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O efeito do ultrassom terapêutico no tratamento da tendinite do


músculo supra-espinhoso

Harrison Silvano Melo de Magalhães1


harrisonmagalhaes@hotmail.com
Dayana Priscila Maia Mejia2
Pós Graduação em Ortopedia e Traumatologia com Ênfase nas Terapias Manuais – Faculdade Ávila

Resumo
Dentre as alterações músculos esqueléticas decorrentes das atividades diárias e da prática
esportiva observou-se uma grande incidência inflamatória do músculo supra-espinhoso,
decorrente de traumas direto ou indiretos. A lesão muscular envolve uma série de processo
no tecido, por sua vez o processo cicatricial é subdividido em três fases; fase de inflamação,
proliferação e maturação ou remodelação. O ultrassom terapêutico é uma modalidades da
fisioterapia destinada a auxiliar na aceleração do processo cicatricial empregado no
tratamento e reparo de tecidos lesionados. Vários estudos sugerem que o uso do ultrassom
reduz a inflamação e aumenta a cicatrização tecidual. Objetivo: Analisar o efeito do
ultrassom terapêutico no tratamento da tendinite no músculo supra-espinhoso na aceleração
do processo de cicatrização. Por meio de estudos bibliográficos. Metodologia: foram
utilizados à revisões de literaturas que abordassem o tema proposto retiradas de livros,
periódicos, artigos científicos indexados nas seguintes bases de dados: lilac’s, Scielo,
Medline, Pubme dentre outro. Resultado: foram analisados 67 artigos dos quais foram
aproveitados apenas 48. Conclusão: após a realização deste artigo verificou-se os benefícios
da aplicação do ultrassom no processo de reabilitação da inflamação do tendão do supra-
espinhoso.
Palavras-chave: Ultrassom terapêutico; Tendinite; Supra-espinhoso.

1. Introdução
A articulação glenoumeral é constituída pela cabeça do úmero com a cavidade glenóide,
sendo considerada a articulação mais móvel do corpo, conseguindo realizar os movimentos
mais amplos e com maior grau de liberdade. O complexo articular do ombro é composto de
20 músculos, 4 articulações ósseas glenoumeral, esternoclavicular, acromioclavicular,
escapulotorácica e também a coracoclavicular (STEFANELLO, SPINELLI e REZENDE,
2008).
Segundo Couto (2007), o ombro é uma das articulações mais complexas do organismo, se não
a mais complexa delas, uma vez que seus movimentos permitam ao indivíduo mudanças
posturais e de ações técnicas. Porém, caso estes movimentos sejam feitos repetidas vezes ou
contra grande resistência, eles serão sobrecarregados, podendo causar assim disfunções por
pequenos traumas.
A estrutura que sofre mais sobrecarga é o músculo supra-espinhoso. Pelo fato de estar situada
entre duas estruturas ósseas, a borda anterior do acrômio e a cabeça do úmero, pode sofrer
compressões durante os movimentos de abdução ou flexão dos braços, sendo aliviada pela
presença de uma estrutura a bolsa subacromial e pela pouca duração dos movimentos. Porém,

1
Pós-graduando em Ortopedia e Traumatologia com Ênfase nas Terapias Manuais
2
Mestranda em Aspectos Bioéticos e Jurídicos da Saúde, na Universidade do Museu Social Argentino, Buenos
Aires. Especialista em Metodologia do Ensino Superior, pela Universidade Federal do Amazonas
2

dependendo da duração e frequência desses movimentos, poderão ocorrer compressões


indevidas, provocando distúrbios biomecânicos significativos (OLIVEIRA, 2010).
Esse importante grupo articular devido sua alta mobilidade pode causar lesões em suas
estruturas, o processo de inflamação do tendão supra-espinhal causado muitas vezes pela
própria compressão. Pode ocorrer pelo uso prolongado e repetitivo dos músculos do ombro
com o braço no nível do ombro ou acima, rotação externa repetitiva da parte superior do braço
e recuperação incompleta após ruptura do tendão supra-espinhal, porém suas causas não são
bem esclarecidas.
Skare (1999), afirma que a tendinite do músculo supra-espinhoso afeta geralmente pessoas
com idade superior a 45 anos, e tipicamente aparece ou piora com a realização de tarefas
repetitivas, ou com suporte de peso e se realizadas acima do nível do ombro.
A tendinite do músculo supra-espinhoso é uma das mais comuns disfunções do complexo do
ombro, justificando a necessidade de um estudo acerca do tema.
Este estudo tem como objetivo principal, apresentar os efeitos benéficos do ultrassom
terapêutico no tratamento da tendinite do musculo supra-espinhoso, através de um revisão de
literatura.

2. Fundamentação teórica
2.1 Cinesiologia e biomecânica do ombro
O ombro é uma estrutura capaz de realizar movimentos em mais de 180 graus em alguns
planos, graças aos movimentos coordenados das várias articulações que o compõem, e possui
a maior liberdade de movimento do corpo humano (BROWN & NEWMANN, 2001).
O ombro é uma articulação tipo esferóide, possuindo movimentos nos três planos: sagital,
frontal e transverso. Fazem parte dessa articulação os ossos: úmero, escápula e clavícula,
quatro articulações a esternoclavicular, acromioclavicular, glenoumeral e a escapulotorácica,
os ligamentos que dão estabilidade e os dezesseis músculos envolvidos com o complexo do
ombro. O complexo do ombro possui quatro grupos de movimento, no plano sagital: flexão,
extensão e hiperextensão; no plano frontal: abdução e adução; e no plano transverso: rotação
medial e rotação lateral; abdução horizontal e adução horizontal e circundação (LIPPERT,
2003; HAMILL & KNETZEN, 2008).

Fonte: http://www.vidaeaprendizado.com.br/img/image/ombro.jpg

Figura 1 – estruturas anatômicas do ombro


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Quando observamos o movimento da articulação glenoumeral temos que levar em conta a


diferença entre o tamanho da cabeça do úmero e da cavidade glenóide, outro ponto a ser
observado é a ação do músculo deltóide que ao início da elevação do braço possui uma tração
vertical puxando a cabeça do úmero para cima colidindo com o arco coracoacromial e
entrando em contato com o acrômio. Com tudo isso grandes amplitudes de movimento seriam
impossíveis, o que torna possível alcançar as grandes amplitudes de movimento é a ação do
manguito rotador e os movimentos da artrocinemática (LIPPERT, 2003; RASCH, 1991;
HALL, 2000).
Conforme Maxey & Magnusson (2002), qualquer distúrbio em uma dessas articulações, ou
nesses mecanismos de deslizamento, pode afetar a coordenação rítmica, acarretando prejuízos
a toda a cintura escapular.

Fonte: http://www.auladeanatomia.com/artrologia/ombro3.jpg

Figura 2 - Tendão do supra-espinhoso

2.2 Manguito rotador


É um grupo muscular formado por quatro músculos, o M. Supra-espinhoso, o M. Infra-
espinhoso, M. Redondo menor e M. Subescapular, tem como função principal manter a
cabeça do úmero na cavidade glenóide quando o úmero se movimenta garantindo a
estabilização da articulação do ombro (TORTORA & GRABOWSKI, 2002; HALL, 2000).
Todos eles se originam na escápula e se inserem nas tuberosidades da cabeça do úmero
(SIZÍNIO, 2008). As patologias associadas ao manguito rotador são cerca de 50 a 70% causas
de problema no ombro (DUTTON, 2010).
As funções do manguito rotador são: estabilização articular glenoumeral, alinhando a cabeça
do úmero na cavidade glenoidal, nutrição articular e sustentação da cápsula. Ainda que não
participe do manguito rotador, a cabeça longa do bíceps se localiza entre o músculo
subescapular e supra-espinhal (THOMPSON, 2001).
A sua função é a estabilização anterior da cabeça do úmero e depressão da cabeça do úmero
quando o membro está em rotação externa, ocorrendo o alívio da compressão entre o
tubérculo maior e a porção inferior do acrômio (SIZÍNIO, 2008).
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Segundo Hall (2000), a compressão do manguito rotador pode ocorrer em atividades que
envolvem o uso repetitivo do mesmo e acima de 90º de abdução do ombro, o que confirma o
diagnóstico do paciente, devido as sua função e atividades durante o trabalho a qual ele
realizava.

2.3 Estrutura e anatomia do músculo supra-espinhoso


Segundo Thompson (2001), os músculos que se originam na escápula e clavícula podem ser
pensados como músculos glenoumerais intrínsecos, como deltóide, Coracobraquial, redondo
maior, o grupo do manguito rotador, constituído pelo subescapular, supra-espinhoso, infra-
espinhoso e redondo menor. Os músculos glenoumerais extrínsecos são os músculos: grande
dorsal, o peitoral maior.

2.4 Tendão
Um tendão é uma fita ou cordão fibroso, formado por tecido conjuntivo, graças ao qual os
músculos se inserem nos ossos ou nos outros órgãos. Os tendões são estruturas fibrosas, com
a função de manter o equilíbrio estático e dinâmico do corpo, através da transmissão do
exercício muscular aos ossos e articulações. Ele transmite a energia e força gerada no músculo
até o osso. O conjunto músculo-tendão-osso mais a energia gerada no músculo é que nos faz
movimentar as articulações e, portanto nos locomovermos (ANDRADE, 2012).
Para Ramalho (2009), os tendões dos músculos podem ser longos, quer a origem dos mesmos,
assim como a inserção podem estar separadas/passar por muitas articulações. O conjunto do
esforço de diversos grupos de músculos produz movimentos de flexão, extensão, rotação,
abdução, adução e circundação.
O tecido conectivo é constituído por três componentes: fibras, proteoglicanos e
glicoproteínas. Por sua vez, as fibras são constituídas por colágeno e elastina. A característica
mais importante do colágeno é a sua habilidade em resistir à tensão mecânica. Os
proteoglicanos se caracterizam ao resistir à forças compressivas e as glicoproteínas unem a
matriz intracelular à matriz extracelular (HALL, 2000).
Os tendões são um tecido conjuntivo, com fibras colágeneas que se entrelaçam, permitindo a
distribuição das forças de todas as partes do músculo. Os tendões estão unidos aos ossos por
ligamentos anulares (retináculos) (ANDRADE, 2012).
Determinados tendões ainda possuem alguns pequenos ossos associados, como por exemplo,
os ossos sesamóides, que servem como uma espécie de "roldana" para que o tendão deslize.
Estas estruturas possuem capacidade de regeneração, o que nos auxilia muito no tratamento
das afecções do mesmo. Esta regeneração se dá pela proliferação de células do tecido
conjuntivo que os envolve (SKARE, 1999).

3. Tendinite
A tendinite tem sido alvo de preocupação tanto da medicina do esporte quanto da medicina do
trabalho. Há uma variedade de tipos de atletismo e de ocupações que podem estar sujeitas ao
problema, todas sempre relacionadas com esforços demasiados ou repetitivos (LER: Lesões
por Esforço Repetitivo). Jogadores de futebol, handebol, vôlei, feirantes que carregam
pesadas caixas, estivadores e até mesmo dançarinos (ANDRADE, 2012).
De acordo com Godinho (2007), as palavras terminadas com o sufixo ‘ite’ indicam um
processo inflamatório. Tendinite, pois, é a inflamação que acontece nos tendões. Essa
inflamação pode ter duas causas, que são: Mecânica – esforços prolongados e repetitivos,
além de sobrecarga. Química – A desidratação, quando os músculos e tendões não estão
suficientemente drenados, a alimentação incorreta e toxinas no organismo podem conduzir a
uma tendinite.
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A tendinite se manifesta inicialmente com dores e muitas vezes com a incapacidade da pessoa
em realizar certos movimentos. O paciente pode sentir dores ao subir ou descer escadas,
caminhar, dobrar os joelhos, entre outras posturas ou movimentos. Inicialmente, a tendinite
pode ser confundida com artrite reumatóide. Existe a necessidade de um bom médico para
diagnosticar corretamente o problema (ANDRADE, 2012).
Os sinais e sintomas são os mesmos vistos nos processos inflamatórios (dor, calor,
vermelhidão e inchaço), podendo evoluir para microlesões, macrolesões e ruptura completa
do tendão.
Conforme Sizínio (2008), a solicitação exagerada do tendão pode ocorrer em diversas
modalidades esportivas provocando uma reação inflamatória e relatam que a tendinite pode
aparecer também após a quarta e quinta década devido a biomecânica do ombro sofrer
alterações após essa idade devido ao envelhecimento biológico do tendão.

3.1 Fase Inflamatória


As forças geradas pelas correntes acústicas alteram a permeabilidade da membrana da
plaqueta, levando à liberação de serotonina. Isso inclui a liberação de histamina dos
mastócitos e, muito importante, fatores liberados dos macrófagos. O ultrassom tem o
potencial de acelerar a resolução normal da inflamação desde que o estímulo inflamatório seja
removido. Essa aceleração pode também dever-se à suave agitação do líquido dos tecidos que
pode aumentar a taxa de fagocitose e o movimento das partículas e células. A terapia por
Ultrassom causa aumento do cálcio iônico que funcionam como um sinal intracelular para
resposta metabólica apropriada (FREITAS et al., 2011).

3.2 Fase Proliferativa


Inicia três dias após a lesão. Ocorre melhora da motilidade dos fibroblastos, onde são
estimulados a produzir mais colágeno; tem-se mostrado que o ultrassom pode promover a
síntese de colágeno. Isso parece ocorrer devido ao aumento na permeabilidade da membrana
celular, causado pelo ultrassom, permitindo entrada de íons de cálcio que controlam a
atividade celular. Não só é formado mais colágeno, mas também estes apresentam maior força
tênsil após o tratamento com ultrassom (DYSON, 1986).

3.3. Fases de cicatrização


A terceira e última fase é a da maturação ou remodelagem, também chamada de fase da
fibrose, na qual o tecido de granulação é substituído pelo fibroso, quando o colágeno e os
fibroblastos se realinham, tentando adaptar-se à orientação e função do tecido original. Ela
inicia duas semanas após a lesão, aproximadamente, e pode continuar por meses ou até anos
após a ocorrência da fase proliferativa do reparo (FREITAS et al., 2011).

4. Fisiopatologia da tendinite
Historicamente, há duas grandes teorias na etiologia das tendinopatias e, conseqüente, na
ruptura dos tendões: uma é mecânica e a outra vascular. Na teoria mecânica, é discutido que a
carga repetitiva, mesmo dentro da faixa de oscilação de tensão normal-fisiológica de um
tendão, causa fadiga e eventualmente leva a falência tendínea, pois há acúmulo de danos no
colágeno ou em outros componentes da matriz colágena, com tensionamentos repetitivos, até
mesmo dentro dos limites fisiológicos de estresse (REES, WILSON, WOLMAN, 2006).
Tendões são tecidos metabolicamente ativos e necessitam de aporte vascular. Assim, na teoria
vascular, é discutido que certos tendões (incluindo o do m. supra-espinal), ou pelo menos
alguns segmentos destes, tenham uma provisão de sangue deficiente, deixado-os mais
suscetíveis a degenerações (REES, WILSON, WOLMAN, 2006)
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Na análise histológica do tecido acometido pela tendinite encontra-se a presença de áreas de


alteração nas fibras de colágeno e elastina, degeneração mucóide, inflamação e necrose
fibróide, em um processo progressivo que pode ocasionar à ruptura de ligamentos. O
tratamento inicial preconizado é sempre o conservador, sendo a conduta cirúrgica reservada
aos casos refratários, mais frequentes nos estágios mais avançados de tendinite (AMATUZZI,
DELGADO e ALBUQUERQUE, 2005).
No tecido tendíneo ocorre constantemente um processo balanceado de formação e degradação
das células e da matriz tecidual. Quando existe uma sobrecarga excessiva, esse sistema entra
em desequilíbrio, levando a uma maior taxa de degradação em relação à regeneração,
causando lesão do tecido. Esse déficit na relação degradação/regeneração leva a um processo
de degeneração tecidual. (PEERS, LYSENS, BRYS, 2003. COHEN, FERRETI,
MARCONDES, 2008).
A tendinite do Manguito Rotador é a causa mais comum de dor crônica no ombro em adultos
(CASSIO, 2007).
A amplitude de um movimento depende da integridade das articulações envolvidas e estas são
sustentadas internamente por ligamentos, sinóvias e cápsula articular e externamente por
tendões, músculos, fáscias e nervos. Essas estruturas são responsáveis por grande parte das
cargas oriundas da movimentação e atividade física diária (SANTOS, 2006).
Pode afetar somente uma porção do manguito, ou todo o tendão. Existem tipos de localização
da síndrome, no primeiro caso, fala-se de tendinite do supra-espinhoso ou redondo menor,
evolui bem com o tratamento conservador o segundo é anterior também é benigno é do tendo
do subescapular, a síndrome superior é mais resistente ao tratamento conservador é o tendão
do supra-espinhoso. É denominada tendinite do manguito rotador por não ser possível a
identificação da porção afetada e por haver um comprometimento difuso de todo o tendão
(SERRA et al., 2001).

5. Definição do ultrassom
Em Fisioterapia, os tratamentos termoterápicos costumam ser classificada em calor superficial
e profundo e, em ambos, a transmissão do calor aos tecidos pode ocorrer por três diferentes
formas: condução, convecção e radiação (PRENTICE, 2002).
No caso dos tratamentos por calor profundo, cujas ferramentas terapêuticas (ultrassom,
microondas e ondas curtas) são capazes de aquecer os tecidos mais internos com pouca
influência sobre os mais superficiais, a principal forma de transmissão de calor é a radiação
diatermia (LOW e REED, 2001).
As alterações fisiológicas da aplicação do ultrassom terapêutico (UST) em tecidos biológicos
são tradicionalmente agrupadas em duas classes: efeitos térmicos e efeitos mecânicos (não-
térmicos). Ambos ocorrem no organismo, mas a proporção e a magnitude de cada um deles
dependem do ciclo de fornecimento e da intensidade de saída (STARKEY, 2001).
O ultrassom é produzido por uma corrente alternada que se propaga através de um cristal
piezoelétrico (quartzo) alojado em um transdutor. A vibração desses cristais provoca a
produção mecânica das ondas sonoras de alta frequência acima de 20.000 Hz produzindo
cargas elétricas positivas e negativas. Na fisioterapia, o ultrassom é definido pelas oscilações,
ondas cinéticas ou mecânicas produzidas pelo transdutor vibratório que, aplicado sobre a pele,
atravessa e penetra no organismo em diferentes profundidades, dependendo da frequência
(FREITAS et al., 2011).
Quando se refere de ultrassom terapêutico existem valores de freqüências que se situam entre
0,5 a 5 MHz, sendo que as mais utilizadas são as de 1 e 3 MHz .
As alterações fisiológicas da aplicação do ultrassom terapêutico (UST) em tecidos biológicos
são tradicionalmente agrupadas em duas classes: efeitos térmicos e efeitos mecânicos (não-
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térmicos). Ambos ocorrem no organismo, mas a proporção e a magnitude de cada um deles


dependem do ciclo de fornecimento e da intensidade de saída (STARKEY, 2001). Com os
não-térmicos podendo acontecer acompanhados ou não dos térmicos (SPEED, 2001,
KLAIMAN, SHRADER, DANOFF, HICKS, PESCE, FERLAND, 1998).
O ultrassom (US) é uma modalidade de penetração profunda, capaz de produzir alterações nos
tecidos, por mecanismos térmicos e não-térmicos. Dependendo da frequência das ondas, o
ultrassom é utilizado para o diagnóstico por imagem, cura terapêutica de tecidos ou até
mesmo destruição de tecidos (STARKEY, 2001). O U.S. terapêutico vem sendo empregado
há mais de 40 anos no tratamento de diversas patologias (KOEKE, 2003).
O ultrassom pode ser produzido na forma de ondas contínuas ou pulsadas. No modo contínuo,
não ocorre interrupção na propagação da energia, ocorrendo transferência contínua dessa
energia para o tecido irradiado. Já o modo pulsado apresenta breves interrupções na
propagação de energia (KREMKAU, 1985) e resulta em uma redução do aquecimento
tecidual, embora com o mesmo nível de estímulo mecânico, o que permite potencializar os
efeitos não térmicos do ultrassom sobre os tecidos (DOCKER, 1987).
A escolha entre o modo contínuo ou pulsado depende dos efeitos biofísicos que se busca e da
interação do ultrassom com o tecido em questão (McDIARMID e BURNS, 1987).
Utiliza-se na fisioterapia a frequência de 1MHz para tecidos mais profundos e 3MHz para
tecidos superficiais. Essas ondas sonoras podem ser produzidas como contínuas ou pulsadas.
A porcentagem de energia no modo pulsátil pode variar de 5% a 50%, porém a utilização
mais comum é de 20%. Uma de suas vantagens é suprimir os efeitos térmicos, ou seja, não
deixar que ocorra acúmulo de calor (SANTOS et al., 2005).
Assim, como a perda de energia aumenta com a elevação das frequências do ultrassom, as
frequências mais baixas penetram mais nos tecidos (LOW & REED, 2001).
As vibrações acústicas produzidas pelo UST induzem mudanças celulares alterando o
gradiente de concentração das moléculas e íons cálcio e potássio, o que estimula a atividade
celular. Esse fenômeno pode resultar em diversas alterações, como aumento da síntese
protéica e secreção de mastócitos, modificações na mobilidade dos fibroblastos, dentre outras
(MATHEUS et al., 2008).

5.1 Efeitos biológicos do ultrassom


O ultrassom é um recurso amplamente empregado nas afecções do sistema
musculoesquelético, visando principalmente ao controle dos sinais e dos sintomas
inflamatórios, ao estímulo à fibroplasia e à osteogênese e à modulação da dor. A frequência
(MHz) do ultrassom é responsável por determinar a profundidade de penetração da onda
mecânica no tecido-alvo. A literatura afirma que quanto maior a frequência da onda
ultrassônica, menor será sua penetração nos tecidos e maior será a absorção (SANTOS et al.
2012).
Assim como a frequência, a intensidade (W/cm2), que influência nos mecanismos térmicos e
atérmicos promovidos pelo ultrassom, também foi variável, a energia sonora é convertida em
energia térmica, sendo esta proporcional à intensidade do ultrassom (SANTOS et al. 2012).
Os benefícios do ultrassom são dependentes dos parâmetros utilizados para aplicação do
aparelho, principalmente da dosimetria. Variáveis como o tamanho da área a ser tratada
diferenças teciduais, duração da aplicação e o objetivo da conduta terapêutica também devem
ser considerados (PRENTICE, 2002)

5.1.1 Efeito Térmico


Os efeitos térmicos dentro dos tecidos são resultantes diretos da elevação da temperatura do
tecido, provocada pelo ultrassom, variando de acordo com o coeficiente de absorção e a
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espessura do meio absorvedor (ERVALHO, 2005). A quantidade de absorção depende da


natureza do tecido, seu grau de vascularização e da frequência do ultrassom. Tecidos com
elevado conteúdo proteico absorvem mais rapidamente que os com maior conteúdo de
gordura, e quanto maior a frequência, maior a absorção (BORGES, 2006).
Os efeitos térmicos do ultrassom, incluindo aceleração do metabolismo, alteração da
velocidade de condução nervosa, aumento do fluxo sanguíneo e da extensibilidade de tecidos
moles, redução ou controle da dor e do espasmo muscular, são os mesmos obtidos com outras
modalidades de aquecimento; porém as estruturas-alvo do aquecimento tecidos ricos em
proteínas, principalmente colágenos são diferentes (LOW, REED, 2001).

5.1.2 Efeito Atérmico


Os efeitos atérmicos resultam de eventos mecânicos (cavitação, correntes acústicas e
microfluxo produzidos pela passagem da onda sonora nos tecidos e estão relacionados: ao
aumento da permeabilidade da pele e da membrana celular, ao aumento dos níveis de cálcio
intracelular, ao aumento da síntese proteica e da atividade de fibroblastos e condrócitos, ao
aumento da degranulação de mastócitos e da atividade dos macrófagos (STARKEY, 2001).
Garcia (2000), destaca que entre os efeitos não-térmicos do ultrassom, a micro-massagem, o
aumento da permeabilidade celular, variação do diâmetro arteriolar e cavitação. A micro-
massagem atribuem-se as oscilações provocadas pelo feixe ultrassônico que atravessa os
tecidos. A movimentação desses provoca um aumento na circulação dos fluidos intra e
extracelulares, facilitando a retirada de catabolitos e a oferta de nutrientes. A micro-
massagem, devido ao efeito mecânico, vibrações sônicas que o US provoca, acaba gerando
calor por fricção.
US promove efeito sobre diversos tecidos, destacando-se dentre outros o aumento da
angiogênese, do tecido de granulação, do número de fibroblastos e da síntese de colágeno, e a
diminuição de leucócitos e macrófagos, nos quais já foi demonstrado o aumento da
velocidade de cicatrização, a diminuição do número de células inflamatórias e a melhora da
qualidade do tecido neoformado (ARTILHEIRO et al., 2010).

5.2 Técnicas de aplicação


Dois são o modo de aplicação o continuo e o pulsado, estudos mostram que a aplicação do
ultrassom no modo pulsado estimula mais precocemente a quimiotaxia para células
polimorfonucleares PMN e consequentemente diminui o tempo do processo inflamatório A
rápida capacidade cicatricial foi verificada pela expressiva ativação da fibroplasia, que está
presente na fase de proliferação celular, e que é extremamente importante na formação do
tecido de granulação, incluindo fibroblastos, células inflamatórias e componentes
neovasculares. Estas características foram verificadas de forma precoce quando da aplicação
de ultrassom pulsado (OLSSON, et al. 2006)
A técnica de aplicação do ultrassom terapêutico é outro fator de fundamental importância para
garantir que o resultado seja satisfatório. Tradicionalmente existem três formas de aplicação
do ultrassom: Com gel; Sub-aquático e Com bolsa de água (SANTOS et al., 2005).
Aplicação com Gel é a mais usada das três, não só por apresentar maior facilidade de
aplicação, como por ter uma indicação em um maior número de áreas do que as outras
técnicas. Esta técnica utiliza-se apenas do cabeçote e de gel, como substância acopladora
(SANTOS et al., 2005).

5.3 Aplicações do ultrassom na tendinite


A cicatrização de feridas é um evento complexo, que envolve a interação de diversos
componentes celulares e bioquímicos e ocorre espontaneamente, sem intervenções externas,
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mas que, quando tratada através de artifícios, tende a ocorrer de forma mais rápida e com
melhores resultados funcionais e estéticos. A possibilidade de acelerar a cicatrização e o
fechamento de lesões cutâneas, através de recursos químico-medicamentosos ou físicos, tem
sido objeto de investigação de inúmeros pesquisadores. Vários estudos demonstram os efeitos
benéficos do ultrassom terapêutico sobre este processo, indicada no tratamento tanto de
condições agudas, como crônicas (KITCHEN e PARTRIGDE, 1990).
A utilização em processos inflamatórios não depende de ser pulsado ou contínuo, mas do
momento do processo em que é aplicado. O uso analgésico do ultrassom pode ser considerado
efetivo na sintomatologia das dores álgicas. Esse efeito pode ser elucidado, segundo pela
estimulação da síntese protéica, regeneração tecidual e diminuição do limiar da dor com
alteração na concentração de Na2+; ainda, segundo a teoria das comportas da dor, a ação
térmica teria possível influência benéfica (CIENA, ET AL. 2009).
Têm-se atribuído ao ultrassom, na cicatrização de tecidos, um aumento na síntese de
colágeno, na velocidade de cicatrização, uma maior resistência, maior capacidade de absorver
energia, aumento do fluxo sanguíneo e a facilitação na proliferação de fibroblastos e a síntese
de proteínas (ENWEMEKA, 1989 a e JACKSON et al. 1991).
O ultrassom pode estimular a síntese protéica nos fibroblasto e também a divisão celular
durante o período de proliferação. Isto significa uma menor resposta inflamatória,
demostrando que o ultrassom modula a inflamação, proporcionado uma maturação mais
precoce das fibras de colágeno levando a um alinhamento longitudinal mais notório das fibras
dos tendões tratados. Tendões são tecidos metabolicamente ativos e necessitam de aporte
vascular, assim, na teoria vascular, é discutido que certos tendões incluindo o do supra-
espinhoso, ou pelo menos alguns segmentos destes, tenham uma provisão de sangue
deficiente, deixado-os mais suscetíveis a degenerações.
Estudos comparativos entre tendões humanos normais e degenerados têm mostrado notável
diferença na composição da matriz colágena, alterações na distribuição do tipo de fibra de
colágeno, com um aumento relativo do colágeno tipo III sobre o colágeno tipo I, e, em
algumas lesões, proliferação fibrovascular e a expressão focal de colágeno tipo II,
representante de substituições fibrocartilaginosas (BARBOSA, GOES e FONSECA, 2008).

Fonte: http://www.institutocohen.com.br/userfiles/tendinites20100206b(1).jpg

Figura 3 - Aplicação do ultrassom terapêutico na tendinite patelar

6. Metodologia
O presente trabalho foi realizado por meio de uma investigação de cunho bibliográfico, onde
periódicos científicos e livros relacionados ao ultrassom na tendinite do supra-espinhoso,
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foram reunidos, revisados e selecionados para serem usados como as fontes de pesquisa deste
estudo.
Sites especializados da Internet, em especial, a base eletrônica de dados Scielo, foram os
meios utilizados para a localização das fontes de pesquisas empregados na construção deste
trabalho.
Os critérios adotados para a escolha dos livros e artigos foram: temática da área de saúde,
direcionadas à fisioterapia, títulos relacionados à ortopedia e termoterapia, tendinopatia do
ombro, anatomia e biomecânica do supra-espinhoso. Após o processo da seleção das fontes de
pesquisa, estas foram revisadas novamente, porém destacando-se as partes a serem utilizadas
na composição do contexto desse trabalho. Em seguida as partes destacadas foram colocadas
em uma ordem de coerência textual para uma compreensão clara dos leitores.

7. Resultados e Discussão
A tendinite do músculo supra-espinhoso consiste em um processo inflamatório do tendão do
supra-espinhoso, que compõe a estrutura do chamado manguito rotador. Este músculo por sua
vez tem como principal função a realização da elevação e abdução do braço, que em palavras
mais simples seria afastar o braço do corpo como fosse ser colocado em uma cruz. Devido a
sua alta prevalência na população, a tendinite do supra-espinhoso é uma das principais
patologias relacionadas a LER/DORT.
Esta lesão de característica inflamatória é muito comum em nossa população, principalmente
na que precisa dos braços para trabalhar. Ela pode ser resultante de inúmeros fatores: uso
excessivo e por longo tempo; pegar peso demais; pancadas na região; posições mantidas por
muito tempo; entre outros.
A maior parte das tendinites surge em pessoas de meia-idade ou idade avançada, dado que
com a idade os tendões são mais propensos às lesões. Contudo, também aparecem em jovens
que praticam exercícios intensos e em pessoas que realizam tarefas repetitivas.
Com o intuito de tornar tênues as lesões do ombro, o fisioterapeuta precisa compreender a
patogenia e complexidade dessa articulação, a fim de atentar-se para a necessidade do
tratamento mais adequado para uma melhor recuperação do paciente.
O melhor tratamento para lesões tendineas ainda não está claramente descrito. Enquanto se
continua a investigar a questão, continua-se utilizando um dos tratamentos atualmente
realizado, ultrassom, com o objetivo de diminuir a reação inflamatória e promover a
cicatrização tecidual.
O ultrassom é uma forma não invasiva de tratamento na reparação de lesões teciduais, sendo o
método pulsátil e a baixa intensidade as modalidades mais escolhidas, o que minimiza o risco
de lesões teciduais e a formação de cavitações, as quais podem ocorrer com intensidades
elevadas associadas ao uso da terapia contínua (STARKEY, 2001). O modo de aplicação de
ondas pulsadas é um meio apropriado de tratamento ultrassônico auxiliar no pós-operatório,
com a finalidade de diminuir o tempo de recuperação. A terapia com emprego do ultrassom
podem estimular a síntese protéica nos fibroblasto e também a divisão celular durante o
período de proliferação. Isto significa uma menor resposta inflamatória, demostrando que o
ultrassom modula a inflamação, proporcionado uma maturação mais precoce das fibras de
colágeno levando a um alinhamento longitudinal mais notório das fibras dos tendões tratados
(KITCHEN e PARTRIGDE, 1990. BARBOSA, GOES e FONSECA, 2008).
Nesse contexto, a utilização do ultrassom terapêutico se apresenta como uma resposta eficaz
na cicatrização e aceleração da regeneração do tecido outrora lesado, salientando se, porém,
que o fisioterapeuta deve estar atento a cada etapa da cicatrização. Para que se obtenha uma
melhor utilização dessa técnica fisioterapêutica, baseada no uso adequado, pulsado ou
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contínuo do ultrassom terapêutico, é importante conhecer em profundidade todas as fases do


processo cicatricial pelas quais a lesão passa.

8. Conclusão
Vários autores de artigos e pesquisadores científicos vêm demostrando que à utilização
terapêutica de ultrassom e benéfica na prática da reabilitação das tendinites. Por isso há
necessidade do conhecimento das fases do processo de inflamação bem como os tratamentos
e recursos disponíveis para a melhor clínica do paciente. Os resultados obtidos na analise das
literaturas nos permite concluir que a terapia ultrassônica estimula as cicatrizações, podendo
acelerar a reparação tecidual nas suas diferentes fases, sendo possível aumentar a velocidade
do processo de cicatrização.
A compreensão dos seus efeitos biológicos, mecanismos de ação e as características do tecido
envolvido são importantes na eficácia do tratamento.
Assim fisioterapia tem um papel importantíssimo no tratamento das tendinites, pois a terapia
ultrassônica produz bio-efeitos a curto e em longo prazo desde que os tempos de cicatrização
tanto muscular como epitelial possam ser respeitados e o ultrassom seja aplicado de maneira
apropriada.

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