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Sistema Único de Saúde

1. Princípios do SUS:
Dividem-se em Doutrinários e Organizacionais.

Os Princípios Doutrinários são:

 Universalidade: quer dizer que todos têm direito, independentemente


de renda, sexo, idade, classe social, religião e cor.
 Equidade: é você garantir a universalidade considerando as diferenças.
Para um atendimento adequado e de qualidade para o usuário é preciso
considerar as diferenças.
 Integralidade: diz respeito à integralidade da atenção dentro Sistema de
Saúde, considerando os três níveis de atenção: Primária, Secundária e
Terciária. Esse princípio considera também o indivíduo nas suas características
Biopsicossociais e espirituais, ou seja, considerando todas as necessidades de
saúde desse indivíduo.

OBS.:

No nível primário, conhecido como a porta de entrada no SUS, estão as Unidades Básicas de
Saúde (UBSs). Nessa etapa são marcadas consultas e exames básicos, como hemogramas, além
da realização de procedimentos simples, como curativos. Os profissionais se articulam para
atuar não apenas na UBS, mas também em diversos espaços da comunidade (como centros
comunitários e escolas), além de fazerem visitas domiciliares às famílias.

As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), hospitais e outras unidades de atendimento


especializado ou de média complexidade, inclusive de urgência e emergência, compõem o nível
secundário de gestão da Saúde Pública. A organização desse nível é feita com base em macro e
microrregiões de cada Estado, devendo apresentar tanto ambulatórios como hospitais.

No nível terciário estão os hospitais de grande porte, que atendem alta complexidade. O
objetivo é garantir que procedimentos para a manutenção dos sinais vitais sejam realizados,
dando suporte para a preservação da vida sempre que preciso. Nesse nível existem tecnologias
médicas e profissionais capazes de atender a situações que, no nível secundário, não puderam
ser tratadas por serem casos mais raros ou complexos.

Já os Princípios Organizacionais são:

 Descentralização: quer dizer tirar do centro. A gestão da saúde, que


anteriormente era centrada no Governo Federal, hoje, com o Sistema Único de
Saúde, foi descentralizada para Estados e Municípios.
 Regionalização: é organizar a rede de atenção à saúde considerando as
características semelhantes, e também considerando a rede de atenção à
saúde, características populacionais, situação de saúde, indicadores e outros
fatores.
 Hierarquização: quer dizer que a minha rede de atenção à saúde deve ser
organizada em serviços de níveis de complexidade diferenciados e garantir
formas de acesso a serviços que façam parte da complexidade requerida pelo
caso, nos limites dos recursos disponíveis numa dada região (atenção primária
a saúde; Serviços de atenção secundária a saúde; Serviços de atenção terciária
a saúde).
 Há ainda o Controle Social que um é princípio do SUS que está relacionado à
participação da comunidade no sistema, na formulação das políticas e na
fiscalização e implementação dessas políticas. Esse princípio pode ser
considerado organizacional ou doutrinário.

2. Principais Leis da legislação do SUS:

 Lei 8.080 de 1990: conhecida também como “Lei Orgânica da Saúde”, ela
dispõe sobre as condições de promoção, proteção e recuperação da
saúde; e da organização e funcionamento dos serviços. Ela diz respeito à
regulamentação e à organização e funcionamento do Sistema Único de
Saúde.
Está disposto nessa lei que todos têm direito a saúde. O SUS é Universal. É
também dever do Estado a garantia dessa saúde e ele precisa desenvolver,
formular e executar políticas econômicas e sociais, para garantir esse direito.
Na Lei 8.080 a saúde também aparece relacionada a fatores Determinantes e
Condicionantes, que são os fatores que condicionam e determinam a saúde, tais
com: educação, lazer, moradia, saneamento, transporte e outros. Entendendo
a saúde não mais como ausência de doença, mas como uma série de fatores
que, relacionados, promovem saúde.

 Lei 8.142 de 28 de dezembro de 1990: dispõe sobre a participação da


comunidade na gestão do SUS e sobre a transferência
intergovernamentais de recursos financeiros na área de saúde. Cada
esfera de governo deve contar com instâncias colegiadas com participação
da comunidade. Quais são elas: Conferências de Saúde e Conselhos de
Saúde.
 Conselho de Saúde é o órgão que vai fiscalizar a implementação e utilização
dos recursos de forma geral, acontece mensalmente.
 Conferências de Saúde é responsável pela formulação de novas propostas
para o Sistema Único de Saúde, que acontece a cada 4 anos.

Essa lei também trata a questão do Financiamento do Sistema Único de Saúde.


Diz respeito à transferência regular e automática de recursos do Governo
Federal para Estados e Municípios e Distrito Federal.

 Pacto pela Saúde de 2006: nova proposta de organização do sistema, de


uma gestão compartilhada e solidária considerando as diferenças
regionais, a organização de regiões sanitárias, de modo a garantir um
atendimento integral de qualidade ao indivíduo. Ele promove também
mecanismos de cogestão e planejamento regional, fortalece o controle
social, e vem com uma proposta de cooperação técnica entre os gestores.
Este pacto estabelece uma lógica realmente de cooperação, com
Financiamento Tripartite estimulado a partir de critérios de Equidade, ou seja,
considerando diferenças regionais dentro do nosso grande País pra que seja
feita a transferência de recursos financeiros.
O Pacto pela Saúde tem duas Legislações fundamentais que são duas portarias:

 Portaria 399 de 22 de fevereiro de 2006 que organiza o Pacto pela Saúde em


três dimensões:
 Pacto pela Vida: diz respeito ao compromisso da prioridade do pacto
com a saúde da população, ai nesse pacto nós vamos discutir
indicadores e metas pra mudança de situação de saúde.
 Pacto em Defesa do SUS: ele vem com uma força ideológica pra
resgatar um sistema de saúde que foi criado na década de 80 e que
precisa a cada dia ser fortalecido, principalmente pelo controle social
e a garantia de recursos financeiros.
 Pacto de Gestão do SUS: define responsabilidades sanitárias para os
gestores criando novos espaços de cogestão.

 Portaria 699 de 30 de Março de 2006 que regulamenta as diretrizes


operacionais do pacto pela vida e do Pacto de gestão, orienta a sua
implementação, além de instituir o termo de compromisso de gestão.

 Decreto 7.508 de 28 de junho de 2011: é a Legislação mais nova do Sistema


Único de Saúde regulamenta a Lei 8.080 de 1990. Ele traz novos termos e
também resgata alguns já existentes que precisam ser fortalecidos.

O decreto dispõe sobre:

 Região de saúde;
 Contrato organizativo de ação pública;
 Portas de entrada;
 Comissões Intergestores;
 Mapa da saúde;
 Rede de atenção à saúde;
 Serviços especiais de acesso aberto;
 Protocolo clínico e diretriz terapêutica;
 Relação nacional de ações e serviços de saúde - RENASES;
 Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME.

3. Áreas de atuação:

1- controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde.

2- executar ações de vigilância sanitária e epidemiológica

3-ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde.

4- participar das ações de saneamento básico.

5- incrementar o desenvolvimento científico e tecnológico.


6- controle no teor nutricional dos alimentos.

7- fiscalizar a utilização de tóxicos e radioativos.

8- proteção ao meio ambiente e ao ambiente de trabalho

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