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Δ POLÍTICA SOCIAL II – 25.

04 Δ
recapitulação do 1º período de 30/43 em termos econômico, político e social
- evidencia um crescimento econômico alto; desenvolvimento de setores da indústria; vai se
complexificando também o que chamamos de classe trabalhadora, mas especificamente a classe operária
brasileira (aumento número e na sua formação econômico política e a inauguração de uma forma política
específica que vai determinar as relações entre as forças, ideia de colaboração de classe)
- quando se diz que há uma complexificação entre as forças sociais, porque se complexifica as classes
dominantes, não são mais apenas as classes tradicionais, proprietárias de terra – agora há mais
integrantes: setores industriais novos / complexificação urbana maior, isto leva a também uma
diversificação nas forças sociais e por isso, especificamente, no governo de Getúlio, ele inaugura uma
estratégia, em que ao invés de ser o enfrentamento entre as classes, que é o caminho que essas forças
levariam, a um enfrentamento entre diversas classe sociais no interior do grupo de diversas classes, ele vai
trazer uma colaboração de classes, que ao invés de gerar o enfrentamento, ele vai administrar o conflito
através de uma categoria denominada como colaboração de classe através de cooptação;
- a colaboração de classes é uma estratégia política, que se faz através da cooptação e esta em geral se
concretiza através da cooptação de lideranças. Ou, uma outra estratégia pode ser a eliminação de
lideranças.
- desenvolvimento da estrutura estatal pública

Como as políticas sociais começam a se desenvolver em função dessa conjuntura:


- as políticas sociais se definem a partir do desenvolvimento estrutural e político, e não o contrário.

ÁREAS POLÍTICA SOCIAL 30/45 - introdução dividida em 3 áreas:


Principais áreas que foram desenvolvidas e que marcarão as características mais expressivas desse
período:

a) Cobertura de riscos do trabalho

• A área do trabalho, desde a década de 30, foi muito cara para o governo. As primeiras formas de
intervenção do Estado de forma mais sistemática e constante se deu na intervenção e relação ao
controle, regulação, administração da força de trabalho. Isto tem um motivo, é o grande
desenvolvimento que a força de trabalho urbana estava tendo desde o início do século, toda
conjuntura do desenvolvimento das primeiras formas de industrialização, em condições precárias, a
urbanização, a questão do uso dos transportes, da mercadoria, o desenvolvimento agroexportador
juntamente com o desenvolvimento das primeiras formas industriais, complexificando as estruturas
econômicas e as cidades – tudo isso aumenta em quantidade a qualidade da classe trabalhadora
(aumento em número com trabalhadores imigrantes internos e externos e em qualidade quanto à
consciência política)
• A intervenção na cobertura de riscos do trabalho começa antes de 30, há duas intervenções que
vão se tornar constantes, que são:
-1919: acidente de trabalho
-1923: cobertura previdenciária (Lei Eloy Chaves)
- a questão do trabalho começou a ser uma questão fundamental e de administração obrigatória e
os trabalhadores, a partir da sua complexificação, começam a fazer pressão, tensão.
- ambas as intervenções estatais pública têm a ver com os episódios de greve e de tensão
trabalhista (1917/1919)
• Entre 1919 e 1920, em muitos países tanto americanos como europeus, surgem a ideia de proteção
do acidente; é uma das primeiras manifestações da questão social que os Estados-nação se
encarregam de proteger
• Os Estados passam a obrigar as empresas, através de uma legislação, a se fazer responsáveis pelos
trabalhadores que sofrem algum tipo de acidente/ a partir da década de 1930, o Estado se
manifesta constantemente, num momento ele controle, no outro ele começa a se tornar assíduo
nas questões do acidente de trabalho.
• O acidente de trabalho é uma proteção aos riscos de trabalho, que tem muitas idas e vindas, em
relação que ela é em alguns momentos uma responsabilidade pública e em outro momento uma
responsabilidade privada. A história do acidente do trabalho começa com uma oferta privada, as
empresas que têm responsabilidade de proteger o trabalhador pois se considera que a empresa é
responsável. Só que isso não acontece se o Estado não está vigiando com uma legislação e
obrigando as empresas a fazerem isso. É uma medida pública, mas com atenção privada. Isso vai
mudando com a história, depois o Estado vai se responsabilizar, depois vai para a previdência e sai
e vai de novo para empresa...
• Mas a partir daqui temos outro elemento, não vai ser só o reclamo do trabalhador que vai levar a
esta responsabilidade empresarial pelo acidente, não vai ser só a greve, a manifestação, a pressão,
a tensão dos trabalhadores. Vai também surgir pressões por parte das empresas, que se questiona
porque ela é responsável por esta questão do trabalho. Há tensões para com o Estado dos dois
lados: empresarial e trabalhador.
* socialização dos custos: uma das funções fundamentais das políticas sociais, porque é um ganho
do empresariado quando eles começam a reclamar porque eles têm de arcar com os custos do
acidente ou da reprodução da força de trabalho.
• Lei Eloy Chaves(1923): Essa legislação também tem a ver com todas as manifestações e tensões
produzidas pelos trabalhadores organizados entre a década de 10 e 20. As principais demandas dos
trabalhadores deste momento são: aumentos de salário e melhores condições de salário (demandas
tradicionais e constantes de qualquer movimento dos trabalhadores, que com o tempo vão se
complexificando). Como condição de trabalho também aparece a questão do acidente que ficou
“resolvido” em 1919. Eloy chaves apresenta um projeto de previdência: a proteção previdenciária,
com 4 riscos específicos: doença, velhice, morte e invalidez.
• De onde surge a forma de organização da proteção? Temos duas vias para entender esta proposta.
A primeira via: as classes dominantes brasileiras têm conexões com o mundo todo e nesse
momento e mais para frente se dá um fenômeno chamado de “efeito demonstração”. O efeito
demonstração significa que você vai observar experiências de outros países ou de outras regiões,
de acordos e objetivos que queremos, e são importadas de alguma forma para aquilo que tem
interesse nesse momento (trazer modelos de fora e incorporá-los na experiência interna ou
nacional). Só que nem todas as experiências que dão certo internacionalmente têm que ser
implementadas aqui, pois há um outro elemento bastante importante que é, qualquer outra
experiência que se traga de fora, tem-se que particulariza-la, isto é, colocar os elementos
conjunturais, culturais e econômico para mediar como ela vai ser implementada aqui.

sistema ainda privado no sentido que em ser responsabilidade da sociedade civil, dos trabalhadores
e fundamentalmente ele não é público porque não é o Estado que vai financiar. No primeiro
momento são os trabalhadores e os empresariados (financiamento duplo), de novo, financiando a
proteção dos trabalhadores, que significa a reprodução deles. O Estado nesse momento é apenas
regulador. Consequentemente, vemos que o empregador vai reclamar pela socialização dos custos,
isto é, que a sociedade no todo se responsabilize. Em 1923, apresenta esta legislação, onde vai
surgir a primeira forma de proteção operária, que são as caixas de aposentadorias e pensões e elas
terão quatro riscos, já citados, para serem protegidos: velhice, quando os trabalhadores já não
podem trabalhar por já estarem em idade avançada; invalidez, quando o trabalhador tem um
acidente ou uma doença tal que já não pode mais trabalhar; a questão da morte, onde entra a
pensão; doença, quando fica afastando temporariamente, e tem algum tipo de assistência nessa
situação.
- modelo corporativo = determinados grupos específicos são protegidos.

A segunda via, ou o segundo elemento, importante, são as caixas de aposentadorias e pensões,


que se organizam no interior de cada empresa e começam com algumas empresas específicas. As
empresas são a partir de agora obrigadas/chamadas a organizar as caixas de aposentadorias e
pensões dentro do seu local específico. Agora, há determinas empresas que são as primeiras a
serem convocadas para esse tipo de proteção: empresas ferroviárias e portuárias, depois virão os
comerciais, industriais.
* Organização dos trabalhadores de autoproteção = os trabalhadores se autoprotegiam em alguns
momentos com a criação de uma espécie de caixinhas dentro das empresas, onde cada um deles
colocava uma parte do salário (mútuas). Mútuas se relaciona de trabalhador para trabalhador
dentro de uma mesma empresa (onde começa a ideia de solidariedade entre os trabalhadores).
- De 1923 a 1933, funcionaram essas caixas. Em 33, Getúlio muda essa forma na sua ideia de
colaboração de classe, vai ter outra estrutura política que é a ideia de que ao invés de organizar os
trabalhadores por empresa, se organizem por sindicatos (áreas de produção). São criados os
Institutos de aposentadoria e pensão, organizado por categoria de produção e conectado ao
sindicato. Aqui há dois elementos muito importantes: a complexificação da classe operária (cada
vez mais organizados e representativos) e a ideia de regulação da força de trabalho através da
negociação, negação do conflito, da colaboração de classe. E os institutos serão elementos chave
da política brasileira. Neste momento, o controle político do trabalhador e o desenvolvimento
econômico do trabalhador, são fundamentais para o desenvolvimento do país. Então a ideia de que
o Estado possa ser responsável pela reprodução da força de trabalho e controle político do
trabalhador organizado, são dois elementos fundamentais para a organização do desenvolvimento
brasileira. Ressaltando aqui a importância que tem a política social brasileira no desenvolvimento da
classe, porque através dela você desenvolve economicamente e politicamente esse trabalhador.

Neste momento, o trabalhador rural não é lembrado, não existe a proteção do trabalhador rural
(apenas a partir de 1960). Havia organização do trabalhador rural mas não era suficientemente
ameaçadora para ser considerado como trabalhador a ser incorporado na política social (não tinha a
mesma força política que o trabalhador urbano). As condições do trabalhador urbano não são as
mesmas do trabalhador rural, para o trabalhador rural se conectar, ele tem de andar de uma
fazenda para outra. E não é qualquer trabalhador urbano que é primeiramente protegido. São as
duas atividades fundamentais: ferroviários e portuários. O sistema tenta atingir o trabalhador
central para o desenvolvimento econômico desse momento. Há medida que o tempo vai passando,
outros trabalhadores vão sendo incorporados a esses institutos, que tem a ver também com a
importância deles no desenvolvimento econômico: os terceiros, os industriários; quarto, comerciais;
quinto, os bancários. À medida que os trabalhadores vão se desenvolvendo e essas atividades vão
sendo fundamentais para o desenvolvimento do Brasil, eles se organizam de forma melhor e
começam a ser incorporados nos institutos através de seus sindicatos.

O desenvolvimento da proteção dos trabalhadores, ou seja, incorporação aos institutos depende da


importância econômica da atividade no projeto de desenvolvimento geral e a força política do grupo
de trabalhador e sindicato organizado. Quanto mais agitado, quanto mais tensão se produz estes
sindicados e, portanto, com a ameaça da tomada política, são incorporados no instituto, a fim de
controlar o trabalhador e reproduz a força de trabalho e acalma a tensão. Isso faz parte da
estratégia de colaboração de classe.
- A conjuntura e a estrutura econômica política é a que determina o surgimento da política social.
• A partir de 1933, já podemos considerar que se forma no Brasil, que se constrói, claro que com
seus antecedentes (caixas), de sistema nacional e público de proteção ao trabalho. No IAP, o
Estado participa não somente como controlador. Quem administra o Instituto é o sindicato. Então,
na verdade, o Estado tem o controle da reprodução da força de trabalho através do sindicato que
administra o IAP. IAP = regula o dinheiro e distribui. Portanto, quem vai ter o poder econômico do
instituto é o sindicato e o governo controla o trabalhador, controlando o instituto, mas na verdade
se controla o sindicato. Porque é o sindicato que controla a proteção do trabalhador.
O trabalhador brasileiro se resiste à forma atrelada ao Estado, há constantemente tensões.
O Estado vai atrair o trabalhador com a ideia de cooptação e colaboração de classe ou é eliminado,
ou enfrenta-lo na violência, na política. Nesse caso, plano de desenvolvimento getulista de
colaborar já que o trabalhador era fundamental para a organização do projeto do regime. Que é
organização do modelo de industrialização por substituição de importações.

A política social foi uma parte de todo esse projeto, e os instituto, que só vão ser a primeira forma
de sistema nacional de proteção ao trabalho, forma uma parte da política geral do projeto nacional
do desenvolvimento. Assim como a previdência é hoje, sobre outros termos, em que ela é parte do
projeto nacional; só que ela é uma parte do projeto porque é vista como fonte de renda para
valorizar o capital e não para proteger e acalmar o trabalhador.
Os institutos vão cobrir os 4 riscos. - como serão protegidas as categorias economicamente mais
importantes e as categorias de trabalhadores politicamente mais organizados. Há uma lógica de
seguro também, o Estado começa a ter algum tipo de participação, não formal, mas já está inserido
em todos os institutos. Estes são administrados pelo trabalhador através dos sindicatos, isto
possibilita a cooptação de lideranças.
- Os IAP’s se desenvolvem de forma diferenciadas um dos outros, não há uma legislação que
unifique/uniformize as práticas dos institutos. Cada IAP, através do sindicato, negocia diretamente
com o Ministério do trabalho: quais são os benefícios, quais as contribuições dos trabalhadores. E
isto se dá no poder de barganha de cada categoria. Se o sindicato de ferroviário está mais agitado,
politicamente consciente, pressionava mais, tensiona mais as relações políticas, a negociação era
oferecer mais benefícios, uma contribuição menor para cada trabalhador, vantagens maiores; a
negociação era individual, não com o trabalhador, mas com cada instituto. Então cada instituto se
desenvolve de forma independente, não há nenhuma regra por parte do Estado que todos os
trabalhadores vão contribuir com tanto e todos receberão tais benefícios especificamente. Isto
também fragmenta a luta e, de alguma maneira, segmenta cada relação, cada instituto com o
ministério.
O Estado está preocupada com a contenção de conflitos/tensões e um elemento muito importante
também, é que, financeiramente, os Institutos vão acumulando dinheiro. É um sistema que está
nascendo, se tem 10 anos entre as caixas e as criações de institutos, e nesses 10 anos, os
trabalhadores estão começando a contribuir e eles vão se aposentando. É um sistema que está
acumulando recursos e que são administrados pelos sindicatos, que têm o poder, a organização
política, administrativa do sindicato e instituto.

Instituto -> sindicato -> ministério -> presidência


Colocando tanto as políticas de aposentadoria e pensões quanto a de saúde para o trab. urbano
formal a partir de 32 com carteira assinada.
• neste momento a maioria dos trab. não estão na cidade, em termo de quantidade ainda estão na
zona rural; depois da década 50/60 é que se começa uma modificação em termo das migrações
internas.
• entender as políticas sociais a partir da configuração da classe trab. em termos de onde ela se situa
e como está organizada;
• categorias que foram cronologicamente sendo protegidas: trab. ferroviários, marítimo, industriário,

b) Proteção à saúde
Quando se forma uma política nacional de saúde, a ideia desta formação tem todo um arcabouço
jurídico, isto é, legal, e tem todo um arcabouçou estrutural de prédios, ministério, secretarias, edifícios.
E toda uma conformação da burocracia que vai administrar estas instituições nacionais. Então isso é o
que conforma um sistema nacional, onde previdência, ou na verdade, aposentadorias de pensões ou de
proteção ao trabalho, está representado os IAP’S. O sistema nacional de saúde vai ficar representado
pelo ministério, criado em 1930, no mesmo momento em que é criado o ministério do trabalho. Os
sistemas nacionais de políticas sociais mais importantes (saúde, trabalho e educação) são criados no
mesmo momento, não por acaso, é o mesmo momento de conformação do Estado brasileiro moderno,
da estrutura estatal brasileira, por uma racionalidade burocrática. A saúde pública está conformada,
ainda, com campanhas sanitárias (antes de 30 - limpeza das cidades, vacinação da população, controle
da higiene). Cria-se, a partir do ministério de saúde, em 1937, o departamento nacional de saúde. E,
por outro lado, a dimensão da medicina previdenciária, que está incluída nos institutos, que é apenas,
até então, para a classe trabalhadora urbana com carteira assinada. O ministério de educação e saúde
também tem um conselho nacional de educação e um conselho consultivo de ensino comercial. Isto é
importante pois o ministério é a instituição superior e ele contém secretarias e conselhos tanto de
educação quanto de saúde no seu interior. A proteção, em termos política social e a nível nacional,
cobria um mínimo da população, a maior parte dela estava desprotegida.

c) Atendimento assistencial

A assistência sempre aparece, na sua história e depois nas consequências e implicações, como uma
política menor, muito fragmentada, muito diversificada, indefinida na sua configuração e estrutura. Até
1952, o Brasil tem atendimentos assistenciais exclusivamente a partir da filantropia religiosa e da boa
vontade das primeiras damas. A assistência tem toda uma configuração, que não é por é acaso que ela
simplificou até determinado tempo, mas ainda continua por uma linha de análise com uma conexão
menor, uma política secundária, de um atendimento precário, ela é subordinada a outras políticas. Isto
não é por acaso, um dos elementos que dá essa característica é a sua população alvo, o trabalhador
que tem alguma dificuldade (física, mental) para ingressar no mercado de trabalho, ou aquele
trabalhador que não consegue emprego, que forma parte da várias das expressões da questão social, é
um trabalhador que não é organizado, é um trabalhador que o modelo de desenvolvimento da época
não estava interessado, ou porque mora na região rural ou porque ele forma parte núcleo de
trabalhadores que não pode ingressar no trabalho por algum motivo. Então a própria política já reflete
um atendimento que é para uma população específica.
Outro elemento importante, que tem a ver com a ideia de quem tradicionalmente atende essa
população, nesse momento é a igreja, que são a filantropia, uma questão do ser moral, não por uma
questão de responsabilidade pela força de trabalho desocupada. Em nenhum momento se maneja a
ideia de que a Igreja está colaborando com o modelo de desenvolvimento brasileiro porque atende em
alguma medida o trabalhador pobre. A Igreja maneja uma questão religiosa de ajudar o próximo e a
filantropia por uma questão moral. Então, temos aqui elementos para indicar que a política social está
organizada de uma forma específica. Isto se expressa até 1942, quando se funda a Legião Brasileira de
Assistência com o objetivo de ajudar as famílias dos soldados enviados à Segunda Guerra Mundial.

O Estado tem instrumento de intervenção, os quais são as políticas sociais que vêm atender as
manifestações da questão social e dependendo de qual é a manifestação e qual população que a
manifesta, são instrumentos diferenciados. A relação que se estabelece, então, através da política
social entre o Estado e a população, a sociedade civil, é bem diferente. Com uma população se
estabelece um tipo de relação através de uma política, com outra, se estabelece outra relação com
outra política. Até hoje, mesmo que toda a história das políticas tenha tentado eliminar essa divisão,
não temos conseguido, pois ainda tem trabalhador formal atrelado a previdência e o trabalhador
informal, desempregado ou incapacitado, com a assistência, com programas com os quais se
estabelece relações diferentes entre a população e o Estado através da política.
- com os trabalhadores formais é uma relação de cooptação, de acalmar conflitos, de colaboração de
classes, manipulação desses trabalhadores através das instituições ou de organização, de colocar uma
legislação que flexibilize a participação do Estado no interior do sindicato ou de violência, eliminando
lideranças.
- com a população da assistência, a relação de tutela, paternalismo, fragmentação de instituições
(instituições religiosas, filantrópicas, primeira-dama que formam a LBA);
A LBA só aglutinava, numa instituição só, todas aquelas instituições que existiam na sociedade civil e
as administra; é uma política fragmentada, sedimentada institucionalmente e quanto as populações que
vão atender, por isso também vai configurando toda uma política como se fosse de segundo grau, uma
política que fica mais precária. Isto também vai se repetir através da História até a década de 88 onde
a assistência vai adquirir um status maior em termos de legislação e arcabouço institucional. No
entanto, na prática, continua produzindo valores de favor, clientelismo e outros
- caráter assistencialista, de ajuda
- serviço social tem uma inserção importante, na previdência ele é inserido exclusivamente para uma
adaptação do trabalhador à própria instituição - o assistente social não vai promover nenhum tipo de
tensão com o trabalhador dentro do IAP, ao contrário, vai trabalhar com esta adaptação do trabalhador
- serviço social tradicional – positivista, ligado à Igreja
- a assistência pode ser caracterizada como filantrópica e religiosa, só que agora o Estado assume a
administração de todas as instituições fragmentadas;
- os instrumentos antecedentes às políticas sociais não poderiam ser tratadas como políticas porque o
Estado ainda não é o que manifesta responsabilidade pelo atendimento das expressões da questão
social de forma contínua e sistemática; mas a partir da década de 1930, pode-se considerar o
surgimento das políticas sociais brasileiras quando se conformam todo o arcabouço legal institucional e
podemos chamar estas 3 áreas (educação, saúde, previdência) como políticas nacionais de proteção.

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