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Contrato de Trabalho

Art 11 do CT

ML- expressão infeliz: omite a referência à direção do empregador, que constitui um elemento
essencial do contrato de trabalho; faz referência à inserção numa organização, pretendendo
aderir a uma posição doutrinária anteriormente assumida, todavia esta inserção não é um
elemento essencial do contrato de trabalho.

É um negócio jurídico bilateral, art 101º CT, pode ocorrer uma situação de pluralidade de
empregadores.

Elementos essenciais:

Art. 1152º do CC:

a) Prestação de uma atividade

Trata-se de uma prestação de uma atividade humana, seja intelectual ou manual, onde o
trabalhador se obriga a desenvolver em ordem a atingir o fim pretendido, ainda que a não
obtenção desse fim seja um risco do empregador.

Sendo uma prestação positiva, tem uma natureza continuada, pressupõe um certo tempo
específico. Mas não é afetada pela existência de períodos de inatividade, basta que o
trabalhador se mantenha disponível.

b) Retribuição

Consiste numa contrapartida da prestação de trabalho subordinado, art 258 n1, deve ser uma
prestação pecuniária e mesmo aquelas que não são pecuniárias devem poder ser avaliadas em
dinheiro, art. 259º. É uma prestação duradoura e periódica.

c) Subordinação jurídica

Resulta do facto do trabalhador estar sob a autoridade do empregador, está subjacente o


dever de obediência, art 128 nº1 e).

Existe ainda um poder de disciplinar do empregador sobre o trabalhador, que o permite


sancionar as atividades deste, em casos de infrações disciplinares.

Qualificações:

a) Nominado e típico
b) Não formal- com trabalhador estrangeiro, promessa, tempo parcial, intermitente,
temporário
c) Obrigacional
d) Oneroso
e) Sinalagmático
f) Comutativo
g) Continuada
h) Intuitu personae
Distinção entre CT e PS

Na PS temos por objeto um “certo resultado”, enquanto que no CT, está em causa a prestação
de uma atividade do trabalhador, o primeiro tanto pode ser oneroso ou gratuito, o CT só pode
ser oneroso.

No CT, a atividade é prestada sob autoridade e direção do empregador, existindo assim


subordinação jurídica. Pelo contrário, na PS não existe a subordinação jurídica, exercendo o
prestador a sua atividade cm autonomia.

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