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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLÓGICAS


CURSO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL
GÊNESE DO SOLO

ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS MORFOLÓCIAS DO SOLO

RONDONÓPOLIS
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLÓGICAS
CURSO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL
GÊNESE DO SOLO

ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS MORFOLÓCIAS DO SOLO

DOCENTE: Prof. Gustavo Benedito

DISCENTES: Eduardo Esteves


Dornelles, Eduardo Henrique, Felipe
Hipólito, Guilherme Portela, Gustavo R.
Sousa Teodoro, Henzo Pereira de Melo,
Ivis Marciwaldo Carneiro Santos,
Hevellyn Celina V. de Amorim, Kamila
Macedo, Ketleen Mello de Almeida,
Marco Antonio Lima da Silveira, Marcos
Carlos da Silva, Rodrigo Ávila, Samuel
Dutra Amorim de Carvalho e Thais
Rodrigues Guedes.

RONDONÓPOLIS
2019

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Sumário
Introdução ....................................................................................................................................4
Coleta do solo ..............................................................................................................................6
Local da Coleta .........................................................................................................................6
Descrição geral do local ............................................................................................................6
Procedimentos para a coleta ....................................................................................................6
Análise do Solo .............................................................................................................................7
Cor do solo: ..............................................................................................................................7
Transição entre os horizontes: .................................................................................................9
Textura: ....................................................................................................................................9
Estrutura: ...............................................................................................................................10
Porosidade: ............................................................................................................................11
Cerosidade: ............................................................................................................................11
Consistência: ..........................................................................................................................12
Espessura e Arranjamento dos horizontes: ............................................................................12
Resultados e discussões: ............................................................................................................13
Conclusão ...................................................................................................................................19
Referências.................................................................................................................................20

Índice de ilustrações

Figura 1 Comparação visual das cores do solo O e B, respectivamente. FONTE: Acervo


Pessoal. ........................................................................................................................................8
Figura 2 Comparação Visual entre as camadas O, A, B, respectivamente. FONTE: Acervo
Pessoal. ........................................................................................................................................8
Figura 3 Aluno analisando a textura do solo por meio do manuseio de amostras de solo úmido.
FONTE: Acervo Pessoal. .............................................................................................................9
Figura 4 Análise da textura do solo. FONTE: Acervo Pessoal. ..................................................10
Figura 5 Alunos realizando a determinação da espessura do solo. FONTE: Acervo Pessoal .....13

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Introdução

Para falarmos de solo é necessário citar a morfologia, mas o que é morfologia?


Morfologia, essa palavra pode ter diferentes significados, mas neste caso estamos falando
da Morfologia na Geologia o seu significado se varia 4 em pontos:

• Geomorfologia – ramo da Geologia que estuda as formas da superfície


• Morfologia agraria – forma ou aspecto de como estão divididas áreas
exploradas e não-exploradas
• Morfologia dos solos – estudo dos fatores causadores de modificação do
solo
• Morfologia urbana – estudo e formas das cidades

Neste trabalho utilizamos a Morfologia dos solos, pois analisamos o solo de uma
trincheira que foi escavada na UFR (Universidade Federal de Rondonópolis) com o
objetivo dos próprios alunos ou até mesmo professores analisarem o solo e fazerem
pesquisas, mas é preciso saber o que é o solo.

O Solo é uma camada de material não consolidada (solta), assentada sobre


rochas. - Esse material é constituído de minerais e matéria orgânicas. - Nos espaços
deixados pelas partículas minerais e matéria orgânica, chamadas poros, ficam na água e
o ar. - A parte mineral é formada de argila, limo, areias e pedras. - A matéria orgânica é
formada por organismos vivos ou mortos e seus restos ou dejetos.

O solo apresenta extremas variações no que concerne a profundidade,


composição, cor, textura, estrutura, etc. - O solo é o meio onde o vegetal retira os materiais
à sua nutrição e ao mesmo tempo, é o suporte sobre o qual se ancora.

O solo também pode apresentar problemas e um deles é a erosão. A erosão


compromete a produção agrícola, causa assoreamento nos rios, represas e zonas
portuárias. A retirada de vegetação e ocupação dos solos por moradias em encostas
íngremes provoca os escorregamentos frequentemente noticiados pela imprensa, que
causam muitas mortes e danos materiais.

Manejo sustentável dos solos

4
Com uma taxa de aumento populacional de 1,2% ao ano, tornou-se necessário
pensar em práticas sustentáveis para preservar os recursos naturais do planeta e manter
os seres humanos em harmonia com o meio ambiente.

Entre as medidas de conservação, estão aquelas que visam ter efeitos positivos
na qualidade do solo, permitindo produções de alimentos maiores na mesma área e por
mais tempo.

O renomado especialista em Solos, com mestrado e doutorado pela North


Caroline State University (EUA), Igo Lepsch, destacou em seu livro Formação e
Conservação dos Solos o desequilíbrio que por vezes acontece no cultivo de terra.
Segundo Lepsch, as atividades agrícolas, quando feitas sem os devidos cuidados com o
solo, retiram a cobertura vegetal original do solo e promovem a erosão acelerada e outras
formas de degradação.

Com um plantio bem manejado e consolidado, é possível usufruir todos os


pontos positivos de um solo específico, fator que também contribui para uma produção
de alimentos mais estável, sendo necessário primeira mente fazer uma analise do solo,
para podermos determinar locais onde deve ser feito as devidas correções tanto físicas
quanto químicas do solo.

Mas o que é uma análise de solo?

A análise de solo é um instrumento básico e essencial para se iniciar um


programa de fertilidade e nutrição de plantas. É o método mais utilizado para tentar prever
as deficiências de nutrientes. Tornou-se a ferramenta de manejo mais eficiente de
agrônomos, consultores e pesquisadores por fornecer informações que englobam desde o
monitoramento da fertilidade do solo até a estimativa das necessidades de fertilizantes e
a avaliação do potencial dos impactos ambientais adversos.

A análise do solo permite um melhor conhecimento da variabilidade dos


atributos químicos e físicos das propriedades agrícolas. A adoção desta técnica permite
melhorar a eficiência da agropecuária moderna, pois será responsável pelo levantamento
das principais informações que serão utilizadas para tomada de decisão no programa de
fertilidade de toda propriedade rural.

Por que fazer uma análise de solo?


5
A análise de solo geralmente é feita antes do plantio das culturas, sejam anuais
ou perenes. Através desta técnica é possível:

• Identificar os fatores limitantes de rendimento de cada propriedade,


especificamente a falta de nutrientes no solo;

• Indicar a capacidade de fornecimento de nutrientes do solo, servindo de ponto


de partida para uso de recomendação de fertilizantes e calcários;

• Desenvolver planos de manejo de nutrientes quando combinada com


informações de produção, tais como histórico de cultivo, mapas de inspeção de solo ou
mapas de produtividade;

• Monitorar a fertilidade do solo e as tendências a longo prazo, de forma que os


programas de manejo de nutrientes possam ser ajustados para atender as metas de manejo;

• Gerenciar riscos, determinando onde podem ocorrer as maiores respostas aos


nutrientes.

Coleta do solo
Local da Coleta
A coleta foi realizada em uma trincheira de 98cm no terreno da universidade
federal de Rondonópolis, nas coordenadas latitude -16,457825 longitude -54,582477.

Descrição geral do local


O local e localizado em uma planície com uma grande cobertura vegetal e o solo
e rico em matéria orgânica, como consequência foi encontrado cupim no local.

O clima do local e tropical úmido, com elevada temperatura média anual e o tempo
no local estava ensolarado.

O local não apresenta processo de erosão. E atualmente o local e utilizado para


estudos pela universidade federal de Rondonópolis.

Procedimentos para a coleta


Com o enxadão foi raspado as duas laterais superior da trincheira e coletados 200
gramas do solo e armazenada em dois sacos para que não houvesse a mistura das amostras
coletadas, depois disto os sacos plásticos foi etiquetado para distinção das amostras. Esse
procedimento se repetiu nas duas laterais media e inferior da trincheira.

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Após a coleta do solo na trincheira foi coletado 200 gramas de amostra de
vegetação ao lado da trincheira e armazenado em um saco plástico e depois etiquetado
para sua identificação. Posteriormente foi coletado 200 gramas de amostra de vegetação
uns 10m da trincheira e armazenado em um pote e depois etiquetado.

Após esses procedimentos as amostras foram levadas para análise.

Análise do Solo
Cor do solo:

A cor do solo é uma característica facilmente perceptível e determinável, por isso


utilizada para identificar, descrever e diferenciar solos a campo. Apesar de ter pequena
influência no comportamento do solo, a cor permite a avaliação indireta de propriedades
importantes, além de refletir a ação combinada dos fatores de formação do solo.

Assim, as cores podem ter os seguintes significados:

Cores escuras: indicam acumulação ou presença de matéria orgânica e estão


relacionadas com o horizonte A, a não ser que a matéria orgânica tenha sido translocada,
sob a forma dispersa e/ou solúvel, para os horizontes inferiores. Cores pretas em
horizontes B e C podem indicar a presença de óxidos de manganês, sob forma de
revestimentos ou nódulos;

Cores vermelhas: indicam condições de boa drenagem e aeração do solo e estão


relacionadas com a presença de hematita (Fe2O3);

Cores amarelas: podem indicar condições de boa drenagem, mas um regime mais
úmido e estão relacionadas com a presença de goethita (FeOOH);

Cores acinzentadas: indicam condições de saturação do solo com água e estão


relacionadas à redução de ferro. Em condições anaeróbias, podem formar-se cores
azuladas ou esverdeadas, devidas a compostos de Fe (II) e sulfeto;

Cores claras ou esbranquiçadas: normalmente se relacionam com a presença de


minerais claros como caulinitas, carbonato de cálcio, quartzo, calcedonia e outros, porém
podem significar perda de materiais corantes. Estas cores são comuns em horizontes E e
Ck; -horizontes mosqueados ou variegados: são caracterizados pela presença de manchas
amarelas, vermelhas, pretas ou de outras cores, em uma matriz ou fundo normalmente

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acinzentado. São encontrados em horizontes onde ocorrem oscilações do lençol freático
ou podem ser herdados do material de origem do solo.

A cor foi observada por todos os componentes do grupo. Para ajudar na definição
da cor correta que cada solo apresentava, fez-se uso da Tabela Munsell para comparar as
cores.

Figura 1 Comparação visual das cores do solo O e B, respectivamente. FONTE: Acervo Pessoal.

Figura 2 Comparação Visual entre as camadas O, A, B, respectivamente. FONTE: Acervo Pessoal.

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Transição entre os horizontes:

A transação entre os horizontes foi definida de acordo com os conhecimentos já


adquiridos em aula, em relação as camadas que o solo pode ter. A camada O foi
identificada pelos restos de plantas na superfície do solo; o horizonte A foi identificado
por apresentar cor um pouco mais escurecida, proveniente da acumulação de matéria
orgânica; o horizonte B foi identificado por estar abaixo do horizonte A e por ter
coloração avermelhada devido a presença de óxido e hidróxido de ferro.
Textura:

A textura é a proporção relativa entre areia, silte e argila em um material de solo.


A textura foi analisada pelo método do manuseio das amostras de cada camada do solo.
Uma porção de cada amostra foi molhada com água e colocada entre os dedos, na
tentativa de formar pequenas bolas, rolos, atentando-se para a sensação tátil.

No material onde predomina areia, a sensação é de uma massa áspera e pouco


pegajosa, com a qual não se consegue fazer os pequenos rolos alongados. No predomínio
da fração siltosa, a sensação tátil é de um material sedoso, semelhante ao talco, que pode
formar rolos alongados que, no entanto, quebram-se facilmente. Quando há predomínio
da fração argila a sensação é de suavidade e pegajosidade, moldando-se rolos que podem
ser manuseados com facilidade, formando argolas sem que se quebrem.

Figura 3 Aluno analisando a textura do solo por meio do manuseio de amostras de solo úmido. FONTE: Acervo
Pessoal.

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Figura 4 Análise da textura do solo. FONTE: Acervo Pessoal.

Estrutura:

A estrutura do solo refere-se ao agrupamento e organização das partículas do solo


em agregados e relaciona-se com a distribuição das partículas e agregados num volume
de solo. Considerando que o espaço poroso é de importância similar ao espaço sólido, a
estrutura do solo pode ser definida também pelo arranjamento de poros pequenos, médios
e grandes, com consequência da organização das partículas e agregados do solo.

O tipo de agregado presente num solo determina o tipo de estrutura do solo. Uma
descrição geral desses tipos é apresentada a seguir:

Granular e grumosa – agregados arredondados formados predominantemente na


superfície do solo sob influência marcada da matéria orgânica e atividade microbiológica.
Os grumos apresentam poros visíveis. A sensação ao manusear o solo é de friabilidade,
soltando-se facilmente dos agregados vizinhos;

Laminar – os agregados são de formato laminar e formados por influência do


material de origem ou em horizontes muito compactados; prismática e colunar – os
agregados formam-se em ambientes mal drenados e em horizontes subsuperficiais com
pequena influência da matéria orgânica. Normalmente são agregados grandes e

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adensados. Quando os topos dos prismas são arredondados teremos a estrutura colunar;
blocos angulares e subangulares – os agregados têm formato cubóide e formam-se em
ambientes moderadamente a bem drenados nos subsolos.
Porosidade:

A Porosidade do solo condiciona todos os fatores de crescimento em menor ou


maior grau. Ela é determinada pelo tamanho e quantidade de poros.

Influindo sobre: Retenção, movimentos e disponibilidade de água; Arejamento;


Disponibilidade de nutrientes; Resistência à penetração de raízes; Estabilidade de
agregados; Compactabilidade dos solos.

A porosidade do solo corresponde ao volume do solo não ocupado por partículas


sólidas, incluindo todo o espaço poroso ocupado pelo ar e água. A porosidade total inclui
a macroporosidade e a microporosidade. Entre as partículas maiores, como de areia ou
entre agregados, predominam poros grandes (macroporos) que são responsáveis pela
aeração, movimentação de água e penetração de raízes. Entre partículas pequenas, como
a de argila, predominam poros pequenos (microporos), responsáveis pela retenção de
água pelo solo.
Cerosidade:

Cerosidade é um atributo dos solos que apresentam um brilho fosco como o da


cera, que pode ser bem observado no plano de ruptura de um bloco, e que se relaciona à
formação de películas ou filmes de argila. Esse brilho é resultante de processos de
segregações e reorganizações dos constituintes dos solos, resultantes de processos
particulares de sua gênese.

Quando o solo seca, ele se contrai e separa-se em blocos. Quando o solo volta a
ser umedecido, essas estruturas são reorganizadas; porém, se houver novo período de
secagem, ele tornará a separar-se no mesmo plano, onde, por efeito cumulativo, vai se
formando uma película de argila (arranjo orientado das partículas), num processo que
dura milênios.

RESENDE et alli (2002) observam que a existência de cerosidade, avaliada em


conjunto com outras observações, pode indicar a riqueza relativa de nutrientes, pois têm
implicação na absorção de nutrientes (por exemplo, pode ser obstáculo para a penetração

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das raízes nos agregados). Os mesmos autores apontam que a atividade biológica tende a
destruir a cerosidade; e que solos bem desenvolvidos em depósitos aluviais que
apresentam cerosidade indicam que o local de sua ocorrência não sofre inundações há
milênios.

RANZANI (1969), recomenda que a cerosidade seja avaliada, de acordo com sua
intensidade, em fraca (constatada por exame minucioso), moderada (perceptível em
algumas superfícies expostas), forte (perceptível em todas as superfícies expostas).
Consistência:

Um agregado de solo argiloso, quando seco, apresenta resistência à desagregação


ao ser comprimido entre as mãos. Esta resistência tende a diminuir à medida que o
agregado é umedecido. Se o umedecimento é feito até o encharcamento, verifica-se que,
em vez de desagregar-se, o agregado tende a amassar-se e torna-se moldável, com
tendência a aderir aos dedos.

A consistência do solo seco é caracterizada pela dureza ou tenacidade, ou seja,


pela resistência a ruptura ou fragmentação dos seus agregados quando comprimidos entre
o dedo polegar e o indicador. No solo úmido caracteriza-se pela friabilidade do solo,
sendo determinado num estado de umidade intermediário entre seco ao ar e a capacidade
de campo, observando-se a resistência oferecida a aplicação de pressão e a capacidade de
o material fragmentado tornar a agregar-se sob nova pressão. A consistência do solo
molhado caracteriza-se pela plasticidade e pegajosidade. É determinada em amostras
pulverizadas, homogeneizadas e amassadas com conteúdo de umidade pouco superior à
capacidade de campo. Pode ser avaliada quando da determinação da textura. A
plasticidade é a propriedade que possui o solo de mudar de forma quando submetido à
ação de uma força e de manter a forma imprimida quando cessa a ação da mesma. Já a
pegajosidade é a propriedade que o solo tem de aderir a outros objetos, quando molhado
e homogeneizado.
Espessura e Arranjamento dos horizontes:

Para determinar a espessura de cada camada de solo foi necessário utilizar uma
trena, de modo que considerasse o início e o fim da camada de cada solo.

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Figura 5 Alunos realizando a determinação da espessura do solo. FONTE: Acervo Pessoal

Resultados e discussões:

Na observação do perfil do solo na área onde se encontrava a trincheira, foi


possível analisar e determinar características morfológicas como: A cor do solo, a
espessura e arranjamento dos horizontes, transição entre os horizontes, textura, estrutura,
porosidade, cerosidade, consistência e o tipo de solo. Essas características podem ser
definidas como:

Cor:

A cor, por definição, é a sensação visual causada pela reflexão da radiação


eletromagnética, na faixa de comprimento de onda do visível (0,4 a 0,7 mícrons), que
incide sobre um determinado corpo. O solo pode ser considerado uma mistura de
partículas minerais e orgânicas que parcialmente absorvem e dispersam a luz incidente
(BARRÓN & TORRENT, 1986).

As cores dos solos, são mais convenientemente definidas por meio de comparação
com cartas de cores. Normalmente se utiliza para determinação de cores de solos, parte
da coleção de cores do livro Munsell (Munsell book of color). Esta parte do livro, também

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denominada Munsell soil color charts, contém somente aquela porção de cores necessária
para a caracterização dos solos. (IBGE, 2007)

A espessura e arranjamento dos horizontes:

A profundidade é obtida colocando-se uma fita métrica ou trena na posição


vertical, fazendo-se coincidir o zero da mesma com a parte superior do horizonte ou
camada superficial do solo e fazendo-se a leitura de cima para baixo a partir da marca
zero. Para cada um dos horizontes ou camadas, anota-se então a medida observada nos
seus limites superior e inferior. No caso de horizontes ou camadas com limites de
transição ondulada ou irregular, anota-se o valor médio, conforme exemplos abaixo.
Deve-se juntamente anotar a unidade utilizada, preferencialmente centímetros. (IBGE,
2007)

A espessura por sua vez, deve ser anotada ao final da descrição morfológica,
sempre que se tratar de horizontes ou camadas com transição ondulada, irregular ou
quebrada e deve conter as espessuras dos limites máximos e mínimos. (IBGE, 2007)

Transição entre os horizontes:

Descreve-se como transição entre horizontes ou camadas, a faixa de separação entre


os mesmos, definida em função da sua nitidez ou contraste, espessura e topografia.
Quanto à nitidez ou contraste e espessura, a transição é classificada como:

• Abrupta - quanto a faixa de separação é menor que 2,5cm;


• Clara - quando a faixa de separação varia entre 2,5 e 7,5cm;
• Gradual - quando a faixa de separação varia entre 7,5 e 12,5cm; e
• Difusa - quando a faixa de separação é maior que 12,5cm.

Quanto à topografia a transição é classificada como:

• Plana ou horizontal - quando a faixa de separação dos horizontes é praticamente


horizontal, paralela à superfície do solo;
• Ondulada ou sinuosa - quando a faixa de separação é sinuosa, sendo os desníveis,
em relação a um plano horizontal, mais largos que profundos;
• Irregular - quando a faixa de separação dos horizontes apresenta, em relação a um
plano horizontal, desníveis mais profundos que largos;

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• Quebrada ou descontínua - quando a separação entre os horizontes não é contínua.
Neste caso, partes de um horizonte estão parcial ou completamente desconectadas
de outras partes desse mesmo horizonte.
Textura:

O termo textura, por sua vez, é empregado especificamente para a composição


granulométrica da terra fina do solo (fração menor que 2mm de diâmetro). Expressa a
participação em g.kg-1 das suas várias partículas constituintes, separadas por tamanho,
conforme especificado a seguir, que corresponde à escala de Atterberg modificada:
(IBGE, 2007)

Fração Diâmetro (mm)


Argila < 0,002
Silte 0,002 < 0,05
Areia fina 0,05 < 0,2
Areia grossa 0,2 < 2
Tabela *: Fração em relação ao diâmetro.

Para a identificação das classes generalizadas de texturas de solos, utiliza-se o


Manual de métodos de análise de solos (EMBRAPA, 1997);

Estrutura:

A estrutura do solo é analisada e caracterizada sob diferentes pontos de vista, que


encerram dois segmentos distintos, denominados macro e microestrutura. O primeiro
(macroestrutura), é rotineiramente empregado como instrumento de caracterização e
diagnose de solos na área de pedologia, enquanto o segundo tem emprego mais limitado
e/ou específico e é discernível apenas com o auxílio de instrumentos e técnicas especiais.
(IBGE, 2007)

Porosidade:

Refere-se ao volume do solo ocupado pela água e pelo ar. Deverão ser
considerados todos os poros existentes no material, inclusive os resultantes de atividades
de animais e os produzidos pelas raízes. (IBGE, 2007)

Cerosidade:

São concentrações de material inorgânico, na forma de preenchimento de poros


ou de revestimentos de unidades estruturais (agregados ou peds) ou de partículas de
frações grosseiras (grãos de areia, por exemplo), que se apresentam em nível

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macromorfológico com aspecto lustroso e brilho graxo e em nível micromorfológico com
manifestação de anisotropia ótica. Podem ser resultantes de iluviação de argilas e/ou
intemperização de alguns minerais com formação de argilas “in situ”. Incluem-se nesta
condição, todas as ocorrências em suas diversas formas de expressão (clay skins, shiny
peds, cutans, etc.) e também feições mais ou menos brilhantes, verifi cadas na superfície
dos agregados, que não constituem revestimentos. (IBGE, 2007)

Consistência:

Termo usado para designar as manifestações das forças físicas de coesão e adesão
verificadas no solo, conforme variação dos teores de umidade. A terminologia para a
consistência inclui especificações distintas para a descrição em três estados de umidade
padronizados: solo seco, úmido e molhado. A consistência do solo quando seco e úmido
(dureza e friabilidade, respectivamente) deve ser avaliada em material não desagregado.
(IBGE, 2007)

Os resultados obtidos através da análise de diferentes amostras solos coletados na


trincheira e lugares próximos a ela, foi feita com o solo molhado com água, o que nos
permitiu uma melhor avaliação de todos estes aspectos.

Em relação à camada Oo.

Cor: Marrom escuro, indicando a presença de muita matéria orgânica.

Transação entre horizontes: Abrupta, pois a transição é menor que 2,5 cm.

Textura: Apresenta 70% de areia; 30% de argila; de 5% a 10% de silte. Nessa camada a
água sai com mais facilidade devido a quantidade de areia.

Estrutura: Granular, pois não há direção preferencial. Os agregados têm mais ou menos
as mesmas dimensões em todos os eixos.

Porosidade: A camada está mais compactada, pois ela apresenta partículas menores do
solo quando comparada ao horizonte A. Sendo assim, essa camada apresenta pouca
porosidade. Os poros são pequenos.

Cerosidade: Pelo solo ser pouco intemperizado, ele apresenta muita cerosidade. Tem grau
de desenvolvimento fraco.

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Consistência: Pela análise ter sido feita com o solo molhado, apresentou-se
características: ligeiramente pegajoso, e não plástico. Solo seco: solto. No solo úmido:
solto.

Espessura e Arranjamento dos Horizontes: A camada Oo é muito superficial, ela


apresenta visualmente cerca de 0,5 cm.

Em relação à camada O.

Cor: Marrom.

Transição entre horizontes: Difusa porque ela apresenta transição maior que 12,5 cm.

Textura: Apresenta 30% de areia; de 45% a 50% de argila; 25% de matéria grosseira.

Estrutura: Granular.

Porosidade: Poucos poros, solos hidromórficos. Classificado como A.

Cerosidade: Moderada.

Consistência: Levemente pegajoso, não plástico. Solo seco: solto. No solo úmido: solto.

Espessura e arranjamento dos horizontes: 34 cm de espessura.

Em relação à camada A

Cor: Vermelho

Transição em entre os horizontes: Difusa porque ela apresenta transição maior que 12,5
cm.

Textura: Apresenta de 5% a 10% de areia; de 70% a 75% de argila; 60% de cascalho.

Estrutura: Granular.

Porosidade: Poros comuns, podzólicos (argissolos). Classificado como B

Cerosidade: Moderada.

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Consistência: Moderadamente pegajoso, pouco plástico. Solo seco: ligeiramente duro.
Solo úmido: friável.

Espessura e arranjamento dos horizontes: 30cm de espessura.

Em relação à camada B

Cor: Vermelha

Transição em entre os horizontes: Difusa porque ela apresenta transição maior que 12,5
cm.

Textura: Apresenta 5% de areia; 20% de argila; 80% de cascalho.

Estrutura: Granular.

Porosidade: Muito poroso (latossolo). Classificado como C.

Cerosidade: Fraca.

Consistência: Pouco pegajoso, não plástico. Solo seco: Duro. Solo úmido: muito firme.

Espessura e arranjamento dos horizontes: 20 cm de espessura.

Amostra 1

Textura: Apresenta 70% de areia; 40% de argila; de 15% de cascalho.

Amostra 2

Textura: Apresenta 20% de areia; 70% de argila; de 5% a 10% de cascalho.

Essa amostra segura mais água pelo fato de apresentar bastante argila.

Na tabela abaixo são apresentados os resultados de uma forma precisa.

Características Perfil do solo


morfológicas dos Horizontes analisados
perfil observados O Oo A B
em campo
Cor Marrom Marrom Vermelho Vermelho

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Espessura e
arranjamento dos 34 cm ~ 0,5cm 30 cm 20 cm
horizontes
Transição entre os
Difusa Difusa Difusa Difusa
horizontes
Matéria grosseira: Matéria grosseira: Matéria grosseira:
Silte: 0,8%
25% 60% 80%
Textura (%) Areia: 70%
Areia: 30% Areia: 0,8% Areia: 5%
Argila: 30%
Argila: 45% Argila: 73% Argila:20%
Plasticidade
Blocos granulares Blocos granulares Blocos granulares Blocos granulares
Estrutura
e em grumos e em grumos e em grumos e em grumos
Porosidade Pouco porosos Pouco porosos Pouco porosos Pouco porosos
Grau de Grau de Grau de
Grau de
desenvolvimento: desenvolvimento: desenvolvimento:
desenvolvimento:
Cerosidade Forte Forte Forte
Moderada
Quantidade: Quantidade: Quantidade:
Quantidade: Pouco
Comum Comum Comum
Solo seco:
Solo seco: Duro
Solo seco: Solto Solo seco: Solto Ligeiramente duro
Consistência Solo úmido: Muito
Solo úmido: Solto Solo úmido: Solto Solo úmido: Muito
Firme
Friável
Tipo de solo Latossolo Latossolo Latossolo Latossolo
Tabela *: Resultados referente as características morfológicas do perfil do solo na análise da
trincheira.

Durante a atividade foram analisadas outras amostras de solo superficial, a


amostra 1 foi retirada de um local onde apresentava muitas folhas em decomposição
formando matéria orgânica. E a amostra 2 coletada em uma área onde se encontrava um
formigueiro, ou seja, possuía a ação de agentes biológicos. Suas texturas também foram
analisadas como mostra na tabela seguinte.

Textura
Amostra % Matéria
% Areia % Argila
Grosseira
1 70 40 15
2 5 - 10 20 70
Tabela *: Analise da textura nas amostras de solo coletados.

Conclusão

Com todos os dados obtidos nos locais de coleta de informações e amostras e o


que já foi discutido acima podemos dizer que obtivemos um bom resultado na nossa
pesquisa e sobre a análise do solo foi identificado que o solo analisado é um Neossolo
portanto ainda está em formação, nele foi identificado três horizontes, na camada superior
foi encontrado uma grande quantidade de material orgânico, camada superior de 45% a

19
50% de argila 30% de areia e cascalhos, camada média tem presença de muito cascalho
cerca de 60% e 5,10% de areia e muita argila 70,15%, já na camada inferior bastante
cascalho menos argila 20% areia 5%.

A trincheira foi de grande utilidade para a identificação de horizontes dos tipos de


solos coleta de amostras. Com isso foi possível foi possível fazer a análise do solo da
Universidade Federal de Rondonópolis.

Referências
GUIA rápido sobre Análise de Solo. 2017.Disponível em: http://apagri.com.br/sem-
categoria/guia-rapido-sobre-analise-de-solo/. Acesso em: 31 mar. 2019.

O QUE é o Solo?. 2013. Disponível em: http://gaiaufvjm.blogspot.com/2013/01/o-que-


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