mD = πtD + Zm cos (mπzD ) +
π hz hx νz Lzb − Lza m=1 m
2 √
∞ erf nπν
1 hx P x tD nπLxl nπLxd
+ Zn sin − sin +
πνx Lxl − Lxd n=1 n2 hx hx
q
2 2
2 ∞ P
∞
erf (nπνx ) + (mπνz ) tD
hx hz P
+2π q ×
Lxl − Lxd Lzb − Lza n=1m=1
(nπνx )2 + (mπνz )2
Rearrumando os termos:
APÊNDICE C. POÇO HORIZONTAL EM RESERVATÓRIO DE GÁS 119
" √
√
∞ erf mπν
2 Lzb − Lza Lxl − Lxd 1 hz P z tD
mD = πtD + Zm cos (mπzD ) +
π hz hx νz Lzb − Lza m=1 m
2 √
∞ erf nπν
1 hx x tD
Zn2 +
P
+
νx Lxl − Lxd n=1 n
q
2 2
2 ∞ P
∞
erf (nπνx ) + (mπνz ) tD
hx hz P
+2π q ×
Lxl − Lxd Lzb − Lza n=1m=1
(nπνx )2 + (mπνz )2
1
kz 4
(Lzb − Lza ) = 4rw = 4rw0 (C.81)
ky
sendo
1
kz 4
rw0 = rw
ky
onde
Lzb + Lza
hs = (C.82)
2
Da equação C.81 e C.82, tem-se
L
za = hs − 2rw0
(C.83)
L = h + 2r0
zb s w
αt ky t
tD = (C.84)
φ (µcg )i (4rw0 )2
Substituindo a equação C.83 nas equações C.59 e C.80
" √
4rw0 Lxl − Lxd √
∞ erf mπν
2 1 hz P z tD
mD = πtD + Zm cos (mπzD ) +
π hz hx νz 4rw0 m=1 m
2 √
∞ erf nπν
1 hx x tD
Zn2 +
P
+
νx Lxl − Lxd n=1 n
q
2 2
2 ∞ ∞ erf (nπνx ) + (mπνz ) tD
hx hz P P
+2π ×
4rw0 n=1m=1
q
Lxl − Lxd 2 2
(nπνx ) + (mπνz )
"s
16rw0 q0 p0 Tw αt ky t
4m (p) = αp π +
T0 ky hz hx φ (µcg )i (4rw0 )2
s !
1 hz ∞
P αt ky t Zm
+ erf mπνz cos (mπzD ) +
νz 4rw0 m=1 φ (µcg )i (4rw0 )2 m
2 s !
Zn2
∞
1 hx P αt ky t
+ erf nπνx +
νx Lxl − Lxd n=1 φ (µcg )i (4rw0 )2 n
2 s !
hx hz ∞ P
∞ αt ky t
(nπνx )2 + (mπνz )2
P
+2π erf ×
Lxl − Lxd 4rw0 n=1m=1 φ (µcg )i (4rw0 )2
Zm Zn2
cos (mπzD )
×q
(nπνx )2 + (mπνz )2
(C.87)
soluções entre pressão constante e uxo constante ao longo do poço é determinar a pressão
no ponto
1
zD = (hs + 1, 47rw0 )
hz
que será adotado nesse trabalho.
APÊNDICE C. POÇO HORIZONTAL EM RESERVATÓRIO DE GÁS 121
(
4rw0 Lxl − Lxd √ √ √
2
mD = π tD − tD − tD0 +
π hz hx
1 hz P ∞ 1 √ √
+ erf mπνz tD − erf mπνz tD − tD0 Zm cos (mπzD ) +
νz 4rw0 m=1 m
2
√ √
∞ 1
1 hx
tD − erf nπνx tD − tD0 Zn2 +
P
+ erf nπνx
νx Lxl − Lxd n=1 n
2 ∞ P
∞
hx hz P 1
+2π ×
4rw0
q
Lxl − Lxd n=1m=1 2 2
(nπνx ) + (mπνz )
q q )
2 2 2 2
× erf (nπνx ) + (mπνz ) tD − erf (nπνx ) + (mπνz ) (tD − tD0 ) Zm Zn2 cos (mπzD )
(C.88)
(s
16rw0 q0 p0 Tw αt ky √ √
4m (p) = αp π 2 t − t − t0 +
T0 ky hz hx φ (µcg )i (4rw0 )
" s ! s !#
1 hz P ∞ αt ky t αt ky
+ erf mπνz − erf mπνz (t − t0 ) ×
νz 4rw0 m=1 φ (µcg )i (4rw0 )2 φ (µcg )i (4rw0 )2
Zm
× cos (mπzD ) +
m
2 " s !
1 hx ∞
P αt ky t
+ erf nπνx +
νx Lxl − Lxd n=1 φ (µcg )i (4rw0 )2
s !#
αt ky t Zn2
−erf nπνx (t − t0 ) +
φ (µcg )i (4rw0 )2 n
2 ∞ P
∞
hx hz P 1
+2π ×
4rw0
q
Lxl − Lxd n=1m=1 2 2
(nπνx ) + (mπνz )
" s !
αt ky t
(nπνx )2 + (mπνz )2
× erf +
φ (µcg )i (4rw0 )2
s !#
αt ky t
(nπνx )2 + (mπνz )2
−erf (t − t0 ) ×
φ (µcg )i (4rw0 )2
q
2 2
∞ P∞
erf (nπνx ) + (mπνz ) tD
Zm Zn2 cos (mπzD ) ∼
P
q =
n=1m=1 2 2
(nπνx ) + (mπνz )
(C.90)
√
∞ ∞ erf mπνz tD
∼
=
P
Zn2
P
Zm cos (mπzD )
n=1 m=1 mπνz
Aplicando a equação C.90 na equação C.86
" √
4rw0 Lxl − Lxd √
∞ erf mπν
2 1 hz P z tD
mD = πtD + Zm cos (mπzD ) +
π hz hx νz 4rw0 m=1 m
2 √
∞ erf nπν
1 hx x tD
Zn2 +
P
+
νx Lxl − Lxd n=1 n
2 √ #
hx hz ∞ ∞ erf mπνz tD
2
P P
+2π Zn Zm cos (mπzD )
Lxl − Lxd 4rw0 n=1 m=1 mπνz
(C.91)
Isolando o termo
2
nπLxl nπLxd
sin − sin
hx hx
Zn2 = =
(nπ)2
(C.92)
nπL xl nπL xl nπL xd nπL xd
sin2 − 2 sin sin + sin2
hx hx hx hx
= 2
(nπ)
nπLxl nπLxd
e rearrumando o termo −2 sin sin
hx hx
nπLxl nπLxd
−2 sin sin =
hx hx
nπ (Lxl − Lxd ) nπ (Lxl + Lxd )
= − cos − cos =
hx hx
2 nπ (Lxl − Lxd ) 2 nπ (Lxl + Lxd )
= − 1 − 2 sin − 1 + 2 sin =
2hx 2hx
2 nπ (Lxl − Lxd ) 2 nπ (Lxl + Lxd )
= 2 sin − 2 sin
2hx 2hx
Então
APÊNDICE C. POÇO HORIZONTAL EM RESERVATÓRIO DE GÁS 124
2 nπLxl 2 nπ (Lxl − Lxd ) 2 nπ (Lxl + Lxd ) 2 nπLxd
sin + 2 sin − 2 sin + sin
2 hx 2hx 2hx hx
Zn = 2
(nπ)
(C.93)
P∞ sin2 (mu) 1
2
= u (π − u) 0≤u≤π (C.94)
m=1 m 2
em cada termo da equação C.93
2nπLxl
∞ sin
X hx 1 1 πLxl πLxl 1 Lxl Lxl
= 2 π− = 1−
n=1
(nπ)2 π 2 hx hx 2 hx hx
2 nπLxd
∞ sin
X hx 1 1 πLxl πLxd 1 Lxd Lxd
2 = 2 π− = 1−
n=1
(nπ) π 2 hx hx 2 hx hx
2 nπ (Lxl − Lxd )
∞ sin
X 2hx 1 1 π (Lxl − Lxd ) π (Lxl − Lxd )
= 2 π− =
n=1
(nπ)2 π 2 2hx 2hx
1 (Lxl − Lxd ) (Lxl − Lxd )
= 1−
2 2hx 2hx
2 nπ (Lxl + Lxd )
∞ sin
X 2hx 1 1 π (Lxl + Lxd ) π (Lxl + Lxd )
= 2 π− =
n=1
(nπ)2 π 2 2hx 2hx
1 (Lxl + Lxd ) (Lxl + Lxd )
= 1−
2 2hx 2hx
Logo,
∞
X 1 Lxl Lxl 1 Lxd Lxd (Lxl − Lxd ) (Lxl − Lxd )
Zn2 = 1− + 1− + 1− +
n=1
2 hx hx 2 hx hx 2hx 2hx
(Lxl + Lxd ) (Lxl + Lxd )
− 1− =
2hx 2hx
APÊNDICE C. POÇO HORIZONTAL EM RESERVATÓRIO DE GÁS 125
2 2 2
1 Lxl 1 Lxl 1 Lxd 1 Lxd (Lxl − Lxd ) Lxl − Lxd
= − + − + − +
2 hx 2 hx 2 hx 2 hx 2hx 2hx
2
Lxl + Lxd Lxl + Lxd
− + =
2hx 2hx
2 2 2 2
1 Lxl 1 Lxd (Lxl − Lxd ) Lxl − Lxd Lxl + Lxd
=− − + − + =
2 hx 2 hx 2hx 2hx 2hx
2 2 " 2 2 #
1 Lxl 1 Lxd (Lxl − Lxd ) Lxl Lxd 2Lxl Lxd
=− − + − + − +
2 hx 2 hx 2hx 2hx 2hx (2hx )2
" 2 2 #
Lxl Lxd 2Lxl Lxd
+ + + =
2hx 2hx (2hx )2
2 2
1 Lxl (Lxl − Lxd ) Lxl Lxd
1 Lxd
=− − + + =
2 hx 2 2hx hx (hx )2
" 2 2 #
1 Lxl Lxd 2Lxl Lxd (Lxl − Lxd )
=− + − 2 + =
2 hx hx (hx ) 2hx
" 2 #
1 Lxl − Lxd (Lxl − Lxd )
=− + =
2 hx 2hx
" 2 #
1 (Lxl − Lxd ) Lxl − Lxd
= − =
2 hx hx
" 2 #
1 Lw Lw
= − =
2 hx hx
1 Lw Lw
= 1−
2 hx hx
Somando os termos em m da equação C.91
2
1 hz 2 hx hz 1 Lw Lw
0
+ 1− =
νz 4rw νz Lw 4rw0 2 hx hx
hz hx hz hx
= 0 1+ −1 = 0
4rw νz Lw 4rw νz Lw
APÊNDICE C. POÇO HORIZONTAL EM RESERVATÓRIO DE GÁS 126
" √
4rw0 Lw √
∞ erf mπν
2 hx hz P z tD
mD = πtD + Zm cos (mπzD ) +
π hz hx 4rw0 Lw νz m=1 m
(C.95)
2 √ #
1 hx ∞ erf
P nπνx tD 2
+ Zn
νx Lw n=1 n
"s
16rw0 q0 p0 Tw αt ky t
4m (p) = αp π +
T0 ky hz hx φ (µcg )i (4rw0 )2
s !
hx hz P ∞ αt ky t Zm
+ 0 erf mπνz cos (mπzD ) + (C.96)
4rw Lw νz m=1 φ (µcg )i (4rw0 )2 m
2 s ! #
Zn2
∞
1 hx P αt ky t
+ erf nπνx
νx Lw n=1 φ (µcg )i (4rw0 )2 n
4rw0 Lw √ √ √
2
mD = π tD − tD − tD0 +
π hz hx
√ √
z tD − erf mπνz tD − tD0
hx hz P ∞ erf mπν
+ 0 Zm cos (mπzD ) + (C.97)
4rw Lw νz m=1 m
2 √ √ #
x tD − erf nπνx tD − tD0
∞ erf nπν
1 hx
Zn2
P
+
νx Lw n=1 n
"s
16rw0 q0 p0 Tw αt ky t √ √
4m (p) = αp π 2 t − t − t0 +
T0 ky hz hx φ (µcg )i (4rw0 )
s ! s !
hx hz P ∞ αt ky t αt ky
+ 0 erf mπνz − erf mπνz (t − t0 ) ×
4rw Lw νz m=1 φ (µcg )i (4rw0 )2 φ (µcg )i (4rw0 )2
Zm
× cos (mπzD ) +
m
2 s ! s ! #
Zn2
∞
1 hx P αt ky t αt ky t
+ erf nπνx − erf nπνx (t − t0 )
νx Lw n=1 φ (µcg )i (4rw0 )2 φ (µcg )i (4rw0 )2 n
(C.98)
linear inicial, pseudo-radial e linear tardio. De forma a obter uma análise simplicada dos
dados de pressão foram feitas aproximações para cada regime de uxo, permitindo o seu uso
Radial Inicial
Durante esse período, o comportamento da pressão é similar ao de um poço vertical em um
reservatório innito. Este regime começa assim que o poço é colocado em produção e termina
Para u pequeno
2
erf (u) = √ u (C.99)
π
com erro < 1% para u < 0, 1.
Durante o radial inicial as expressões
∞
2 X √
1 √
hx π erf nπνx tD 2 ∼ 1
Zn = π − πtD (C.100)
νx π Lw n=1
n Lw hx
e
APÊNDICE C. POÇO HORIZONTAL EM RESERVATÓRIO DE GÁS 128
√
∞ erf mπν
π P z tD
Zm cos (mπzD ) ∼
=
4rw0 m=1 m
(C.101)
√
∼ 1, 8089 64kz νz π πtD
= log γ
tD −
hz e ky hz
são válidas.
Aplicando as aproximações dadas pelas equações C.100 e C.101 na solução geral aproxi-
√
4rw0 Lw √ hx hz 4rw0
2 1, 8089 64kz νz π πtD
mD = πtD + 0 log γ
tD − +
π hz hx 4rw Lw νz π hz e ky hz
2 2 #
1 √
1 hx νx π Lw 1
+ π − πtD
νx Lw hx π Lw hx
4rw0 Lw √ hx √
2 1, 8089hx 64kz
mD = πtD + log γ
tD − πtD +
π hz hx Lw νz π e ky Lw
√
hx
+ −1 πtD
Lw
2 4rw0 Lw
1, 8089hx 64kz
mD = log γ tD
π hz hx L w νz π e ky
r
2 × 1, 8089 ky 64kz
mD = log tD (C.102)
π2 kz γ
e ky
γ
onde e = 1, 78108, a constante de Euler.
!
2, 303αp q0 p0 Tw 4αt kz t
4m (p) = log (C.103)
0 2
p
T0 Lw ky kz γ
e φ (µcg ) (rw )
i
Linear Inicial
Este regime só ocorre quando o poço é sucientemente longo em relação à espessura da
∞ √
π X erf mπνz tD
Zm cos (mπzD ) ∼
= Ωz (C.104)
4rw0 m=1 m
Onde
APÊNDICE C. POÇO HORIZONTAL EM RESERVATÓRIO DE GÁS 129
1
Ωz = [ψ (η1 ) + ψ (η2 ) − ψ (η3 ) − ψ (η4 )] (C.105)
8rw0
∞
X sin (nη)
ψ (η) =
n=1
n2
0, 52πrw0
η1 =
hz
π
η2 = (2hs + 3, 48rw0 )
hz
3, 48πrw0
η3 = −
hz
π
η4 = (2hs − 0, 52rw0 )
hz
e a aproximação dada pela equação C.100 é válida.
4rw0 Lw √ hx hz 4rw0
2
mD = πtD + Ωz +
π hz hx 4rw0 Lw νz π
2 2 #
1 √
1 hx νx π Lw 1
+ π − πtD
νx Lw hx π Lw hx
2 4rw0 Lw √ √
hx hz hx
mD = πtD + Ωz + −1 πtD
π hz hx πLw νz Lw
4rw0 Lw hx √
2 hx hz
mD = πtD + Ωz (C.106)
π hz hx Lw πLw νz
sendo
2
Sz = 0, 6366hz Ωz = hz Ωz (C.107)
π
Substituindo a equação C.107 na equação C.106
4rw0 Lw hx √
2 hx
mD = πtD + Sz (C.108)
π hz hx Lw 2Lw νz
Escrevendo a equação C.108 na forma dimensional
4rw0 Lw hx √
2παp q0 p0 Tw 2 hx
4m (p) = πtD + Sz
T0 ky Lw π hz hx Lw 2Lw νz
s
16αp q0 p0 Tw rw0 αt ky t 2αp q0 p0 Tw
4m (p) = π 2 +
p Sz (C.110)
T0 ky hz Lw 0
φ (µcg )i (4rw ) T0 Lw ky kz
que é a solução para o linear inicial.
Pseudo-Radial
Neste regime ocorre uxo radial em volta do poço no plano da formação.
2 √
∞ erf nπν
π x tD
Zn2 ∼
P
=
Lw n=1 n
(C.111)
! √
∼ 1, 8089π (4rw0 )2 64kx νx π 2
πtD
= log tD −
h2x L2w eγ ky h2x
4rw0 Lw √ hx hz 4rw0
2
mD = πtD + Ωz +
π hz hx 4rw0 Lw νz π
2 2 ( ! √ )#
(4rw0 )2 64kx νx π 2 πtD
1 hx Lw1, 8089π
+ log tD −
νx Lw π h2x L2w eγ ky h2x
2 4rw0 Lw √
hx hz
mD = πtD + Ωz +
π hz hx L w νz π
! # (C.112)
1, 8089 (4rw0 )2 64kx √
+ log tD − πtD
νx π L2w eγ ky
" ! #
4rw0 Lw (4rw0 )2 64kx
2 1, 8089 hx
mD = log tD + Sz (C.113)
π hz hx νx π L2w eγ ky 2Lw νz
" ! #
4rw0 (4rw0 )2 64kx
4αp q0 p0 Tw 1, 8089 hx
4m (p) = log tD + Sz
T0 ky hx hz νx π L2w eγ ky 2Lw νz
2, 303αp q0 p0 Tw 64αt kx t 2αp q0 p0 Tw
4m (p) = p log γ 2
+ p Sz (C.114)
T0 ky kx hz e φ (µcg ) Lw T0 Lw ky kz
i
Linear Tardio
Este regime ocorre quando os limites na direção x são alcançados:
2 √
∞ erf nπν
hx π x tD
Zn2 ∼
P
=
νx π Lw n=1 n
(C.115)
2 ∞ Z2
∼ hx π P n
=
νx π Lw n=1 n
Aplicando as equações C.104 e C.115 na equação C.95
" ∞
2 X #
4rw0 Lw √ Zn2
2 hx hz 1 hx
mD = πtD + Ωz +
π hz hx Lw νz π νx Lw n=1
n
" ∞
2 X #
4rw0 √ Zn2
2 Lw hx hz 1 hx
mD = πtD + Ωz + (C.116)
π hz hx L w νz π νx Lw n=1
n
Denindo
∞
2h2x X Zn2
Sx = r (C.117)
kx n=1 n
hz Lw
kz
e aplicando as equações C.107 e C.117 na equação C.116
" r #
4rw0 Lw √
2 hx hz ky
mD = πtD + 0 (Sz + Sx ) (C.118)
π hz hx 8rw Lw kz
" r #
4rw0 Lw √
2παp q0 p0 Tw 2 hx hz ky
4m (p) = πtD + 0 (Sz + Sx )
T0 ky Lw π hz hx 8rw Lw kz
s
16αp q0 p0 Tw rw0 αt ky t 2αp q0 p0 Tw
4m (p) = π 2 +
p (Sz + Sx ) (C.119)
T0 ky hz hx 0
φ (µcg )i (4rw ) T0 Lw ky kz
C.97
APÊNDICE C. POÇO HORIZONTAL EM RESERVATÓRIO DE GÁS 132
" √
4rw0 Lw √
∞ erf mπν
2 hx hz P z tD
mD = πtD + Zm cos (mπzD ) +
π hz hx 4rw0 Lw νz m=1 m
2 √ #
∞ erf nπν
1 hx x tD
Zn2 +
P
+
νx Lw n=1 n
" √
4rw0 Lw z tD − tD0
∞ erf mπν
2 p hx hz P
− π (tD − tD0 ) + Zm cos (mπzD ) +
π hz hx 4rw0 Lw νz m=1 m
2 √ #
x tD − tD0
∞ erf nπν
1 hx
Zn2
P
+
νx Lw n=1 n
(C.120)
e aplicando as aproximações usadas para o caso do regime linear tardio (equação C.118) na
4rw0 Lw
r
√
2 hx hz ky
mD = πtD + 0 (Sz + Sx ) +
π hz hx 8rw Lw kz
" √
4rw0 z tD − tD0
∞ erf mπν
2 Lw p hx hz P
− π (tD − tD0 ) + Zm cos (mπzD ) +
π hz hx 4rw0 Lw νz m=1 m
2 √ #
x tD − tD0
∞ erf nπν
1 hx
Zn2
P
+
νx Lw n=1 n
(C.121)
Agora é necessário escrever a solução dada pela equação C.121 de acordo com cada regime
Radial Inicial
Aplicando as aproximações usadas para o regime radial inicial (equações C.100 e C.101), no
" r # r
4rw0 Lw √
2 hx hz ky 2 × 1, 8089 ky 64kz
mD = πtD + 0 (Sz + Sx ) − log γ (tD − tD0 )
π hz hx 8rw Lw kz π2 kz e ky
" !
2, 303q0 p0 Tw t αt ky t
4m (p) = αp log − log +
φ (µcg )i (4rw0 )2
p
T0 Lw ky kz t − t0
(C.122)
√ s #
16rw0 Lw kz γ
αt ky t e ky 2
+ π + log + (Sx + Sz )
φ (µcg )i (4rw0 )2
p
2, 303 ky hz hx 64kz 2, 303
Linear Inicial
Aplicando as aproximações usadas para o regime linear inicial (equações C.100 e C.104), no
4rw0 Lw
r
√
2 hx hz ky
mD = πtD + 0 (Sz + Sx ) +
π hz hx 8rw Lw kz
4rw0 Lw
2 hx p hx
− π (tD − tD0 ) + Sz
π hz hx Lw 2Lw νz
que pode ser reescrita como
s
16rw0 q0 p0 Tw √ hx √
αt ky 2q0 p0 Tw
4m (p) = αp π t− t − t0 + αp Sx
φ (µcg )i (4rw0 )2
p
T0 ky hz hx Lw T0 Lw ky kz
(C.123)
Pseudo-Radial
Aplicando as aproximações usadas para o regime pseudo-radial no uxo (equações C.104 e
4rw0 Lw
r
√
2 hx hz ky
mD = πtD + 0 (Sz + Sx ) +
π hz hx 8rw Lw kz
( " # )
4rw0 Lw (4rw0 )2 64kx
2 1, 8089 hx
− log (tD − tD0 ) + Sz
π hz hx νx π L2w eγ ky 2Lw νz
" !
L2w eγ ky
2, 303αp q0 p0 Tw αt ky t
4m (p) = log t−tt 0 − log + log +
φ (µcg )i (4rw0 )2 (4rw0 )2 64kx
p
T0 ky kx hz
√ s √ #
4rw0 π kx αt ky t hz π kx
+ π + √ Sx
φ (µcg )i (4rw0 )2 2 × 1, 8089Lw kz
p
1, 8089hx ky
(C.124)
APÊNDICE C. POÇO HORIZONTAL EM RESERVATÓRIO DE GÁS 134
Linear Tardio
Por último, aplicamos as aproximações usadas para o regime linear tardio no uxo (equações
4rw0 Lw
r
√
2 hx hz ky
mD = πtD + 0 (Sz + Sx ) +
π hz hx 8rw Lw kz
4rw0 Lw
r
2 p hx hz ky
− π (tD − tD0 ) + 0 (Sz + Sx ) +
π hz hx 8rw Lw kz
Essa equação é equivalente a
s
16rw0 q0 p0 Tw αt ky √ √
4m (p) = αp π t − t − t0 (C.125)
T0 ky hz hx φ (µcg )i (4rw0 )2
" √
4rw0 Lw √
∞ erf mπν
2 hx hz P z tD
mD = πtD + Zm cos (mπzD ) +
π hz hx 4rw0 Lw νz m=1 m
2 √ #
∞ erf nπν
1 hx x tD
Zn2 +
P
+
νx Lw n=1 n
" √
4rw0 Lw z tD − tD0
∞ erf mπν
2 p hx hz P
− π (tD − tD0 ) + Zm cos (mπzD ) +
π hz hx 4rw0 Lw νz m=1 m
2 √ #
−
∞ erf nπν
1 hx x tD t D0
Zn2
P
+
νx Lw n=1 n
(C.126)
" ! #
4rw0 Lw (4rw0 )2 64kx
2 1, 8089 hx
mD = log tD + Sz +
π hz hx νx π L2w eγ ky 2Lw νz
" √
4rw0 Lw z tD − tD0
∞ erf mπν
2 p hx hz P
− π (tD − tD0 ) + Zm cos (mπzD ) +
π hz hx 4rw0 Lw νz m=1 m
2 √ #
−
∞ erf nπν
1 hx x tD t D0
Zn2
P
+
νx Lw n=1 n
(C.127)
Após o fechamento, diferentes regimes de uxo podem ocorrer, cada um com sua solução
em particular.
Radial Inicial
Aplicando as aproximações usadas para o regime radial inicial no uxo (equações C.100 e
" ! #
4rw0 Lw (4rw0 )2 64kx
2 1, 8089 hx
mD = log tD + Sz +
π hz hx νx π L2w eγ ky 2Lw νz
r
2 × 1, 8089 ky 64kz
− log γ (tD − tD0 )
π2 kz e ky
" !
2, 303q0 p0 Tw t αt ky t
4m (p) = αp log − log +
φ (µcg )i (4rw0 )2
p
T0 Lw ky kz t − t0
(C.128)
√ γ
Lw kz 64αt kx t e ky 2
+√ log γ 2
+ log + Sz
kx hz e φ (µcg ) Lw 64kz 2, 303
i
Linear Inicial
Aplicando as aproximações usadas para o regime linear inicial no uxo (equações C.100 e
" ! #
4rw0 Lw (4rw0 )2 64kx
2 1, 8089 hx
mD = log tD + Sz +
π hz hx νx π L2w eγ ky 2Lw νz
4rw0 Lw
2 hx p hx
− π (tD − tD0 ) + Sz
π hz hx Lw 2Lw νz
APÊNDICE C. POÇO HORIZONTAL EM RESERVATÓRIO DE GÁS 136
que é equivalente a
( s p )
16αp q0 p0 Tw rw0
αt ky 2, 303Lw ky 64αt kx t
4m (p) = − π (t − t0 ) + √ log γ
T0 ky hz Lw φ (µcg )i (4rw0 )2 16rw0 kx 2
e φ (µcg ) Lw
i
(C.129)
Pseudo-Radial
Aplicando as aproximações usadas para o regime pseudo-radial no uxo (equações C.104 e
" ! #
4rw0 Lw (4rw0 )2 64kx
2 1, 8089 hx
mD = log tD + Sz +
π hz hx νx π L2w eγ ky 2Lw νz
( " # )
4rw0 Lw (4rw0 )2 64kx
2 1, 8089 hx
− log (tD − tD0 ) + Sz
π hz hx νx π L2w eγ ky 2Lw νz
ou
2, 303αp q0 p0 Tw t
4m (p) = p log (C.130)
T0 ky kx hz t − t0
4rw0 Lw hx √
2 hx
mD = πtD + Sz +
π hz hx Lw 2Lw νz
" √
4rw0 Lw z tD − tD0
∞ erf mπν
2 p hx hz P
− π (tD − tD0 ) + Zm cos (mπzD ) +
π hz hx 4rw0 Lw νz m=1 m
2 √ #
−
∞ erf nπν
1 hx x tD t D0
Zn2
P
+
νx Lw n=1 n
(C.131)
Da mesma forma que nos caso anteriores, diferentes regimes ocorrem após o fechamento.
Radial Inicial
Aplicando as aproximações usadas para o regime radial inicial no uxo (equações C.100 e
r
4rw0 Lw hx √
2 hx 2 × 1, 8089 ky 64kz
mD = πtD + Sz − log γ (tD − tD0 )
π hz hx Lw 2Lw νz π2 kz e ky
ou
" !
2, 303αp q0 p0 Tw t αt ky t
4m (p) = log − log +
φ (µcg )i (4rw0 )2
p
T0 Lw ky kz t − t0
(C.132)
√ s #
16rw0
γ
kz αt ky t e ky 2
+ π + log + Sz
φ (µcg )i (4rw0 )2
p
2, 303hz ky 64kz 2, 303
Linear Inicial
Aplicando as aproximações usadas para o regime linear inicial no uxo (equações C.100 e
4rw0 Lw hx √
2 hx
mD = πtD + Sz +
π hz hx Lw 2Lw νz
4rw0 Lw
2 hx p hx
− π (tD − tD0 ) + Sz + Sz
π hz hx Lw 2Lw νz
Em variáveis dimensionais
s
16αp q0 p0 Tw rw0 αt ky √ √
4m (p) = π t − t − t0 (C.133)
T0 ky hz Lw φ (µcg )i (4rw0 )2
r
2 × 1, 8089 ky 64kz
mD = log tD +
π2 kz γ
e ky
" √
4rw0 Lw z tD − tD0
∞ erf mπν
2 p hx hz P
− π (tD − tD0 ) + Zm cos (mπzD ) +
π hz hx 4rw0 Lw νz m=1 m
2 √ #
−
∞ erf nπν
1 hx x tD t D0
Zn2
P
+
νx Lw n=1 n
(C.134)
APÊNDICE C. POÇO HORIZONTAL EM RESERVATÓRIO DE GÁS 138
e aplicando as aproximações usadas para o regime radial inicial no uxo (equações C.100 e
r r
2 × 1, 8089 ky 64kz 2 × 1, 8089 ky 64kz
mD = log tD − log γ (tD − tD0 )
π2 kz γ
e ky π2 kz e ky
2, 303αp q0 p0 Tw t
4m (p) = p log (C.135)
T0 Lw ky kz t − t0
Apêndice D
Resultados da Capacidade de
Entrega para Poços Horizontais
Neste apêndice será detalhado como os testes de capacidade de entrega para poços horizontais
usado na indústria como meio de comparação entre os poços. Esse parâmetro é o absolute-
open-ow (AOF).
Para a realização dos testes foram criados 4 modelos de reservatórios, suas propriedades
se encontram nas tabelas D.1 e D.2. Para melhor compreensão de como os cálculos foram
e modelo de reservatório 1.
O primeiro passo realizado foi estimar os tempos dos regimes de uxo através da solução
analítica C.87 (gura D.1). O segundo passo consiste em calcular a AOF padrão através do
teste ow-after-ow (FAF) a partir dos tempos calculados. Neste caso, a duração de cada
Terceiro passo: calcular a AOF usando o teste isócrono modicado com períodos de uxo
de 12 horas (gura D.4) e calcular a AOF usando pontos de pressão de acordo com o regime
(para cálculo da inclinação n conforme descrito no Capítulo 4). O primeiro AOF foi calculado
tardio e 12 horas no linear tardio (gura D.5). Já o segundo cálculo de AOF foi feito usando
O quarto passo foi refazer o terceiro passo usando período de uxo de 24 horas (gura
D.7). Os tempos escolhidos para o primeiro caso foram 8, 16 e 24 horas, 8 horas encontra-se
linear tardio (gura D.8). O segundo usou os tempos 2, 4 e 6 horas que se encontram no
139
APÊNDICE D. RESULTADOS DA CAPACIDADE DE ENTREGA PARA POÇOS HORIZONTAIS140
Propriedades Modelo 1, 2, 3 e 4
profundidade 6000 m
rw 0, 1 m
φ 0, 2
Tw 150 ºC
Pi 650 kg/cm2
dG 0, 7
Z Dranchuck
µ Lee et. al
cg Dranchuck
−5
cf 4.97817 × 10 cm2 /kg
Lw 600 m
kx 1 × 103 a 1 × 10−3 mD
ky 1 × 103 a 1 × 10−3 mD
kz 1 × 103 a 1 × 10−3 mD
q0 2 × 106 a 2 × 107 m3 /d
P0 1.03323 kg/cm2
T0 15.5556 ºC
Figura D.5: Cálculo da AOF através do teste isócrono modicado com período de uxo de 12
horas usando os dados de tempo 4,8 e 12 horas
Figura D.6: Cálculo da AOF através do teste isócrono modicado com período de uxo de 12
horas usando os dados de tempo 2, 4 e 6 horas
APÊNDICE D. RESULTADOS DA CAPACIDADE DE ENTREGA PARA POÇOS HORIZONTAIS144
Figura D.8: Cálculo da AOF através do isócrono modicado com períodos de uxo de 24
horas usando os tempos 8, 16 e 24 horas
APÊNDICE D. RESULTADOS DA CAPACIDADE DE ENTREGA PARA POÇOS HORIZONTAIS145
Figura D.9: Cálculo da AOF através do isócrono modicado com período de uxo de 24 horas
usando os tempos 2, 4 e 6 horas
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