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Resumo: O padrão TCP/IP é uma das arquiteturas mais difundidas para comunicação a longa
distância envolvendo computadores. Assim, tentando uma padronização das redes industriais
adotou-se há alguns anos tal padrão no meio industrial, dando origem às redes Ethernet
industriais.
Hoje, existem quatorze redes Ethernet industriais já comercializadas em todo o
mundo. As principais são: Profinet, Ethernet IP e HSE (High Speed Ethernet).
O artigo explora parte desta tecnologia voltada para os ambientes industriais, chamada
de Ethernet industrial. Evidencia os principais protocolos do mercado, suas características e
aplicações principais.
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1 - A Evolução dos Fieldbuses
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• Tipo 7 — SwiftNet
• Tipo 8 — WorldFIP
Mesmo estes padrões não abrangiam todas as aplicações na indústria. Mais tarde,
[6]
então, foi criada a IEC 61784 como uma definição dos chamados “perfis” e ao mesmo
tempo foram corrigidas as especificações de IEC 61158. A Tabela 1 mostra os padrões com
os perfis.
Tabela 1 - Padrões e protocolos de acordo com a IEC 61784 e IEC 61158 [5]
Como pode ser observado na Tabela 1, os padrões para vários protocolos de Ethernet
já foram incluídos. Estes padrões usam o meio físico da Ethernet bem como os protocolos IP,
TCP e UDP.
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Devicenet e Controlnet, e o HSE High Speed Ethernet da Fieldbus Foundation (que
interconecta as redes H1) são exemplo e padrões, conforme apresentados na Tabela 1.
Com a existência de uma grande quantidade de soluções para Ethernet Industrial,
acabou-se por não ter a interoperabilidade desejada. Isto porque cada fabricante ou grupo
desenvolveu suas soluções incompatíveis com os demais, por exemplo, Profinet da associação
Profibus não se comunica com o Ethernet/IP da ODVA.
De uma forma ou outra a Ethernet conseguiu sua penetração no ambiente industrial,
porém alguns problemas começaram a surgir nesta fase inicial.
No principio a Ethernet não foi considerada ideal para a industrial por não ser
determinística. [6] No meio de acesso ao sistema CSMA/CD [9] as colisões são detectadas e em
seguida há contagem de tempo aleatória para uma nova transmissão. Este método não parecia
uma solução muito atraente para a indústria porque não se garantia realmente que os dados
fossem realmente transmitidos. Podem ocorrer várias colisões sucessivas e algumas
informações podem perder sua importância durante este tempo em que ocorrem os conflitos.
O uso do switch amenizou este problema. [6]
O switch é composto de várias portas com buffer mantendo o controle de colisão,
especificada no método CSMA/CD. Se houver duas transmissões simultâneas, como o switch
tem portas independentes, pode-se transmitir o frame de uma porta e guardar o frame da outra
em um buffer para ser transmitida posteriormente. Assim, assegura-se que sempre um dado
transmitido vai chegar ao seu destino. Desta forma, a Ethernet teve realmente uma chance
mais concreta de penetrar no chão-de-fábrica e se havia alguma duvida da sua participação na
indústria [10], hoje sua presença no chão-de-fábrica é um fato concreto.
Mesmo com o uso de switchs, eventuais colisões poderiam acontecer: se houvesse um
broadcasting no switch, poderia haver eventuais colisões com um dispositivo transmitindo
numa mesma porta. Para resolver mais este problema, o sistema full duplex foi aplicado, onde
há um canal de transmissão e um canal de recepção, evitando assim a situação citada
anteriormente, pois mesmo que o switch dê um broadcasting e um dispositivo transmita neste
mesmo momento, eles estariam fisicamente em conexões diferentes e desta forma não
ocorreria colisão. Assim a Ethernet pode ser considerada mais aplicável ao ambiente
industrial. [11]
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1.3. As vantagens e desvantagens da Ethernet na Indústria
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dispositivo industrial exigirá outros testes funcionais e também normas mais exigentes para se
obter as certificações necessárias para a venda de dispositivos no chão-de-fábrica. O que
aconteceu com isto é que, em geral, os testes feitos em fieldbuses como vibração,
temperatura, EMC tem de ser feitos também em dispositivos para Ethernet usados na
indústria.
1.4.1. Conectores
1.5.1. Ethernet/IP
Ethernet Industrial Protocol (Ethernet/IP) [14] é um padrão de rede industrial aberto que
suporta mensagem em tempo real e troca de mensagens. O Ethernet/IP usa o chip de
comunicação Ethernet padrão e também o mesmo meio físico.
1.5.1.1. Comunicação
A CIP provê uma grande quantidade de padrões e serviços de acesso de dados e para
controle de dispositivos na rede via as chamadas mensagens “implícitas” e “explícitas”
mostradas na Figura 3. O pacote de dados CIP pode ser encapsulado antes que eles sejam
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enviados via Ethernet e é inserido um cabeçalho no datagrama que depende da característica
do serviço.
A Figura 3 mostra como os dados são enviados para rede usando-se o protocolo UDP
ou o protocolo TCP.
• A Transferência de dados não crítica – tipicamente pacotes grandes, conexões
explícitas de um produtor para um consumidor. Os pacotes de Informações usam o
protocolo TCP/IP e tem a vantagem das características de tratamento de dados do
TCP, ou seja, sendo orientados a conexão garante o envio e o recebimento dos dados.
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Figura 4 - Configuração Típica [15]
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No tipo de aplicação da Figura 4, pode-se notar que todos os dispositivos têm conexão
com a rede Ethernet/IP. [15]
Na utilização de Flex I/Os, por exemplo, esta família de dispositivos [15] tem interfaces
que podem se comunicar com Devicenet (ODVA) e Ethernet/IP. Assim, as antigas interfaces
Devicenet, que tem possibilidade, podem ser trocadas gradativamente por interfaces
Ethernet/IP.
1.5.2. Profinet
Profinet I/O distingue-se em três tipos de dispositivo: Controlador I/O, Dispositivo I/O
e Supervisor I/O:
• Controlador I/O: Controlador no qual o programa de automatização é executado.
• Dispositivo I/O: dispositivo de campo remoto que é designado para um
Controlador I/O.
• IO-Supervisor: Dispositivo/PC programável que comissiona e tem funções de
diagnósticos
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1.5.2.1. Dispositivos de campo distribuídos (Profinet I/O)
Dispositivos de campo distribuídos são integrados através do Profinet I/O. Ele usa a
visão convencional do I/O do Profibus DP, de acordo com o qual os dados do I/O do
dispositivo de campo são ciclicamente transmitidos para a imagem do CLP.
[16]
Profinet I/O descreve um modelo de dispositivo que é baseado em características
chaves do Profibus DP e inclui slots e canais. As características dos dispositivos de campo são
descritas via um GSD (General Station Description) [18] em uma base XML.
Para a integração de outros dispositivos e outros fieldbus, o Profinet tem o Proxy: ele
funciona como um gateway e assim transfere dados deste fieldbuses para o Profinet onde o
controle é implementado. Vale lembrar que existe um padrão especifico para este Proxy e
[19]
desta forma os únicos existentes até o momento são para o Profibus DP e para o Interbus
conforme mostrado na Figura 6.
1.5.2.3. Comunicação
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Figura 7 - Tempo de resposta [17]
De acordo com Figura 7, cada etapa do processo tem um tipo de comunicação diferente.
Para a comunicação de dados e parâmetros que não exijam tempo de resposta crítico, o
Profinet usa o TCP (Figura 7). Para dados com tempo de resposta de 10 ms (Figura 8) é usado
o UDP por ser mais rápido que o TCP.
Para dados com tempo de resposta muito pequenos, é utilizado uma comunicação
especial que é chamada isócrona. Este encapsulamento é feito através de um bypass na
camada de encapsulamento IP, conforme Figura 8. Assim o dado será mais rapidamente
processado e enviado, pois há duas camadas a menos no protocolo.
A desvantagem deste tipo de implementação é a necessidade de um hardware dedicado
deixando o Profinet não totalmente compatível com os sistemas normais Ethernet. [20]
A Fieldbus Foundation tem a solução HSE para a rede Ethernet. Conforme já mostrado
na Tabela 1, o H1 e o HSE são subclasses da IEC 61158.
A função desta rede não seria substituir as redes H1 existentes (rede convencional
[21]
Fieldbus Foundation), mas interconectá-las e liga-las a sistemas de supervisão. Esta rede
[22]
usa UDP/IP sobre as camadas de enlace Ethernet.
12
Figura 9 - H1 e HSE [21]
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• O Gateway Device (GD) é um nó HSE para conectar uma ou mais redes externas à
HSE.
• O Ethernet Device (ED) é um nó HSE com condições de conexão direta às
aplicações de controle e medição.
1.5.3.2. Comunicação
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2. CONCLUSÃO
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3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] LOPEZ, Ricardo Aldabó. Sistemas de Redes para controle e Automação. Editora
Express. 2000.
[6] FELSER, Max, SAUTER, Thilo. The Fieldbus War: History or Short Break
Between Battles? 4th IEEE International Workshop on Factory Communication System,
Vasteras, Sweded. Ago. 2002
[9] 802.3 IEEE Standard for Information technology Telecommunications and information
exchange between systems. Local and metropolitan area networks — Specific
requirements Part 3: Carrier sense multiple access with collision detection
(CSMA/CD) access method and physical layer specifications. IEEE 2002.
[11] CRWKETT, Neil. Connecting the Factory Floor. Business Development Director,
Manufacturing Sector, Cisco Systems EMEA. IEE Manufacturing Engeneer, Jun. 2003.
[12] INDUSTRIAL ETHERNET BOOK, edição 10. Connectors for harsh conditions.
Jun. 2002.
16
[14] ETHERNET/IP. Specification Release 1.0. Disponível no site: www.odva.org.
Acesso em Jun. 2001.
[15] www.ab.com/en/epub/catalogs/12762/2181376/214372/1810894/3404056/tab7.html
Allen Bradley. Acesso em Ago. 2005.
[16] IEC/PAS 62411 Ed. 1.0:2005. Real-time Ethernet PROFINET IO. Jun. 2005
[18] POPP, Manfred; WEBBWE, Karl. The Rapid Way to Profinet, Nov. 2004.
[22] SILVA NETO, Eugenio F. da; BERRIE, Peter G. High Speed Ethernet - Promoting
openness in hybrid control. Endress+Hauser Process Solutions AG, atp international. Abr.
2006. Pág. 39-45.
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