Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A canalização da Figura 5.1 mostra um líquido que flui de (1) para (2). Parte
da energia se dissipa sob a forma de calor e, a soma das três cargas em (2) não é
igual a carga total em (1). A essa diferença, indicada por hfl1,2 ou, mais comumente
usada como ∆h, dá-se o nome de perda de carga, que é de grande importância nos
problemas de engenharia.
1
A perda de carga, denotada por, ∆h, é classificada em perda de carga
distribuída (contínua) ao longo da tubulação e, perda de carga localizada (singular)
devido a presença de conexões, aparelhos, singularidades em pontos particulares
do conduto.
As perdas distribuídas (hf) ocorrem devido ao atrito entre as diversas
camadas do escoamento e ainda ao atrito entre o fluido e as paredes do conduto
(efeito da viscosidade e da rugosidade). Com o intuito de estabelecer leis que
possam reger as perdas de carga em condutos, já há cerca de dois séculos estudos
e pesquisas vêm sendo realizados. Atualmente a expressão mais precisa e utilizada
universalmente para análise de escoamento em tubos, e que foi proposta em 1845,
é a conhecida equação de Darcy-Weisbach:
L v2
hf f (1)
D 2g
v= velocidade média do escoamento
D= diâmetro do conduto
L= comprimento do conduto
g= aceleração da gravidade (9,81 m/s2)
f= coeficiente de perda de carga (adimensional; depende basicamente do regime
de escoamento)
I - Prandtl:
1,99 log Red f 0,5 1,2
1
0,5
f
1
f 0,5
2 log Red f 0,5 0,8 (tubos de paredes lisas)
2
Tabela 5.1 Correlação de valores de Re e fator de atrito em tubos lisos.
Re 4.000 104 105 106 107 108
f 0,0039 0,0309 0,0180 0,0116 0,0081 0,0059
II - H. Blausius:
0,316 Re 14 4.000 Re 10 5
f Re
2
1,8 log
6,9
Esta é a formula de projeto aceita para o atrito turbulento. Ela foi plotada em
1944 por Moody na forma hoje denominada de diagrama de Moody (IV). Este
diagrama talvez seja a figura mais famosa e mais útil em Mecânica dos Fluidos.
Tem uma precisão de ±15% para os cálculos de projeto sobre toda a faixa mostrada
na Figura 5.2. Pode ser usada em escoamento de dutos circulares e não-circulares
e para escoamentos em canais abertos.
3
Figura 5.2 Diagrama de Moody para o atrito em tubos com paredes lisas e rugosas.
EXEMPLO
61m 1,83m / s
2
L v2
hf f 0,02 1,37 m
D 2g
0,152 m 2 9,81m / s 2
4
A queda de pressão para um tubo horizontal é:
kg m
P gh f 1000 3
9,81 2 1,37 m 13,4kPa
m s