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UTILIZAÇÃO DOS RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO


PARA CONCRETOS COM FUNÇÃO ESTRUTURAL

Damião Nascimento

Julia Cristina

Jussara Camargo

Resumo:

Palavras-chave:

1 INTRODUÇÃO

A importância de se alcançar uma política de sustentabilidade nos setores


econômicos e sociais, tem sido enfatizada a cada dia e a reciclagem é uma das
soluções adotadas para dar diretrizes ao desenvolvimento.No atual momento, a
degradação ambiental está sendo muito discutida, visto que intervem diretamente no
aquecimento global, devido ao alto consumo de recursos naturais e ao aumento da
poluição e desmatamento do planeta. A construção civil é uma indústria que produz
grandes impactos ambientais, desde a extração de matérias-primas necessárias a
produção, passando pela execução dos serviços nos canteiros de obra, até a
destinação final dada aos resíduos gerados, ocasionando grandes alterações na

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paisagem urbana, além de ser considerada uma das maiores fontes geradoras de
resíduos dentro da nossa sociedade1, são eles os Resíduos de construção e
demolição (RCD).
OsRCD são os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições
de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de
terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas,
metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso,
telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc.,
comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha 2. Os RCD, pela
resolução CONAMA 307, são classificados em quatro classes, a saber: Classe A
(RCD recicláveis como os agreg ados); B (RCD recicláveis para outras destinações
como plásticos, papel/papelão, metais, entre outros); C (RCD sem tecnologia
disponível para reciclagem e aproveitamento como o gesso) e D (RCD perigosos
como tintas, solventes, óleos, fibrocimentos com amianto, entre outros).
O resíduo de classe A3,4
A reciclagem desses resíduos é uma boa opção para reduzir as áreas de
disposição e minimizar os impactos causados pelo consumo desordenado de
matéria-prima uma vez que é vasto o número de resíduos descartadas diariamente
em todo o mundo. Devido à grande variabilidade de materiais e a diferente origem
dos agregados reciclados, faz-se necessário o controle e a caracterização
sistemática desses resíduos de construção civil para permitir melhor difusão do seu
uso em concretos. Conhecer bem o comportamento do material reciclado dentro das
misturas de concreto resultará em produtos de melhor qualidade e romperá
possíveis barreiras para o completo aproveitamento do resíduo.5,6

Nestesentido, este trabalho procura apresentar uma abordagemmetodológica


simplificada com estudos teóricos e laboratoriais com o objetivo deanalisar a
viabilidade técnica dos RCD para aproveitamento dessematerial na projeção de
concretos com finalidade estrutural, já que eles representam em média, 50% da
massa dos resíduos sólidos urbanos7,8, tanto no Brasil como em outros países.Além
da diminuiçãode recursos não renováveis e da emissão de gás carbônico (CO₂) na
atmosfera,tendo em vista que o setor é um dos que mais contribui negativamente
para isso.9 A elaboração e análise dos corpos de prova foram realizadas de
acordocom as NBR’s da ABNT10. Os resultados foram comparados e os concretos

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queatingiram maior resistência, tornaram-se objeto de estudo para justificar


ecompreender a possível utilização dos agregados reciclados na construção civil
com teor de substituição de 20%.

2 AGREGADOS RECICLADOS E NATURAIS

2.1 Definição de RCD

De forma simplificada, o resíduo de construção e demolição são todos


aqueles materiais resultantes dos processos de edificações. Como construções, em
geral, reformas, e demolições de estruturas.
A indústria da construção civil destaca-se como uma grande geradora de
resíduos, e, a quantidade destes é diretamente proporcional ao grau de
desenvolvimento de uma cidade, resultado da maior atividade econômica e dos
hábitos de consumo decorrentes (espaços para trabalho, moradia e lazer),
(SCHNEIDER, 2003).¹¹

2.1.2 Legislação pertinente


A partir de 2002, é notável a produção de políticas públicas, normas e
especificações técnicas voltadas ao equacionamento dos problemas provocados
pelos RCD. A política pública é entendida como um conjunto de diretrizes voltadas
para o enfrentamento dos problemas provocados por estes resíduos, consolidadas
na forma da Lei. Normas e especificações técnicas são documentos que fixam
padrões reguladores visando garantir a qualidade do produto, a racionalização da
produção e sua uniformidade (SCHNEIDER, 2003).¹¹
O quadro normativo, como classifica Schneider (2003)¹¹, está composto por
órgãos do poder público em suas diversas esferas como o SISNAMA – Sistema
Nacional do Meio Ambiente, estabelecido pela lei nº 6.938 de 31 de agosto de 1981
e compreende:
 Órgão superior – Conselho de Governo;

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 Órgão consultivo e deliberativo – Conselho Nacional do Meio Ambiente


(CONAMA);
 Órgão Central – Ministério do Meio Ambiente (MMA);
 Órgão Executivo – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (IBAMA).

Há um conjunto de políticas de leis e políticas públicas, contribuindo para


minimizar o impacto ambiental. Dentre elas o PBPQ-H-Programa Brasileiro de
Produtividade e Qualidade do Habitat, Lei Federal nº 9605 de 12 de fevereiro de
1998 – Dos Crimes Ambientais, e legislações municipais referentes à Resolução do
CONAMA.
No Brasil, a legislação pertinente aos RCD ainda é pouco expressiva se
comparada às vigentes nos Estados Unidos, na Europa e mesmo na Ásia
(SCHNEIDER et al., 2003)¹¹. No entanto, a resolução nº 307 de 05 de julho de 2002,
do CONAMA, vem a ser um marco neste sentido, pois regulamenta definições nos
aspectos que tangem os RCD, atribui responsabilidades aos geradores,
transportadores e gestores públicos, estabelecendo ainda, critérios e procedimentos
para gestão dos resíduos da construção civil, assim como as ações necessárias à
minimização dos impactos ambientais (SANTOS 2007)¹².
Em 2004, foram publicadas as primeiras normas nacionais relacionadas aos
RCD, contidos na classe A, de classificação dada pela Resolução 307 do CONAMA.
As especificações da ABNT são:
 NBR 10004/04 – Resíduos Sólidos – Classificação;
 NBR 10007/04 – Amostragem de resíduos sólidos;
 NBR 15112 – Resíduos da construção civil e resíduos volumosos – Áreas de
transbordo e triagem – Diretrizes para projeto, implantação e operação;
 NBR 15113 – Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes –
Aterros – Diretrizes para projeto, implantação e operação;
 NBR 15114 – Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes – Área
de reciclagem– Diretrizes para projeto, implantação e operação;
 NBR 15115 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil –
Execução de camadas de pavimentação – Procedimentos;

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 NBR 15116 – Agregados reciclados de resíduos da construção civil –


Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural –
Requisitos.

2.2 Agregados Recicláveis


Os agregados de RCD são constituídos por fragmentos de concretos,
argamassas, cerâmicas e outros materiais secundários. Assim, a composição desse
agregado é bastante variável, resultando em uma porosidade elevada menor
densidade e menor resistência. Além disso, esses agregados possuem teores de
finos e materiais pulverulentos mais elevados, e formato mais irregular ou textura
superficial mais rugosa. Dessa forma, é de se esperar que, quanto maior for à
quantidade de faces mais porosas, como a cerâmica, maior será a absorção do
agregado reciclado que influencia diretamente nas propriedades dos concretos.
O controle de qualidade dos agregados de RCD para uso no concreto deve
ser rigoroso, devendo apresentar teor baixo de contaminantes (< 1%), baixa
absorção de água (< 7%) e teores controlados de finos (< 10%) (RILEM
RECOMMENDATION, 1994; ABNT NBR 15116:2004; DIN 4226-100:2002)¹³. Para o
atendimento dessas exigências, enfatizam-se a necessidade de controle de
qualidade e emprego de tecnologias de processamento mais avançadas, buscando
a obtenção de agregados de RCD de melhor qualidade.
O agregado de RCD, por ser poroso, utiliza a água livre da pasta de cimento
quando não devidamente pré-saturado, gerando uma perda de consistência mais
rápida, já nos primeiros 20 minutos (LATTERZA, 1998; POON et al., 2004).¹4
Controlando-se seus teores de substituição ou a porosidade dos agregados
de RCD, torna-se possível seu uso até no concreto estrutural (resistências
características superiores a 20 MPa). Além disso, muitas aplicações usuais de
engenharia não requerem o concreto estrutural. São exemplos de concretos não
estruturais que permitem o uso integral (100%) dos agregados de RCD.

2.2.1 Agregado de residuo de concreto (ARC)


É o agregado reciclado obtido do beneficiamento do residuo petencente a
classe A, composto a sua fraçao grauda, de no minimo 90% em massa de
fragmentos a base de cimento portland e rochas. Sua composiçao deve ser

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determinada conforme o anexo A e atender os requisitos das aplicaçoes especificas,


(ABNT NBR 15116:2004).¹5

2.2.2 Agregado graúdo


Agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 75 mm
e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 4,75 mm, em ensaio realizado
de acordo com a ABNT NBR NM 248, com peneiras definidas pela ABNT NBR NM
ISO 3310-1, (ABNT NBR 7211: 2005). 16

Figura 3- Agregado graudo de origem artificial popularmente conhecido como brita , ou pedra 1

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Figura – Agregado de resíduo de concreto (arc), popularmente conhecido na usina de


beneficimento como agregado graúdo cinza.

2.3 Agregados naturais


Material pétreo granular que pode ser utilizado tal e qual encontrado na
natureza, podendo ser submetido à lavagem classificação ou britagem, (ABNT NBR
9935: 2011).15

2.3.1 Agregado miúdo


Agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 4,75 mm e
ficam retidos na peneira com abertura de malha de 150 µm, em ensaio realizado de
acordo com a ABNT NBR NM 248, com peneiras definidas pela ABNT NBR NM ISO
3310-1, (ABNT NBR 7211: 2005).16

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2.3.2 Agregado graúdo


Agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 75 mm
e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 4,75 mm, em ensaio realizado
de acordo com a ABNT NBR NM 248, com peneiras definidas pela ABNT NBR NM
ISO 3310-1, (ABNT NBR 7211: 2005).16

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2.4 Agregado artificial

2.4.1 Agregado miúdo


Material granular resultante do processo industrial envolvendo alteração
mineralógica, química ou físico-química da matéria prima original, para uso como
agregado em concreto ou argamassa. (ABNT NBR 9935:2011).¹5

Figura – Agregado miúdo de origem artificial, popularmente conhecido como, areia artificial, areia de
brita ou ainda como pó de pedra

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2.5 Concreto
O concreto é composto por uma mistura de água, cimento, agregado miúdo
(areia) e agregado graúdo (brita). Quando misturados a resistência característica do
concreto é a compressão, para chegarmos a uma resistência precisamos saber as
características e as propriedades dos materiais que serão usados na dosagem.
Na mistura, o cimento é o elemento fundamental para a ligação entre os
agregados, mas porem é o elemento mais fraco da composição.
Os agregados é um fator importante para a sua resistência, desgastes,
intemperismo e redução do custo, sobre o concreto. O único material do concreto
que pode ser reciclável.

2.5.1 Concreto estrutural

Termo que se refere ao espectro completo da aplicação do concreto como


material estrutural. (ABNT NBR 6118:2003).¹7

2.5.2 Concreto não estrutural


O concreto não estrutural, não necessita de muita resistência dando funções
diferentes ao concreto, como o concreto magro (pequena camada para evitar
absorção da água do concreto exposto a terra), blocos pré-moldado de concreto,
contra piso

2.6 Cimento CPlll 40 RS


O cimento CPIII 40 RS, apresenta calor de hidratação, além de ser resistente a
sulfatos. Comporto de adições de 35 a 70% de Escória e até 5% de material
cabornático. É um cimento que pode ser utilizado em argamassas de assentamento,
revestimento, concreto simples, concreto armado, concreto protendido, etc.

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3 TEORIAS E MÉTODOS

Os agregados miúdos e graúdos, naturais selecionados para o desenvolvimento


do estudo de dosagem, levaram em consideração alguns fatores, dentre eles se
destacam:
 Facilidade de obtenção;
 Altamente utilizável nas centrais dosadoras de concreto;
 Compatibilidade com a grande maioria dos concretos produzidos pelas
centrais dosadoras.

Desenvolvimento Experimental

As amostras de RCD foram coletadas de uma usina Renotran, localizada em


Carapicuíba. O material é proveniente de resíduos de construção em andamento e
demolições, tendo como principais componentes: concretos, argamassas e material
cerâmico, obtendo - se os agregados, esses agregados encontram – se na classe A
de acordo com o CONAMA 307/2002. As amostras foram ao ar e peneiradas. Após a
separação por peneiramento foram obtidos materiais que atendem a granulometria
de agregado miúdos e graúdos que foram utilizados na produção dos traços de
concreto.
Nos gráficos abaixo, estão apresentadas as características granulométricas da
amostra dos agregados naturais e dos agregados de RCD, de acordo as
especificações da NBR NM 248.

Fluxograma

Limites da norma Resultados obtidos no


Ensaios Analisados
NBR 7211:2005 ensaio

Distribuição
granulométrica – NBR Zona inferior utilizável Verificar o resultado ensaio e
248:2003 varia de 1,55 a 2,20 adicionar nesta tabela
(modulo de finura)

Impurezas orgânicas Verificar o resultado ensaio e


Mais clara que a padrão
NBR 49:2001 adicionar nesta tabela

Absorção de água Verificar o resultado ensaio e


---------------
NBR 30:2001 ¹ adicionar nesta tabela
Material pulverulento Verificar o resultado ensaio e
3,00%
NBR 46: 2003 ² adicionar nesta tabela
Tabela () - Principais propriedades físicas do agregado miúdo, de origem natural de quartzo,
analisadas para o estudo de dosagem.

Obs.: 1 - Parâmetronão fornecido.


2 – Considerando que a peça de concreto está submetida a desgaste superficial

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Limites da norma Resultados obtidos no


Ensaios analisados
NBR 7211:2005 ensaio
Distribuição
Verificar o resultado do
granulométrica – NBR Zona utilizável superior
ensaio e adicionar nesta
248:2003 varia de 2,90 a 3,50
tabela
(modulo de finura)
Verificar o resultado do
Impurezas orgânicas
Mais clara que a padrão ensaio e adicionar nesta
NBR 49:2001
tabela
Verificar o resultado do
Absorção de água NBR
--------------- ensaio e adicionar nesta
30:2001 ¹
tabela
Verificar o resultado do
Material pulverulento
10% ensaio e adicionar nesta
NBR 46: 2003 ²
tabela
Tabela () - Principais propriedades físicas do agregado miúdo, de origem artificialde brita,analisadas
para o estudo de dosagem.
Obs.: 1 -- Parâmetro não fornecido.
2 – Considerando que a peça de concreto está submetida a desgaste superficial.

Limites da norma Resultados obtidos no


Ensaios analisados
NBR 7211:2005 ensaio
Especifica somente a
Distribuição
variação percentual dos Verificar o resultado do
granulométrica – NBR
grãos retidos ensaio e adicionar nesta
248:2003 (modulo de
acumulados nas tabela
finura)
peneiras.
Verificar o resultado do
Absorção de água NBR
--------------- ensaio e adicionar nesta
30:2001 ¹
tabela
Verificar o resultado do
Material pulverulento
1,00% ensaio e adicionar nesta
NBR 46: 2003
tabela
Tabela () - Principais propriedades físicas do agregado graúdo, de origem,artificial analisadas
para o estudo de dosagem.

Obs.:1 -Parâmetronão fornecido.

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Limites da norma NBR Resultados obtidos no


Ensaios analisados
15116:2004 ensaio
Especifica somente a
Distribuição
variação percentual dos Verificar o resultado do
granulométrica – NBR
grãos retidos ensaio e adicionar nesta
248:2003 (modulo de
acumulados nas tabela
finura)
peneiras.
Verificar o resultado do
Absorção de agua NBR
<=7,0 % ensaio e adicionar nesta
30:2001
tabela
Verificar o resultado do
Material pulverulento
<=10 % ensaio e adicionar nesta
NBR 46: 2003
tabela
Tabela 4- Principais propriedades físicas do ARC, analisadas para o estudo de dosagem.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Nos gráficos abaixo, estão apresentadas as características granulométricas da


amostra dos agregados naturais e dos agregados de RCD, de acordo as
especificações da NBR NM 248.

Limite da distribuição granulométrica do


agregado graúdo natural - Brita 01
100
90
80
Massa retida acumulada %

70
60
50
40
30
20
10
0
4,75 6,3 9,5 12,5 19 25
Abertura de Peneira (mm)

Ensaio Limite inferior Limite superior

Tabela () – Dosagem e quantidade de materiais para o concreto de referencia

Quantidade de
Abatimento
Relação A/C Materiais Massa Material
(mm)
(Kgf/m³)
0,66 Cimento 6 320 100
0,66 Areia 01 (40%) 5,55 296 100
0,66 Areia 02 (60%) 8,328 444 100
0,66 Brita 01 (100%) 21,522 1148 100
0,66 Água 3,300 +9640 176 100

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Idade de Tensão máxima


N° do CP
Ruptura (MPA)
01 - 02 3 14,5
03 - 04 7 21,2
05 - 06 28 28,2
Tabela () - Resultado da dosagem do
Agregado de Referencia

Limites da distribuição granulométrica do


agregado graúdo - Resíduo vermelho
100

90

80
Massa retida acumulada (%)

70

60

50

40

30

20

10

0
4,75 6,3 9,5 12,5 19 25
Abertura de Peneira (mm)
Ensaio Limite inferior Limite superior

Quantidade de
Abatimento
Relação a/c Materiais Massa Material
(mm)
(Kgf/m³)
0,77 Cimento 6 320 100
0,77 Areia 01 5,55 296 100
0,77 Areia 02 8,328 444 100
0,77 Brita 01 (80%) 17,22 918,4 100
0,77 R. cinza (20%) 4,308 229,6 100
0,77 Água 3,96 211 100
Tabela () – Dosagem e quantidade de materiais para o concreto com 20% de RCD vermelho.

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Idade de Tensão máxima


N° do CP
Ruptura (MPA)
01/fev 3 12,0
03/abr 7 16,20
05/jun 28 21,9
Tabela () - Resultado da dosagem de Resíduo
vermelho

Na apresentação do trabalho foram utilizados 20% de agregado graúdo de resíduo cinza de


RCD.

Limites da distribuição granulométrica do


agregado graúdo - Resíduo cinza
100
90
80
Massa retida acumulada %

70
60
50
40
30
20
10
0
4,75 6,3 9,5 12,5 19 25
Abertura da Peneira (mm)
Ensaio Limite inferior Limite superior

Relação Quantidade de Material Abatimento


Materiais Massa
a/c (Kgf/m³) (mm)
0,66 Cimento 6 320 85
0,66 Areia 01 5,55 296 85
0,66 Areia 02 8,328 444 85
0,66 Brita 01 (80%) 17,22 918,4 85
0,66 R. cinza (20%) 4,308 229,6 85
0,66 Água 4,32 231 85
0,66 Aditivo 0,042 224 85
Tabela () – Dosagem e quantidade de materiais para o concreto com 20% de RCD cinza.

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N° do Idade de Tensão máxima


CP Ruptura (MPA)

01 - 02 3 16,8
03 - 04 7 20,9
05 - 06 28 28,5
Tabela () - Resultado da dosagem de RCD

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Referências

1 BARRETO, I. M. C. B.N. Gestão de resíduos na construção civil. Aracaju:


SENAI;SE; SENAI/DN; COMPETIR; SEBRAE/SE; SINDUSCON/SE, 2005.

2 Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Resolução n º 307, de 05 de


julho de 2002: Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos
resíduos da construção civil. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 jul. 2002

5 CARRIJO, P. M. Análise da influência da massa específica de agregados graúdos


provenientes de resíduos de construção e demolição no desempenho mecânico de
concreto, 2005. 146p. Dissertação (Mestrado em Engenharia). Escola Politécnica,
USP, São Paulo.

6 LEITE, M. B. Avaliação de propriedades mecânicas de concretos produzidos com


agregados reciclados de resíduos de construção e demolição. 2001. 290p. Tese
(Doutorado em Engenharia). Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil,
UFRGS, Porto Alegre.

7 PINTO, T.P. Gerenciamento de resíduos da construção no Brasil. In: RCD08,


Universidade de São Paulo, São Paulo. Apresentação (CDROM). São Paulo, 2008.
Disponível em: . Acesso em: 6 jun. 2011.

8 JOHN, V.M. Reciclagem de resíduos na construção civil – contribuição a


metodologia de pesquisa e desenvolvimento. 2000. 102 p. Tese (livredocência) –
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000.

9 ABRECON – Associação brasileira para reciclagem de resíduos daconstrução e


demolição.

10 NBR

ÂNGULO, S. C. Produções de concretos com agregados reciclados

ANGULO, S.C. Caracterização de agregados de resíduos de construção e demolição


reciclados e a influência de suas características no comportamento mecânico dos concretos.
2005. 149 f. Tese (Doutorado em Engenharia Civil) – Escola Politécnica da Universidade de
São Paulo, São Paulo, 2005.

http://www.producao.usp.br/bitstream/handle/BDPI/4401/art_ANGULO_Residuo
s_de_construcao_e_demolicao_avaliacao_de_2011.pdf?sequence=1

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JULIA

11 SCHNEIDER, D.M. Deposições Irregulares de Resíduos da Construção Civil na


Cidade de São Paulo. Dissertação. Universidade de São Paulo – Faculdade de
Saúde Pùblica. São Paulo, 2003.

12 SANTOS, E. C. G. Aplicação de Resíduos de Construção e Demolição


Reciclados em Estruturas de Solo Cimento. Dissertação. Universidade de São Paulo
– Escola de Engenharia de São Carlos. São Carlos, 2007.

13 RILEM RECOMMENDATION. Specification for concrete with recycled


aggregates. Materials and Structures, v. 27, p. 557-59, 1994.

14 LATTERZA, L.M. Concreto com agregado graúdo proveniente da reciclagem de


resíduos de construção e demolição: um novo material para fabricação de painéis
leves de vedação. 1998. 130f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Escola
de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998.

15 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR 15116:2004


Agregados solidos de residuo da construção civil, Rio de Janeiro 2004.

16 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR 7211:2005


Agregados para concreto - Especificações, Rio de Janeiro 2005.

17 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR 6118:2003 Projeto


de estruturas - Procedimento, Rio de Janeiro 2005.

Aditivo MasterPolyheed 20W

Recomendado para todos os tipos de concreto quando se pretende maior


plasticidade ou redução da água de amassamento e aumento do tempo de
trabalhabilidade, tais como:

Concretos usinados em geral (dosados em centrais, barragens, rodovias, etc);


Concreto armado ou pré-fabricados; Concretos bombeados e fluídos; Concreto
protendido; Concreto aparente. ¹

Principais características do Aditivo


Estado Físico ² Liquido
Cor ² Castanho
Aprox. 9,6
Valor do pH²
(25 °C)

0,6% a 1,0% em relação ao


Dosagem ¹
peso do cimento.

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1 - BASF Linha MasterPolyheed. Disponível em: <https://assets.master-builders-


solutions.basf.com/Shared%20Documents/PDF/Portuguese%20(Brazil)/Ficha_Tecni
ca_MasterPolyheed.pdf>. Acesso em: 29 out. 2017.

2 - BASF Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico. Disponível


em: <- https://assets.master-builders-
solutions.basf.com/Shared%20Documents/PDF/Portuguese%20(Brazil)/Ficha_de_S
eguran%C3%A7a_MasterPolyheed_20W.pdf>. Acesso em: 29 out. 2017.

13 - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR 10004:2004 –


Resíduos Sólidos – Classificação, Rio de Janeiro 2004.

14 - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR 10007:2004 –


Amostragem de resíduos sólidos, Rio de Janeiro 2004

15 - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR 15112:2004 –


Resíduos da construção civil e resíduos volumosos – Áreas de transbordo e triagem
– Diretrizes para projeto, implantação e operação, Rio de Janeiro 2004.

16 - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR 15113:2004 –


Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes – Aterros – Diretrizes para
projeto, implantação e operação, Rio de Janeiro 2004

17- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR 15114:2004 –


Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes – Área de reciclagem–
Diretrizes para projeto, implantação e operação, Rio de Janeiro 2004

18 - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR 15115:2004 –


Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil – Execução de
camadas de pavimentação – Procedimentos, Rio de Janeiro 2004

21 - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR NM 248:2003 -


Agregados - Determinação da composição granulométrica, Rio de Janeiro 2003

23 - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR 9935: 2011 -


Agregados – Terminologia, Rio de Janeiro 2011.

26 - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR 8953:2015 –


Concreto para fins estruturais – Classificação pela massa específica, por grupos de
resistência e consistência, Rio de Janeiro 2015.

Univerisdade de Mogi das Cruzes – Campus Vila Lobos.

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