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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

INSTRUMENTAÇÃO ELETRÔNICA
Higrômetro Digital

Alunos: Raphael Lima Moura

Professor: Luciano Fontes Cavalcanti

2011.1
SUMÁRIO

1. LISTA DE FIGURAS.....................................................................................................03

2. INTRODUÇÃO............................................................................................................04

3. SENSOR.....................................................................................................................05

4. PROJETO...................................................................................................................07

4.1. MODULADOR PWM...........................................................................................08

4.2. CONVERSOR A/D...............................................................................................10

4.3. COMPARADOR...................................................................................................11

4.4. MEMÓRIA..........................................................................................................13

4.5. CIRCUITO MONTADO.........................................................................................18

5. CONCLUSÃO..............................................................................................................19

6. BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................20

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Curva do Sensor de Umidade Capacitivo


Figura 2 – Sensor HS 1101
Figura 3 – Características Dimensionais do Sensor HS 1101
Figura 4 – Diagrama de blocos do Higrômetro Digital
Figura 5 – Circuito Oscilador
Figura 6 – Multivibrador mono estável
Figura 7 – Oscilador, multivibrador e filtro passa baixa simulado
Figura 8 – Circuito prático: Oscilador, multivibrador e filtro passa baixa
Figura 9 – ADC 0804
Figura 10 – Montagem do Conversor A/D
Figura 11 – Implementação de um latch para armazenar o dado anterior
Figura 12 – Comparador com o latch e parte do conversor
Figura 13 – Circuito que representa a mudança de umidade. Umidade subindo
Figura 14 – Circuito que representa a mudança de umidade. Umidade descendo
Figura 15 – Memória EPROM
Figura 16 - Circuito Prático: Memória EPROM
Figura 17 – Esquema da ultima parte do circuito
Figura 18 – Circuito Prático: Displays sete segmentos
Figura 19 – Esquema mostrando os sinais de controle e da portadora.
Figura 20 – Circuito Prático: Esquema Mostrando os fios dos sinais de controle e da portadora
Figura 21 – Circuito completo do Higrômetro Digital
Figura 22 – Circuito Prático: Higrômetro Digital na protoboard

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INTRODUÇÃO
A umidade é a quantidade de vapor de água na atmosfera. A umidade relativa
(UR) é a relação entre a pressão de vapor do ar e a pressão de vapor do ar obtida em
condições de equilíbrio ou saturação sobre uma superfície de água líquida ou gelo. O
valor da UR varia entre 0 e 1 para condições até a saturação (e acima de 1 para
condições supersaturadas) de acordo com a temperatura. Convencionalmente
também é denotada em porcentagem. Em outras palavras pode se dizer que umidade
relativa do ar é a relação entre a quantidade de água existente no ar (umidade
absoluta) e a quantidade máxima que poderia haver na mesma temperatura (ponto de
saturação). Ela é um dos indicadores usados na meteorologia para saber como o
tempo se comportará. Essa umidade presente no ar é decorrente de uma das fases do
ciclo hidrológico, o processo de evaporação da água. O vapor de água sobe para a
atmosfera e se acumula em forma de nuvens, mas uma parte passa a compor o ar que
circula na atmosfera.
A umidade relativa tem uma grande importância na vida dos seres humanos, há
vários problemas decorrentes da baixa umidade do ar, como: Complicações alérgicas e
respiratórias devido ao ressecamento de mucosas, Sangramento pelo nariz,
ressecamento da pele, irritação dos olhos, eletricidade estática nas pessoas e em
equipamentos eletrônicos, aumento do potencial de incêndios em florestas e
pastagens. A partir de 30% cuidados devem ser tomados.
O higrômetro é o instrumento que mede a umidade presente nos gases, mais
especificamente na atmosfera. É utilizado principalmente em estudos do clima, mas
também em locais fechados onde à presença de umidade excessiva ou abaixo do
normal poderia causar danos, por exemplo, em peças de museus, documentos de
bibliotecas e elementos de laboratórios. Os higrômetros são compostos, em sua
maioria de substâncias com capacidade de absorver a humidade atmosférica.

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SENSOR
O sensor de umidade capacitivo que foi usado foi do tipo capacitivo, nele, é
medido o efeito da umidade sobre a constante dielétrica de um polímero ou material
de óxido de metal. Com ajustes, esses sensores têm uma precisão de UR +/- 2% na
faixa 5-95%. Sem calibração, a precisão é de 2 a 3 vezes pior. Sensores capacitivos são
robustos contra alguns efeitos, tais como condensação e altas temperaturas
temporárias. Os sensores capacitivos estão sujeitos à deriva, contaminação e efeitos
do envelhecimento, mas são adequados para muitas aplicações.
Eles consistem de um substrato sobre o qual uma fina película de polímero ou
de óxido de metal é depositada entre dois eletrodos condutores. A superfície de
detecção é revestida com um eletrodo de metal poroso para protegê-la da
contaminação e da exposição à condensação. O substrato é tipicamente de vidro,
cerâmica, ou de silício. A mudança incremental na constante dielétrica de um sensor
de umidade capacitivo é quase diretamente proporcional à umidade relativa do
ambiente circundante. A mudança na capacitância é tipicamente 0,2-0,5 pF para uma
variação de 1% de umidade relativa, enquanto que a capacitância é maior entre 100 e
500 pF a 50% UR a 25 ° C. Sensores capacitivos são caracterizadas por baixo coeficiente
de temperatura, capacidade de funcionar em altas temperaturas (até 200 ° C), a
recuperação total da condensação, e uma resistência razoável aos vapores químicos. A
resposta intervalos de tempo 30-60 s para uma mudança de passo de 63% de umidade
relativa.
Há técnicas para a produção de sensores capacitivos que tiram proveito de
muitos dos princípios utilizados na fabricação de semicondutores para produzir
sensores com drift de longo prazo mínimo e histerese. Sensores capacitivos de película
fina podem incluir circuito de condicionamento de sinal integrado monolítico sobre o
substrato. O condicionador de sinal mais utilizado incorpora um temporizador CMOS
para o sensor de pulso e para produzir uma saída de tensão quase linear (Figura 1).

Figura 1 – Curva do Sensor de Umidade Capacitivo


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O sensor usado escolhido o modelo HS 1101(Figura 2) da marca HUMIREL.

Figura 2 – Sensor HS 1101

Figura 3 – Características Dimensionais do Sensor HS 1101

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PROJETO
O projeto foi desenvolvido de acordo com o diagrama abaixo (figura 4).

Figura 4 – Diagrama de blocos do Higrômetro Digital

O circuito completo foi implementado em laboratório na placa protoboard


utilizando os circuitos integrados que serão comentando durante o decorrer deste
relatório.

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MODULADOR PWM
O circuito modulador é formado pelo por um oscilador a cristal de 3.6864 MHz,
ligado ao circuito integrado 74HCT4060N, que se trata de um contador binário com
oscilador que divide essa frequência e dispõe em suas saídas frequências menores que
a introduzida, em cada saída do CI, tem-se uma frequência diferente, essa primeira
parte é mostrada no circuito da figura 5.

Figura 5 – Circuito Oscilador

Após essa divisão temos a frequência disponível no pino 3, cerca 30 KHz. Então
ligamos esse pino, através de um capacitor de acoplamento, à entrada de disparo do
multivibrador monoestável, CI LMC555. O sensor de umidade, na figura 6
representado por uma capacitância variável, é ligado entre o terra e o pino 6 do
multivibrador, ele é responsável por determinar a duração dos impulsos de saída do
monoestável, o circuito é representado na figura 6.

Figura 6 – Multivibrador mono estável


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O sinal de saída do monoestável é ligado a uma rede RC, que é o demodulador
PWM, um filtro passa baixa, filtrando apenas o nível DC à partir dos pulsos gerados
pelo multivibrador. O circuito completo, oscilador, multivibrador, e filtro passa baixa,
está representado montado na figura 7. O circuito está com sua saída ligada a um
multímetro, para medir o nível de tensão equivalente para uma determinada
capacitância, que representa uma percentagem definida de umidade.

Figura 7 – Oscilador, multivibrador e filtro passa baixa simulado

Figura 8 – Circuito prático: Oscilador, multivibrador e filtro passa baixa

O sinal de elétrico (sinal analógico) obtido após o demodulador PWM é


convertido em um valor digital de 8 bits.

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CONVERSOR A/D
Temos um valor analógico de tensão gerado pelo multivibrador monoestável e
demodulado pelo filtro passa baixa. A partir deste sinal é necessário converte-lo em
um sinal digital de 8 bits, que podem representar, 2^8 , 256 valores. Foi feita a opção
de utilizar um conversor de fácil implementação e de baixo custo, o ADC 0804, figura 9.
O pino que sai do filtro passa baixa, é conectado no pino 6 do conversor A/D.

Figura 9 – ADC 0804

Para nossa aplicação é necessário polarizar o circuito de modo que ele esteja
sempre habilitado e em leitura. Quando o nível de umidade é zero, o sinal elétrico é
diferente de zero, então para isso que se precisa ajustar o valor máximo medido
através do valor de tensão de referencia. Nesse conversor de aproximações sucessivas,
funciona com clock, para isso é utilizado o gerador de clock interno. O circuito também
foi projeto para sempre ficar fazendo leituras, na figura 10 temos o conversor
completo.

Figura 10 – Montagem do Conversor A/D


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A tensão de referencia do conversor é ajustada pelo potenciômetro P1,
enquanto que P2 fornece a tensão de offset. A rede R19 e C11 é necessário para o sinal
de clock interno usado na conversão. A resistência R20, o capacitor C12, e o diodo
1N4148, asseguram que o conversor inicie a conversão quando se liga a alimentação
do circuito. No instante em que o circuito é alimentado, o pino 3 é mantido em nível
baixo por alguns instantes, para permitir que C12 carregue através de R20. O diodo
evita que C12 curte-circuite os impulsos existentes no pino 5, que está ligado ao pino 3
e que fornece o sinal de relógio para o buffer do próximo CI, 74HC574N. A ligação
entre os pinos 3 e 5 coloca o conversor no modo de funcionamento continuo. Assim
que acaba uma conversão, o pino 5 diz ao pino 3 que já podem sair novos dados. Os
dados fornecidos.

COMPARADOR
Com a conversão do sinal analógico feita, agora temos apenas um sinal digital
de 8 bits. Com esse sinal faremos uma implementação onde iremos armazenar o dado
anterior. Para esse fim, usaremos o CI 74HC574, que se trata de um flip-flop octal tipo
D. A implementação foi feita como na figura 11.

Figura 11 – Implementação de um latch para armazenar o dado anterior

É importante destacar que só são armazenados apenas os 4 bits menos


significativos. Isso se dá para que o comparador perceba pequenas mudanças no nível
logico, e também para usamos um comparador mais simples de apenas 4 bits.

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O comparador usado foi o 74HCT85. Na figura 12 temos a representação da
montagem do comparador.

Figura 12 – Comparador com o latch e parte do conversor

A partir da saída de dados indicando que o atual é menor que o anterior, ou


que o atual é maior que o anterior, é feita a montagem de um circuito com LED’s
indicando se a umidade esta subindo (LED Verde) ou se esta descendo (LED Vermelho).
As duas entradas do circuito abaixo são as saídas descritas na figura 12.

Figura 13 – Circuito que representa a mudança de umidade. Umidade subindo

Figura 14 – Circuito que representa a mudança de umidade. Umidade descendo

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MEMÓRIA
A memória utilizada foi uma EPROM modelo M27C64A (figura 15), é um tipo de
chip de memoria de computador que mantém seus dados mesmo quando a energia é
desligada. Em outras palavras, é não volátil.

Figura 15 – Memória EPROM

Figura 16 - Circuito Prático: Memória EPROM

Uma EPROM é programada por um dispositivo eletrônico que dá voltagens


maiores do que os usados normalmente em circuitos elétricos. Uma vez programado,
uma EPROM pode ser apagada apenas por exposição a uma forte luz ultravioleta.
EPROMs são facilmente reconhecíveis pela janela transparente no topo do pacote,
pela qual o chip de silício pode ser visto, e que admite luz ultravioleta durante o
apagamento. Esta janela transparente é feita de cristal para permitir a passagem da luz
ultravioleta, pois o vidro comum bloqueia grande parte do UV.

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Em nosso circuito os dados fornecidos pelo conversor são aplicados como sinais
de endereço na memória e no buffer 74HC574N. Os dados de saída da EPROM excitam
os displays de sete segmentos. A memória contém dados que determinam quais os
segmentos dos displays que devem ser iluminados para indicar o valor da humidade
relativa. A EPROM serve, portanto como um conversor BCD para sete segmentos e ao
mesmo tempo corrige a não linearidade do sensor. Uma vez que o conteúdo da
memória só possui uma largura de 8 bits, o que permite armazenar dados apenas para
um display, os displays são multiplexados por meio de inversores (7404) e de
transistores modelo C557B.
O sinal do clock para a multiplexagem é fornecido pelo pino 15 do CI
74HCT4060N, cerca de 4 KHz. Este clock também é aplicado ao pino 10 da memória.
Assim, quando há uma mudança no display também há uma mudança de endereço.
Portanto, são necessários dois endereços, um para cada display.
E na figura 17 e 18 é representado o esquema da última parte do circuito, a
memoria, ligada aos displays.

Figura 17 – Esquema da ultima parte do circuito

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Figura 18 – Circuito Prático: Displays sete segmentos

Os sinais de controle (pino 15) e da portadora (pino 6) que vem das saídas do
74HC4060N, conforme esquema da figura 19.

Figura 19 – Esquema mostrando os sinais de controle e da portadora.

Figura 20 – Circuito Prático: Esquema Mostrando os fios dos sinais de controle e da portadora

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O circuito completo é mostrado na figura 21.

Figura 21 – Circuito completo do Higrômetro Digital

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CIRCUITO MONTADO

Figura 22 – Circuito Prático: Higrômetro Digital na protoboard

E como é mostrado na figura 22, nosso circuito nos forneceu uma medição de
77% de umidade relativa do ar.

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CONCLUSÃO
Durante a montagem do circuito foi possível perceber o quanto de teoria foi
posta em pratica. Todo o conhecimento adquirido em várias disciplinas no decorrer do
nosso curso, me deram noções de eletrônica analógica e digital que foram primordiais
para a implementação e entendimento de todo o circuito construído. Sem falar nas
aulas de instrumentação eletrônica, que também me passou inúmeros conhecimentos,
sobre instrumentos eletrônicos, e todos os seus funcionamentos.
Para meu projeto decidi não usar os componentes do laboratório, portanto
comprei todos os componentes. Isso foi devido primeiro a diminuir a chance de erros
com componentes defeituosos e segundo, pois eu queria montar o circuito e usar em
minha casa. O preço dos componentes é extremamente barato, os componentes mais
caros do circuito foram o sensor e a memória EPROM, porém como não encontrei os
principais componentes aqui em natal, mandei buscar pela internet, e o que encareceu
meu projeto foi o frete das 3 diferentes lojas em que mandei buscar componentes.
A maior dificuldade que encontrei foi que na hora de implementar a memória
EPROM, não havia como programar a memória, então ela foi implementada
desprogramada, o que não atrapalhou tanto assim no circuito, apenas fez com que ela
não me desse a resposta com a linearidade que eu a projetei.

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BIBLIOGRAFIA

1. Notas de aula professor Luciano fontes Cavalcanti

2. http://www.sabereletronica.com.br/secoes/leitura/640

3. http://www.sabereletronica.com.br/secoes/leitura/103

4. http://www.cpa.unicamp.br/artigos-especiais/umidade-do-ar-saude-no-
inverno.html

5. Avaliação De Um Sensor De Capacitância Elétrica E Sua Correlação Com


Atributos Do Solo - Victor George Celinski2 & Célia Regina Lopes Zimback3

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