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acções que possam lesar a sua própria Segurança e Defesa; Evitar imiscuições nos seus
processos de decisão e de negociação; Prevenir acções adversas aos seus objectivos
estratégicos; Cuidar da integridade das suas relações com terceiros; Gerir informação
produzida na Administração Pública, e noutras Instituições.
Os critérios para definição, por parte dos principais decisores, dos diferentes domínios
de actividade do Estado, do que deva ser Sigilo de Estado, e por quanto tempo,
baseiam-se nestas necessidades referidas e devem continuar a ser reflectidos numa
eventual nova Lei do Segredo de Estado que se coadune com este tempo da
transparência democrática e das novas TIC. Enfim, em matéria de Segredo de Estado, é
particularmente importante a indicação de quem deve defini-los e quais os critérios para
a classificação dos Documentos e Informações, para se evitar arbitrariedades e abusos, o
que, aliás, está salvaguardado na actual Lei.
Hoje, mais do que nunca, a violação do Segredo de Estado, devido às TIC, circula com
muita rapidez, tem uma abrangência maior e deste modo pode causar maiores danos à
acção governativa, pelo que precisa de ser prevenida numa nova lei. Por exemplo, o
funcionário público que fotografar um documento classificado como muito secreto e o
colocar nas Redes Sociais, estará a cometer um acto que precisa, talvez, de ser tipificado
como crime.
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Segredo de Estado
Artigo 1
Objecto
1.O regime do segredo de Estado é definido pela presente Lei e obedece aos princípios
de excepcionalidade, subsidiariedade, necessidade, proporcionalidade, tempestividade,
igualdade, justiça e imparcialidade, bem como ao dever de fundamentação.
Antes, porém, importa ressaltar que a Constituição da República de Angola, no seu artigo
23˚, faz menção do Princípio da Igualdade, o qual diz as informações que são passadas
pelas Media, certamente, não devem prejudicar ninguém, ou seja, ninguém deve ser
prejudicado, privilegiado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em
razão da sua cor, ascendência, religião, convicções políticas, ideológicas, língua, local de
nascimento, grau de instrução, condição económica ou social ou profissão.
Artigo 2
Âmbito do segredo
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2. Podem, designadamente, ser submetidos ao regime de segredo de Estado, mas apenas
verificado o condicionalismo previsto nos números anteriores, documentos que respeitem
às seguintes matérias:
e) aquelas cuja divulgação pode facilitar a prática de crimes contra a segurança do Estado;
Artigo 3.
Classificação de segurança
2. Quando, por razão de urgência, for necessário classificar um documento como segredo
de Estado, podem fazê-lo, a título provisório, no âmbito da sua competência própria, com
a obrigatoriedade de comunicação, no mais curto prazo possível, para ratificação, às
entidades referidas no número 1 que em cada caso se mostrem competentes para tal:
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Artigo 4.
Desclassificação
Artigo 5.
Fundamentação
Artigo 6.
Duração do segredo
2. O prazo para a duração da classificação ou para a sua revisão não pode ser superior a
quatro anos.
Artigo 7.
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Na ocorrência de actos que são puníveis pela lei, porém, é necessário que os lesados ou
não prestarem uma declaração para que se investigue os actos que, supostamente, terão
ocorridos. No entanto, após a entrega ou apresentação da denúncia ao Ministério Público
ou ao Serviço de Investigação Criminal juntos devem averiguar detalhadamente o
ocorrido.
Artigo 8.
2. Quem tomar conhecimento de documento classificado que, por qualquer razão, não se
mostre devidamente acautelado deve providenciar pela sua imediata entrega à entidade
responsável pela sua guarda ou à autoridade mais próxima.
Artigo 9.
Artigo 10.
Dever de sigilo
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3. A dispensa do dever de sigilo na acção penal é regulada pelo Código de Processo Penal.
Artigo 11.
Artigo 12.
Artigo 13.
Comissão de fiscalização
1. É criada a Comissão para a Fiscalização do Segredo de Estado, a quem cabe zelar pelo
cumprimento das disposições da presente lei.
Administrativos e Fiscais, que preside, e por dois deputados eleitos pela Assembleia da
República, sendo um sob proposta do grupo parlamentar do maior partido que apoia o
Governo e outro sob proposta do grupo parlamentar do maior partido da oposição.
Artigo 14.
Impugnação
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Artigo 15.
Regime transitório
Artigo 16.
Sem prejuízo de o Governo dever regulamentar a matéria referente aos direitos e regalias
dos membros da Comissão de Fiscalização, nos casos omissos e, designadamente, no que
diz respeito a prazos, aplica-se o disposto na Lei do Acesso aos Documentos da
Administração.
Artigo 17.
Entrada em vigor
A presente lei entra em vigor no prazo de 30 dias a contar da data da sua publicação.
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Conclusão
A priori, das investigações feitas e dos debates tidos sobre o tema Segredo de Estado,
nós chegamos à conclusão de que se torna imprescindível reforçar o hábito de
classificar, tal como prevê a actual Lei do Segredo de Estado, os Documentos, as
Informações produzidas nos Órgãos da Administração Pública, em Muito Secreto,
Secreto, Confidencial e Reservado, para facilmente se distinguir os de acesso restrito,
alargado ou público, em períodos determinados e circunstâncias concretas, pois que, o
que é sigiloso hoje, pode deixar de o ser à medida que o tempo passar e as
circunstâncias mudarem.
Importa reiterar que corroboramos com a ideia de que o Segredo de Estado pode
coexistir com a transparência das suas acções e com o respeito dos direitos dos cidadãos
de serem informados. Nem todos os actos da Administração Pública entram na esfera do
sigiloso e nem todos pertencem ao domínio público. Os excessos do secretismo do
Estado podem ser tão prejudiciais quanto o escancarar de toda a sua actividade.
Nesta coabitação entre o segredo estatal e a transparência governativa, é, por exemplo,
importante prevenir que eventuais actos de corrupção ou outros que atropelem a própria
Lei, sejam considerados como Segredo de Estado, quando deviam ser transparentes.
Por fim, parece-nos, por analogia, que da mesma forma que não podemos falar do fim
do segredo pessoal por necessidade da preservação da sua privacidade, ou do segredo
empresarial por inerência da competição, o Segredo de Estado sempre existirá, (ainda
que em proporções mais restritas) em razão da necessidade da defesa dos objectivos e
interesses estratégicos do Estado, que podem inspirar adversidades internas e externas,
pelo que nem a transparência democrática, nem as TIC, podem impor o seu fim.
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Referência Bibliográfica
Referências electrónicas
https://dicionariocriativo.com.br/expressoes/segredo_de_estado/segredo
https://www.publico.pt/segredo-de-estado
http://jornaldeangola.sapo.ao/opiniao/artigos/o_segredo_de_estado_nos_tempos_d
as_novas_tecnologias_de_informacao_e_comunicacao
http://workspace.unpan.org/sites/internet/Documents/UNPAN039753.pdf.
https://www.lexlink.eu/codigo/geral/169/constitucional/por-tipo-de-
documentocodes.
http://policehumanrightsresources.org/wp-
content/uploads/2018/08/2002_Law_on_National_Security.pdf
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