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Disciplina esta
que se tornou obrigatória na grade curricular dos cursos de direito por ser indispensável
para os futuros bacharéis. Ela é fundamental no ensino jurídico, pois descreve todos os
acontecimentos jurídicos ocorridos desde a antiguidade até os dias de hoje. Além de ser
considerada a própria história da sociedade, ou seja, a história estando intimamente
ligada ao direito.
Na aula foi discutida a História, sendo uma memória da humanidade e tendo como
objeto de estudo o ser humano e a sucessão temporal de seus atos, ela nos interessa por
trazer o passado de um grupo que pertencíamos, servindo de atrativo para nós ou por
pura curiosidade. Mostrando que o direito nasceu junto com a civilização, aliado à
história da sociedade, sob a forma de costumes que foram se tornando obrigatórios. Isso
aconteceu em razão da necessidade de um mínimo de ordem e direção, de regras de
conduta, com o objetivo de regular o convívio entre os homens e proporcionar harmonia
nas relações humanas. Tendo o surgimento do direito a finalidade regular justamente
essas relações humanas, a fim de proporcionar paz e prosperidade no seio social, para
impedir a desordem, o crime e o caos que seria proporcionado pela lei daqueles que
detinham o poderio, principalmente, o econômico, ou seja, aquele que fosse mais forte,
e tendo como objetivo alcançar o bem comum e obter a justiça.
Flávia Lages de Castro (2007, p. 2), analisando o conceito de direito, considera que o
homem não existe sem o direito e o direito não sem existe sem o homem.
O Direito surgiu, então, para colocar direção, ordem, regras de conduta para regular o
convívio na sociedade, a fim de conseguir que os homens vivam em paz.
O que foi conseguido logo do surgimento da humanidade, como comentado em sala,
desde os povos ágrafos, aqueles que não tinham escrita e que viviam em prol de toda
uma coletividade. Pois as origens do direito situam-se na formação das sociedades e isto
remonta a épocas muito anteriores à escrita. Esses povos sem escrita não têm um tempo
determinado, podem ser os homens da caverna de 3.000 a.C. ou os índios brasileiros até
a chegada de Cabral, ou mesmo as tribos da floresta Amazônica que ainda hoje não
entraram em contato com o homem branco. E é difícil de conceituar o direito dos povos
sem escrita porque o direito requer o conhecimento de como funcionavam as
instituições na época em questão. Mas é com base em estudos arqueológicos que se
torna possível reconstituir os vestígios deixados pelos povos pré-históricos, a exemplo
das moradias, armas, cerâmicas, rituais, com os quais é possível determinar a respectiva
evolução social e econômica.
Foi o primeiro contato com o ensino de História do Direito que faz parte do currículo de
inúmeros estabelecimentos de ensino superior, seja como disciplina autônoma, seja
como integrante das matérias básicas, despertando o interesse de alunos e professores
pela importância do estudo da história, do direito e, principalmente, da história do
direito. Estudo que é feito de acordo com a cronologia clássica que considera os
períodos históricos: Pré-história (há cerca de 4.000.000 de anos até a invenção da
escrita, em torno de 4.000 a.C.); Antiguidade (até o ano 476 de nossa era, quando da
queda do império romano do ocidente); Idade Média (até 1453, com a queda de
Constantinopla para os Turcos Otomanos); Idade Moderna (até 1789, com a Revolução
Francesa); Idade Contemporânea (até os dias atuais).
CASTRO, Flávia Lages de. História do Direito Geral e Brasil. 3. ed. Rio de Janeiro:
Lumen Juris, 2007