Você está na página 1de 6

COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS.

Aspectos da Relação entre a Resistência ao Cisalhamento e a


Sucção em Solo Residual Compactado
Orlando Martini de Oliveira
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil, oliveiraorlando@hotmail.com

Fernando A. M. Marinho
Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, fmarinho@usp.br

RESUMO: Este artigo investiga a variação da resistência ao cisalhamento de um solo não-saturado


em ensaios de compressão simples. Foi utilizado um solo saprolítico de gnaisse compactado com a
energia do Proctor Normal e em seu teor de umidade ótima. Foram moldados 22 corpos de prova
que foram umedecidos ou secados para que apresentem diferentes valores de sucção inicial. O valor
inicial de sucção dos mesmos foi determinado por meio da técnica do papel filtro e variaram entre
20 a 12000 kPa. Foi feita uma análise comparativa entre os valores da resistência a compressão
simples, em função da sucção inicial dos corpos de prova, e a curva de retenção, determinada sobre
mesma condição de moldagem. Desta análise pode-se constatar um aumento linear da resistência ao
cisalhamento até a sucção de 50 kPa. Na curva de retenção este valor de sucção corresponde ao
momento em que se inicia a entrada de ar no corpo de prova e a sucção começa a perder a sua
efetividade no sentido de aumentar a resistência ao cisalhamento. Este aumento no valor da
resistência ao cisalhamento passa a ocorrer agora de forma não linear até o valor de sucção da
ordem 1000 kPa. É para este valor de sucção que se estabilizam as reduções volumétricas do corpo
de prova durante a etapa de secagem na preparação dos mesmos para a realização dos ensaios. Para
valores de sucção de 1000 kPa até 12000 kPa os valores de resistência ao cisalhamento
permanecem praticamente constantes. Os ensaios permitiram identificar três intervalos de sucção
onde a contribuição da mesma no aumento da resistência ao cisalhamento ocorre de forma
diferenciada.

PALAVRAS-CHAVE: Resistência ao cisalhamento, Solos não saturados, Sucção.

1 INTRODUÇÃO cisalhamento decresce de forma não linear. Para


valores superiores à sucção residual a
A curva de retenção de água dos solos tem sido resistência ao cisalhamento pode aumentar,
utilizada para se obter algumas das permanecer constante ou decrescer. A
propriedades de resistência e condutividade resistência de solos siltosos e arenosos
hidráulica dos solos utilizados em obras geralmente diminui para valores de sucções
geotécnicas. próximas ao valor residual.
Bishop et al (1975), Fredlund et al (1995), Gan e Fredlund (1996) sugerem que o
Rassam e Freeman (2002) entre outros, aumento ou redução da resistência com a
verificaram a relação entre os valores de sucção depende da dessaturação e da dilatação
resistência ao cisalhamento dos solos, em durante o cisalhamento. Quando se observa
função da sucção, com as suas respectivas redução da resistência está é devida
curvas de retenção. Observaram que, para possivelmente a quebra da continuidade da água
valores de sucção menores que a entrada de ar, devida a dilatação do solo durante a ruptura. Os
a sucção é tão eficaz quanto à pressão autores mencionados sugerem que este tipo de
confinante efetiva na mobilização de fenômeno é mais preponderante em solos
resistência, de forma que φ’ é igual a φb. Para granulares. A relação entre a resistência ao
valores de sucção maiores que a entrada de ar a cisalhamento e a curva de retenção corresponde
contribuição da sucção na resistência ao à forma como a água se encontra no interior do

1
COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS.

solo. White et al (1970) formularam uma teoria saturado, possibilitou que a mesma fosse usada
para a dessaturação de meios porosos, cujo como uma importante ferramenta de alguns
mecanismo permite a definição de quatro modelos de previsão da resistência ao
regiões distintas de saturação. Na Figura 1 estão cisalhamento (Vanapalli et al, 1996; Kalili e
apresentadas as diversas regiões em que se Khabbaz, 1998).
divide a curva de retenção. Estas diferentes Estes aspectos da relação entre a resistência
condições em que a água se encontra no interior ao cisalhamento em função da sucção com a
da estrutura do solo estão ilustradas na Figura 2. curva de retenção foram analisados neste artigo
Na região de efeito de contorno (Figura 2a) os para um solo residual de gnaisse compactado no
poros estão preenchidos com água e o solo está teor de umidade ótimo da curva de compactação
saturado, com o ar podendo estar presente na definida com a energia do Proctor Normal.
forma de ar ocluso. Foram realizados 22 ensaios de compressão
simples em corpos de prova com diferentes
valores de sucção inicial. Com os resultados
destes ensaios e o valor do ângulo de atrito
efetivo, obtido de ensaios de compressão
triaxial saturados, pode-se definir o intercepto
de coesão utilizado para esta análise.

2 CARACTERIZAÇÃO DO SOLO E
MOLDAGEM DOS CORPOS DE PROVA

Nesta pesquisa foi utilizado um solo residual de


Figura 1. Regiões em que se divide a curva de retenção gnaisse retirado do Campo Experimental da
em função da dessaturação (Vanapalli (1994) modificado USP/SP. A amostra de solo foi obtida por
de White et al (1970)). raspagem do pé de um talude e, por manter
ainda feições da rocha que lhe deu origem,
caracteriza-se como um solo saprolítico ou solo
do horizonte C. No laboratório a amostra foi
destorroada e utilizada a fração que passa na
peneira No 10. A constituição granulométrica do
solo assim preparado é de 46% de silte, 26 % de
areia fina, 20 % de argila e 6% de areia média,
apresentando limite de liquidez (wl) de 47%,
limite de plasticidade (wp) de 34% e peso
específico dos grãos (γs) de 27,1 kN/m3. Na
carta de plasticidade de Casagrande este solo se
classifica como um silte de baixa
compressibilidade (ML). Os corpos de prova
utilizados nos ensaios de compressão simples
foram compactados nas condições da umidade
ótima (w=25,3% e γd=15,3 kN/m3) da curva de
Figura 2. Redução da área de água em função das
diferentes regiões de dessaturação (Vanapalli, 1994).
compactação obtida com a energia do Proctor
Normal. Os corpos de prova foram
Na zona de transição (Figura 2b) ocorre compactados estaticamente em cinco camadas
significativa dessaturação, que vai diminuindo utilizando para isto um molde tripartido,
de intensidade à medida que se aproxima da apresentando ao final da compactação diâmetro
zona residual. Nesta zona a água esta presente e altura iguais a 3,8 cm e 8 cm,
de forma descontínua. A observação da respectivamente.
correlação entre a curva de retenção e a
resistência ao cisalhamento do solo não

2
COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS.

3 PROCEDIMENTOS DE PREPARAÇÃO 4 PROCEDIMENTOS DOS ENSAIOS E


DOS CORPOS DE PROVA RESULTADOS

Após moldagem, os 22 corpos de prova foram Logo após a obtenção da sucção inicial os
preparados por umedecimento ou secagem para corpos de prova foram colocados em uma célula
que apresentassem diferentes valores de sucção utilizada para realização de ensaios triaxiais e
no inicio do ensaio do compressão simples. Os envoltos em filme plástico para se evitar a perda
valores de teor de umidade e respectivas de umidade. Na prensa de compressão os
sucções iniciais desejados para cada corpo de corpos de prova foram submetidos a uma
prova foram definidos pela curva de retenção deformação axial de 0,03 mm/min. Não foi
obtida por Oliveira (2004). Os corpos de prova observada nenhuma variação no teor de
que foram secados foram deixados expostos às umidade dos corpos de prova após a ruptura.
condições ambientes tendo o seu peso Trata-se, portanto de um ensaio de compressão
controlado até atingir o valor estipulado na simples com deformação controlada e teor de
curva de retenção. Para umedecimento foi umidade constante, sendo permitida a drenagem
utilizado o processo de aspersão de água em da fase ar. Na Tabela 1 estão apresentados os
sucessivas etapas até se atingir o teor de valores iniciais dos índices físicos dos corpos de
umidade desejada. Após as etapas de prova, da sucção e da resistência a compressão
umedecimento ou secagem, e aguardando um simples.
período de equilíbrio inicial de no mínimo 24
horas, foram colocados dois papéis filtro na Tabela 1. Condições iniciais dos corpos de prova e
lateral de cada corpo de prova sendo resultados dos ensaios de compressão simples
γd S Sucção σc
posteriormente envoltos em filme plástico e C.P. e
(kN/m3) (%) (kPa) (kPa)
papel alumínio e colocados no interior de uma
1 15,02 0,80 82,5 157 227,8
caixa de isopor por um período superior a 7
dias, para obtenção do valor da sucção. 2 15,09 0,80 76,7 427 268,4
Na Figura 3 estão apresentadas as condições 3 15,24 0,78 70,6 600 383,0
inicias de moldagem e as condições finais de 4 15,37 0,76 61,2 743 478,2
cada corpo de prova após a etapa de 5 15,29 0,77 57,2 761 489,6
umedecimento ou secagem. Observa-se que as 6 15,40 0,76 51,4 963 560,3
sucções inicias dos corpos de prova variaram de
7 15,39 0,76 40,5 1583 573,5
20 kPa a 12000 kPa. A linha contínua da Figura
8 15,34 0,77 29,6 1855 542,4
3 representa a Curva de Retenção obtida por
Oliveira (2004) representada pela equação 9 15,34 0,77 21,0 3312 524,5
proposta por Fredlund e Xing (1994). 10 15,06 0,80 83,2 125 206,9
11 15,33 0,77 86,5 117 240,9
100

C.P. após umedecimento ou secagem


12 15,01 0,81 93,3 23 116,0
90
C.P. após moldagem
80 Curva de Retenção (Oliveira, 2004)
13 14,55 0,86 89,9 22 83,2
70 14 14,82 0,83 89,7 39 111,2
60 15 14,97 0,81 88,4 55 135,1
Grau de Saturação (%)

50 16 15,15 0,79 87,7 126 167,6


40
17 15,25 0,78 85,3 300 208,2
30
18 15,36 0,76 83,5 400 242,2
20
19 15,60 0,74 15,9 6268 569,4
10
20 15,50 0,75 10,4 8775 518,0
0
1 10 100 1000
Sucção (kPa)
10000 100000 1000000
21 15,56 0,74 8,3 10644 544,5
Figura 3. Representação das condições iniciais e finais 22 15,60 0,74 7,4 12021 525,7
dos corpos de prova com a curva de retenção obtida para γd – Peso específico seco; e – índice de vazios; S – Grau
a condição de moldagem na umidade ótima. de saturação; σc – Resistência a compressão simples.

3
COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS.

Os resultados de todos os ensaios de compressão simples (σc), o valor do intercepto


compressão simples apresentados em termos de de coesão (c) é dado pela seguinte equação:
tensão desviadora versus deformação axial
estão apresentados na Figura 4. Em alguns dos
resultados, apresentados na Figura 4, esta
( (1)
indicado o valor da sucção inicial do corpo de
prova o que permite constatar que, com o
aumento da sucção inicial dos mesmos, ocorre o τ
aumento da resistência a compressão simples,
30o
aumento do módulo de deformabilidade e
diminuição da deformação axial na ruptura. No
entanto, conforme será demonstrado no
próximo item, esta observação se aplica até um
C
determinado valor de sucção.
0 σc (σ-ua)
700
Figura 5. Representação esquemática da obtenção do
600
6267 kPa (Valor da sucção inicial do C.P.)
intercepto de coesão de um ensaio de compressão simples
500
Portanto, os valores de resistência a
Tensão desviadora (kPa)

400
compressão simples foram multiplicados por
300
600 kPa
0,58. O intercepto de coesão assim obtido está
427 kPa

200
apresentado na Figura 6. Observa-se que ocorre
126 kPa
um aumento dos valores de coesão até valores
100
22 kPa de sucção da ordem de 1000 kPa. A partir do
0 valor de sucção de 1000 kPa a coesão
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deformação axial (%) permanece constante até o valor de 12000 kPa.
Figura 4. Resultados dos ensaios de compressão simples Para se visualizar em uma escala mais adequada
de corpos de prova moldados nas condições da umidade o que acontece para valores de sucção de até
ótima.
1000 kPa, os resultados da Figura 6 estão
apresentados na Figura 7 até este valor de
5 ANÁLISE DOS RESULTADOS
sucção, juntamente com os valores do índice de
vazios dos corpos de prova.
A influência da sucção foi analisada pelo
intercepto de coesão definido pelos resultados 200
Intercepto de Coesão (kPa)

dos ensaios de compressão simples. Os pontos


do intercepto de coesão, associado a cada
100
ensaio, são definidos pela intersecção da reta,
que tangencia o círculo de Mohr, com o plano
definido pela resistência ao cisalhamento versus 0
Sucção. Oliveira (2004) constatou que, para o 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000 11000 12000 13000
Sucção (kPa)
solo aqui estudado, a sucção não modifica o Figura 6. Intercepto de coesão obtido dos ensaios de
valor do ângulo de atrito obtido de ensaios compressão simples de corpos de prova moldados na
triaxiais saturados. Para a condição de umidade ótima.
moldagem na umidade ótima foi obtido uma
coesão efetiva (c’) de 12 kPa e ângulo de atrito O ponto colocado sobre o eixo das ordenadas na
efetivo (φ’) de 30o. Desta forma, a reta que Figura 7a, para o valor de sucção igual a zero,
tangencia o círculo de Mohr de cada ensaio de corresponde ao valor de coesão obtido do
compressão simples tem declividade de 30o. ensaio triaxial saturado (c’=12 kPa). Na Figura
A Figura 5 mostra esquematicamente como 7a, está representada uma reta com declividade
foi definido o valor do intercepto de coesão de igual ao ângulo de atrito efetivo (φ’=30º) que se
cada ensaio. Conhecendo-se o valor do ângulo ajusta aos dados experimentais até valores de
de atrito (φ’) e o valor da resistência a sucção da ordem de 50 kPa.

4
COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS.

Intercepto de Coesão (kPa) 300


(a)

200

30o
100

0
0,90
0,88
0,86
Indice de vazios

0,84
0,82
0,80
0,78
0,76
0,74
0,72
(b)
0,70
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Sucção (kPa)

Figura 7. Intercepto de coesão e índice de vazios inicial dos corpos de prova moldados na umidade ótima.

Este fato demonstra que até este valor a sucção compactado na umidade ótima e o segundo
é tão eficaz quanto a pressão confinante efetiva valor corresponde ao instante em que não
no sentido de aumentar a resistência ao ocorre mais redução de volume do corpo de
cisalhamento do corpo de prova. A partir deste prova devido ao procedimento de secagem,
valor de sucção o incremento de resistência ao correspondendo ao grau de saturação de 50%.
cisalhamento em função do aumento da sucção
passa a diminuir gradativamente até atingir o 6 CONCLUSÕES
valor de 1000 kPa, onde se iguala a zero.
Portanto, para os dados experimentais Com a realização de 22 ensaios de compressão
apresentados na Figura 7a, tem-se um ajuste simples, realizados em corpos de prova com
linear com declividade de 30o até o valor de diferentes valores de sucção inicial, e o valor do
sucção da ordem de 50 kPa, um ajuste não ângulo de atrito efetivo, determinado de ensaios
linear para sucções variando entre 50 KPa e triaxiais saturados, pôde-se determinar o
1000 kPa e a partir de 1000 kPa um ajuste intercepto de coesão de um solo residual de
linear com declividade igual a zero. Em relação gnaisse compactado na umidade ótima. A
ao índice de vazios dos corpos de prova, influência da sucção na relação não linear do
apresentados na Figura 7b, observa-se que as intercepto de coesão foi verificada utilizando-se
reduções destes valores são maiores para como base as variações volumétricas dos corpos
sucções de até 50 kPa e passam a diminuir a de prova, através de seus índices de vazios
uma taxa menor até se tornarem praticamente iniciais, e a curva de retenção obtida por
constante para valores de sucção superiores a Oliveira (2004), para as mesmas condições de
1000 kPa. Confrontando os valores de sucção moldagem. Pode-se concluir que ficaram bem
de 50 kPa e 1000 kPa com a curva de retenção e definidos três intervalos de sucção onde a sua
os dados experimentais aqui apresentados, tem- influência nos valores do intercepto de coesão
se que o primeiro valor corresponde ao inicio da se dá de forma diferente. Na curva de retenção
dessaturação do solo residual de gnaisse o primeiro intervalo corresponde ao trecho
inicial da curva definido até o momento do

5
COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS.

início da entrada de ar. Neste intervalo, em Vanapalli, S. K. (1994). Simple Procedures and their
relação ao intercepto de coesão, a sucção é tão Interpretation in Evaluating the Shear Strength an
Unsaturated Soil. PhD Thesis, University of
eficaz quanto a pressão de confinamento efetiva Saskatchevan, Canada.
dos ensaios triaxiais saturados de forma que Vanapalli, S. K., Fredlund, D. G., Pufahl, D. E., Clifton,
φ’ = φb. Para o intervalo de 50 kPa até 1000 A W. (1996). Model for The Prediction of Shear
kPa, φb passa a ser menor que φ’ e diminui Strength with Respect to Soil Suction. Canadian
Geotechnical Journal, Vol.33, pp.379-392.
gradativamente de valor até se tornar igual a White, N. F., Duke, H. R., Sunada, D. K., Corey, A.T.
zero. É para o valor de sucção superior a 1000 (1970). Physics of Desaturation in Porous Materials.
kPa, limite superior deste segundo intervalo de Journal of the Irrigation and Drainage Division,
sucção, que se estabilizam as reduções Proceedings ASCE, Vol. 96, No IR2, pp. 165-191.
volumétricas dos corpos de prova na etapa de
preparação dos mesmos para o ensaio. Portanto,
o aumento da sucção esta relacionado ao
aumento nos valores da resistência ao
cisalhamento do intercepto de coesão até o
momento em que a mesma consegue reduzir o
índice de vazios do corpo de prova. O último
intervalo de sucção, definido para valores
superiores a 1000 kPa, φb= 0 e o índice de
vazios inicial dos corpos de prova, após a etapa
de preparação para o ensaio, são semelhantes.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem ao CNPq e FAPESP pelo


suporte financeiro dado a esta pesquisa.

REFERÊNCIAS
Bishop, A.W., and Wesley, L.D. (1975). A hydraulic
triaxial apparatus for controlled stress path testing.
Géotechnique, 25(4), 657–670.
Fredlund, D. G., Vanapalli, S. K., Xing, A., Pufahl, D. E.
(1995). Predicting the Shear Strength Function for
Unsaturated Soils Using the Soil-Water Characteristic
Curve. Proceeding of the First International
Conference on Unsaturated Soil. Vol. 1, pp. 63-69.
Paris, France.
Fredlund, D. G., Xing, A. (1994). Equations for the Soil-
Water Characteristic Curve. Canadian Geotechnical
Journal, Vol. 31, pp.521-532.
Gan, J. K-M; Fredlund, D. G. (1996). Shear Strength
Characteristics of Two Saproltic Solis. Canadian
Geotechnical Journal, Vol.33, pp.595- 09.
Khalili, N., Khabbaz, M. H. (1998). A Unique
Relationship for χ for the Determination of the Shear
Strength of Unsaturated Soils. Geotechnique, Vol. 48,
No 5, 681-687.
Oliveira, O. M. (2004). Estudo Sobre a Resistência ao
Cisalhamento de um Solo Residual Compactado Não
Saturado. Tese de doutorado - Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo/EPUSP, 330p.
Rassam, D. W. and Freeman, C. (2002). “Predicting the
Shear Strength Envelope of Unsaturated Soils,”
Geotechnical Testing Journal, GTJODJ, Vol. 25, No.
2, pp. 215–220.

Você também pode gostar